A retórica planilheira

Coluna Econômica – 17/05/2007

A discussão sobre o câmbio entrou no campo dos dogmas sagrados. Acho que é efeito da visita do Papa. Confira as verdades intocáveis.

1. A apreciação cambial era algo inevitável, e os líderes industriais que não prepararam seus associados para esse quadro ainda irão ser cobrados por sua omissão, como coloca meu amigo Celso Ming em sua coluna de ontem no “Estadão”.

Ora, inevitável para quem? Apreciação ou desvalorização cambial não é um dado absoluto, que afeta todas as moedas. Se uma moeda está se apreciando, é em relação a outra moeda que se desvalorizou. É evidente que desvalorizar ou valorizar moedas depende basicamente da maneira como a política econômica atua sobre os fatores de influência no câmbio.

2. Essa história de que medidas de controle de capitais “seria como explodir a panela de pressão, com o feijão indo parar no teto”, como diz o economista Paulo Leme em entrevista ao “Estadão”, faz parte dos clichês que comovem, e não tem base factual.

Há diversas maneiras de conter o fluxo de dólares: fixar tempo de permanência para o capital especulativo, reduzir o diferencial de juros, criar fundos de exportação para produtos primários. Se há excesso de dólares, como que a redução de parte desse fluxo iria explodir a panela de pressão? Pode explodir o negócio do Paulo Leme, que consiste em trazer dólares pelo mercado financeiro para obter ganhos fáceis no país. Mas explodir o país? Trata-se de uma caricatura para enganar trouxa. E tem trouxa para tudo.

3. O dólar vai obrigar a economia a ser competitiva, em uma forma benfazeja de “darwinismo” econômico, como foi dito ontem em evento do ABN-Real.

O que caracteriza a competitividade? Ter produtos de igual ou melhor qualidade que o estrangeiro, a um preço menor ou igual. Se uma empresa nacional tem 30% de ganho de produtividade, isto é, ficou 30% mais eficiente, e o real se valorizou em 30%, todo o aumento de eficiência foi anulado pelo câmbio. E a empresa voltou ao nível de competitividade anterior, comparado ao seu rival estrangeiro. Como dizer, então, que a apreciação do real vai tornar a economia mais competitiva?

4. Com o real apreciado só perdem os setores ineficientes, como diz a primeira página do “Globo” de ontem.

É falso! Perdem todos os fabricantes nacionais em comparação com seus concorrentes importados. Os menos eficientes morrem. Os mais eficientes perdem eficiência. Uma ou outra empresa pode melhorar individualmente, recorrendo à importação. Mas será à custa de seus fornecedores internos, destruindo sua cadeia produtiva e os empregos que gera.

Essa idéia do “darwinismo” econômico é uma das facetas mais cruéis desse financismo que tomou conta do país. Como é de extrema miopia a idéia de que o país passa por uma “reestruturação competitiva”. Setores nascem, crescem a duras penas, se consolidam, treinam seus trabalhadores, aprendem a inovar, a exportar. Quando ganham escala, conseguem investimentos.

No Brasil de hoje, assim como no das três primeiras décadas do século, esse processo natural está proibido. Quando os moveleiros, o setor têxtil, o de calçados conseguiu crescer, veio o câmbio de 1994 e quase os destruiu. Depois, anos para serem reconstruídos. Quando começam a respirar, outro golpe cambial. É a eterna sina do subdesenvolvimento e dos interesses específicos se sobrepondo a um projeto nacional.

Para incluir na lista Coluna Econômica

Luis Nassif

72 Comentários

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  1. Prezado Luís
    Prezado Luís Nassif,

    concordo em parte com o que diz, entretanto, o dólar desvalorizou-se fortemente frente a todas as moedas das 20 maiores economias do mundo, menos o real. Concordo que a baixa de juros, evitaria a compra de dólares pelo Banco Central, tornando caro o controle do câmbio, contudo, a pouca disposição do governo em enfrentar o problema fiscal, gera insegurança nos agentes econômicos. A gerência fiscal brasileira é péssima, atrasada, burocratizada, permissiva à burlas (elisões e etc.), e nenhum governo quer enfrentar o problema, empurrando com a barriga sempre para o próximo governo a batata quente da reforma tributária. Sem isso, fica difícil o Banco Central cortar os juros com segurança.

  2. Concordo com o Luis Nassif.
    Concordo com o Luis Nassif. Mas como já havia comentado ontem no IG as pequenas empresas como a minha em uma escala em cascata da própria economia em geral perde faturamento se não tiver condiçoes de crescer e investir principalmente. Lá na frente a bolha vai explodir sobre nós. O universo econômico que o câmbio atinge não esta limitado aos que importam ou exportam ou medidas de aumento de alíquotas ou inflação. Os preços não aumentam porque o consumo geral é baixo. O país não está crscendo realmente nesta conjuntura. Esses dólares que estão entrando mascaram surrealismos que interessam ao governo e enganam os leigos. Muitos economistas vivem no imaginário dos seus lucros!!! Isso não vai dar certo lá na frente. Concordo com o Luís: é preciso reavaliar logo pois se não o estrago vai ser feio!!!

