Atualizado às 16:55
Em fins de agosto, o governador Beto Richa lançou o programa “Todos Iguais Pela Educação”, preparado pelo vice-governador e Secretário da Educação Flávio Arns.
De acordo com o site da Secretaria de Educação, o “todos iguais” não se refere à igualdade de condições dos alunos. A intenção do programa é conceder “às escolas básicas de Educação Especial, mantidas pelas Apaes e outras instituições sociais, os mesmos direitos e recursos destinados às escolas públicas da rede estadual”. Serão R$ 420 milhões para permitir que as escolas Apae possam concorrer com a rede regular de ensino.
Vamos escolher aleatoriamente uma delas, a da cidade de Califórnia, a primeira mencionada no comunicado da Secretaria da Educação (http://tinyurl.com/kaw69cb).
“A escola especial de Califórnia atende 83 alunos, de bebês de três meses a idosos, 19 deles em período integral. Além das aulas de educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos, são oferecidas fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, assistência social e equinoterapia. Também são promovidas atividades de artesanato e de confecção”.
Uma visita ao site da Apae de California revela algumas surpresas (http://glurl.co/cMu).
Antes, é importante ressaltar que o caso California não pode ser generalizado sem, antes, se proceder a uma boa pesquisa. Mas é ilustrativo da absoluta falta de controle sobre o sistema Apae.
Todas suas atividades têm isenção tributária. Mas o que se vê na Apae de California é um conjunto de atividades econômicas e sociais, a maior parte das quais não relacionada com a educação especial. A Apae mantem uma escola privada – onde não entram alunos com deficiência -, um clube esportivo, uma gráfica, um buffet, todos debaixo do manto da isenção tributária e todos compartilhando a mesma estrutura física.
A cidade tem apenas 8 mil habitantes. A Apae foi presidida por Ana Mazeto, que se tornou a atual prefeita da cidade e correligionária de Beto Richa.
A prefeita assumiu a prefeitura denunciando seu endividamento. No primeiro ano, no entanto, adquiriu uma perua Freemont, da Fiat, por R$ 105 mil, para servir seu gabinete (http://tinyurl.com/kcxaky5). Revela a maneira como trata recursos públicos.
Embora do PSDB, o suporte para suas demandas junto ao MEC é do deputado petista André Vargas, do PT (http://tinyurl.com/mualxop).
O guarda-chuva filantrópico da Apae
Debaixo do guarda-chuva da Apae existe uma escola privada, a Escola Diego Henrique Gomes, com mensalidades de R$ 250,00 (http://glurl.co/cMv). E mantem a Escola Joana Carreira Portelinha – Educação Infantil e Ensino Fundamental na Modalidade de Educação Especial.
O site da escola Diego informa que um de seus objetivos é “adotar uma política educacional inclusiva abrangente que permita à diversidade atendida experiências de transformação e emancipação”.
A secretaria só abre após às 13 horas. Mas a simpática dona Neusa, funcionária que prepara o lanche das crianças, informa que não há crianças com deficiência na Escola Diego. Todas ficam confinadas na Escola Joana Carreira. Encontram-se apenas em festejos, como no Dia das Crianças.
Todos os investimentos feitos pela Apae beneficiam a escola Diego: “Por ser mais um programa de Auto Sustentação, a Escola Diego Henrique é mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Califórnia-Pr, sendo assim a escola é beneficiada com todos os espaços criados pela mantenedora”, informa o site da Apae.
Graças a essa filantropia da Apae, a escola dispõe de uma estrutura extraordinária: piscina semi-olímpica de 312,50 m2, duas piscinas infantis de 33 m2, um salão de festas de 1.200 m2, uma quadra poliesportiva coberta de 700 m2, um campo de futebol suiço de 3.080 m2, no total 11.580 m2 de area construida.
O clube social para “integração social”
Para uma cidade de 8 mil habitantes, a Apae imbuiu-se de um alto espírito filantrópico, que lhe estimulou a lançar um clube social.
A área social tem 5.100 m2 com academia, sauna, piscina, churrasqueira, campos suíço, quadra coberta e parquinho infantil (http://tinyurl.com/mp3kyfe), tem “localização privilegiada, próxima ao centro comercial, e o melhor, pertinho de você” e dispõe de “um ambiente agradável e aconchegante, para descontração e socialização com uma pincelada de muita diversão”.
