Vendas a prazo encerram 2014 com queda de 0,3%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – As consultas para vendas a prazo, que sinalizam o ritmo de atividade no comércio, caíram 0,3% no acumulado dos 12 meses de 2014 frente ao mesmo período de 2013, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A queda no volume de vendas deve-se ao momento menos favorável ao consumo das famílias e à piora na conjuntura macroeconômica, o que fez com que bancos e estabelecimentos comerciais atuassem de forma mais seletiva na concessão de crédito para o consumidor.

Ao mesmo tempo, o número de consultas para vendas a prazo apresentou uma leve variação positiva de 0,25% em dezembro de 2014 na comparação com o mesmo mês de 2013. A variação ficou abaixo da registrada em igual período de 2013 frente a dezembro de 2012, quando as vendas haviam crescido 2,9%.

Na comparação com novembro de 2014, sem ajuste sazonal, as vendas registraram alta de 24,17%.  Em dezembro de 2013, as consultas haviam crescido 28,7% em relação ao mês imediatamente anterior.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a menor expansão da renda real do brasileiro e a baixa geração de novos postos de trabalho impactaram o desempenho do varejo no ano de 2014. Ao mesmo tempo, a realização da Copa do Mundo no Brasil com decretação de feriados e paralização em dias de jogos também contribuiu para o desaquecimento das vendas. “Parcela considerável de trabalhadores foi dispensada pelas empresas no meio da tarde e algumas partidas foram realizadas no sábado, que é considerado um dos dias que mais movimentam o varejo”, comenta Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.

Para 2015, os economistas do SPC Brasil dizem que os ajustes já em curso pela nova equipe econômica do governo federal devem afetar negativamente o crescimento da economia, com efeitos sobre as desonerações tributárias e transferência de renda. Apesar disso, as mudanças são consideradas necessárias para a retomada do crescimento de forma sustentável e a um ritmo mais acelerado do que o atual.

Desse modo, a entidade espera que o ano de 2015 comece com baixa atividade no comércio, replicando o desempenho verificado em 2014. Contudo, diante da expectativa de que haja recuperação nas vendas no segundo semestre, o setor deve fechar o ano de 2015 com expansão positiva de 0,5%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador