Jornal GGN – A inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes subiu para 11% em dezembro, segundo prognósticos divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com a alta de 0,9 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, as expectativas de inflação atingem um novo recorde da série iniciada em setembro de 2005.
Em dezembro, houve, pela primeira vez desde março passado, um descolamento de expectativas entre as diferentes faixas de renda pesquisadas. A faixa de renda mais baixa apresentou elevação bem superior às demais, ao subir de 10,1% em novembro para 11,6% em dezembro.
Segundo os dados divulgados, o intervalo entre 10% e 12% aparece pela primeira vez como o mais citado, por 35,5% dos consumidores, contra 26,6% em novembro. A frequência relativa de respostas acima de 12% também aumentou, ao passar de 17% do total em novembro para 21,3% em dezembro.
“O resultado reflete uma piora significativa. Se compararmos ao início do ano, observamos um aumento de 3,8 p.p. das expectativas de inflação em um ano com crescimento negativo do PIB (Produto Interno Bruto) e taxa Selic elevada”, explica o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE, em comunicado. “Entre os fatores que parecem mais estar impactando as expectativas são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2015, em torno de 10%, e o sentimento de perda de renda dos consumidores. Não se espera que a tendência se altere nos próximos meses, mas, com o aprofundamento da crise, é possível que as expectativas se estabilizem ao longo de 2016”, ressalta.
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