As justificativas para os investimentos no clube são extraordinárias (http://tinyurl.com/mp3kyfe):
“A Apae de Califórnia, ao longo de sua história, sempre teve presente a preocupação da integração social dos educandos dentre os mais diversos segmentos. Partindo deste principio, implantou programas de auto sustentação visando tanto a valorização do aluno especial, quanto as condições ideais de trabalho para toda equipe multiprofissional”.
Não fica nisso. A Apae tem uma gráfica fornececendo serviços para terceiros. E um buffet com mil m2, que permite “um momento especial de renovação para sua alma e seu espoírito” (http://tinyurl.com/ohqyw9n)
O atendimento às pessoas com deficiência
O que justifica essa superestrutura, os repasses do MEC e da Secretaria da Educação e a isenção fiscal é uma escola especial que atende a 83 alunos, de bebês de três meses a idosos, 19 em período integral (segundo a Secretaria de Educação do Município, seriam 60 atendidos).
Faturamento em gráfica, buffets, escola particular, clube social, mais os recursos financeiros do Ministério da Educação e da Secretaria da Educação do Paraná, tudo isso para atender a 83 alunos ou 60 alunos.
Para dar conta da missão, a Apae conta com o seguinte quadro funcional:
Bancados pela Secretaria de Educação do Paraná:
16 Professores; 01 Secretária; 01 Professor Ed. Física; 01 Professor Arte; 02 Atendentes; 01 Merendeira; 03 Auxiliar de Serviços Gerais; 01 Instrutor; 02 Professores PSS.
Bancados pela prefeitura de California:
01 Atendente; 01 Auxiliar de Serviços Gerais, 01 Telefonista; 01 Fisioterapeuta; 01 Professor Ed. Física.
Bancado pelo SUS:
01 Assistente social (40h); 01 Psicóloga (32h); 03 Fisioterapeutas (24h); 02 Fonoaudiólogas (20h); 01 Terapeuta Ocupacional (8h); 01 Neuro Pediatra (8h); 01 Auxiliar de Serviços Gerais;
Em California, a rede estadual atende apenas 3 alunos com deficiência. Havia duas escolas estaduais, uma fechou por falta de alunos.
Segundo a Secretária de Educação do município, Maria Stela dos Santos, os recursos para educação inclusiva vão para a Apae que, segundo ela, mantém 60 pessoas de todas as idades. Ela não tem ideia do montante de recursos porque saem direto da Secretaria de Educação do estado para a Apae.
No site da Secretaria da Educação do Paraná, soa como escárnio a proposta do programa “Todos iguais pela educação”, de jogar R$ 420 milhões nas Apaes do estado, para que tenham condições de competir “em igualdade de condições”, com a rede pública.
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POSTS DO DIA
Nassif, a seção -coluna Posts do Dia, de NassifOnLine devria voltar para aa margem ewsquerda de quem olha pro monitor. Deveria também mudar pra fontes bem maiores. Deveria estar na primeira home do GGN coo primeira opção, primeira aba, primeira janela. Noto que não só eu, mas outros antes colaboradores, participantes, cadastrados ou não cadastrados, sumiram ou desanimaram de “dnçar” neste novo layout onde há quadrinhos de notícias espalhados pela tela e rolando tela também. Não sei se vou receber resposta sua ou de outros leitores. Ah, a leitura também diminuiu, se é que eu sirvo de amostragem, creio que outros deixaram de ler pelo menos com vagar como antes do novo layout.
saudações,
de Recife, Humberto.
Humberto
o layout especifico
Humberto
o layout especifico do Blog ficou quase inalterado. Não entendi onde estão as ressalvas.
Nassif, me refiro a tudo, ao
Nassif, me refiro a tudo, ao layout GGN e ao layout NassifOnLine. Pelo menos o aumento das fontes, das letras, creio que fui claro. Não entendo porque você não entendeu. Me refiro ao antigo layout, que era mais limpo, não fazia os olhos dançarem procurando ler títulos e resumo de notícias que ficam espalhados pela tela. “Posts do dia” deveria voltar à posição esquerda (de quem olha) e deveria ser uma das janelas (abas) do portal GGN.
Posts do dia
Humberto, há pouco respondi a você mas acho que não entrou a resposta. No início da mudança, na página do Jornal GGN, eu clicava em Luis Nassif Online e, nessa página clicava em Posts Recentes, para chegar ao que era o antigo Blog.
Nessa página de Posts Recentes, ou seja Posts do dia, resolvi certo dia, clicar com o lado direito do mouse e colocar “POSTS RECENTES” em favoritos. Agora, ao entrar na Internet clico nos FAVORITOS e entro direta nos Posts Recentes.
