Jornal GGN – Instituições financeiras reduziram a projeção da inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,14% para 7,08%, em seu sexto ajuste seguido. Para 2017, estimativa caiu de 5,95% para 5,93%, na segunda queda consecutiva. As estimativas integram o relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central. As projeções estão acima do centro da meta de 4,5%. A estimativa para 2016 ultrapassa também o teto da meta de inflação, que é 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada de 7,40% para 7,22% este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,47% para 7,43%, em 2016. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi ajustada de 7,27% para 7,39%, em 2016.
O cálculo do mercado financeiro para a queda da economia este ano foi alterado pela 13a vez consecutiva, ao passar de 3,77% para 3,80%. Para 2017, a expectativa de crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) foi alterada de 0,30% para 0,20%.
Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras esperam que o BC reduza a taxa básica de juros este ano. A mediana das expectativas (desconsiderando os extremos nas projeções) para a taxa Selic, ao final de 2016, passou de 13,75% para 13,38% ao ano. Atualmente, a Selic está 14,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa é que a Selic fique em 12,25% ao ano.
A estimativa para a cotação do dólar passou de R$ 4 para R$ 3,80 no fim de 2016, e de R$ 4,10 para R$ 4 ao final do próximo ano. Para a balança comercial, os dados de 2016 foram mantidos em US$ 18 bilhões pela décima oitava consecutiva, e a variação para 2017 seguiu em US$ 50 bilhões pela segunda semana.
Em termos de política fiscal, o prognóstico para a relação dívida líquida do setor público para o PIB em 2016 subiu pela segunda semana, de 41,20% para 41,40%, ao passo que os dados para 2017 passaram de 46,20% para 46,35%. Quanto ao déficit em conta corrente, os números para o fim deste ano ficaram em -US$ 20 bilhões, enquanto a perspectiva para 2017 foram de -US$ 18 bilhões.
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