Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Que bão, que bão, eu arranjei um novo amor

Lagarteando na Praia do Gunga, no Estado das Alagoas, captei Gal Costa, bem longinho, interpretando NOVO AMOR, da autoria do Mestre de Ubá. Imediatamente acessei o site Projeto Nirez – Títulos e descobri que a gravação desse lindo samba de Ary Barroso coube a Carmen Miranda, que o registrou no dia 10 de dezembro de 1936, em disco Odeon 11442-B. O NOVO AMOR fez sucesso no carnaval de 1937 e fincou lugar na nossa música brasileira. Foi gravado por Gal Costa em 1980, fazendo parte do LP Aquarela do Brasil.

Um NOVO AMOR jamais deixará de fazer sucesso. É maravilhoso começar e permanecer com o NOVO AMOR. Só há que se ter cuidado com a felicidade, que é traiçoeira e assim como veio, também pode partir.

Esse post é para o NOVO AMOR de todos e de cada um de nós.

 

Eu arranjei um novo amor

Um novo amor para o meu coração

A minha vida já mudou

E minha alma exultou de satisfação

  

Hoje eu me sinto feliz

E tenho medo, pra que mentir

Pois a felicidade é traiçoeira

E como vem também pode partir

 

Eu arranjei um novo amor

Um novo amor para o meu coração

A minha vida já mudou

E minha alma exultou de satisfação

 

E dos teus dois olhos eu fiz

 Os meus olhos apaixonados

Só peço a Deus que faça de nós dois

Eternamente dois namorados

 

Nosso agradecimento ao jornalista e pesquisador Nirez, pelo envio do fonograma de Carmen Miranda interpretando Novo Amor.

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

54 Comentários

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      1. Anninha

        Vc, Luciano e Odonir, que nunca falham comigo, pediria, assim que  fosse possível, com  Nana Caymi, o CAIS do Milton Nascimento. Já o meu conterâneo nunca me responde, apesar de que já fez um post para mim e eu o adoro tb.

          1. Odonir

            Genial, genial, genial. Vc acredita que eu desconhecia esta gravação? Fiquei louca de emoção. Somente conhecia a dos dois separados. Mas esta é lindíssima mesmo.

            Um grande abraço amiga, e pode ter certeza que me fez mt feliz. Obrigado de coração.

             

            PS: Nana é o nome da minha cachorrinha.

      1. Quando o Cocó aparece …

        Amigo Luciano,

        o Cocó é um sítio especialíssimo. E merece melhor atenção. Naquela mata, naquele mangue, a instintiva proteção da natureza me fortaleceu e resguardou. Sintonia total.

        Para relembrar, eu trago uma das canções, dentre tantas maravilhosas, que embalou teu post tão bonito!

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=H_KCB4BvupE%5D

  1. O disco da Gal

    O disco, que tive o prazer de lançá-lo, na condição de discotecário-programador na então única emissora da minha cidade (Rádio Princesa da Serra), foi dos mais executados da Gal Costa; e essa vinha dentre as indicações como faixas alternativas à música-título, que foi o carro-chefe, junto com É Luxo Só e No tabuleiro da baiana. Mas eu não conhecia a versão da Carmen.

    Valeu, grande garimpeiro!

  2. Amor

    Amigo Luciano,

    és um cracaço nesta arte de postar, bem sabes!

    A tua criação primorosa nos enche os olhos e os ouvidos, sempre. Mas é inegável: quando você fala de Amor, torna-se insuperável.  Mantenha o diapasão.  O mundo já anda triste demais para falarmos de qualquer outra coisa que não seja amar, olhar, afagar, namorar, apoiar, abraçar e tudo o mais que os corações anseiam fazer e encontrar para tornar a vida mais feliz.

    Esta vai, todos sabem para “quem” !  E este “quem” bem sabe que é para ele e somente para ele !

    A Vida é curta e o Amor é raro.  Celebremos seu nascer e florescer!!

    Abraço da Anna.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=TZMUjEOL7-k%5D

    1. Visgo de Jaca

      Já caçou bem-te-vi e insistiu no sofrê,
      É o diabo,
      Gaiolou curió e calou mainá,
      É o diabo,
      Segurou com o visgo da jaca,
      Cambaxirra, coleiro cantor,
      Tal e qual me prendeu a morena dendê no amor.

      São Francisco, amigo da mata,
      Justiceiro, viveiro quebrou,
      Mas não viu que a morena maltrata e me faz sofredor.

