Mais de 700 auditores entregam cargos de chefia na Receita Federa

Superintendência da Receita Federal, em Brasília.

Jornal GGN – As manifestações dos auditores-fiscais por conta da não regulamentação do bônus de eficiência já começou a atingir cargos de chefia na Corregedoria da Receita Federal – e o total de postos vagos por conta dos manifestos já ultrapassou a marca de 700.

Segundo o Sindifisco Nacional (sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal), cerca de 30 auditores que exerciam postos de chefia na Corregedoria assinaram uma carta de exoneração coletiva dos cargos em protesto pela não regulamentação do bônus de eficiência.

Os protestos também chegaram ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf): auditores que atuam como conselheiros fazendários entregaram uma carta de renúncia coletiva dos mandatos de conselheiros como prova do descontentamento.

No documento, os Auditores afirmam estarem “cientes de suas responsabilidades e da complexidade de suas atribuições, assim como dos crescentes resultados positivos decorrentes da dedicação e qualidade do trabalho realizado”. Diante disso, demonstraram perplexidade com o descaso do governo.

Os auditores que exercem a função de delegados e chefes nas equipes da Alfândega do Porto de Manaus e da Alfândega do Aeroporto de Manaus também entregaram os cargos.

Segundo o Sindifisco, a mobilização da categoria teve início em 15 de dezembro. Desde então, auditores estão abrindo mão das funções de chefia “em razão da inércia do Executivo em resolver uma pendência que há cinco anos aguarda uma solução. A votação do Orçamento 2022, pelo Congresso Nacional, sem a previsão de recursos para o bônus acirrou ainda mais os ânimos”.