O combate ao crime não prescinde do respeito às formas jurídicas, diz Grupo Prerrogativas em nota

Para o Prerrô, a criminalização da advocacia revela o caráter autoritário e ilegal que marca o sistema de justiça nos últimos anos.

Jornal GGN – Diante dos fatos ocorridos nesta quarta-feira, com o operação espetaculosa ligada à Lava Jato com claro fito de desmoralização da advocacia, o Grupo Prerrogativas soltou nota de repúdio. Para o Prerrô, a criminalização da advocacia revela o caráter autoritário e ilegal que marca o sistema de justiça nos últimos anos.

Leia a nota a seguir.

Nota do Grupo Prerrogativas

A mais nova fase da autodenominada Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, com a deflagração de busca em diversos escritórios de advocacia, além de denúncia em face de advogados, segue a longa tradição de ilegalidades e abuso de poder que vem caracterizando a famigerada operação.

A tentativa de criminalização da advocacia, a partir de delação premiada de um dos investigados, revela, mais uma vez, o caráter autoritário e ilegal que marca a atuação do sistema de justiça brasileiro nos últimos anos.

Além disso, a competência para eventual processo e julgamento de questões afetas a esse tema pertence à justiça estadual.

Adicione-se a tudo isso, o fato de que os relatos produzidos pelo delator em relação a indivíduos com foro especial, foram descartados pela Procuradoria-Geral da República.
Chama a atenção, por fim, a realização espetaculosa de busca e apreensão com denúncia já ofertada, com cobertura midiática tantas vezes usada pela Lava Jato, de modo a promover a condenação prévia dos investigados, exemplo típico de pirotecnia processual.

O combate ao crime não prescinde do respeito às formas jurídicas. Os melhores fins não justificam quaisquer meios. O devido processo legal e a presunção da inocência devem sempre prevalecer. Só há legitimidade na persecução penal caso estejam presentes as garantias constitucionais dos investigados e réus.

A criminalização do exercício da advocacia e a estigmatização prévia de acusados são intoleráveis e revelam a degradação da democracia e do Estado de direito. Havendo investigações relacionadas a condutas de advogados, estás devem observar os limites legais e jamais deteriorar a integridade da profissão e de suas prerrogativas.

Sem advocacia livre e respeitada em suas prerrogativas, não pode haver justiça.

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Virou bagunca, virou virou bamboleia mocada que a PF chegou…
    Nao sei porque voces todos nao poem o povo na rua. A classe media, vendedora da patria, esta perdendo o pe e em vez de puxar o tapete, ta fazendo nada, alem de passar pano nestes juizes arbitrarios…
    Vao perder tudo, a menos que facam como o Tacla Duran e saiam pro exterior dando uma de ciro, malandro da direita enganado o povo com palavras bonitas e nao tendo nada (alem de apoiar privatizacao da agua) efetivo pra demonstrar sua validade…
    Rsrsrs…
    Coitado do Brasil…ta perdido num turbilhao de terremotos reais e imaginarios, gracas ao Banco Central e ao guedes acopletado com o Bozo e puxando a financializacao da economia….
    Profit above all else, no matter what…
    “Projeto Nacional????” Nem sonhar…eu quero muito dinheiro…Rentistas e banqueiros
    Choro e choro tanto lendo e vendo as lives e o UOL e fonte de noticias mortas sem nenhum vigor…
    Volto a chorar…nao me resta senao chorar….

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador