Lava Jato devolve R$ 654 mi à Petrobras e funcionários protestam contra Moro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: Agência Senado
 
 
Jornal GGN – A Petrobras informou nesta quinta (7) que recebeu a devolução de cerca de R$ 654 milhões, recuperados por meio de acordos de colaboração celebrados com pessoas físicas e jurídicas no âmbito da Lava Jato. Com isso, o total de recursos transferidos à estatal desde o início da operação atinge o montante de R$ 1,476 bilhão.
 
A estatal promove na sexta (8) um evento em homenagem ao combate à corrupção que contará com a presença do juiz Sergio Moro. Funcionários da estatal protestaram contra a participação do magistrado e divulgaram uma nota pública afirmando que as perdas para a economia nacional com a Lava Jato superam os ganhos propagandeados pela força-tarefa.
 
“Com a justificativa de recuperar o dinheiro roubado dos cofres públicos e punir poderosos, a operação avança gerando um rastro de destruição econômica que não é compensada por seus supostos benefícios”, dispararam.
 
“(…) ainda em 2015, foi realizado um estudo estimando um impacto de R$ 140 bilhões no PIB brasileiro, representando uma perda de cerca de 2,5%, como um ‘custo’ da Lava Jato. Para se ter ideia, em 2014 quando esta Operação teve início, o PIB era de US$ 2,456 trilhões, terminando 2016 em US$ 1,796 trilhões por vários fatores, inclusive pela paralisia trazida pelo pretenso combate a corrupção. Logo, as perdas foram muito mais significativas que os ganho”, acrescentaram.
 
Os funcionários disseram, sobre Moro, que “uma vez que os trabalhadores não foram consultados quanto ao destaque conferido ao juiz nas dependências da empresa, este manifesto de repúdio visa evidenciar que ele não conta com aprovação plena de toda Petrobrás.” O informe acrescentou que o juiz tem utilizado métodos questionáveis durante a operação.
 
 
Leia a nota completa abaixo.
 
A Petrobrás está convidando os empregados para o evento “Petrobras em Compliance” a ser realizado no dia 08/12, no qual o juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro, responsável por julgamentos da operação Lava-Jato, irá realizar palestra em virtude do Dia Internacional de Combate à Corrupção. O fato de ser figura polêmica conduzindo uma operação questionável em seus objetivos declarados já configuraria um bom motivo para que a direção da empresa não o convidasse. Porém, uma vez que os trabalhadores não foram consultados quanto ao destaque conferido ao juiz nas dependências da empresa, este manifesto de repúdio visa evidenciar que ele não conta com aprovação plena de toda Petrobrás.
 
A Operação Lava-Jato se assemelha mais a uma série de TV, atuando em “parceria” com a mídia monopolista e empresarial e alçando ao estrelato juízes e procuradores que deveriam agir de modo independente e discreto, sem pronunciamentos e ações espetaculosas conforme exige a profissão, opostamente ao que temos assistido. Construiu-se no imaginário da população a ideia de que a corrupção deve ser combatida a qualquer custo, inclusive à revelia das leis, e a atrelaram a uma determinada categoria de pessoas. Logicamente corrupção é um problema sério, mas na prática seu combate não vem sendo efetivo. Com a justificativa de recuperar o dinheiro roubado dos cofres públicos e punir poderosos, a operação avança gerando um rastro de destruição econômica que não é compensada por seus supostos benefícios.
 
Esta “parceria” entre judiciário e mídia criou uma narrativa que vem justificando a destruição do país, da própria Petrobrás e entrega das nossas riquezas ao capital estrangeiro. Não estamos afirmando que a Operação Lava-Jato é a única responsável por todos os males que atualmente recaem sobre o Brasil, mas é o principal fator que viabilizou a ascensão ao poder central da quadrilha de Michel Temer, trazendo consigo inúmeros retrocessos ou acelerando aqueles iniciados pelo PT.
 
