“Não adianta ficar sentado chorando”, diz Paulo Guedes sobre conta de luz

Ministro culpa crise hídrica por reajuste na bandeira tarifária vermelha; antes, ele perguntou qual problema da conta ‘ficar um pouco mais cara’

O ministro de Estado da Economia, Paulo Guedes, participa via videoconferência de audiência no Senado Federal. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Jornal GGN – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “não adianta ficar sentado chorando” sobre o novo aumento da taxa extra atualmente cobrada na conta de energia elétrica. Antes, Guedes já havia questionado qual o problema de a conta de luz ficar “um pouco mais cara”.

“Temos de enfrentar a crise de frente. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir. Vou pedir aos governadores para não subir automaticamente (o ICMS, imposto estadual, cobrado no valor total da conta de luz), eles acabam faturando em cima da crise. Isso não é interessante. Temos de enfrentar, não adianta ficar sentado chorando”, declarou Guedes.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, cálculos do governo indicam que a bandeira vermelha nível 2, de atualmente R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), seja elevada para algo entre R$ 15 e R$ 20. Na última quarta-feira, o ministro já tinha questionado “qual é o problema” de a energia ficar “um pouco mais cara?” – segundo Guedes, a frase foi retirada de contexto.

Clique aqui e veja como ajudar o jornalismo independente do GGN

Durante a audiência, os senadores também falaram sobre o impacto da inflação no bolso da população. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) lembrou que há previsões pessimistas de o índice chegar a 11% neste ano, enquanto a alta dos combustíveis tem impactado a economia das famílias.

O ministro da Economia criticou a incidência do ICMS nas bandeiras e sugeriu que os governos estaduais reavaliem a manutenção da cobrança da forma que está hoje.

“O governo federal tentou ajudar, baixando os impostos do governo federal. O presidente também tentou encaminhar uma medida para o Congresso pedindo que os governadores também transformassem seus impostos em número fixo, em vez de ser um percentual”, disse Guedes.

“Por exemplo, agora nós vamos levantar a bandeira contra a crise hídrica. Você vai lá e põe uma bandeira, você não pode permitir que o próprio estado se aproveite de uma crise para cobrar mais o preço do combustível da população brasileira (…) Agora os estados têm o ICMS que incide sobre a bandeira, e isso é um absurdo”, afirmou Guedes, de acordo com a Agência Senado.

Redação

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador