Justiça Federal aceita denúncia sobre trensalão paulista de 1999

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Fotos: Edson Lopes Jr/Fotos Públicas
 
 
Jornal GGN – É destaque na Folha de S. Paulo desta sexta-feira (5) que a Justiça Federal em São Paulo aceitou denúncia do procurador Rodrigo de Grandis sobre corrupção em obras da CPTM de 1999 e 2000, no governo do tucano Mário Covas. Para o processo sobre o esquema de corrupção que ficou conhecido como trensalão, o Ministério Público contou com dois delatores da Siemens que foram poupados na denúncia. 
 
De acordo com o MP, o cartel que fraudou obras da linha 5 da CPTM foi formado por seis multinacionais (Siemens, Alstom, Daimler-Chrysler Rail, ADTranz, Mitsui e CAF). Os ex-diretores da Siemens Everton Rheinheimer e Jan-Malthe Hans Jochen Orthmann ficaram de fora da denúncia porque colaboraram com as apurações.
 
Os ex-presidentes da CPTM Olivier Hossepian Salles de Lima, suspeito de receber propina, e Mário Bandeira, investigado por violação da Lei de Licitações, também foram poupados. Isso porque receberam o benefício da prescrição.
 
Entram no rol dos réus os ex-diretores da CPTM João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo, por corrupção e lavagem de dinheiro, quatro ex-executivos da Alstom (Paulo José de Carvalho Borges Júnior, Carlos Alberto Cardoso Almeida, Daniel Maurice Elie Huet e Isidro Ramon Fondevila Quionero); Ronaldo Cavalieri, da Siemens, e Masao Suzuki, ex-executivo da Mitsui, além do consultor Arthur Gomes Teixeira.
 
O MPF diz que o dinheiro da propina do esquema circulou por cinco países. “A obra do Metrô paulistano custou R$ 527 milhões em valores de 2002, quando foi concluído o primeiro trecho da linha 5. A propina que passou pelas empresas de consultoria corresponde a 5% do valor do contrato, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal”, destacou o jornal.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Justiça Federal….

    Lembra da história publicada aqui ontem, sobre o Promotor da cidade de Sorocaba impondo censura ao sindicato? MP/SP, famoso MP Tucano. Tudo passaria às sombras, Sérgio Moro não faria seu Circo Curitibano, se a Justiça Federal não tivesse intervido. Alias como outros diversos casos em Sorocaba. Mas então onde está todo aquele espetáculo do Suprasumo Sérgio Moro e Procuradores de Curitiba? Powerpoint de Dallagnol? Não?! Conduções Coercitivas? Prisões Provisórias? elações Premiadas? Dinheiro daqui, dinheiro de lá?  Tucanaiada não sabendoi de nada? Alckmin, Serra, FHC, Aécio fazendo cara de paisagem? Entendemnos agora por que Bombardier, Alstom, Siemens… foram tão prontamente liberadas e seus Diretores deram no pé. Quem vai delatar agora para se livrar da cadeia, se não existe nem coersão quando o caso é tucano e não petista? Para quem esqueceu do assunto, o Trensalão Tucano é aquele das sucatas espanholas que foram vendidas mais caras que trens novos ao estado de SP. Dos trens que funcionam razoavelmente bem  entre os Jardins e a Berrini, embaixo das câmeras e estúdios da RGT; e serviço medíocre que não chega nunca ao bairro de Parelheiros, apesar de estra lá instalado há 200 anos. Do “Elefante Branco”, torres de 30 metros de concreto e aço, das mesmas empreiteiras dos casos de Curitiba, para interligar o Metrô Leste ao Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos. Obra que poderia percorrer a lateral da pista de acesso e que não consumiria algo em torno de 6 bilhões de reais (R$ 6.000.000.000,00). Ficou tudo parado na Justiça de São Paulo até cair em prescrição e isentar tucanos de alta plumagem  e multinacionais como Siemens ou Alstom. Até porque o que interessa pe destruir narcas e empresas nacionais. Nossa fantasia nacional crê que as estrangeiras não corrompem.       

  2. O tal procurador Rodrigo de Grandis tem dificuldades

    com números, mas agora ele tem certeza que o caso prescreveu.

    Quando reconstruirmos o Brasil, teremos que extinguir os MP’s. 

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