Acreditar em Papai Noel é modo saudável de desenvolvimento infantil

Jornal GGN – Acreditar em um mito pode ser uma boa ferramenta de desenvolvimento infantil e de construção de valores positivos na mente das crianças, segundo psicólogos, que, nesse sentido, defendem que a figura do Papai Noel tem papel importante. “Eu não acho que seja uma coisa ruim para as crianças acreditar no mito de alguém que tenta fazer as pessoas felizes se eles estão se comportando”, afirma Matthew Lorber , psiquiatra infantil no Lenox Hill Hospital, em Nova York. “A imaginação é uma parte normal do desenvolvimento, e ajuda a desenvolver as mentes criativas”.

Para os especialistas, o fato da história ter, atualmente, contornos sabidamente inverossímeis para os adultos, ela traz consigo elementos reais. São Nicolau era uma pessoa de verdade que se tornou famosa por dar presentes e dinheiro aos pobres. E são desses valores que são importantes nessa história, de acordo com Lorber. “É uma história real, é um valor real e é algo que inspira as crianças. Esse é o espírito do Natal, embora a cultura de consumo de hoje esteja também relacionada a isso”, acrescentou.

O Papai Noel é apenas uma das figuras míticas as quais muitas crianças acreditam, juntamente com a Fada dos Dentes, Coelho da Páscoa e outras criaturas de contos de fadas. Os especialistas afirmam que, como as crianças usam a imaginação o tempo todo, elas sabem, em algum momento, separar a realidade da fantasia. Não há preocupação quanto a isso, de acordo com Lorber, mas sim quando essa capacidade de criar e contar histórias não está presente.

Stephanie Wagner, psicólogo clínico no Centro de Estudos da Criança, em Nova York, não afirma que se trata de algo positivo [acreditar em Papai Noel e similares], mas também nega que seja prejudicial. “Eu não acho que nós poderíamos necessariamente dizer que é uma coisa boa, mas eu certamente dizer que não é prejudicial. O Natal une as famílias, e o mito do Papai Noel reforça esses títulos”, diz a pesquisadora. Outro ponto positivo é que nem todas as crianças gostam de escrever, mas fazem um esforço na tradição de mandar cartas.

Quebrando o mito

Assim como acreditar na história faz parte do processo de desenvolvimento, o ceticismo que chega com a idade também é natural. As crianças vão começar a perceber as falhas na histórias em diferentes idades e, em algum momento, chegarão à conclusão que tudo não passa de uma história. Questionar as fábulas é uma parte normal do desenvolvimento mental, de acordo com Lorber, que destaca que, quando a criança questionar, os pais devem decidir se o pequeno está pronto para saber a verdade.

“Eu acho que a maioria dos pais tem uma boa noção de quando seus filhos podem aceitar a verdade. Quando os pais dizem a verdade, eles podem dizer aos seus filhos que o espírito de Natal é real, e dizer-lhes sobre o real São Nicolau”. Sobre famílias que tentam postergar ao máximo a fantasia, o pesquisador faz um alerta. “Os pais devem perguntar a si mesmos se eles estão perpetuando o mito para fazer seu filho feliz ou apenas para seu próprio prazer”, diz Lorber.

Em culturas diferentes, onde os pais não celebram o Natal, o pesquisador explica que é importante que os pais expliquem que as tradições da família são diferentes e deixem claro que outras crianças acreditam na fábula. Isso, segundo os pesquisadores, é um modo de evitar que os filhos acabem arruinando o mito para outras crianças. Ele reforça a tese de que o importante, independente de cada tradição, é que os pais passem valores de união. “O espírito de dar a pobres enecessitados, e do espírito de família e de estar juntos, é universal”, diz Lorber.

Com informações do Mashable.com

Redação

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