Vantagem de Dilma no Nordeste levou Aécio a escolher Aloysio como vice

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Como se deu a escolha de Aécio Neves por um vice paulista ligado ao seu adversário José Serra? O artigo que o cientista político André Singer publicou na Folha de S. Paulo no sábado (5) explica quais fatores levaram o presidenciável do PSDB a optar por uma dobradinha com o senador Aloysio Nunes, o mais votado em São Paulo, principal colégio eleitoral do País.

No texto, Singer explica que a vantagem de Dilma entre o eleitorado que vive na região Nordeste cresceu de maneira descomunal, e levou a campanha tucana a mirar na região Sudeste, onde Aécio pode ampliar a margem de preferência.

“Nos dez Estados nordestinos, que congregam quase um terço do eleitorado brasileiro, a diferença em favor do PT sobre o PSDB subiu para incríveis 45 pontos percentuais (em junho era de 40 pp), segundo o último Datafolha (1º e 2/7). Supera até mesmo a alcançada no segundo turno de 2010 (42 pp), tornando pouco provável que os tucanos consigam tirar qualquer prejuízo por lá”, aponta o especialista.

Já no Sudeste, onde estão concentrados mais de 40% dos eleitores, Aécio está agora a apenas uma casa de distância em relação à presidente Dilma (28% contra 27%). Em junho, o tucano estava três pontos atrás. “A tentativa de abrir uma vantagem expressiva em terreno menos blindado explica, em parte, a escolha do senador Aloysio Nunes para vice do tucano”, diz.

Na avaliação de Singer, é provável que a batalha decisiva nas eleições deste ano tenha como palco o estado de São Paulo, território de Aloysio. “Com um colégio eleitoral gigantesco, a disputa paulista pode ter peso em pleito apertado. Daí o interesse nacional pelo jogo de alianças armado em torno das disputas pelos cargos de governador e senador”, comenta.

O cientista político ainda lembra que Dilma terá de trabalhar um pouco em cima do muro na unidade comandada por Geraldo Alckmin. Isso porque o candidato do PT Alexandre Padilha perdeu apoio político para Paulo Skaf. São legendas que andam com Dilma no plano federal, como PMDB, PP e PSD. Portanto, a presidente “está obrigada a dividir-se, não podendo apoiar o candidato do seu partido, Alexandre Padilha, de maneira firme”.

“Por outro lado, a aproximação entre Geraldo Alckmin e o PSB de Eduardo Campos obrigou Aécio a escolher um parceiro de chapa ligado ao seu principal adversário do PSDB. O fez para compensar o fato de existir outro postulante à Presidência no palanque tucano. Pelo mesmo motivo, Aécio movimentou-se para que a Serra fosse dado o lugar de candidato ao Senado na chapa liderada por Alckmin. Quem diria!. É trabalhoso entender o significam essas alianças sem conteúdo programático, mas indispensável para vislumbrar o futuro do país“, finaliza Singer.

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Lorota!

    Isso é conversa pra boi dormir! Nem no sudeste o PSDB tem tanto voto assim! Minas só é sudeste entre Extrema e BH…!

    Aécio fechou com Serra por que foi obrigado, não tinha outra saída para não ser bombardeado por uma acusação ou calúnia nova por dia. Foi encostado contra a parede, chantageado, extorquido.

    Tudo que um presidnete não pode ser: fraco.

    Aécio presidente seria mais extorquido do que Berlusconi pela prostitutas e mafiosos italianos…

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