Índice prevê quedas no varejo em fevereiro

Na média, setor deve registrar queda de -3,06% em fevereiro; janeiro teve queda real de -8,56%

Jornal GGN – O Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) divulgou o Índice Antecedente de Vendas (IAV), do mês de fevereiro. De acordo com o levantamento, a queda nas atividades deve ser de -3,06%. Em março, no entanto, os associados do IDV esperam um crescimento real de 1,3%. Para abril, a projeção também é de queda: -0,7%.

“A deterioração dos pilares macroeconômicos que direcionam o consumo tem influenciado diretamente para o baixo desempenho do varejo”, disse a entidade em nota. Em janeiro, descontada a inflação, o índice teve queda real de 8,56% na comparação com o mesmo mês de 2015. Foi o pior resultado da série desde outubro de 2007.

O crescimento real de março deve ser puxado pelas empresas de bens não duráveis, que projetam vendas maiores devido ao feriado de Páscoa. “Vale ressaltar que este feriado, no ano passado, foi comemorado em abril”.

Levando em conta apenas o setor de bens duráveis, a queda real do mês de janeiro foi de 10,5%. “Tal comportamento pode ser atribuído ainda pela baixa confiança dos consumidores e desafios no cenário de crédito”. A projeção dos comerciantes ligados ao segmentos é de queda de -1,1% em fevereiro, -2,8% em março e -2,6% em abril.

Os associados do setor de semiduráveis apontaram para queda real de -8,6% em janeiro e esperam queda de -4% em fevereiro, -6% em março e -,02% em abril.

O segmento de bens não duráveis apresentou queda de -7,5% em janeiro e a estimativa é de -3,7% em fevereiro. Em maço, no entanto, devido ao feriado de Páscoa, os varejistas do setor esperam registrar alta de 10%. Em abril, nova alta de 1,8% é esperada.

O IAV-IDV é medido mensalmente pelos associados do IDV e divulgado 30 dias antes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O IAV-IDV é importante porque consegue antecipar entre 30 e 40 dias a tendência do resultado da PMC. No último dia 16 foi divulgado o resultado anual do varejo restrito, que apontou decrescimento de 4,3%. Já o IAV-IDV fechou em 2015 com queda de 3,9%”, disse a presidente do IDV, Luiza Helena Trajano.