Valor diz que Levy está de saída do governo

Jornal GGN – Segundo o jornal Valor, em matéria assinada por Claudia Safatle, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já teria acertado sua saída do governo com a presidente Dilma Rousseff, mas o Planalto teria pedido para que ele ficasse por mais tempo até que um substituto fosse encontrado. O objetivo seria fazer uma transição suave para não assustar os mercados.

Ainda de acordo com o Valor, a crise política fará com que a presidente conduza um ajuste fiscal mais tímido do que o pretendido pelo ministro da Fazenda. Levy teria condicionado a sua permanência no cargo à confirmação da meta fiscal de 0,7% do PIB de superávit primário, que não deverá ser seguida pelo governo.

Em outra notícia, o jornal diz que Joaquim Levy se irritou com as notícias sobre sua saída, dizendo que continua com sua agenda normal de trabalho e que segue “alheio a este folhetim de Brasília”.

Do Valor

Levy já acertou a saída do cargo, mas Planalto pede tempo para fazer transição

Joaquim Levy acertou com a presidente Dilma Rousseff sua saída do governo já há alguns dias. Mas ficará por mais um tempo breve no cargo de ministro da Fazenda até que Dilma encontre um substituto e o cenário político fique mais nítido. O Palácio do Planalto pediu que o ministro faça uma transição de forma o mais suave possível e discreta, para não assustar os mercados.

O governo, com o processo de impeachment, “é outro”, disse uma fonte oficial. E, diante da dramática crise política, a presidente conduzirá uma política fiscal bem mais tímida do que defendia Levy. A saída de Levy começou a ser construída a partir da disseminação da informação de que ele estava condicionando sua permanência à confirmação da meta de 0,7% do PIB de superávit primário para o ano que vem.

Ontem, ninguém no governo quis anunciar a meta de superávit primário para 2016, que ficará no intervalo de zero a 0,5% do PIB. Para não assumir a decisão, a notícia foi dada por parlamentares no Congresso. O Palácio do Planalto também não quis se pronunciar sobre as declarações do ministro da Fazenda a respeito da redução da meta fiscal para o próximo ano.

“Acho [a redução] inconveniente. Acho um equívoco essa mistura da meta com o Bolsa Família; obviamente não fica de pé. A meta é a meta, e o Bolsa Família é o Bolsa Família”, disse Levy. E completou: “Acho que ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, de preservação de empregos e estabilidade e tranquilidade para as famílias.”

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Redação

14 Comentários

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  1. Fato é que Levy fracassou miseravelmente

    em todos os seus propósitos.

    Mas o maior problema não está no ministério da Fazenda (fora a secretaria do Tesouso na mão de burocratas de olho em empregos futuros no mercado financeiro), mas no Banco Central, onde burocratas enlouquecidos e teleguiados pelo tal “mercado”, explodem as contas nacionais com a proteção ($$$$) da midia nativa.

  2. É o primeiro!

    O proximo será o PMDB completo!

    E finalmete a presidenta terá um governo só seu, o que, na realidade sempre aconteceu, já que é toda ‘ministério’ também! Os ministros são apenas enfeites!

    O problema é o impeachment que vem vindo, liberado pelo Fachin!

    Presidenta que força Vossa Excelência está fazendo pra sair!

    Acho que consegue!

  3. A quem (ou a quantos) querem enganar?

    Primeiro, essa é a típica “informação” que serve para a queda dos índices na Bolsa de Valores.

    Segundo, se ele for, não é garantia de mudança na política econômica, o que é muito ruim. E se vier o Henrique Meirelles, por exemplo? Ou qualquer outro na mesma linha da imprescindibilidade dos cortes no orçamento, destacadamente nos investimentos sociais e de infraestrutura, mas não nos juros?

    Terceiro, a preocupação que este pateta seguidor de ordens vá engrossar a fileira do impeachment com seus argumentos´”técnicos” furados, à Sardenberg e outros da mesma laia.

    But last not least, quarto: a saída dele é mais um reforço na crise, na instabilidade, e razão para os críticos de sempre repetirem que “o governo agora está definitivamente sem rumo”, como se o rumo de Levy fosse aquele que mantivesse o país de pé, e não o contrário. A mídia mais uma vez vai aproveitar essa defecção para atirar contra o governo, naturalmente sem colocar ninguém para apresentar uma única proposta que preste e que não seja mais do mesmo: arrocho fiscal, arrocho monetário, arrocho salarial, cortes em investimentos, e tudo isso somado a juros altos e corte de impostos. Matemática perfeita para a supressão de direitos e reforço da condição periférica do Brasil.

    1. Concordo contigo. Acrescento,

      Concordo contigo. Acrescento, se me permite:

      quinto: Algum(ns) interesse(s) está(ão) sendo atentido(s). A notícia garante que vai sair MAS que pediram para ele aguentar mais um pouco porque senão vai tocar terror no mercado. Como assim, cara pálida? O piloto vai saltar do avião e ninguem tem ideia qual a competência ou quem será o co-piloto para assumir.

      sexto: Algum(ns) tá(ão) ganhando muito de novo novamente.

      sétimo: Alguem vai relançar o ditado: O último que sair que apague a luz. 

  4. Uai, coloca qualquer técnico

    Uai, coloca qualquer técnico lá.

    Para fazer o que ele fazia não tem dificuldade nenhuma, apenas propor cortes e superávits, como um contador, qualquer um faz isso.

  5. Tempo

    Está demorando muito. Nem devia er entrado. Vá embora logo e leve também Tombine e o resto dos rentistas do Banco Central, antes que vocês acabem com o Brasil.

  6. Como já foi dito aqui ou alí…

    O PT já perdeu a guerra contra os rentistas em 2008. A tx selic estava em 7,8% aa, aí do nada, começou a subir novamente. Coloquem as barbas de molho pois a coisa vai é piorar. O governo perdeu o rumo completamente… 

  7. Já vai tarde Ministro!
    O Ministro Levy, como economista foi um ótimo banqueiro! A escalada da Taxa Básica de Juros foi vertiginosa e absurda, encarecendo o crédito e agravando a inflação, juntando assim dois dos piores mundos, inflação com recessão! Obviamente o empresário com medo nas quedas das vendas, partiu para a especulação financeira ao invés de investir no aumento da produção. Conclusão, demissões e estagnação! Não entendo como ficou tanto tempo, fazendo o que mais parece uma sabotagem da economia, onde quem ganha é o mercado financeiro com altas taxas de juros, que nada produz, e quem perde é o trabalhador, com seu emprego. Enquanto nos EUA as taxas de juros são derrubadas à zero para ajudar a Economia, as empresas e os consumidores, aqui vão às nuvens para enriquecer ainda mais os agiotas! Já vai tarde Levy, infelizmente!

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