Jornal GGN – Já são 20 dias de luta para combater o coronavírus, e a Itália sofre com superlotamento de hospitais e falta de médicos e enfermeiros. Mas os problemas continuam, graves, quando surgem dificuldades no trato dos corpos das vítimas.
O país contabiliza 827 mortes relacionadas ao vírus e a remoção dos cadáveres que possam estar infectados exige um protocolo de segurança específico. Com isso, somente agentes funerários especializados podem acessar o local onde a morte ocorreu, com roupas especiais, equipamentos e caixão de máxima proteção. Além disso, é preciso que seja feito o teste para o vírus.
São essas as justificativas para a demora no recolhimento de uma vítima do coronavírus, de mais de 24 horas de espera, em Borghetto Santo Spirito, no norte do país.
O cadáver foi removido na manhã de ontem, dia 11, mesmo sem o teste, e os agentes funerários levaram para o hospital de Milão, para realização de autópsia.
Outro caso de espera extrema foi relatado em Nápoles. Um professor de artes marciais, Luca Franzese, foi para as redes sociais denunciar que o corpo da irmã estava há 24 horas esperando a remoção. Não foi só a espera que o atordoou, mas também a falta de informações.
Junte-se à remoção a fila para cremação de corpos, que atinge algumas cidades do país, principalmente nas pequenas povoações.
Em novo decreto, a Itália tomou medidas mais duras. Só podem abrir as portas os estabelecimentos ligados à venda de alimentos, farmácias e serviços postais, bancários e públicos essenciais, como transportes. Até o dia 25 de março, os restaurantes, bares, cafés, salões de beleza e lojas não podem funcionar.
Restringindo ainda mais a circulação de pessoas pelas ruas, o decreto tenta contornar o problema vivido pelo país. Até 3 de abril, os deslocamentos dentro das cidades, só poderão ser feitos com autorização por motivo de saúde ou trabalho.
Com informações da Folha.
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