  3. Já que deu nome a alguns bois
    Já que deu nome a alguns bois ai no seu texto, vou falar hein, esqueceu de citar a sua compatriota virtual aqui do ig, Maria Clara do Prado, veja o post dela Cambio e Competitividade, nesse post até eu que sou leigo percebi a incongruencia.
    Não queria estar na pele de um exportador nesse momento !

  4. Eu tenho acompanhado essa sua
    Eu tenho acompanhado essa sua cruzada contra a valorização cambial, respeito e concordo contigo.
    Mas quando isso vai se refletir a ponto de alarmar a sociedade? O que terá que ocorrer para o BC admitir que errou: desemprego, queda arrecadação, seria isso ??

  5. Se o dolar pode cair para
    Se o dolar pode cair para abaixo dos 2 reais e não há problemas, então por que o juros da Selic não poderm cair para 6%, qual é o problema?

  6. Na década de 80, com a
    Na década de 80, com a reserva de mercado, quanto nosso país cresceu!!? Agora querem repetir erros que logo ali atrás foram cometidos. Acho uma tremenda burrice o governo intervir para beneficiar a ineficiência. Choque de eficiência já.

  7. No liberalismo econômico,
    No liberalismo econômico, todas as galinhas são livres. As raposas também.

    E se nosso “puleiro” é comandado só por raposas do setor financeiro, fica difícil não voar penas para todo lado…

    Mas a culpa é das galinhas.

  8. Nassif,

    Não sou economista,
    Nassif,

    Não sou economista, mas procuro endender do assunto, pois preciso disso no meu dia à dia.

    O problema é que a economia não é uma ciência exata. Nem nos mais altos circulos do pensamento econômico existe consenso sobre como a ecomonia realmente funciona, e quais medidas são mais adequadas para cada situação.

    Você diz que os planilheiros que defendem a política do BC, ou não possuem visão, ou são cooptados pelo mercado.

    Já os planilheiros dizem que seus argumentos não podem ser aplicados em uma real economia de mercado sem efeitos danosos, que trariam consequências piores do que a atual situação.

    Ora, nunca tive oportunidade de ver um debate entre essas duas correntes ao vivo, apenas o artigo de um aqui, o blog de outro ali, e assim por diante.

    Como para mim, em economia não existem absolutos, prefiro que o tempo diga quem realmente está com a razão.

    Então, se você tiver certo, teremos problemas com emprego, teremos um crescimento vultoso no setor de comodities, que seria nossa única pauta de exportação, nosso setor manufatureiro será dizimado, apenas sobrevivendo os “maquiadores” de produtos, e por fim, em alguma hora, sofreríamos um choque cambial advindo de alguma crise externa, obrigando o BC a aumentar os juros de uma pancada só, voltando o risco de uma estagflação.

    Ou seja, o pior dos mundos.

    Veremos o que o tempo dirá……

  9. Custo Brasil elevado é razão
    Custo Brasil elevado é razão a mais para um câmbio desvalorizado, e não a menos. Quanto a sair pela tangente, raramente saio. Quando deixo perguntas sem respostas não é por não conseguir responder. É que tem perguntas tão desinformadas e pretensiosas, que é pura perda de tempo tentar esclarecer o autor. Obviamente não é o seu caso, que me pareceu ser pessoa bastante humilde e informada.

  10. A prioridade de recursos
    A prioridade de recursos financeiros do governo está sendo direcionado para os que apoiaram nas eleições.
    Bancos, multinacionais e construtoras.
    O governo tem simuladores para melhorar todas as cadeias de negócios dos empreendedores nacionais?
    Dizem: um setor perde, mas os outros compensam.
    Quanta bobagem, é como dizer: ele perdeu os braços e o coração parou, mas o resto está fresquinho!
    Vejam estudo em http://www.surfmc.com/cidadania

  11. Nassif, existe algum ramo
    Nassif, existe algum ramo industrial que se beneficia com a desvalorização do dollar ? Por exemplo, setores que precisam importar componentes técnologicos ?

  12. Luiz Nassif, no caso do
    Luiz Nassif, no caso do alcool, que em plena super safra, os precos para o consumidor não baixa?É formação de cartel dos postos, dos distribuidores ou é mesmo descaso do Governo?Pelo que entendo, quando um determinado setor não se ajusta por conta da oferta e procura o Governo deveria intervir, estou certo ou errado? Ou será que tem um pacto entre produtores e distribuidores de alcool e com o conhecimento do Governo?

  13. VOCES QUE SAO ENTENDIDOS ME
    VOCES QUE SAO ENTENDIDOS ME EXPLIQUEM POR FAVOR !!!!
    A CHINA COM AQUELES MEGA SUPERAVITS COMO NAO APARECEU NOS INDICES APRESENTADOS PELO PARCEIRO AI AO LADO !!!!!
    COMO ELES COM CENTENAS DE BILHOES DE DOLARES EM RESERVAS MANTEM O CAMBIO
    FAVORAVEL AOS SEUS NEGOCIOS!!
    GOSTARIA DE DISPENSAR
    OS PAPANATAS DA PROPALADA EFICIENCIA !!!! ( PAPO FURADO ))
    COMO DIRIA O URUBU PRO JATAO

  14. Então, sr. Nassif, concorda
    Então, sr. Nassif, concorda com a declaração de Pratini de Moraes, quando ministro da Agricultura do governo Fernando Henrique Cardoso: “Dólar de país de país pobre tem que ser caro”?

