PF diz que Gleisi e Paulo Bernardo cometeram crime de corrupção passiva

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) informou, em nota, que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (PT-PR), e mais três pessoas cometeram crime de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro qualificada após concluirem um inquérito no Supremo Tribunal Federal instaurado para apurar crimes praticados na campanha eleitoral para o Senado em 2014. Gleisi, Paulo Bernardo e mais duas pessoas também são acusadas de crime eleitoral.

A nota foi divulgada ontem (7) no site da Polícia Federal. “Em fevereiro 2016, a PF apreendeu documentos na residência de uma secretária do setor de operações estruturadas da construtora Odebrecht. Entre eles, planilhas relatando dois pagamentos de R$ 500 mil cada a uma pessoa de codinome ‘Coxa’, além de um número de celular e um endereço de entrega”, diz a nota.

Segundo a nota, a investigação identificou que a linha telefônica estava no nome de um dos sócios de uma empresa que prestou serviços de propaganda e marketing na última campanha da senadora Gleisi Hoffmann. “A PF verificou outros seis pagamentos no mesmo valor, além de um pagamento de R$ 150 mil em 2008 e duas parcelas de R$ 150 mil em 2010. Também foram identificados os locais onde os pagamentos foram realizados e as pessoas responsáveis pelo transporte de valores.” As tabelas foram apresentadas pela Odebrecht quando foi firmado o primeiro acordo de delação premiada da construtora.

A Polícia Federal concluiu que, pela investigação, há elementos suficientes para “apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol, e seu marido, Paulo Bernardo da Silva, além dos intermediários no recebimento, Bruno Martins Gonçalves Ferreira e Oliveiros Domingos Marques Neto. Os autos também comprovam que a parlamentar e seu marido, juntamente com Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luiz Arruda Lana, foram responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral”.

Em nota, a assessoria da senadora afirma que “a defesa entende que não há elementos nos autos que autorizem a conclusão alcançada pela Polícia Federal. Não foi praticada qualquer irregularidade pela senadora”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. This is the esculhambation!!

    Abriram as portas do inferno e o nível de esculhambação generalizada chega ao paroxismo do surrealismo judiciário vigente!!

    O suposto presidente do suposto TRF-4 do Rio Grande do Sul abre a sessão de palpites e apostas para debates políticos sobre um julgamento pendente de decisão em suposta corte sob sua suposta responsabilidade!! (??)

    Enquanto isso, os delegados de PULIÇA da suposta pf definem antecipadamente a pena que deve ser imputada a supostos investigados, titular de mandato eletivo, sujeito a prerrogativas supostamente especiais de foro. Desta forma, já autorizam a condenação imediata nos tribunais da mídia, sem, sequer, submeter o caso a apreciação do suposto partido do ministério público, que, por sua vez, também não poderia definir condenação antecipada por crime e pena de ninguém. Porque tem a atribuição de apenas fiscalizar a investigação e, se entender consistentes as provas trazidas ao processo sobre os fatos investigados, oferecer a denúncia ao judiciário que, por sua vez, também publica, como demonstra o suposto presidente do suposto TRF-4, a condenação antecipada do réu no tribunal da mídia corrupta e chantagista.

    Tudo se torna um verdadeiro samba do crioulo doido.

  2. “…inquérito no Supremo

    “…inquérito no Supremo Tribunal Federal instaurado para apurar crimes praticados na campanha eleitoral para o Senado em 2014.”

    Será que vai vir ao caso o fato da Senadora Gleisi NÃO TER FEITO CAMPANHA PARA O SENADO EM 2014, já que foi eleita em 2010 e o mandato de senador é de 8 anos?

    1. Palocci preso já por dois

      Palocci preso já por dois anos sem que os delatores apresentem provas, Vaccari inocentado, mas preso. Lula inocente, mas condenado. Agora, a senadora é apontada como criminosa numa campanha da qual nem candidata foi. Enquanto isso, malas de dinheiro viajam pelo país com destino a endereços nobres,  ao tempo em que Aécio, Serra, Aloysio, Temer continuam soltos e tramando o aniquilamento da democracia e do país. 

    2. Ora, ora, hem, Jorge Luis?

      Ora, ora, hem, Jorge Luis? Você nao sabe que não vem ao caso? O vinho do Bendini vai de elevador, o Haddad foi pego acertando corrupção de uma empresa do qual é devedor e é cobrado na Justiça, o triplex da caixa é do Lula. O fato de Gleisi não ter feito campanha em 2014 é de menos. Sabe porque tudo isso? Porque os federais são fãs do Inspetor Clouseau. 

  3. O ggn não se respeita.

    Usa o título da denúncia vazia e cheia de furos, e como sempre contra o pt, sem verificar estes furos grosseiros.

    Quer dizer que ela delinquiu para uma campanha que nem existiu?

    Tão estúpida, apesar de esperarmos tudo, quanto o triplex do Lula.

    1. É a Síndrome, Mas Logo Passa

      Respeita sim, Coelho, acontece que o GGN passou temporada na fria Estocolmo, um dia saiu sem estar devidamente agasalhado e apanhou a síndrome.

      A partir daí, de volta a ensolarada terra tapuia, de vez em quando tem uma recaída e a síndrome se faz presente.

      Mas logo passa… até a próxima. 

  4. A matéria errou o cargo para

    A matéria errou o cargo para o qual a Gleisi concorreu: governadora e não senadora, pois estava afastada do cargo de senadora em 2014 na época das eleições.

    quanto às ilações e convicções da Força Pereba da Vazajato, isso já são favas contadas: livra tucano e o resto é impedimento do Lula e acabou.

  5.   Quem ainda espera o

      Quem ainda espera o funcionamento “normal” de nossas instituições ou acabou de chegar ao país ou merece ser interditado.

      Repitam comigo: nós não estamos vivendo em um regime Democrático de Direito. Nós NÃO estamos. NÃO ESTAMOS.

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