Democracia não é pacto de submissão, rebate Lula sobre AI-5

"A democracia não é um pacto de submissão, de silêncio, e quem ganha as eleições pode fazer tudo"

Foto: Ricardo Stuckert

Jornal GGN – “A democracia não é um pacto de submissão, de silêncio, e quem ganha as eleições pode fazer tudo. Quem ganha tem que fazer o que está na lei, e o povo não é obrigado a aceitar a venda de todo o patrimônio público”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao Brasil247.

A declaração do mandatário é sobre os recentes pronunciamentos do governo federal, do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, e do ministro da Economia, Paulo Guedes, este primeiro que propôs o decreto Ato Institucional 5 para conter as manifestações e o segundo que afirmou: “não se assustem se alguém pedir o AI-5”.

O ex-presidente Lula deu entrevista ao site 247 e falou também que as manifestações de rua são parte do processo político de reação contra as atuais propostas econômicas do governo de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, e negou que ele tenha estimulado “bagunça”, como havia informado Guedes nesta terça-feira (26).

“O povo tem que ir para a rua e dizer: não vai vender o BNDES. Qual é o mal disso?”, questionou o ex-presidente. Contrariando Guedes, que disse que o AI-5 seria um pedido para conter “o povo para a rua” e “para quebrar tudo”, que Lula estaria estimulando estes atos, o líder político disse que nunca convocou “quebra-quebra”.

Ainda durante a entrevista, Lula falou sobre o processo que o condena por suposto beneficiamento pelas reformas em sítio de Atibaia. Lembrou aos jornalista que não tem relação com as reformas e que a chácara não é dele. “Se [a chácara] não é minha, pode fazer 500 reformas que eu não tenho nada a ver com isso. Eles não têm prova, eles têm uma tese: o Lula não pode ficar solto”, lembrou.

Redação

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