  15. Um bom exemplo disso está
    Um bom exemplo disso está acontecendo em nossa empresa.
    Desenvolvemos galpões metálicos, de alta competitividade, consumindo menos que 10 kg de aço por m2, com produtividade até 15 vesesmaior que a produtividade padrão, um sistema facil de transportar em conteiner, ganhamos todas dos Chineses na africa isso a um dolar de R$2,00. Foi um esforço herculeo, mas o que vemos agora, se o dolar continuar a cair e chegar a R$1,60, nossos parceiros terão grande dificuldade de exportar.
    Nesse caso, nem se exportar perfil no lugar de estruturas vai dar.

  16. Faz muito barulho?
    Faz muito barulho? Hahahahahahaha…. Mal e mal conseguem um cantinho no Blog para reclamar. O povo brasileiro que está se beneficiando do dólar é meu vizinho aqui na Avenida Paulista.

  17. Por que não se baixa os juros
    Por que não se baixa os juros a 6% ao ano? A resposta é simples: por causa dos gastos do governo! No fim, todas as mazelas da economia brasileira estão relacionadas à política fiscal. E o governo Lula não tem feito nada para corrigir isso. Esses gastos impõem os juros altos, o que é a causa principal da enxurrada de dólares na economia brasileira. Não sei porquê, mas toda vez que ouço falar em controle de capitais sinto certo calafrio, talvez pelas lembranças da década de 80. A solução que a meu ver é a mais prudente: CHOQUE DE GESTÃO! Exemplos não faltam (MG/SP…)

  18. Chega de jogar a conta da
    Chega de jogar a conta da ineficiência para o consumidor.O dólar baixo pode ser ruim para uma elite de empresários ineficientes, mas para o consumidor brasileiro, o assalariado não é, pois produdos importados aumentam a concorrência no mercado interno, baixando os preços. A gasolina fica com o preço controlado, o que beneficia o consumidor, já que este item pressiona os preços principalmente de itens da alimentação. Portanto Nassif, pare de tentar remar contra a corrente e defender empresário ineficiente, pois os tempos são outros, não há mais a reserva de mercado que tanto prejudicou o consumidor brasileiro. Empresários, melhorem a produtividade de suas empresas, parem de chorar e lutem, concorram com o produto importado venha ele da Europa, EUA ou da China. Tentem vender nestes mercados também, exportar com valor agregado, e pressionem o congresso por uma reforma tributária que diminua o custo Brasil.

  19. É uma dureza tentar passar o
    É uma dureza tentar passar o óbvio. Veja nos comentários: até o povo brasileiro (que vai pagar a conta) foi invocado para defender o real forte.

  20. caro nassif.

    pois é , estou
    caro nassif.

    pois é , estou no setor textil a 25 anos , e justamente quando estavamos começando a respirar depois da cacetada de 1994 , vem esse tal de guido mantega( um verdadeiro embuste) querendo dar status de euro e dolar ao real , o brasileiro merece cada politico que esta em brasilia , e os nossos megas empresarios que estão em sampa não fazem nada , me parece que estão todos hipnotzados por este “presidente” , que usa a democracia pra aplicar o marxismo , nas costas da classe media , fazer caridade com o dinheiro e o trab de quem empreende é muito facil!!!

  21. Aos que desconhecem a
    Aos que desconhecem a indústria: sou gerente de produção da indústria moveleira, trabalho com 100% da produção voltada para exportação.No primeiro trimestre de 2007, aumentamos a produtividade em 24% referente ao mesmo período de 2006. Vocês sabem o que aumentar a produtividade? Significa produzir mais com o mesmo número de pessoas e com o mesmos equipamentos, isto é um número invejável e de alcançe difícil, quem é da área sabe que aumentar 10%, é razão para soltar foguetes já que não se pode alterar a estrutura dos produtos(diminuir qualidade de madeira e ferragens por exemplo, nem pensar) . Porém este aumento de produtividade tem um limite, e já chegamos lá, oque vamos fazer com mais essa queda de cotação? Diminuir a produção, ou seja os produtos os quais se gasta mais para produzir do que se recebe por eles(custo negativo), irão sair de linha, haverá lacunas na produção mensal, ou seja , haverá demissões. Não podemos ligar pro cliente lá fora e dizer”temos que aumentar 10% o preço”, aliás podemos, mas a resposta é : “não aceitamos aumentos, compraremos da China”. Espero que os leigos tenham entendido, já que li em muitos blogs que os empresários tem que se ferram, pra aprender a ser mais competitivo. Detalhe anualmente comprávamos máquinas novas, para melhoria de qualide e produtividade, ou seja nas vacas gordas investimos na fábrica, porém agora, os bancos do Lula(inclusive os oficias), fecharam as portas para empréstimos , inclusive de equipamentos(tipo Finame), porquê??? Risco de inadimplência muito grande no ramo moveleiro, na verdade muitas empresas já devem mais que o patrimônio.