      Minha terra tem sapê, arueira,
      Onde canta o sabiá,
      Esta morena quer me ver na poeira,
      Sem ter asas pra voar….

      Rildo Hora e Sérgio Cabral | Martinho da Vila

      Um desavisado guacho enrolou-se nas linhas de anzóis abandonadas por pescadores do Pesque-Pague São Vicente, em Coronel Fabriciano – MG, administrado pela Daniele, craque na preparação da tilápia fisgada no seu lago artificial.

      [video:https://youtu.be/_XqsecCOan0 width:600]

      Helena Meireles, a  Rainha da Viola Pantaneira, soltando o Guacho

      [video:https://youtu.be/8KBbQDsOa9k width:600]

        1. JEQUITIBÁ CENTENÁRIO

          A árvore imponente desperta atenção de ambientalistas no Vale do Aço.

          O grande jequitibá, árvore com idade superior a 100 anos, que possui cerca de 50 metros de altura e 6 metros de diâmetro, fica a menos de três quilômetros da divisa de Paraíso com Ipatinga.

          Jequitiba - Centenário (S. do Paraíso)

          O imponente jequitibá - Santana do Paraíso - MG - Brasil

          O imponente jequitibá - Santana do Paraíso - MG - Brasil

          O imponente jequitibá - Santana do Paraíso - MG - Brasil

          jequitibá

          “É uma pena que a água esteja cada vez mais escassa nessa região onde fica o jequitibá centenário. Essa rara e solitária árvore já sofre com agressões e desenvolvimento urbano. Como se não bastasse, a nascente também está ameaçada de morte. Os órgãos de defesa ambiental e o poder público não podem se omitir. É preciso fazer alguma coisa para se recuperar as riquezas ambientais no local”, ressalta Marcélio Júnior, um dos integrantes do Jubap, o grupo de católicos Jovens Unidos Buscando Amor e Paz, da Paróquia Cristo Redentor, de Ipatinga, em vista ao jequitibá gigante em agosto de 2013.

          FOTOS DE ROLDÃO M – http://www.panoramio.com/user/6971535?with_photo_id=94070102

        1. Era uma vez uma moça chamada Leda

          CAPÍTULO I

          Naquela manhã resolveu pegar o trem na estação e ir ao encontro do amado com o qual durante meses se correspondera na Caixa Postal de número 179.

          Todas as semanas trocavam cartas sobre os mais diversos assuntos.

          Enfim era chegada a hora de Leda ir ao encontro do rapaz com quem mantivera longos meses de prosa quântica, eletromagnética, osmótica entre outros temas mais particulares…

          Assim, estava ela naquele trem a caminho da estação.

          Como reconhecer Leda? Como saber que eram dela aquelas linhas com letra bonita de professora alfabetizadora, meu Deus !

          Assim , sem saber quando chegaria, passava horas a fio na estação ferroviária entoando os versos que ele mesmo escrevera sob o visgo do amor que ela e ele haviam se derramado. 

          [Depois do Clubinho, tem mais. Aguardem.]

           

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=zfhnR27UibI%5D

          1. Que nem Labão!!!

            Todo satisfeito ao ler o começo do primeiro capítulo, tomei um baita susto porque a “minha” Leda já estava aqui e não pude mais trazê-la. Tal qual Labão, trago, no lugar de Leda, a Olga!

            Se Labão pode, porque não posso eu também?

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=206oCHPbVjc%5D

             

            Raquel

            Sete anos de pastor Jacob servia
            Labão, pai de Raquel, serrana bela;
            Mas não servia ao pai, servia a ela,
            E a ela só por prémio pretendia.

            Os dias, na esperança de um só dia,
            Passava, contentando-se com vê-la;
            Porém o pai, usando de cautela,
            Em lugar de Raquel lhe dava Lia.

            Vendo o triste pastor que com enganos
            Lhe fora assi negada a sua pastora,
            Como se a não tivera merecida;

            Começa de servir outros sete anos,
            Dizendo: – Mais servira, se não fora
            Para tão longo amor tão curta a vida!

             

          2. Odonir

            não complica.  Reconhecer Leda é fácil. O problema é o timing. Ah, claro, e as jacas no caminho!

            Prossiga, prossiga …  Tô adorando!

          3. Ledo engano…

            Com a colaboração de 2 jovenzinhos do Clubinho: Matheus e João Víctor

             

            CAPÍTULO 2:

            Nada de Leda chegar. O jovem rapaz se esgoelava a chamar, clamar por ela. Nada. Rouco voltava para casa e Leda, nada.

