Qualquer cenário econômico tem que partir da análise básica: quanto tempo irá dura o isolamento social. É o ponto central. Esse ponto de partida é que definirá o tamanho da recessão pela frente, o prazo em que a economia irá se recuperar, os problemas de desemprego, tensão social e política.
Os indicadores não sugerem vida fácil pela frente. Os erros na condução das políticas de saúde e economia tornaram o Brasil o país mais vulnerável do mundo, ao lado dos Estados Unidos – não por coincidência, ambos presididos por políticos negacionistas e sem nenhuma empatia com o destino de seus cidadãos.
No resumo de ontem, a média diária semanal de novos casos se mantém em 1% ao dia, ou 35% ao mês. Em relação aos óbitos diários, a alta chegou a 25,7% ao dia.
O cenário mais provável é o seguinte:
- Período de flexibilização em curso.
- Retomada da curva de casos notificados.
- No momento seguinte, aumento de óbitos como consequência do aumento de casos.
- Recuo dos governadores, em relação ao isolamento, em um vai-e-vem que estenderá por meses o prazo de combate ao Covid-19.
Assim, caso não surja nenhuma vacina nova nos próximos meses, o isolamento se estenderá pelo segundo semestre.
As estatísticas atuais mostram os seguintes números:
Na curva de casos por 100 mil habitantes, Brasil e Estados Unidos continuam em franca ascensão.Como previsto aqui, nos últimos dias, a maioria dos Estados registrava alta de casos. Depois da onda de casos, vem a onda de óbitos. Ontem, na média dos últimos 7 dias, em 15 Estados havia alta de óbitos, contra 9 em queda, e o restante estável. Nos quadros, a situação de 4 estados. São Paulo e Rio de Janeiro, onde a Covid começou, continuam registrando elevação nas ocorrência – especialmente São Paulo. Abaixo, Distrito Federal e Goiás, dois estados em que os governadores flexibilizaram a quarentena e, logo em seguida, houve aceleração do crescimento, exigindo novo isolamento.
Esse quadro é agravado pela absoluta incompetência de Paulo Guedes em fazer dinheiro chegas às pequenas e micro empresas. Até agora, cumpriu um roteiro de erros sobre erros.
- Liberou reservas para os bancos supondo que iriam conceder crédito. O crédito foi apropriado por grandes empresas, com mais garantias. Sem perspectiva sobre o prazo de retomada da economia, e sobre as empresas que sobreviviriam, o dinheiro não saiu. Pelo contrário, as exigências pedidas passaram a ser muito mais severas.
- Os bancos passaram a montar um filtro inverso. Passaram a recusar crédito especial para as pequenas empresas mais saudáveis, para mantê-las em suas linhas tradicionais de crédito, a juros elevados.
- Depois de três meses, e milhares de CNPJs desaparecidos, anuncia uma linha de baixo custo, com o BNDES bancando parte do risco. Vai apenas acelerar a lógica de sonegar recursos para os melhores clientes e não emprestar para os piores.
Nos próximos meses, à multidão de desempregados e vulneráveis, se somarão milhares de pequenos empresários jogados na rua pela política genocida de Bolsonaro-Guedes.
Há dois cenários pela frente. O cenário mais otimista será com a queda rápida de Bolsonaro e sua substituição por um governo de conciliação nacional.
A demora em sua queda aumentará a tensão social, política, abrindo espaço para qualquer autoritário mais talentoso que Bolsonaro.
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Antes eu pensava que Bolsonaro que a queda seria certa, por conta do desastre do covid, que ruiria sua popularidade para perto de 10%. Comentei isto neste post: https://jornalggn.com.br/artigos/quando-bolsonaro-ira-cair-por-wilton-cardoso/
Mas talvez eu tenha me enganado em relação à sanidade das massas que o apoiam. Assim como Macri ainda teve 1/3 dos votos argentinos na eleição passada e Trump continua no páreo das eleições, Bolsonaro talvez se mantenha relativamente popular até o fim do mandato.
Neste caso, a primeira opção das elites de direita será cercar a família judicialmente e tentar controlar Bolsonaro com a ajuda dos ex-generais do governo. Só vão tirá-lo se o caos for muito grande. E isso só para o ano que vem, quando a cassação da chapa propiciará uma elição indireta, sobre a qual a direita terá controle quase absoluto – provavelmente Maia assumirá – e talvez até tentem implantar um parlamentarismo sem consulta popular.
Em todo caso, mesmo com a queda de Bolsonaro, o neoliberalismo ainda manda e o desmonte do estado continuará. Os eleitores (mesmo os pobres) estão lavajatistas, pentecostais e autoempreendedores demais para pedirem uma política de esquerda. O inverno do país será longo e a panela de pressão social estará cada vez mais próxima da explosão.
Procurem o ex ministro Mercadante pra falar sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica é um conjunto de fundos contábeis formado por recursos dos três níveis da administração pública do Brasil para promover o financiamento da educação básica pública, QUE ESTÁ PRA ACABAR
Socorro,agora q morre 100 mil fácil, fácil,quero logo essa vacina,PAGO O Q FOR(governos tb)haaa q VÍRU$$$ danado!!
Obs:E olha q nem chegou a pandemia nos bichos e alimentos,tb,esse Brasil empacou na primeira onda do vírus,terão q adiantar a PANDEMIA 5.0 pulando etapas!!