  22. Caro senhor Nassif, boa
    Caro senhor Nassif, boa tarde!
    Por favor: se tiver um tempinho leia uma matéria da Gazeta Mercanti do dia 11.5 A3,e em seguida o que escrevo sobre isso(Bem mais que grave, gravoso)no dia15.5.pág A2.
    Muito obrigado.

  23. Caro Júnior, dólar baixo é
    Caro Júnior, dólar baixo é bom para o consumidor, baixa o preço das mercadorias? Para de escutar notícia do Jornal da Globo sem um pingo de análise crítica. Com o dólar nesse nível pode não haver consumidor depois do fechamento das fábricas e milhares de desempregados na rua. O que vamos ver é que o país caminha a passos largos para a desindustrialização.

  24. Realmente esse dólar é
    Realmente esse dólar é preocupante para qualquer um que dependa de negócios com o exterior para a sua sobrevivência. Não importa quanta “eficiência” você tenha, se o chinês ou indiano consegue ser várias vezes mais barato e chegar próximo da sua qualidade é lógico que ganharão de você. Essa história de “aumente a eficência e pare de chorar” é papo furado, basta dar uma olhada em várias empresas de tecnologia americanas que estão substituindo americanos por chineses ou indianos. Os americanos não são ruins, mas para que pagar mais se eu posso pagar menos e obter o mesmo resultado ou um resultado no mínimo aceitável? Esse pessoal que defende dólar baixo deve apenas considerar o fato “comprar muamba mais barato” ou uma ilusão de poder aquisitivo maior. Mas de que adianta ganharmos mais em dólar hoje e se amanhã ficaremos desempregados? Trabalho numa empresa de tecnologia (nem me venham com essa baboseira de que só agricultura se beneficia com dólar alto) e competimos diretamente com indianos e chineses. Do jeito que está é melhor começar a atualizar meu curriculum, pois seremos massacrados mesmo tendo mais eficiência que eles.

  25. Nassif, finalmente você se
    Nassif, finalmente você se livrou de um dogma!!!

    Criticou seu amigo do Estadão!!!

    O pessoal que defende a “inexorabilidade” da desvalorização do US$ e o “acerto” da desastrosa condução das politicas monetaria e cambial do Bacen estão eufóricos!!!

    Na CBN (da Globo endividadissima em US$) O Sardenberg esta felicíssimo porque podera comprar vinho barato!!! O Herodoto disse que vai se empanturrar de chocolate suiço…

    Esse pessoal ganhou um reforço de peso…Gustavo Franco e Delfim Neto defendem uma prá lá de estapafúrdia (deve ser piada) idéia de zerar as alíquotas de importação de todo produto importado!!!

    Se essa “brilhante” idéia for aceita pelo governo, restará desistirmos da possibilidade de um dia este país se tornar minimamente serio…

    Não pode ser só burrice ou incompetência!!!

    E que venham as quinquilharias e bugigangas chinesas!!! O povo gosta!!!!

  26. Boa, Nassif !
    Desmascarar
    Boa, Nassif !
    Desmascarar estas “verdades incontestáveis” é essencial… o Estado de S. Paulo está cada vez pior no quesito de formar ‘dogmas’!
    Parabéns

  27. Finalmente, algo sensato foi
    Finalmente, algo sensato foi dito. Faltou acrescentar que, para ganhar competitividade, algumas indústrias estão transferindo sua produção (leia-se: empregos) para países com mão-de-obra barata e dólar sob controle, a exemplo da China. Esses países terão ocupação para sua gente, enquanto o nosso …..

  28. Ótimos pontos levantados,
    Ótimos pontos levantados, Nassif.
    Mas deve haver uma maneira de medir e/ou apontar os setores mais sensíveis à valorização cambial. Ouço sempre falar dos calçados, dos texteis e mais recentemente dos móveis. Ouço também dizer que um número expressivo de indústrias brasileiras desses setores já estão produzindo seus produtos na China. Seria necessário termos estatísticas melhores a este respeito. Quais os setores industriais mais sensíveis e o que estão fazendo os empresários desses setores para minimizar o problema. Não sei se estou certo, mas acho que um empresário que é um dos maiores produtores de aços planos do Brasil (e que ninguém entendeu direito como saiu dos texteis e chegou lá em pouquíssimo tempo, graças ao BNDES, parece) passa todo o tempo a reclamar do câmbio. Os lucros do balanço desmentem suas críticas.

  29. Caro Nacif te respeito como
    Caro Nacif te respeito como um dos maiores economista desse pais, mas a pergunta sobre o tema dolar em queda, não é hora de todos os empresarios desse pais chamado Brasil se juntarem realmente e fazer uma pressão para que as reformas saim do papel e começe aconteçer , eu acredito que as mentalidades desse pais, principalmente as que tem o poder de transformar , se juntarem e começar a lutar de uma forma mais seria e em conjunto para que essas reforma aconteçam, que o dolar vai continuar caindo vai, e ai ?

  30. Por que o Brasil não pode ter
    Por que o Brasil não pode ter uma moeda forte?
    Dolar baixo beneficia a grande maioria da população brasileira e é o que interessa.
    Quem não tem competência para conviver com o Real forte que não se estabeleça. Discordo do Senhor, defensor ferrenho que a nossa moeda seja fraca.