O valor monetário recuperado para a sociedade pela Operação Lava-Jato é controverso; reportam-se as cifras de 1 bilhão, 4 bilhões e até 10 bilhões, as quais seriam provenientes de pagamento de multas, acordos de leniência, delações premiadas e bens bloqueados. Já a Petrobrás recebeu de volta 716 milhões de reais; parecem valores altos, mas, ainda em 2015, foi realizado um estudo estimando um impacto de R$ 140 bilhões no PIB brasileiro, representando uma perda de cerca de 2,5%, como um “custo” da Lava Jato. Para se ter ideia, em 2014 quando esta Operação teve início, o PIB era de US$ 2,456 trilhões, terminando 2016 em US$ 1,796 trilhões por vários fatores, inclusive pela paralisia trazida pelo pretenso combate a corrupção. Logo, as perdas foram muito mais significativas que os ganhos, gerando um processo de desindustrialização no país com retorno a uma economia voltada ao setor primário.
 
Segundo o DIEESE, estima-se que a Lava Jato tenha sido responsável pela perda de mais de um milhão de empregos, fragilizando a Petrobrás e as empresas da cadeia produtiva do óleo e gás, num momento de sérias dificuldades para essa indústria no mundo. Além disso, a fragilização das empresas de construção pesada e o ajuste fiscal reduziram o volume e o ritmo de investimentos públicos em infraestrutura; só as obras paralisadas somam R$90 bilhões que foram jogados fora. Portanto, o valor de R$ 38,1 bilhões que a Força-Tarefa espera recuperar no total não chega nem perto do prejuízo causado à indústria, à economia brasileira e à elevação da taxa de desemprego.
 
A estrela principal da Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro, vem sendo rotineiramente criticado por sua atuação e práticas que se sobrepõem às leis constituídas neste país e ao estado democrático de direito. Paradoxalmente, justo no momento em que começam a surgir indícios de corrupção dentro da própria Operação Lava-Jato, com denúncias graves feitas por Tacla Duran de estar ocorrendo “delações a la carte” solicitadas por procuradores, negociadas por amigo próximo do juiz e uso de provas forjadas, pondo em xeque toda a credibilidade da operação, a direção da Petrobrás convida Moro para reforçar o “compromisso com a ética e a integridade, em especial com a prevenção à fraude, à corrupção e à lavagem de dinheiro”. No mínimo, a empresa deveria ter prudência em relação a este convite e considerar a repercussão que o caso está tendo sob o risco da desmoralização do evento e da própria empresa. Porém, a julgar pela recondução do diretor Elek, prudência quanto a condutas duvidosas não tem sido o forte.
 
A Petrobrás é uma das maiores empresas do mundo, o petróleo do Pré-Sal é a maior riqueza dos brasileiros, mas este patrimônio gigantesco está sendo, mais que nunca, saqueado. Não vamos aplaudir quem contribuiu para a construção da narrativa que vem servindo para respaldar tantos retrocessos em nosso país e o desmonte da Petrobrás. Nós, abaixo assinados, empregados da Petrobrás, repudiamos a presença de Sérgio Moro na empresa que tanto tem contribuído para destruir.
 
