OGX suspende produção; ações despencam na bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A OGX Petróleo e Gás anunciou a suspensão do desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. A área era a única que estava efetivamente em produção, e o anúncio levou as ações da companhia de Eike Batista a caírem cerca de 30% na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta segunda-feira (1).

Segundo fato relevante divulgado ao mercado, foi realizada uma análise do comportamento de cada um dos poços desde o início da produção, e o resultado mostrou que “não existe, no momento, tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse campo visando aumentar o seu perfil de produção”, e que os poços atualmente em funcionamento podem parar de produzir ao longo de 2014.

O aluguel pelo afretamento da FPSO OSX-1, plataforma conectada ao Campo de Tubarão Azul, continuará a ser pago à OSX nos termos do respectivo contrato. “A Companhia submeterá a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma revisão do Plano de Desenvolvimento, com base nas conclusões resultantes da referida análise”, ressalta o comunicado.

Apesar disso, a OGX afirmou que o campo de Tubarão Martelo – mantido em parceria com a empresa malaia Petronas – continuará a se desenvolver, e seu primeiro óleo está previsto para o quarto trimestre de 2013. As unidades FPSO OSX-3 e WHP-2, que serão instaladas nesse campo, terão o prazo do contrato de afretamento ajustado, de forma a dar para a OGX o direito de terminar os contratos sem ônus a partir do 13º e 12º anos, respectivamente. Tal modificação do contrato de afretamento do FPSO OSX-3 somente entrará em vigor após a amortização total pela OSX do financiamento contraído pela mesma para construção da unidade, previsto para 2015.

“Em função dos eventos acima informados, as partes celebraram um acordo pelo qual a OGX terá um desembolso imediato de caixa para a OSX no valor aproximado de US$ 449 milhões. Pelo acordo, aproximadamente 70% desse montante será empregado no pagamento de custos de construção do FPSO OSX-3 e WHP-2”, diz a companhia, ressaltando que “não devem mais ser consideradas válidas as projeções anteriormente divulgadas, inclusive as que dizem respeito a suas metas de produção”.

O desempenho da OGX derrubou a bolsa brasileira, em detrimento do quadro favorável no mercado internacional. Enquanto o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) operava em queda de 0,53%, aos 47.207 pontos (e perdendo 22,55% em 2013), a ação OGXP3 caía 26,58%, a R$ 0,58, depois de perder 35,44% na mínima do dia. Com isso, o papel acumula uma desvalorização anual de 86,76%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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