  31. Prezado Luís Nassif:
    Prezado Luís Nassif:
    Acompanhei o seu raciocício, e quero dizer , aproveitando este espaço democrático que o iG nos proporciona, que concorod em parte com o mesmo, seguindo os comentários dos companheiros – sem conotações políticas, por favor. Penso que a questão mais séria é a reforma do Estado – nós precisamos duma outra, nos moldes daquela protagonizada pela Emenda Constitucional nº 19, você concorda? – de reformas fiscal e tributária pra valer etc.
    Penso ,ainda, que o Brasil não pode continuar tendo esta “peculiar forma de empreendimento” – para se dizer o mínimo.
    Cordialmente,
    Herlon, do Rio de Janeiro

  32. Cada um tem um ponto de vista
    Cada um tem um ponto de vista mas quem vai ser sufocado pela queda brusca do dólar é quem produz no pais, e como sempre o governo faz tentativas no meu entender “errônea” comprar dólar para tentar conter o dólar nessa altura o campeonato não vai adiantar de nada, basta tão somente abaixar a taxa selic em 2.5% e pronto resolvemos o problema, mas ai tem o problema do governo que gasta demais e precisa de investimentos extrangeiros, então é mais fácil deixar assim, como sempre.

  33. O nível de cara-de-pau é
    O nível de cara-de-pau é imenso. Apreciação do câmbio era algo inevitável? Quando no início do ano eu dizia para todo mundo que era para comprar opções de venda do câmbio a 2 reais, era recebido com desdém por todo mundo. Quando meses atrás comentei neste blog que tinha uma tsunami se formando no mercado de câmbio brasileiro, não obtive muito eco. Agora era óbvio que isso ia acontecer. Pelo amor de Deus.

    Igualmente cara-de-pau é questionar a produtividade do setor exportador Brasileiro. Mesmo com uma taxa de câmbio absurda, o Brasil mantém super-ávit comercial com a argentina: por quê? Milagre? Não, produtividade. Vão ser massacrados todos. Faz parte do jogo…

    Sobre controle de capitais, estou com o Paulo Leme: a tecnologia financeira moderna simplesmente inviabiliza qualquer tentativa de controle de fluxo câmbial… imponha qualquer controle, em dois meses os bancos vào viabilizar uma estrutura para driblá-lo. Ademais, e este é o ponto principal, eu quero sim que o capital estrangeiro venha para o Brasil.

    O fato é que o retorno sobre o capital no Brasil é absurdamente alto: os juros, as margens de lucro das empresas, os aluguéis, e por aí vai. A distribuição insana de renda no Brasil não é obra do acaso: o capital é muito, mas muito bem remunerado neste país. É óbvio que agora o mundo inteiro quer participar do joguinho Brasileiro: simplesmente não há muitos outros lugares neste planeta que remunere tão bem o capital. A entrada do capital estrangeiro em massa vai fazer inevitavelmente estas margens despencarem. Já temos juros de 1 dígito, já temos parte da bolsa negociada a preços internacionais, mas ainda existe um mundo de oportunidades que vai ser literalmente dilacerado pelos gestores de private equity. O capital estrangeiro vai fazer a revolução que a sociedade Brasileira em 500 anos nunca conseguia fazer: destruir a rentabilidade do capital. Até lá, segurem-se… A perspectiva: Lulão entregar o salário mínimo a 400 USD em 2010, e termos retornos sobre o capital produtivo de 1 dígito. Ah, estou ansioso: não dá para ser pessimista com a economia Brasileira numa perspectivas destas. Danem-se os empregos industriais, você está prestes a liberar uma sociedade de consumo, voraz. Num cenário destes, Lulao também entrega a economia a pleno emprego em 2010!

    Ruben

  34. Que o prejuizo será tremendo,
    Que o prejuizo será tremendo, destruindo a cadeia produtiva, é inegável. Minha curiosidade é saber quem está ganhando com isso para que esse governo continue bancando essa política estranha. Quando você desvalosiza o câmbio na atual conjuntura, fomenta uma importação de produtos manufaturados de baixo custo. Esses produtos, atualmente , vem da China, que tem sua moeda desvalosizada artificialmente e é um fenômemo de carescimento. Bem diferente do Paraguai, só para citar um pai´s de economia reluzente, exemplo a ser seguido pelo lritor que citou varios países que valorizaram suas moedas mais que o Brasil.
    O câmbio sobre valorizado é um desastre que será seguido por outro, a maxidesvalorização. É uma valorização artificialmente mantida por capitais especulativos, atraídos por essa taxa de juros suspeitíssima(vide os lucros dos bancos, grandes financiadores da campanha presidencial), já que , nem de longe, a economia do Brasil cresceu de forma tão significativa que justifique o fortalecimento da moeda. Para quem conheceu de perto o sucateamento da industria advindo da moeda mantida artifialmente forte logo após o plano real sabe que, na primeira crise internacional, esses capitais sairão voando para mercados realmente sólidos. O reverso disso, a reserva de mercado que existiu para informática e autotivos, nada tem a ver com valorização cambial. Eram leis protecionistas que visavam setores ligados a determinados interesses. Curioso é alguém pretender jogar aos lobos uma industria de um país livre, que paga altos impostos, com uma das lrgislações trabalhistas mais proibitivas do mundo( quero alguém que me aponte onde mais existe licença-paternidade, entre outras) para abrir os mercados aos produtos chineses e afins, que competem com salérios baixissímos, direitos trabalhistas zero, carga horária massacrante, etc. Os oportunistas, nessa conjuntura, tecem odes ao governo e sua política. E aqueles que sancionaram esse governo com o voto aplaudem, até porque fazer o contrário seria rasgar as ilusões. Mais fácil é rasgar o País.

