Covid-19 – As estatísticas até o Natal serão ainda piores do que previsto anteriormente, por Felipe A. P. L. Costa

Para a semana encerrada domingo (30/11-6/12), as médias semanais estão agora em 0,64% (casos) e 0,34% (mortes)

Covid-19 – As estatísticas até o Natal serão ainda piores do que previsto anteriormente.

por Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. Este artigo retifica as projeções que fiz em artigo anterior (aqui). Até o Natal, o país irá contabilizar ao menos 7.455.759 casos e 188.590 mortes. A situação segue piorando – i.e., as taxas de crescimento nos números de casos e de mortes seguem a escalar. Mas a imprensa brasileira, a manter o seu comportamento habitual, só deverá noticiar o problema na próxima terça-feira (8), quando chegarem os alertas vindos de fora.

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O Ministério da Saúde acaba de divulgar as estatísticas deste domingo (6/12): 26.363 novos casos e 313 mortes. Teríamos assim chegado a um total de 6.603.540 casos e 176.941 mortes.

As taxas de crescimento (casos e mortes) seguem a escalar [1].

É uma péssima notícia [2].

Para a semana encerrada domingo (30/11-6/12), as médias semanais estão agora em 0,64% (casos) e 0,34% (mortes) [3].

As projeções que apresentei em artigo anterior (ver Até o Natal, o país irá contabilizar ao menos mais 16 mil mortes, 4 mil delas no estado de São Paulo) ficaram defasadas. Pois foram feitas com base em médias bem inferiores (0,43% e 0,3%, respectivamente).

Levando em conta as médias da semana encerrada hoje, os números esperados para 25 de dezembro serão ainda piores. Até lá, caso nada seja feito para reverter a situação, o país irá contabilizar ao menos 7.455.759 casos (e não os 7.009.027 previstos anteriormente) e 188.590 mortes (e não as 186.662 previstas anteriormente).

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Notas.

[*] Para detalhes e informações sobre o livro mais recente do autor, O que é darwinismo (2019), inclusive sobre o modo de aquisição por via postal, faça contato pelo endereço [email protected]. Para conhecer outros livros e artigos, ver aqui.

[1] Para detalhes metodológicos, ver qualquer um dos quatro volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado (aqui, aqui, aqui e aqui).

[2] Da qual a imprensa brasileira só se dará conta na próxima terça-feira (8/12), quando e se o Imperial College de Londres (Inglaterra) vier a soltar um novo boletim sobre a situação brasileira (i.e., sobre o comportamento de R0 – lê-se “erre zero”).

[3] Entre 25/10 e 6/12, as médias semanais exibiram as seguintes trajetórias: (1) casos: 0,43% (19-25/10), 0,4% (26/10-1/11), 0,3% (2-8/11), 0,49% (9-15/11), 0,5% (16-22/11), 0,56% (23-29/11) e 0,64% (30-6/12); e (2) mortes: 0,3% (19-25/10), 0,26% (26/10-1/11), 0,21% (2-8/11), 0,3% (9-15/11), 0,29% (16-22/11), 0,3% (23-29/11) e 0,34% (30-6/12).

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Redação

2 Comentários

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  1. E Bolsonaro/Guedes/Militares não conseguiram proteger o povo nem a economia. Entrarão 2021 oferecendo carestia de alimentos, economia em baixa, pandemia em alta e país em 2º em mortos por covid, com seus 200.000 mortos.
    É. Bolsonaro tinha mesmo razão: Não entende de economia, gente é para comer e o Brasil e seu povo, é um abacaxi que ele não queria.

  2. Sugiro para a virada do ano a postagem mostrando, com dados e números, as tantas vezes que Bolsonaro (e seu governo) não tiveram razão. Pode até virazlizar, já que bolsonaristas gostam de divulgar a hashtag bolsonarotemrazao.
    Desde a não é uma gripezinha, passando pelas apostas em candidatos do Brasil e do exterior e seu curandeirismo tosco, oferecendo medicamentos refutados pela ciência. Casos não faltam

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