Michelle Daher Vieira (EDISEN),
Carla Alves Marinho (CENPES),
Joana Bessa (CENPES),
Erick Quintella (CENPES),
Rafael Budha (EDISE),
Ana Patrícia Laier (EDIVEN),
Claudio Rodrigues (EDISE),
Roberto Emery (EDISE),
João Sucupira (Aposentado),
Natália Russo (EDISEN),
Jorge Brito (CENPES),
Thiago Luz (EDISE),
Agenos Jacinto Junior (Aposentado – CENPES),
Anselmo da Silva Santos (Aposentado – CENPES),
Jayme de Oliveira Neto (REDUC),
Marcos Antonio Ribeiro Dantas (Aposentado – CENPES),
Michelle Acruche (CENPES),
Robervainer de Figueiredo 
(FRONAPE),
Aloísio Euclides Orlando Junior (CENPES),
Danielle de Oliveira Rosas (CENPES),
Dener Fabricio (CENPES),
Denilsom Argollo dos Santos Souza (CNCL),
Eusébio Agapito da Silva (TABG-Ilha Redonda),
Vinicius Waldow (CENPES),
Mauro Teixeira (CENPES),
Áurea (TRANSPETRO),
Gustavo Marun (EDICIN),
Márcio Pinheiro (EDISEN),
Renato Gomes de Mattos Fontes (CENPES),
Coaracy Lopes (Aposentado),
Márcio Ribeiro Fonseca (EDISEN),
André Paulo Becker (REGAP),
Rosane Fernandes (CENPES),
Eduardo Azevedo (CENPES),
Cláudio Jarreta (CENPES),
Rafael Prado (REVAP),
Taiane de Lima Braz (REVAP),
Paulo Miller (CENPES),
Fabiola Mônica (Anistiada),
Kunde (REVAP),
Alexandre Rodrigues (REVAP),
Luiz Mario Nogueira Dias (REDUC),
Sandro Moreira Ferreira (EDISEN),
José Alexandre Barbosa (CENPES),
Tiago Amaro (estaleiro Brasfels),
Felipe Brito (EDISEN),
Marcello Bernardo (REDUC),
Alberto Leal (EDICIN),
Rafael Antony (EDICIN),
Jorge Teixeira
(EDIVEN),
Igor Mendes (CENPES),
Gunther Sacic (Aposentado), 
Roberto Wagner Marques (Aposentado),
Jamison Gonçalves (EPPIR AL),
Fabíola Calefi (UTE EZR Cubatão),
Luciano Alves (UO-SEAL/ATP-AL/SOP-SG),
Édson Flores (REFAP),
Bastos (REVAP),
Pedro Augusto (RECAP),
Ricardo Landal (REFAP),
Cláudio Negrão (TRANSPETRO),
Glauco Damazio (EDISE),
Edimilson Pinto da Silva (EDISEN),
Ricardo Nagato (EDICIN),
Sandra S X Chiaroy (CENPES)
Mariana Rits (Revap)
Anderson Fonseca (EDISEN)
Tiago Nicolini Lima (UTGCA)
Felipe Machado de Oliveira (EDISP),
Ricardo Latge (Aposentado CENPES),
Maria Adelaide Silva (EDISEN),
Ricardo Faustino (CENPES)
Roberto Rossi (CENPES),
Márcio Medeiros (CENPES),
Marcelo Quinderé (EDICIN),
Andréa Cavalcanti de Azevedo Cachina (UO-RNCE),
Leonardo Lacerda (CENPES),
Ronaldo Tedesco (REDUC),
Wesley Bastos (REVAP),
Glauber Freitas (EDISEN),
Carlos Henrique R. Fernandes (EDICIN),
Christian Queipo (EDISEN),
Tereza Ramos (Aposentada),
Vinicius Sombra (Edise),
Márcio Trindade (Edise),
Ricardo Mattoso (Edise),
Giovanni Bruno (Edise),
Talles Lopes (EDIVEN),
Gustavo Maurilo (REDUC),
Antonio Claudio Soares (Aposentado CENPES),
Christiane Granha (PIDV),
Naustria Albuquerque (EDISE),
Edmundo Luiz R. da Silva (EDISE)
Carlos Prata (Aposentado – EDISE),
João Carlos Martins (EDISE),
Felipe Coutinho (EDISEN)
Silvio Sinedino (Aposentado)
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Deveriam tambem contabilizar

    Deveriam tambem contabilizar quanto se gasta com essas operações e deslocamentos, diárias, passagens, combustível, etc, etc, etc……..de todos os orgãos envolvidos, gostaria muito de saber.