            Depois de uma semana, nessa espera descomunal- o que é o amor por cartas ! – Leda chega, ouve aquela pessoa desesperada a gritar versos repetidos, sem contudo encontrar acolhimento.

            Para, estranha  e pensa que talvez não fosse ele realmente o autor daquelas cartas. Lembrou da história de Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand , de que tanto gostara. Seria outro o autor daquelas cartas ? Teria ele um primo, um amigo , este sim, realmente autor das cartas.

            A dúvida terrível devassava Leda. Como saber, se ainda não falara com ele, se ainda não o tocara, nem de leve ouvira suas frases … apenas aqueles gritos repetitivos na estação. Não sei por que lembrou os dedos que se tocam na Capela Sistina. Queria pelo menos tentar.

            Além de assustada, Leda estava temerosa.

            Mas a estrada havia sido longa, o trem sacolejara muito, para ela perder a viagem, quiçá o frete.

            “Vamos em frente ! Já que estamos na chuva, sem guarda-chuva, o negócio é deixar molhar.”

            Lembrou-se da vontade que tinha, ao ler suas cartas semanais, de tocar nas mãos do remetente. Remetente este que ainda não recebeu nome nem sobrenome. Joel. Joel Machado. Um rapaz meio misterioso. A vida dele era um segredo.

            Assim , sem se identificar, passou de lado, e aguardou até que ele fosse embora para deixar, também ela a estação ferroviária.

            Estava desconfiada, iria observá-lo durante um tempo.

            Quem sabe fosse ele mesmo o autor das lindas cartas. Ou não. 

            Fosse outro, pegaria o trem de volta, sem nem mesmo se identificar.

            De noite, no hotelzinho em que se instalara, pensou nele, em tudo que lhe escrevera antes. Deliciou-se com suas palavras e ouvindo no radinho de pilha uma canção, adormeceu.

            Sonhos indecifráveis em seguida.

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=Vuu2VuE-RS8%5D

             

      1. Jacordel

        Jaca mole e jaca dura
        Jaca doce ‘amanteigada’
        Jaca até de madrugada
        De preferência madura
        Jaca fina e jaca pura
        Que é mel e fruta da gema
        No cordel a jaca é tema
        Para os íntimos, minha cara
        JACA JÓIA E JÓIA RARA
        ÉS PRA MIM DOCE POEMA!

        Cordelista Marconi Araújo

          1. elemental

                                evoco o desassossego

                                e a minha eterna embriaguês

                                pra comer uma jaca sem contar até três

                               

        1. Esse homem

          É mais louco que um primo que eu tinha. Foi quase padre, abandonou tudo, casou-se, estudou Belas Artes e tornou-se professor.Amou todas que lhe passavam pela frente, até com uns restantes de hippies ele andou, fumou e cheirou . Procurou macumbas e otras cositas más. Viveu muito.

          1. É mais É mais louco…

            Amou todas que lhe passavam pela frente (…) viveu muito.

            Ele já cheirou e lambeu um ‘jenipapo’?

    1. deus tá ali pelado

      e ninguém tá falando nada

      a capela sistina recebe cerca de 5 milhões de visitantes por ano. para se ter uma ideia, o cristo redentor carioca quebrou um recorde em 2011, ao receber 2 milhões de turistas, e a torre eiffel, em paris, atrai anualmente a marca de 6 milhões de pessoas. a razão para este respeitável fluxo de turistas nem sempre tão respeitáveis assim – nas duas vezes em que estive por lá os guardas locais precisaram impedir, em alto e bom som (e eventuais gestos), que os ávidos visitantes fotografassem o local usando flash – se resume a um teto e uma parede.

      mas que teto, e que parede.

      michelangelo buonarroti deixou quatro anos de sua vida nos afrescos do teto encomendados pelo papa julio II em 1508. enquanto do outro lado do oceano a terra recém-descoberta da américa era disputada por portugueses e espanhóis, do outro lado do tevere o artista italiano enfrentava todo tipo de problemas, incluindo seu próprio gênio (e não estou falando de brilhantismo e talento) e o do papa (releia os parênteses anteiores), para cumprir a tarefa. e michelangelo, que se considerava – e era mesmo, até então – um escultor e não um pintor de afrescos, e quis mais de uma vez recusar a missão, não perdeu a chance de reclamar o quanto pôde durante todo este tempo (e de fugir de julio II, cavalgando vaticano afora de madrugada, ao menos uma vez; esta e outras histórias deliciosas sobre esta pintura, pela qual sou obcecada, descobri neste livro aqui).

