Jornal GGN – A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilos fiscal e bancário que podem comprometer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), investigado na Operação Lava Jato. A Procuradoria Geral da República, capitaneada por Rodrigo Janot, entrou com o mesmo requerimento no inquérito que investiga o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB).
Segundo informações da Folha desta quinta-feira (13), a PF ainda pediu quebra de sigilo para o deputado Federal Aníbal Gomes (PMDB) e o ex-deputado federal João Alberto Pizzolatti Junior (PP). “Não é possível saber, no entanto, se os procuradores e policiais pediram acesso as dados de Renan, Collor, Aníbal e Pizzolatti [especificamente] ou de pessoas ligadas a eles.”
Os quatro políticos são investigados por suspeitas de participação nos casos de pagamento de propina com recursos da Petrobras. Em um dos depoimentos, o réu delator Paulo Roberto Costa (ex-diretor da estatal) disse que Aníbal era interlocutor de Renan no esquema. Este último teria cedido a própria casa para debater os repasses, em reunião com a presença de integrantes da cúpula do PMDB.
Fernando Collor, por sua vez, foi citado como destinatário de R$ 3 milhões em propinas pelo doleiro Alberto Youssef, também réu delator na Lava Jato. “Ele afirmou ter feito pagamentos ao ex-presidente, atendendo a um pedido de Pedro Paulo Loni, que foi ministro de Estado durante o governo Collor”, frisou a Folha.
Youssef e Paulo Roberto Costa apontaram Pizzolatii como um dos beneficiários do esquema que abastecia o PP.
Ainda segundo o jornal, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, ainda não se posicionou sobre os requerimentos.
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