    1. Exato… as Operações deveriam ser obrigadas a mandar a conta

      Igual a informação de caloria dos produtos… cada Operação da PF deveria vir acompanhada da conta para a sociedade.

      Quando eu fiz intercâmbio uma vez nos USA trabalhava num hotel e um dos quartos pegou fogo… o corpo de bombeiros chegou em minutos e interditou todo o hotel… durou umas 2 horas a brincadeira… ao sairem deixaram a conta… 40 mil dólares para o hotél pagar para a prefeitura.

      No Brasil ninguém paga a conta…. ninguém nem sabe de quanto é a conta… 90 policiais para 6 depoimentos… tem algo de errado nessa história.

       

  2. Carta agressiva e certeira… deveriam fazer vídeo e infográfico

    Esses dados aí deveriam virar um vídeo ou um infográfico…

    Se Moro acha relevante a devolução dessa quantia diante do prejuízo causado pela Lava-Jato podemos ter uma certeza: SENHOR MORO É UM IDIOTA!!!

    Moro participar desse evento é um deboche! 

  3. Da conta de quem foi

    Da conta de quem foi arrecadada essa quantia de R$.650 milhões??? e a quantia total de R$ 1,476 bilhão???

    Com quem foi encontrado esses valores???

  4. “A estatal promove na sexta

    “A estatal promove na sexta (8) um evento em homenagem ao combate à corrupção que contará com a presença do juiz Sergio”:

    POR QUANTO?

    Quanto ele embolsa?

  5. lava…..

    Dilma saiu há mais de ano, onde está o milagre ecônomico com sua deposição? Engenheiro desempregado trabalhando de Uber, é a retomada dos empregos? A Petrobrás quebrada que todos querem? O Pré-Sal custoso, caro, de petróleo em decadência, que incendiará o Mundo com Aquecimento Global é este que o Mundo faz fila para ter um pedaço? A Shell largou o Iraque após 1 século para desembarcar definitivamente no Brasil. Shell de Serra, Temer. Seria isto a tal falta de interesse na quebrada Petrobrás? Como são ‘vendidas’ as noticias. Não é o mesmo com a Argentina de Cristina Kichner que não saia dos noticiáriios tupiniquins? Todo dia uma notícia ruim. Agora o MACRI, consegue perder um submarino moderno com 50 homens dentro. Tripulação altamente especializada. Vidas perdidas. O Mundo inteiro consternado a procura destas pessoas e de notícias. E fenomenal: faz semanas que não vejo a cara do MACRI na Imprensa !!! A notícia que não vira noticia, não é notícia mesmo !!! Quanta manipulação da Imprensa seguindo uma certa corrente e interesse !!! É esta a Petrobrás quebrada que todos querm? E o MACRI, onde está? Ou até isto dirão que é culpa da Cristina?

  6. Quem se beneficiou mais com a
    Quem se beneficiou mais com a Lava Jato? Empresas estrangeiras ou a Petrobras?

    Chineses que eram os maiores concorrentes da Odebrecht no mundo, devem adorar a Lava Jato.

  7. Merreca

    Uma  nano merreca, diante dos prejuízos que a operação causou, vem causando e, pelo visto, ainda causará à empresa e, sobretudo, ao Rio de Janeiro (ela faliu) e ao Brasil .

  8. http://www.dw.com/pt-br/execu
    http://www.dw.com/pt-br/executivos-alem%C3%A3es-deixam-o-brasil/a-41657616
     

    Executivos alemães deixam o Brasil

    Homem em escritório com as mãos sobre o rosto, observado por uma colega

    Quando a economia do Brasil crescia, a fila de executivos alemães se candidatando a um posto em filiais de grandes empresas no país era longa. Desde o início da crise econômica, em 2014, esse panorama se inverteu: muitos deles, principalmente dos setores automotivo e de máquinas, pediram para deixar o país devido à pressão psicológica e à preocupação com a família e para que a crise não “manchasse” suas carreiras.

