IPCA fecha junho em alta de 0,53%, puxada pela energia elétrica

Resultado apurado pelo IBGE é o maior para o período desde junho de 2018; acumulado em 12 meses chega a 8,35%

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou o mês de junho em alta de 0,53%, depois de ficar em 0,83% no mês anterior. Apesar da queda na base mensal, esse é o maior resultado para o mês desde junho de 2018 (1,26%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses. A variação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016 (8,48%). Em junho de 2020, a taxa mensal foi de 0,26%.

Oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta, sendo que o maior impacto (0,17 p.p.) foi do grupo habitação (1,10%) por causa da energia elétrica (1,95%). Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 ponto percentual).

Em seguida, vieram alimentação e bebidas (0,43%) e transportes (0,41%), ambos com o segundo maior impacto no índice (0,09 ponto percentual). Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, puxada pelas carnes (1,32%), que acumulam alta de 38,17% em 12 meses. No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-15,38%), a cebola (-13,70%), o tomate (-9,35%) e as frutas (-2,69%).

A alimentação fora do domicílio (0,66%) desacelerou em relação a maio (0,98%), sobretudo, devido ao lanche (0,24%), cujos preços haviam subido 2,10% no mês anterior. Já a refeição cresceu 0,85%, enquanto havia apresentado alta de 0,63% em maio.

No grupo dos transportes (0,41%), os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses. O destaque foi a gasolina (0,69%), cujos preços haviam crescido 2,87% em maio, mas os preços do etanol (2,14%), do óleo diesel (1,10%) e do gás veicular (0,16%) também subiram.

A maior variação no mês, entre os grandes grupos, ficou com vestuário (1,21%), com destaques para calçados e acessórios (1,53%), roupas masculinas (1,52%) e roupas femininas (1,10%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,12% de Comunicação e a alta de 1,09% de Artigos de residência.

Em junho, todas as áreas pesquisadas apresentaram inflação. O maior índice ficou com a região metropolitana de Recife (0,92%), e o menor resultado ocorreu em Brasília (0,17%).

Redação

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