  35. Comparando o dinheiro com
    Comparando o dinheiro com mercadoria, parece que quanto menos reais disponíveis no mercado, maior o seu preço. (lei da oferta e da procura)
    Botar o dinheiro para circular freiaria a valorização do Real.
    Porque não alavancar obras públicas para gerar empregos e botar o Real para circular? Medo de inflação?
    acho melhor tentar tornar o Real mais comum na economia, e portanto mais barato, do que comprar dólares para escondê-los e tentar valorizá-los.

    precisamos de um PAPAC (plano de aceleração do plano de aceleração da economia)

  36. Até que enfim alguem
    Até que enfim alguem inteligente(ou seria utopia sonhar,Nassif?)o leitor Flávio Mazzochi,que lembra-nos a ”””noia”das nossas empresas,que estão lamentando a apreciação do real,em detrimento do dólar,pois ganhariam menos,ao exportar.Porque pensar somente em exportar,se nem bem estamos capacitados para “bem”suprir o mercado interno?Na minha humilde concepção,se voltarmos o nosso foco para o consumidor brasileiro,aproveitando o aumento do seu poder de compra que melhora a cada dia,e desenvolvermos produtos de qualidade a preços competitivos,certamente aqui mesmo,teremos os ganhos que deixaríamos de ter,migrando da exportação,para o abastecimento da nossa gente.

  37. Nassif,

    Começo a achar que o
    Nassif,

    Começo a achar que o que vivemos, 2 crises cambiais parecidas, que causarão estragos fundamentais na economia brasileira, são uma especie de destino. Uma catarse pra algo melhor que poderá a vir.

    Chego a essa conclusão, pq não é só a midia que capitulou a esse discurso inconsistente em favor dessa valorização. A academia tb, com professores ressussitanto Schumpeter para justificar o injustificavel. Como se o pobre do
    Schumpeter tivesse a ver, não com destruição criativa, e sim com uma perda de competitividade artificial, criada por uma taxa de juros irracional, num ambiente de inflação abaixo da meta.

    Será que estamos passando por isso, pq temos que passar ?? Será que esse “processo” servirá para formar os novos lideres do futuro ??

    Acredito que sim, é só observar os comentarios no seu blog, é uma luta insana defender o obvio, principalmente pra quem tem o minimo de memoria e lembra o que já passamos. Mas a grande maioria aceita os argumentos financistas com uma facilidade inexplicavel.

    Asta,

  38. Nassif,
    concordo plenamente
    Nassif,
    concordo plenamente contigo nos malefícios do cambio apreciado. Só não acompanho seu raciocinio sobre como segurar a apreciação da moeda. Acho que é muito mais complicado do que vc propõe e, muitas medidas sugeridas, são extremamente dificeis de aplicar. Fundo de exportação é algo dificilimo num país como o Brasil. As outras sugestões tb são muito complicadas de serem implementadas.
    No entanto, não devemos deixar de continuar questionando.

  39. Sr. Luis Nassif, por favor
    Sr. Luis Nassif, por favor tire uma ou melhor duas dúvidas:
    1 – Por que a China pode controlar o valor de sua moeda, crescer como cresce acumulando reservas enormes e tudo bem?
    2 – E o Japão, como consegue manter sua moeda tão desvalorizada em relação ao dollar? Um iene vale bem menos que um dollar, ou não ( sem ironia – é dúvida mesmo)?
    Grato,
    Clóvis.

  40. Choque de eficiência
    Choque de eficiência já.

    Este choque choque de eficiência poderia começar com o COPOM sinalizando juros da Selic de 6% nominais ao ano.

    Com as Reservas Cambias acima dos 120 bilhões de dolares, saldos da Balança Comercial acima dos 44 bilhões de dolares anuais, inflação de 3% ao ano, dolar abaixo de 2 reais com cambio flutuante, superávit primário de 3,8% do PIB, risco Brasil abaixo dos 150 pontos, não há um motivo para manter os t juros da Selic no atual patamar, 12% nominais em 2007 e de 11% nominais para os próximos 12 meses, isto sim que está fora do eixo, tudo esta entrando nos euxos no Brasil, menos os juros da dívida pública.

  41. É necessário agora adequar a
    É necessário agora adequar a carga tributária das empresas àquelas dos países competitores. E criar alguns empecilhos para a importaçào para não virarmos um importador de bugigangas. É óbvio que o dolar voltará a subir antes de retomar sua tendência queda definitiva.

