Custo anual de desperdício de alimentos atinge US$ 750 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os desperdícios com alimentos no mundo representam aproximadamente US$ 750 bilhões de prejuízo ao ano, segundo estudo divulgado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). O documento mostra que a perda de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos por ano não só afeta o solo e o meio ambiente, como também gera prejuízos à qualidade de vida.
 
Segundo o documento, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção de alimentos – na manipulação, após a colheita e na armazenagem –, enquanto os 46% restantes ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo. O nível de resíduos no varejo e pelo consumidor tende a ser maior nas regiões de alta e média renda, que respondem por 31% a 39% dos resíduos, contra 4% a 16% registrados nas áreas de baixa renda. Quanto mais tarde se perde um item alimentício na cadeia, maiores são suas consequências ambientais, uma vez que o custo inicial da produção é acrescido dos custos ambientais apurados durante processamento, transporte, armazenagem e cozimento.
 
Na Ásia, o problema são as perdas envolvendo os cereais, principalmente do arroz. O prejuízo com carne é menor, segundo os dados, mas a indústria acaba gerando um impacto considerável sobre o meio ambiente em termos de uso da terra e do carbono, em especial nos países de alta renda e na América Latina, que respondeu por 80% do total dos resíduos de carne. Com exceção da América Latina, as regiões de alta renda são responsáveis por aproximadamente 67% de todos os resíduos de carne.
 
Os resíduos de frutas contribuem de forma expressiva para o desperdício de água na Ásia, na Europa e na América Latina, principalmente por causa de seus níveis extremamente elevados. Da mesma forma, os grandes volumes de hortaliças desperdiçadas nos países industrializados de Ásia, Europa e no sudeste asiático se traduzem em um grande gasto com carbono para a região.
 
Em comunicado, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, afirmou que medidas preventivas devem ser adotadas por todos os envolvidos na cadeia – agricultores, pescadores, processadores de alimentos, supermercados, os governos locais e nacionais e os consumidores. “Temos que fazer mudanças em todos os elos da cadeia alimentar humana para impedir que ocorra o desperdício de alimentos; em seguida, temos de promover a reutilização e a reciclagem”, disse.Graziano lembrou que há situações que dificultam o desperdício de alimentos devido às “práticas inadequadas” na produção. O diretor da FAO ressaltou que a organização criou um manual com  medidas adotadas por governos nacionais e locais, agricultores, empresas e consumidores para resolver o problema.
 
O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, ressaltou que o ideal é buscar o caminho da sustentabilidade, ao qual devem aderir todos os que participam da cadeia alimentar – do produtor ao consumidor.
 
Com informações da Agência Brasil
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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