RJ: adolescente acusa seguranças de loja de agressão

Sugerido por Gilson AS

Do Extra

‘Ele pode ter sofrido preconceito’, diz mãe de jovem agredido em loja na Barra da Tijuca
 
Rafael Nascimento
 
O adolescente de 15 anos que, ontem, acusou dois seguranças de tê-lo agredido nas Lojas Americanas do Barra Shopping, compareceu hoje ao Instituto Médico-Legal (IML), por volta das 11h45m desta terça-feira, para o exame de corpo de delito. A mãe do jovem afirmou que até agora não conseguiu entender o motivo de uma reação tão violenta. Para ela, os seguranças foram preconceituosos.
 
– A única razão plausível que eu encontro é a discriminação. Foi tudo gratuito. Meu filho estava usando uma camisa da rede pública, além do fato de ele ser pardo. Só assim para entender a história, já que, na verdade, nenhum dos seguranças flagrou qualquer delito. Fato que foi comprovado quando eles constataram que não havia nada dentro da mochila dele – desabafa ela.

O jovem, que ainda reclama de dores oriundas das agressões, principalmente no maxilar, onde levou o soco, disse que lembrar da humilhação sofrida é tão ruim quanto as marcas deixadas pelos agressores.

– Não roubei nada. Fiquei muito constrangido com aquela situação horrível. Levei um soco, fui enforcado e ainda xingado – diz ele, tímido, mostrando os hematomas no braço.

A mãe da vítima passou a noite em claro. Segundo ela, não dava para dormir assistindo ao seu filho acordando repetidas vezes assustado:

– Foi uma noite agitada – conta, afirmando ainda acreditar que a loja também seja responsável. – Eles precisam contratar pessoas que tratem melhor os clientes – completou, irada.

A mãe da vítima disse que vai levar o caso até a última instância.

— Não importa a forma, quero que eles sejam punidos pelo que fizeram com o meu filho. A justiça precisa ser feita – afirma ela, que disse ainda que seu exemplo pode encorajar outras mães a não deixarem impunes esse tipo de situação. – Quero que ele pague pelo que ele fez, para servir de exemplo e contribuir para que isso não aconteça mais.

Nesta segunda-feira, o estudante registrou queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca). Na ocasião, 15 clientes que testemunharam o caso foram junto com o jovem para a delegacia. De acordo com o advogado do rapaz, Sérgio Baalbaki, o caso foi registrado como lesão corporal leve. O registro pode ser alterado, caso haja lesões mais sérias.

 

Redação

2 Comentários

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  1. O Brasil está trilhando um caminho perigoso !

    CONDOMÍNIO NA BARRA É ACUSADO DE PRECONCEIT

    Reprodução: http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/127187/Condom%C3%ADnio-na-Barra-%C3%A9-acusado-de-preconceito.htm……Dezoito trabalhadores, em sua maioria negra, foram barrados na entrada no condomínio comercial Le Monde, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, porque um administrador do condomínio disse que eles causariam “poluição visual e mau cheiro” no local; o caso foi registrado na 16º DP (Barra)

    Rio 247 – Um total de 18 trabalhadores, em sua maioria negra, foram barrados na entrada no condomínio comercial Le Monde, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, porque um administrador do condomínio disse que eles causariam “poluição visual e mau cheiro” no local, conforme registro de ocorrência feito na 16º DP (Barra) na noite desta quarta-feira (15).

    Em jejum desde o dia anterior, os trabalhadores ficaram mais de quatro horas negociando com a equipe de segurança e com a administração do condomínio. Por volta das 15h, após uma ameaça do sócio da Biocardio, Renato Sérgio Fernandes Pinto, de chamar um policial militar, a entrada dos trabalhadores foi autorizada. Mas, antes da permissão, eles já tinham ouvido do administrador do condomínio, Felipe Alencar Gilaberte, pedir para não tocarem nas paredes.

     

  2. Onde andava a polícia para

    Onde andava a polícia para coibie este “rolezão”contra esse garoto? Será que o Aluizio (aquele dos R$ 300 mil) vai taxar de “cavalões” esses seguranças? Será que ele gostaria de ver seus netos submetidos ao mesmo tipo de tratamento?  Aposto que ele vai ficar mudo como um peixe, esperando que este tipo de ocorrência caia no esquecimento.

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