  42. O que querem vocês
    O que querem vocês economistas afinal? A grande maioria – justiça seja feita não sei se o Sr.- defendia o tal “câmbio flutuante” como uma maravilha (que absurdo!!).
    Afinal agora querem o que?
    Câmbio fixo estili Argentina Kirchnerista (onde a inflação já “voltou” como sempre lá);
    Controles cambias como os governos militares, beneficiando a ineficiência da FIESP à custa da desvalorização dos salários de todo resto da população;
    ou o que afinal? Só criticar não adinata…

  43. Acho que articulista
    Acho que articulista economico deveria PELO menos ler o “the economist”. Nao que sejam nenhum genios. Ao contrario…escrevem tantas abobrinhas quanto qq veja da vida.mas la ha dados…e dados qu eesses srs articulistas deveriam ao menos olhar (mesmo que ficassem a soltar suas asneiras depois) Ha uma coisa chamda “guitarra” e a uma cois achamado controle fiscal que so funciona para “paises pobre”. Resultado…Guitarra cantando e descontrole fiscal em paises ricos igual ao que?
    quanta asneira…

  44. Prezado Luis,
    O que Vc.
    Prezado Luis,
    O que Vc. coloca aih tem um peso bem significativo e parece que o pessoal da area financeira do governo nao lê e nao reflete sobre isso. Que tal Vc. com sua influencia de economista esfregar na cara deles isso tudo aih.

  45. Olá Nassif!
    Acompanho seus
    Olá Nassif!
    Acompanho seus artigos e, via de regra, concordo. Entretanto você acaba tendo o mesmo comportamento de seus criticados, ou seja, enfoca o problema apenas pelo ângulo que defende.
    O problema cambial não é apenas de política econômica interna, algumas sugestões que você dá podem atenuar, mas não resolver. O dólar vem se enfraquecendo por problemas na economia americana, e não, exclusivamente, por que o real está se valorizando.
    Para nos tornarmos mais competitivos precisamos menor carga fiscal, salários desonerados, mão-de-obra qualificada, condições mínimas de infra-estrutura, redução da violência, para ficar no óbvio.
    Assim como o câmbio não é a solução de todos os problemas, também não é a causa.

  46. Excelente Nassif, só falotu
    Excelente Nassif, só falotu citar que a China, nosso principal concorrente, não joga o jogo limpo e dita o cambio que quer, por isso já é uma super potência!

  47. O controle de capitais
    O controle de capitais especulativos cairia como uma luva atualmente.
    Diminuiria a valorização do real, assim como da volatilidade da taxa de câmbio. Só não vê quem não quer ( ou não pode…).
    Com a provável subida da taxa de câmbio provocada pelo controle de capitais, faz-se necessário que o governo se prepare – aumentando suas reservas internacionais – de forma a atenuar esse processo para que não ocorra uma desvalorização muito rápida e seus efeitos inconveninetes sobre a inflação.

  48. Nassif o problema é que
    Nassif o problema é que economistas e jornalistas que são engajados com o lado produtivo da economia faz tempo que são escanteados pelo pessoal ligado ao setor financeiro. Quem ousa pensar em um projeto de país para os filhos e netos é visto como um idiota, espertos são os caras que defendem que o bom é ganhar dinheiro com especulação de curtíssimo prazo para gastar com importados e viajar para o exterior! Não está sobrando país. Pouco tempo atrás em um debate dirigido pelo prof. Delfim houve uma discussão entre economistas de SP e um economista da GV do Rio, e o Delfim resumiu essa questão do cambio respondendo ao carioca que eles os cariocas sempre tiveram a visão de consumidores que pouco ou nada produziram historicamente, portanto para essa turma estamos no melhor dos mundos.

  49. DUDA FONSECA. Vc deve ter
    DUDA FONSECA. Vc deve ter diploma universitario, mas escreve e fala errado. Já li e ouvi teus erros gramaticais. Tire a trave do teu olho, antes de falar do cisco no olho do teu irmão…

  50. Sobre o valor do Salário
    Sobre o valor do Salário Mínimo em dolar lembro que se deve primeiro incluir o valor do 13o. salário, 1/3 da férias e FGTS(8% mais multa de 50% e juros sobre o saldo) o que eleva o salário mensal em mais 22%.

    Agora sobre o impacto da redução de tarifas para aumentar as importações sobre o cambio, creio que uma medida de folego em virtude que isso deve provocar um certo grau de desemprego que em seguida teria efeito sobre o consumo e consequentemente sobre as importaçóes.

    O melhor mesmo é reduzir os juros da Selic, estimulando o consumo via crédito via redução dos juros e alongamento dos financiamentos o que deve provocar um aumento da importações e permitindo ainda uma redução dos gastos do Governo com os juros da dívida pública, abrindo espaço para redução da carga tributária.

  51. O atual do saldo da Balança
    O atual do saldo da Balança Comercial e o nível de Investimento Estrageiro Direto deve ser visto como um importante componente de oferta na economia Brasileira que junto com o crescimento da taxa de investimento, o nível da capacidade instalada e a taxa de desemprego permitem ao COPOM um maior alivio da Política Monetária não só pela redução maior dos juros da Selic como também pela redução do depósito compullssório.