    Estudos da empresa InterNations refletem bem a situação: o Brasil perdeu muitas posições quando se trata de “felicidade pessoal” de expatriados. Em 2014, o país estava na 10ª colocação (de 61 países); em 2015, caiu 26 posições – para a 36ª (de 64); em 2016, subiu uma posição, para a 35ª (mas entre 67 países) e, em 2017, caiu dez posições, para a 45ª (entre 65 nações).

    Leia também: “Má gestão econômica também sabota democracia”

    “Devido à péssima situação econômica no Brasil, existe uma grande pressão por parte das matrizes na Alemanha”, disse Hans J. Zeese, diretor da consultoria BoaVista Executive Consultants, à DW. “Há casos também em que as próprias matrizes substituem seus executivos no Brasil para tentar ‘dar a volta por cima’ e colocar a filial no país novamente em rota de crescimento de vendas e lucro.”

    Para Frank P. Neuhaus, diretor da consultoria iManagementBrazil, muitos alemães enviados por suas matrizes para o Brasil durante o período de crescimento econômico não desenvolveram uma compreensão das rápidas mudanças que estavam ocorrendo no país. “Eles não perceberam que o boom estava chegando ao fim e, junto com ele, o potencial de suas carreiras no país.”

    Ele diz que, muitas vezes, os benefícios muito generosos pagos aos expatriados são um “vidro opaco”, que impede os executivos de perceber rapidamente a dinâmica de altos e baixos do país. Além disso, muitos desses profissionais nunca vivenciaram uma crise em suas carreiras de executivos e não sabem, portanto, como lidar com ela.

    “Na maioria das vezes, a reação é sempre cortar custos e demitir funcionários. Porém, isso não resolve o problema, e a pressão das matrizes sobre as filiais só aumenta”, conta Neuhaus. “Isso gera um estresse extremo nos expatriados alemães e em suas famílias. E o estresse familiar é um multiplicador para que os executivos queiram, o mais rapidamente possível, abandonar o país.”

    Movimento continua apesar de reação da economia

    Apesar de o Brasil já ter passado pelo ápice da crise – tendo dois anos seguidos de queda no Produto Interno Bruto (PIB) e só apresentando uma pequena reação a partir do primeiro trimestre de 2017 –, analistas especializados em recrutamento dizem que esse movimento de gestores pedindo para deixar o país continua intenso.

    E isso é reforçado pelos estudos da InterNations, que mostram que o Brasil perdeu a atratividade para os expatriados. Em 2014, o país era o 42º principal destino (de 61 pesquisados). No ano seguinte, perdeu 15 posições e ficou na 57ª colocação (entre 64). Em 2016, passou para a 64ª posição (de 67) e, em 2017, ficou na 62ª colocação (do total de 65 nações pesquisadas).

    Os especialistas afirmam que quase todas as áreas econômicas são afetadas pelo movimento de executivos alemães pedindo a volta para a Alemanha ou sendo mandados pela matriz para outras filiais mundo afora. Porém, os setores mais vulneráveis a esse movimento são o automobilístico e de máquinas e equipamentos, que são mais sensíveis a créditos e financiamentos caros – ainda mais em tempos de crise.

    “Dessa forma, os principais afetados pela crise são as indústrias de bens de investimento, como a de máquinas e equipamentos. Quem consegue oferecer taxas de financiamento competitivas se mantém na vanguarda”, diz Zeese. “Por outro lado, setores de bens de consumo, como o agrário e o de cuidados com a saúde, apresentam menos dificuldades.”   

    Repatriados não recebem mesma posição 

    Os analistas afirmam que os executivos não recebem sanções por terem pedido para voltar para a Alemanha ou ir para outra filial. Mas, geralmente, os repatriados não recebem na matriz ou em outras empresas do grupo a mesma posição de liderança que tinham no Brasil. E não se trata de uma punição aos ex-expatriados, garantem os especialistas.

