A crise política do ajuste italiano

Itália volta a realidade após o fracasso na Copa

Mais de 1 milhão protestam contra plano econômico na Itália
DA EFE, EM ROMA

Mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas nesta sexta-feira para protestar contra o plano de austeridade aprovado pelo Executivo, segundo dados divulgados pelo governo e pelo sindicato italiano.

A greve de 24 horas na administração pública e de quatro nas empresas privadas foi convocada unicamente pelo sindicato, que assegurou que a adesão à greve foi “em massa”.

O sindicato considera que o plano de ajuste orçamentário aprovado pelo governo de Silvio Berlusconi, que se encontra em fase de debate no Parlamento, é injusto e incorpora medidas pouco equitativas.

As disposições previstas pelo Executivo contemplam, entre outros aspectos, a diminuição dos gastos públicos, o congelamento dos salários dos funcionários e atrasos no acesso às aposentadorias, assim como cortes nos orçamentos das entidades regionais e provinciais.

Com este plano de austeridade, a Itália pretende reduzir a relação entre deficit e PIB (Produto Interno Bruto) dos atuais 5% para 2,7% em 2012.

Do protesto em Milão participou o secretário-geral do opositor PD (Partido Democrata), Pier Luigi Bersani, que pediu que o Executivo corrija o plano de ajuste nos aspectos “relacionados fortemente” às rendas mais baixas.

 Em Roma, cerca de 25 mil pessoas percorreram cerca de dois quilômetros segurando cartazes com palavras de ordem contra Berlusconi e contra o prefeito da cidade.

Quanto aos ataques, que causaram mais inconvenientes aos cidadãos, foram registrados no transporte público das grandes cidades como Roma e Milão, onde houve desvios e limitações na circulação.

Além disso, a greve no setor do transporte aéreo entre as 10h e 14h locais (5h às 9h, em Brasília) causou o cancelamento de vários voos.

Luis Nassif

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