      (como os gênios nunca aprendem, cerca de 30 anos depois michelangelo voltou à capela para pintar o juízo final, desta vez em uma das paredes, e que tem um jesus ótimo, loiro e musculoso, no centro de um vértice de almas condenadas ou elevadas, entre as quais, diz a lenda, o artista escondeu seu próprio retrato).

      bom, voltando. as cenas do afresco do teto estão entre as pinturas mais famosas da história.

      quem nunca viu essa aqui?

      image

      e quem não tem/teve uma camiseta/ímã de geladeira/caderno com este detalhe?

      image

      michelangelo encheu o teto da sistina com passagens bíblicas do antigo testamento. esta aí em cima, mais famosa, se chama a criação de adão.

      mas também há a criação de eva, a embriaguez de noé (o primeiro bebum da história monoteísta), o pecado original e… a criação do sol e da lua.

      é nesta cena que michelangelo pintou deus de bunda de fora. se você nunca viu ou não atinou, não seja por isso:

      image

      a pintura é uma espécie de hq: de um lado, vemos deus criando a lua e o sol, de frente para a gente; do outro, o altíssimo se ocupa da criação das plantas, enquanto paga um belo cofrinho (que, por sinal, se equilibra maravilhosamente com as esferas do sol e da lua, notaram?).

      eu sempre achei que estas roupas esvoaçantes deviam ser um problema.

      mas o que mais me espanta é que quase ninguém fala a respeito. se falar em capela sistina, todo mundo se lembra da mão de deus tocando a de adão, mas ninguém pensa de bate-pronto na bunda de deus.

      talvez as pessoas não queiram constranger o criador, ou a si próprias, lembrando que deus também tem bunda.

      FONTE:

      http://satisfeitayolanda.tumblr.com/post/48739042068/deus-t%C3%A1-ali-pelado-e-ningu%C3%A9m-t%C3%A1-falando-nada

    1. Luciano, esse fim de tarde, essa chuvinha, nesse friozinho

      me acometeu uma vontade de DANÇAR UM TANGO ARGENTINO !

      Pneumotórax

      Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. 
      A vida inteira que podia ter sido e que não foi. 
      Tosse, tosse, tosse. 

      Mandou chamar o médico: 
      – Diga trinta e três. 
      – Trinta e três… trinta e três… trinta e três… 
      – Respire. 

      – O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. 
      – Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? 
      – Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. 

      Manuel Bandeira

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=E1VN2GhqED0%5D

      1. Tá vendo como é bacaninha essa atividade de criar texto sob

        estímulos.

        É desafiador. Meus meninos no Clubinho me deram várias sugestões.

        Eles são demais !

         

        1. Essa molecada é demais!

          Quisera eu estar sentadinha num tapetinho só acompanhando, rabiscando, desenhando …

          E sugerindo, que eu mesma tenho aqui comigo várias sugestões.

          Quando eu for a Barbacena agora, vou fazer uma visita a vocês todos, se você não se importar.

          Abraço !

        2. O Clubinho da Leitura, em Barbacena

          (Luciano, estou tentando aprender como retirar as fotos da máquina para esse formato que o blog exige, porque só copiando não consigo anexar; tentarei por outros procedimentos) Aí sim, o Clubinho vai aparecer e se narrar a si mesmo.

          Ontem, à tarde, tive meus meninos e meninas maiores do 9º ano e 1º médio; 3 deles já leram, no ano passado O Cyrano de Berjerac, de Edmond Rostand; discutimos etc. etc. porque haviam lido A marca de uma lágrima, de Pedro Bandeira, e eu os desafiara a ler o original, na sequência. Tem tudo a ver com a fase de descoberta do amor- em que se encontram etc- e na época foi uma maravilha o logos grego versus o paskw também; discussão pra mais de metro em puro mineirês .

          Ontem, depois de ter escrito o CAPÍTULO I, contei a eles o que estava fazendo minutos antes. Ficaram eletrizados com a possibilidade de participar também. Amo isso, entrosamento, jogo de passes, arrendondamentos, complementações de ideias etc. etc. enfim, papo de buteco – no caso deles, sem produtos etílicos e para menores.

          O Clubinho é isso. Dou o mote e eles acompanham. Às vezes são eles os “trazedores”, e brincamos COM PRAZER.

          UM GRANDE BEIJO NESSE SEU FALAR, DOÍDO DE GOSTOSO DE CEARENSE.

          E RISONHO TAMBÉM. QUE JÁ O CONHECI.

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=AE7SHkdD394%5D

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