    Isto seria uma medida inteligente para aumentar as importações via crescimento econômico e fundamentada em dados macroecômicos e não esta medida artificial colocada na imprensa de redução temporária das tarifas de importação que além de folêgo curto e duvidoso não acrescenta em nada na busca por um crescimento maior da economia no Brasil.

  52. Concordo que com a queda do
    Concordo que com a queda do dolar as empresas brasileiras que exportam seus produtos vão perder muito dinheiro, porem essas empresas deveriam voltar seus olhos para o mercado interno, ja que o poder de compra esta aumentando, mas ainda resta um problema, sera que as empresas brasileiras conseguem produzir algumas linhas de produtos como as empresas estrangeiras? Principalmente produtos eletronicos, acho que pelo menos nesse setor da industria vai ser muito dificil as empresas nacionais chegarem ao patamar de qualidade das empresas estrangeiras. a importação vai continuar sendo feita, mas agora em maior escala.

  53. Além da redução das tarifas
    Além da redução das tarifas ser uma media artiifical, ainda mais se tiver um caráter temporário, lembro que a própria queda do dolar já significa uma redução de tarifa e que as compras de dolar a vista realizada pelo Banco Central tem o mesmo impacto sobre o cambio que os aumentos das importações, e com estamos vendo o peso do atual patamar dos juros da Selic é muito maior sobre o valor do cambio.

  54. Ora essa, que povinho mais
    Ora essa, que povinho mais reclamão! E o Nassif ainda faz tão grande alarde?

    Tem problema com o dólar ?

    Ora, vendam em Euros !!

    De outra feita eu já aconselhei comer brioches !!

    Agora ninguém põe mais a mão meu pescocinho !!!

  55. Nassif, parabéns pela sua
    Nassif, parabéns pela sua análise serena e firme.
    Uma pergunta:
    Que tal a tributação sobre os lucros do investimento externo como forma de diminuir a pressão no câmbio?

  56. Ainda sobre a questão do
    Ainda sobre a questão do aumentos da importações para frear a queda do dolar, creio que a própria queda dolar já funciona como uma queda de tarifa como já foi colocado em várias oprtunidades pelo Autor do Blog e reforçado recentemente pelas declações do Ministro Guido Mantega.

    E além disso as importações só se sustentam se forem consequência de um aumento do consumo via crescimento econômico, e não através de uma medida artifical para estimular as importações que ao afetar o nível do emprego teria um folego muito curto.

    Agora se aqueles que defedem medidas artificiais como a redução de tarifas de importação, deveriam primeiro defender a redução dos juros da taxa Selic, esta medida sim
    poderia ter um forte impacto nas importações por meio do aumento do consumo.

  57. Parece tão obvio que o
    Parece tão obvio que o capital especulativo é um dos grandes males economicos e que não existem argumentos significativos que justifiquem a manutenção deste tipo de operação financeira.
    Mais intrigante, ainda, é haver personalidades de tão alto gabarito a defender esta prática.
    Os males deste expediente sobrepoem infinitamente seus benefícios (se é que eles existem).

  58. PORQUE O BC MANTEM A TAXA
    PORQUE O BC MANTEM A TAXA SELIC TÃO ALTA?
    Na semana passada, no blog do Mino, no artigo O OUTSIDER tem uma boa pista:
    -Fernando Henrique manteve a paridade U$ x R$ e levou a faixa.
    -Lula incrementou o bolsa esmola e levou a faixa
    -A hora certa para baixar a Selic de verdade, sera depois das eleições de 2008,com investiment grade,crescimento do pib de 5%, etc cenario apropriado para o surgimento do esperado Messias,digo outsider H.Meirelles, responsavel por todo espetaculo de crescimento ja visto.
    É bom não se esquecer que na verdade é ele o grande ministro da Fazenda,presidente do BC o maior poder paralelo da republica, sendo adorado como Deus, por rentistas, investidores, banqueiros,etc.Dinheiro e apoio pra sua campanha não ira faltar!

  59. Nassif,

    Sou economista e sei
    Nassif,

    Sou economista e sei porque a maioria dos economistas em determinadas situações, recorrem ao economês: é para que ninguém entenda.Vou ser direto: O real supervalorizado não é bom negócio para nossa economia. Acredito que o patarmar adequado seria em torno de R$2,45 a R$2,50.

  60. Nassif,
    Concordo, o que o
    Nassif,
    Concordo, o que o mercado faz para se justificar é por culpa na vítima.
    Fazendo uma figura de linguagem: Estão culpando a mini-saia da moça pelo estupro.

  61. O Lula, que é meu presidente,
    O Lula, que é meu presidente, não quer ter o mesmo destino de FHC: ser escondido de todos qdo for ex. Com o Meireles e a turma toda engambelando ele, ambos irão para a mesma galeria: a dos que EXTERMINARAM O FUTURO!

  62. Acho que ficou doente: é uma
    Acho que ficou doente: é uma coluna que se pode discordar mas, talvez por timidez, ele não colocou os absurdos econômicos com que costuma rechear seus escritos. Não ataco por atacar: só ressalto as obtusidades.

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