    “Geralmente, por ter pedido para voltar, esse executivo tem que fazer concessões quanto à sua futura posição na Alemanha ou em outras filiais da empresa no mundo”, diz Neuhaus. “Não se trata de uma punição. Muitas vezes não há espaço suficiente nas matrizes para dar ao repatriado uma posição de liderança adequada.”

    Para Zeese, o executivo deve estar preparado para ajustar seu plano de carreira à situação vivenciada. Ele frisa que Brasil e outros países da América Latina sempre tiveram uma dinâmica intensa, e que isso não mudará tão cedo. É apenas uma questão de tempo até que a economia brasileira volte a crescer de forma acentuada, diz. Assim, os executivos brasileiros teriam grande chance de obter posições nas grandes multinacionais – sejam elas alemãs ou não.

    “Sem dúvida, serão sempre necessários especialistas ou, sobretudo, diretores financeiros (CFOs) alemães no país. Mas as posições ocupadas por expatriados irão diminuir no longo prazo”, prevê Zeese. “A principal razão é a clara relação custo-benefício de se trazer um executivo alemão para o Brasil e, além disso, a crescente disponibilidade de líderes locais com experiência e formação de primeira classe no país.”

     

     

  9. O que os de sempre não dizem:

    O que os de sempre não dizem: que os tais mais de 600 milhões são acordos a serem pagos em suaves prestações, por anos e anos e anos e anos… E o juro? Ora, deve ser apenas pela taxa seliquenta.

  10. QUASE NINGUÉM AGUENTA MAIS

    QUASE NINGUÉM AGUENTA MAIS OLHAR A CARA DESSE HIPÓCRITA FASCISTÓIDE.

    Evidente que os diretores que cobravam “taxa de administração” fajutas, teriam que ser
    detidos processados e obrigados a devolver o que rapinavam. E não, essa bandidagem hipócrita, forjadora da patacoada para dissimular o crime de lesa-pátria que cometem os membros do bando de quinta-colunas, deslumbrados com a notoriedade patrocinado pelo que há de mais corrupto no país, a rede Globo de trapaças, chantagens e reles ladroagem.

    Os verdadeiros criminosos que aponta nos outros, o que cometem nos bastidores, e que alegam festiva e descaradamente combater. Na verdade, a corrupção está sendo turbinada pelos próprios vândalos e moralistas traidores. Comissão, propina, afano, ou seja lá o que for.
    Propina era, e ainda é, e será, quiçá agora, muito mais voraz. Veja-se o depoimento do homem da Odebrecht Tacla Duran, na CPMI que a imprensona esconde por detrás de sua enorme bandidagem hipócrita.

    Como dizia o ditador alemão, digo, o General Ernesto Geisel, ao menos o gajo era nacionalista, dizia ele, pra livrar a cara do ministro Shigeaki Ueki,”comissão é uma prática normal no sistema de livre mercado.”  Embora, não esteja ai incluído, como se vê, o crime de achaque, suspeita de serem as práticas preferências e muito utilizadas nas manobras moralistas dos lavajatenses e da rede de negócios de TV do grupo Globo.

    Orlando

  11. Seu Moro, não adianta fazer

    Seu Moro, não adianta fazer gracinha depois da história do Tacla Duran e das matérias do Nassif e do Joaquim de Carvalho. O que resolve mesmo a imagem da Lava jato é contar pra nós qual foi o lucro do escritório da patroa.

    Falando nisso: a mulher do Moro e socia do Zucoloto ganha tão bem e parece que falta comida na casa dela. Eita vara pau.

  12. Como diz o Capitão Nascimento

    Como diz o Capitão Nascimento esse juizeco é um fanfarrão, devolve 654 mi mas para isso destroi toda a cadeia produtiva, desnacionaliza as reservas e destroi a engenharia nacional, nada mal para um agente 86 dos estates.

     

     

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador