Economia de guerra: as prioridades da União Europeia na guerra contra o coronavirus

Para responder urgentemente a essas prioridades, a Comissão Europeia está trabalhando em duas frentes, a sanitária e a econômica.

O Conselho Europeu identificou quatro prioridades:

Primeiro, limite a propagação do vírus. Os Estados-Membros reiteraram como máximo prioridade para garantir a saúde dos cidadãos e basear ações em Recomendações científicas e das autoridades de saúde, com medidas proporcionais.

Segundo, o fornecimento de equipamentos médicos. Foi acordado confiar à Comissão a análise das necessidades e implementação de iniciativas para evitar situações de escassez, em colaboração com a indústria e através de contratos públicos articulação. Além disso, a Comissão pretende adquirir equipamento de proteção individual através do Mecanismo de Proteção Civil, prestando especial atenção às máscaras e

respiradores.

Terceiro, a promoção de pesquisas, particularmente para o desenvolvimento de uma vacina. E quarto, para enfrentar as conseqüências socioeconômicas. A União e seus Estados membros sublinharam sua disposição de fazer uso de todos os instrumentos necessário. Em particular, considerando o potencial impacto na liquidez, apoiando PME, setores específicos afetados e trabalhadores.

Para responder urgentemente a essas prioridades, a Comissão Europeia está trabalhando em duas frentes, a sanitária e a econômica.

No campo da saúde, ações como a coordenação de medidas através de teleconferências diárias com os Ministros da Saúde e do Interior, organização de uma equipe de epidemiologistas e virologistas de diferentes Estados-Membros propor orientações a nível europeu, o inventário de equipamentos de proteção e dispositivos respiratórios disponíveis, bem como sua capacidade de produção e distribuição, reforçar a iniciativa europeia de financiar pesquisas específicas sobre a Coronavírus e mobilização de 140 milhões de euros de financiamento público e privado para pesquisa, diagnóstico e tratamento de vacinas.

Por seu lado, a Comissão Europeia anunciou também outras medidas no terreno econômico. Assim, está sendo realizada uma coordenação essencial entre os Estados membros, a Comissão e o Banco Central Europeu. Ele também quer garantir que os auxílios estatais podem fluir para as empresas que os necessitem, adaptando, quando apropriado, os regulamentos em matéria de auxílios estatais e a flexibilidade existente Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A Comissão Europeia anunciou uma ‘Iniciativa de Investimento em Resposta ao Coronavírus’ destinadas a apoiar os sistemas de saúde, as PME, o mercado de trabalho, setores especialmente afetados e outras áreas vulneráveis, e apresentará medidas que permitir que os fundos estruturais sejam utilizados de forma rápida e excepcional a este respeito.

 

 

Luis Nassif

3 Comentários

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  1. Este ponto dos suprimentos essenciais ao tratamento dos que precisam de UTI, tem uma particularidade, já que não precisa daquelas UTIs cheias de aparelhos e fios. Fundamentalmente, no caso da covid-19 as pessoas tem necessidade de oxigênio e assim dos respiradores. Parece que gestores de hospitais particulares falam sobre a questão, pois já há uma complicação para encontra-los no mercado e o preço disparou. Antes, custava cerca de R$ 30 mil, hoje está mais difícil de encontrar e o preço aumentou para R$ 100 mil a unidade. Os EUA vão precisar comprar materiais da China, que tem vendido para diversos países e o desembaixadeiro bananinha brigado com a China, complicou a ponto de governadores estarem indo por conta própria atrás.

    O que são e como funcionam os respiradores
    Respiradores são máquinas que ajudam os pulmões a inspirar e expirar quando a pessoa não tem a capacidade de operar seu sistema respiratório normalmente. Um respirador tem uma reserva de ar alimentada com ar e oxigênio. Essa reserva é comprimida diversas vezes por minuto, o que força o ar a ir até os pulmões do paciente, que ficam conectados ao aparelho por tubos e válvulas. Quando o ar é expulso da máquina e inserido nos pulmões, o órgão – que é naturalmente elástico – se expande, simulando a respiração normal. Ao se expandirem, os respiradores também retiram o gás carbônico produzido na respiração. Os tubos que ligam a máquina ao paciente podem ser ligados pelo nariz, pela boca ou por um pequeno corte na traqueia, na região da garganta – é a chamada traqueostomia. A traqueostomia costuma ocorrer em casos mais graves, quando a pessoa tende a ter uma maior dependência do respirador para o funcionamento do sistema respiratório.

    O papel dos respiradores no combate ao coronavírus
    A maioria das pessoas que contraem o novo coronavírus apresenta sintomas leves, similares àqueles de uma gripe ou resfriado. Essas pessoas não precisam de cuidados hospitalares, sendo recomendado o repouso em isolamento, tomando precauções para não transmitir o vírus para outras pessoas que moram na casa.
    No entanto, cerca de 5% dos infectados precisam de cuidados intensivos, que incluem internação em UTIs. É mais provável que esses casos graves ocorram nos grupos de risco, como idosos, pessoas com doenças respiratórias crônicas (como asma), com doenças cardíacas, diabéticas e hipertensas.
    Não são todos os casos de hospitalização que requerem ajuda do respirador para suprir oxigênio à pessoa doente. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine mostrou que, em uma amostra de 1.099 pacientes hospitalizados com o novo coronavírus na China, 6,1% precisaram de ventilação mecânica.

    A covid-19 é uma doença caracterizada por ser agressiva ao sistema respiratório. Com a rápida disseminação do vírus, o número de infectados começa a crescer no mundo inteiro e os casos graves pelo mundo vão aumentando. Surge em diversos lugares – países europeus, EUA e até mesmo no Brasil – a preocupação com uma possível insuficiência no número de respiradores disponíveis. Se faltarem aparelhos, pacientes que precisem de ajuda artificial para respirar podem morrer por ausência de suprimento de oxigênio.

    Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/03/19/Por-que-os-respiradores-s%C3%A3o-centrais-para-tratar-a-covid-19
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  2. Conforme ficou comentado em outra postagem de hoje, a situação que se avista, de acordo com o andamento da epidemia nos EUA, vem desenhando uma cena a ser acompanhada. Estando ainda no começo da subida de casos, muitas regiões do país, se comparadas com países de fato, já apresentam maiores números de casos, a exemplo da região de New York, que se fosse um país a compor a lista com casos positivos, com seus 15.793 casos e 117 mortes, já seria o 8º – posição onde todo os EUA estava a apenas uma semana – hoje o país é o 3º e ao virar o mês já pode ser o primeiro em número de casos no mundo. Provavelmente vamos ter acirramentos no futuro pois os EUA sairá bastante “machucado” desta epidemia, seja interna mas principalmente externamente. Esta epidemia acompanhada pelo mundo neste tempo do imediatismo vai mostrando que os estados “fortes” ou que estão agindo com pulso firme, até usando de “ferramentas” ou métodos de ditaduras é que parecem melhor está controlando a situação. É bem possível que a área de saúde, ao olhar os exemplos de China, Coréia do Sul e Japão que usaram bastante a tecnologia dando suporte ao controle. O filósofo Yuval Harari já vinha falando a respeito do possível uso de dispositivos (ou quem sabe algum chip) pessoais, analisando diuturnamente e enviando os dados a um enorme banco de dados, possa monitorar o que se sente física e até emocionalmente, através da análise de reações bioquímicas. Algo possível para introdução quase imediata, como se vê, principalmente na cultura asiática um tanto mais submissa ao estado, mas diante do possível sucesso deles, muitos no ocidente se inclinarão a adquirir o serviço e até concorrentes dos asiáticos surgirão, sendo um novo mercado que expõe rapidamente um possível declínio aos grandes agrupamentos médicos e de planos de assistência hospitalar.

    Mesmo ao longo da recessão ocorrida nesta quarentena global, já se temos alguns possíveis baques que já começam a serem contados na economia mundial:
    – com países já informando que não enviarão delegações ao Japão, fica cada vez mais inviável às olimpíadas.
    – Com temporada paralisada, principais clubes europeus podem perder US$ 4,33 bilhões
    https://br.sputniknews.com/economia/2020032215361105-com-temporada-paralisada-principais-clubes-europeus-podem-perder-us-433-bilhoes/
    – Bancos alemães antecipam recessão econômica
    https://br.sputniknews.com/economia/2020032215360804-coronavirus-bancos-alemaes-antecipam-recessao-economica/
    – ‘Compras de pânico’ podem gerar inflação, apesar do estoque de alimentos ser suficiente, diz FAO
    https://br.sputniknews.com/sociedade/2020032215360263-compras-de-panico-podem-gerar-inflacao-apesar-do-estoque-de-alimentos-ser-suficiente-diz-fao/
    – Alunos chineses voltam para casa e deixam universidades ocidentais com ‘rombos bilionários’
    https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2020032215361075-alunos-chineses-voltam-para-casa-e-podem-deixar-universidades-ocidentais-com-rombos-bilionarios/

    1. Aliás, a excelente entrevista que o filósofo e estudioso israelense deu ao Roda Viva, no final de 2019, ao cumprir passagem pelo Brasil, em especial para palestrar aos membros do Congresso Nacional, mostra porque o autor de livros já passando das 20 milhões de unidades e com seu recente best-seller (As 21 lições para o século XXI) dá demonstrações porque gente com Bill Gates, Zuckeberg e Barack Obama recomendam seus livros; líderes europeus como Macron e Merkel o recebem para conversas e principalmente as empresas líderes do Vale do Silício o procuram para ajudá-los a pensar para onde vai este mundo complexo que eles estão ajudando a construir.

      Roda Viva | Yuval Harari | 11/11/2019

      conteúdo da entrevista
      Bloco 1
      [02:30] 1ª | Daniela Lima | – Qual é o futuro da desinformação nas redes?
      [04:40] 2ª | Daniela Lima | – Qual a responsabilidade das grandes empresas na dispersão da desinformação (fake news)?
      [06:45] 3ª | Fernanda Diamant | – O desenvolvimento da ciência faz o ser humano perder o controle sobre a realidade?
      [09:09] 4ª | Raul J Lores | – Os governos podem combater os oligopólios das empresas de dados?
      [14:21] 5ª | Cláudia Costin | – Com a automação e a inteligência artificial, qual educação as novas gerações devem receber para o novo mercado de trabalho?
      [18:40] 6ª | Célia Rosemblum | – Como construir uma rede de segurança global com ascensão de governos protecionistas/populistas/nacionalistas no mundo?
      [21:32] 7ª | Paulo Saldiva | – O ser humano conseguirá criar os mecanismos de proteção global?

      Bloco 2

      [25:58] 8ª | Daniela Lima | – Já há algum sinal de mudança na mentalidade política/educacional que nos ajudará a enfrentar as mudanças advindas das novas rupturas tecnológicas?
      [27:40] 9ª | Raul J Lores | – A sensação de incerteza, pessimismo e medo com o futuro atinge também os asiáticos?
      [33:16] 10ª| Cláudia Costin | – Quais políticas públicas seriam importantes serem adotas para evitar um futuro trágico?
      [38:08] 11ª| Fernanda Diamant | – As minorias devem ter maior cuidado ao usar as redes sociais?
      [44:20] 12ª| Célia Rosemblum | – Como você lida com a tecnologia no seu dia-a-dia?
      [46:33] 13ª| Paulo Saldiva | – Seria necessário criar uma resolução ética para empresas alimentícias?

      Bloco 3

      [50:29] 14ª| Raul J Lores | – As instituições religiosas irão mudar de posicionamento em relação à homosexualidade e às mulheres?
      [53:18] 15ª| Fernanda Diamant | – A literatura de ficção científica influencia o seu trabalho como escritor?
      [57:02] 16ª| Cláudia Costin | – Qual a responsabilidade do indivíduo/cidadão em resolver os problemas atuais?
      [1:00:53]17ª| Paulo Saldiva | – Sentido da vida, identidade e depressão nos tempos modernos.

      Bloco 4

      [1:05:49]18ª| Daniela Lima | – Qual seu conselho para os cientistas brasileiros que lutam na guerra da informação contra o negacionismo científico?
      [1:09:49]19ª| Célia Rosemblum | – Aquecimento Global
      [1:13:33]20ª| Raul J Lores | – Drogas recreativas como a maconha serão mais aceitas? (e sobre meditação)
      [1:18:06]21ª| Claudia Costin | – Sobre a necessidade de se pensar historicamente hoje
      [1:18:33]22ª| Fernanda Diamant | – Quais seus dois livros preferidos de ficção cientifica? Por que as pessoas gostam tanto de você no vale do silício?

      https://www.youtube.com/watch?v=pBQM085IxOM

      Um bônus:
      Yuval Noah Harari: o mundo após o coronavírus | Financial Times
      traduzido pelo Bahia Notícias
      https://www.bahianoticias.com.br/artigo/1174-yuval-noah-harari-o-mundo-apos-o-coronavirus-financial-times.html

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