Ex-aluna do IFRS conquista 1º lugar na maior feira de ciências do mundo

A jovem desenvolveu uma pesquisa utilizando a casca da macadâmia para produzir membrana que substitui material sintético em embalagens ou curativos

Juliana conquistou título com pesquisa que utiliza a casca da macadâmia – Foto: Arquivo pessoal

Por Luís Eduardo Gomes*

No Sul21

Juliana Estradioto, egressa do Campus Osório do IFRS, conquistou na sexta-feira (17) o 1º lugar em Ciência dos Materiais na maior feira de ciências do mundo. A jovem desenvolveu uma pesquisa utilizando a casca da macadâmia para produzir membrana que substitui material sintético em embalagens ou curativos.

Ao Sul21, ela contou como foi conquistar o título em Phoenix, Estados Unidos, no evento do qual participaram mais de 1.800 estudantes de ensino médio de 80 países. “É muito emocionante, indescritível porque a gente tem contato com outras culturas, porque a gente aprende a ter empatia e aprende o quanto a educação transforma a vida das pessoas. Tem pessoas das mais variadas realidades aqui, lutando pela ciência, pela pesquisa e para tentar trazer benefícios para a sociedade”, diz Juliana.

O trabalho, desenvolvido enquanto Juliana era aluna do curso Técnico de Administração Integrado ao Ensino Médio do Campus Osório do IFRS, sob orientação da professora Flávia Twardowski e coorientação do professor Thiago Maduro, aproveita a casca da noz macadâmia para confeccionar uma membrana biodegradável, que pode ser utilizada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético. Além de ecologicamente correta, a membrana tem um custo mais baixo do que o material sintético, sendo também mais econômica.

“Eu nunca imaginei que fosse ganhar o primeiro lugar na minha área. Até então, só dois brasileiros tinham conquistado o primeiro lugar na área. Me sinto muito feliz, motivada a querer continuar lutando pela pesquisa. Foi muita emoção, chorei muito, foi algo inimaginável”, conta a estudante, que agora passa por processo para estudar em universidades dos Estados Unidos.

Estudante gaúcha conta sobre a emoção de conquistar o título nos EUA.Foto: Flávia Twardowski /Arquivo Pessoal

O credenciamento para participar da Intel foi conquistado durante a FeiraBrasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em março de 2019, na Universidade de São Paulo (USP). Na ocasião, o projeto de Juliana conquistou o 1º lugar em Ciências Agrárias, o 2° lugar no Prêmio Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e também o Prêmio Destaque Unidades da Federação como melhor trabalho do Rio Grande do Sul. O título da pesquisa é “Catchpooh: Aproveitamento de Resíduos para Biossíntese de Celulose e Confecção de Embalagem”.

Em 2018, Juliana recebeu o prêmio Jovem Cientista na categoria Ensino Médio, com o projeto “Desenvolvimento de um filme plástico biodegradável a partir do resíduo agroindustrial do maracujá”, também desenvolvido no Campus Osório do IFRS. Essa foi a terceira vez que a estudante participou da Intel e o trabalho dela foi o sétimo trabalho coordenado pela professora Flávia Twardowski que participa do evento.

Redação

5 Comentários

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  1. Nassif: só acredito na genialidade desse aluna se ela conseguir estabilizar o elemento gososo instável da fórmula B17+VS. Esse isôtomo radiativo B17 invade e destroi o núcleo atômico de outros elementos, principalmente quando associado a uma praga biológica não endêmica denominada VS. Combinados, são altamente letais. Destroem os sistemas em pouco tempo. Há registros de em menos de 6 meses. Se essa menina conseguir domar a fera então o Brasil terá o dever de recomendá-la ao Nobel.

  2. Parabéns à moça brasileira!! Uma ótima notícia em meio a tanta notícia ruim que tem aparecido neste Brasil dos dias de hoje!

  3. Enquanto isso na cabecinha dos atuais coordenadores do ensino militar:
    https://www.google.com/amp/s/noticias.r7.com/educacao/colegio-militar-proibe-alunos-de-participar-de-olimpiada-de-historia-18052019%3famp

    Enquanto os obscuros coordenadores dos colegios militares tentam justificar a imbecilidade atribuindo esta proibição a “divergências pedagógicas e uso de palavrões nas questões”, alunos atribuem a proibição à tentativa do departamento de evitar que alunos do sistema tenham contato com questões que façam alusão ao período da Ditadura Militar.
    Tosco!
    Reflexo do pensamento de quem tem dúvidas sobre a origem do universo, evolução das espécies e até sobre a curvatura da terra.

  4. Quanto ao Talento e Grandiosidade desta Moça, nada a dizer. Apenas dar Nosso parabéns e mostrar Nosso Orgulho. Quanto à Noticia, existe algo diferente. Mostra que continuamos a Nos submeter ao crivo e reconhecimento dos outros. Síndrome do tal Cachorro Vira Latas que não muda na nossa Elite !!!!!! A Produção, Talento e Trabalho desta Brasileira já era Extraordinário, sem precisar de aval ou prêmio de ninguém, fora os Nossos.

    1. Sim, sem contar que a guria vai pros “States”, desenvolver ciência e patentes para os gringos, sendo que NÓS pagamos seus estudos. Mais uma colonizada… Lamentável.

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