Vendas do varejo ampliado sobem 1,9% em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Enquanto o varejo restrito apresentou um comportamento mais discreto, com um aumento de 0,5% no volume de vendas e de 0,8% na receita nominal, os dados do comércio varejista ampliado – que envolve o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção – registraram desempenho mais expressivo no mês de abril. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas do segmento subiram 1,9% em relação ao mês anterior (série com ajuste), tanto em volume de vendas quanto em receita nominal.

Em relação a abril de 2012 (série sem ajuste sazonal), as variações foram de 9,1% para o volume de vendas e de 14,1% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor variou 5,1% e 7,7% para o volume e 9,5% e 10% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

A atividade de veículos, motos, partes e peças subiu 0,4% em relação a março, apresentando seu segundo resultado positivo consecutivo após a queda de 1,6% em fevereiro. A variação ante abril do ano anterior chegou a 22,4%. Em termos de acumulados, as variações foram de 8,5% no quadrimestre e de 10,1% nos últimos 12 meses. Segundo o IBGE, o congelamento do IPI para os automóveis até o final do ano, anunciado no fim do mês de março, que interrompeu a recomposição do tributo, explica os resultados.

“Não obstante a decisão do governo de estender, até o final deste ano, o incentivo tributário para a compra de automóveis, ratificamos a avaliação de que a forte antecipação de demanda nos trimestres anteriores implicará um período de desaceleração das vendas desse segmento ao longo de 2013, como já captado na PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) de abril”, diz o economista Flávio Combat, da corretora Concórdia, em relatório. “Cabe observar, também, que a compra de automóveis envolve, via de regra, o comprometimento de parcela expressiva da renda das famílias com uma dívida de médio prazo, o que reforça a expectativa de desaceleração das vendas desse segmento do comércio varejista”.

Quanto ao item Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 1,2% sobre o mês anterior, de 16,2% em relação a abril de 2012 e de 7,8% e 6,4% nos acumulados do quadrimestre e dos últimos 12 meses, respectivamente, em um sinal de recuperação ante os resultados dos últimos dois meses.

Vendas avançam em 23 Estados

Em relação ao varejo ampliado, todas os 26 estados e o Distrito Federal apresentaram resultados positivos para o volume de vendas, na comparação com abril de 2012. Os destaques positivos, em termos de magnitude de variação, foram: Tocantins (22,9%); Acre (21,4%); Roraima (21,4%); Paraíba (21,0%) e Mato Grosso do Sul (17,8%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (6,1%); Rio de Janeiro (9,6%); Minas Gerais (10,0%); Paraná (11,6%) e Rio Grande do Sul, com 11,1%.

Já no que tange ao volume de vendas no varejo restrito, vinte e três das 27 unidades da federação melhoraram seus dados na comparação com o mesmo período do ano passado. Os destaques em termos de magnitude de variação foram Roraima (15,6%); Paraíba (13,7%); Mato Grosso do Sul (13,2%); Rio Grande do Norte (11,6%) e Tocantins (10,2%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, sobressaíram Rio de Janeiro (2,8%); Mato Grosso do Sul (13,2%); Rio Grande do Sul (2,4%); Ceará (4,5%) e Paraíba, com 13,7%.

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam para dezenove estados com resultados positivos na comparação mês/mês anterior, em especial no Espírito Santo (3,2%); Rondônia (3%); Alagoas (2,7%); Bahia (2,4%) e Tocantins com 2,3%. A maior variação negativa coube ao Piauí, com -4,2%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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