Não preciso acessar o Jornal GGN para acessar os POSTS DO DIA. Também tenho em Favoritos, o Jornal GGN, caso queira ir para o Jornal. Desculpe se não me fiz entender.
posts do dia
Marly
obrigado pela dica, gostei e ja fi-lo…
Coloquei em favoritos
Humberto, há muito que fico só nos posts do dia. Experimentei clicar o lado direito do mouse e coloquei “Posts recentes” em FAVORITOS. Daí acesso diretamente a página dos POSTS RECENTES, através da minha página de FAVORITOS. Também tenho em favoritos a página do jornal GGn, caso queira visitá-la.
Prezado jornalista Nassif,
Prezado jornalista Nassif, seria California um caso unico ?
Caso seja, as normas do bom jornalismo estariam prejudicadas, quando o senhor tenta correlaciona-la a uma situacao geral.
Tem toda razão. Já fiz a
Tem toda razão. Já fiz a devida ressalva.
Flavio Arns
Não é de se estranhar, com um secretário de educação ligado há muito tempo com a Apae no Paraná. Isso é amplamente conhecido.
Que trem da alegria!!!!!!!!
Que trem da alegria!!!!!!!!
não está convencendo! essa APAE de California me parece boa!
Nassif, vc está se perdendo! seu texto parece com uma PIG da vida, ao dizer que as crianças com deficiencia ficam “CONFINADAS” vc superou qualquer lixo recente da Veja em manipulação!
como vc pode afirmar que tanto o clube como o buffet são mantido pelos recursos da APAE e que não servem para complementar o orçamento da associação?
como vc sabe que o SUS fornece recursos para cobrir todas as necessidades? vc tem a planilha de custos do local?
a divergencia de numeros 60 e 83 não seria porque a APAE da cidade atende crianças de outras localidades de forma que a secretaria municiapal não teria essa informação?
vc colocou o quadro de funcionarios que consta no site, vc acha que alguma escola publica ira ter um quadro com fisioterapeutas, psicologas , fonoaudiologas etc etc, para atende 03 alunos como vc informar que frequenta a escola publica de California?
vc além de falar com a servente, falou com alguém da direção da APAE antes de por essa materia?
Não seja leviano. Todas as
Não seja leviano. Todas as informações estão baseadas em dados oficiais disponíveis no site da Apae California.
Quando crianças com deficiência não convivem com crianças sem deficiência, elas estão confinadas sim, em ambientes de exclusão. A estrutura do clube social, da escola privada, do buffet são da instituição Apae California, que goza de isenção fiscal e recebe verbas públicas.
Entre no site e confira se há alguma prestação de contas.
Aquele quadro de profissionais bancado pela prefeitura, governo do estado e SUS seria suficiente para transformar a escola estadual de California na mais completa do estado para educação inclusiva. Me diga qual consultório do SUS mantém uma equipe desse tamanho.
Faz o seguinte Nassif, se a
Faz o seguinte Nassif, se a educação brasileira é tão boa por que suas filhas estudam em escolas particulares? Coloque-as em escola pública. Se a saúde do Brasil é tão boa por que muitos políticos, e se duvidar o nobre articulista também, quando necessitam de cuidados médicos vão ao Sírio Libanês? Por essas e por outros eu chego, tristemente, a concordar com o Rodrigo Constantino quando fala de “Esquerda Caviar”.
As escolas privadas em que
As escolas privadas em que minhas filhas estudam não recebem recursos públicos desviados da rede pública de ensino.
Pois é Nassif, se suas filhas
Pois é Nassif, se suas filhas estudassem em escolas públicas e você vissem a realidade que eu vi quando terminei minha licenciatura e tive que passar um período em sala de aula, nota: em escola pública, pude ver uma aluna com Síndrome de Down leve e acredite constatei bullying por parte dos outros 40 alunos, tenho colegas que dão aula na rede pública do DF com alunos surdos e que não teve nenhum preparo do GDF (dirigido pelo PT) para ensinar em LIBRAS e não havia monitores em sala de aula para auxiliá-lo. Enfim isso de querer retirar recursos da APAE para mim não passa de birra política que não se alinha com os interesses dos pais de portadores de necessidades especiais (PNE), e pior uma forma de diminuir “custos”, pois não terão mais que repassar dinheiro às APAEs.
Abraço.
Explique melhor quais seriam
Explique melhor quais seriam os interesses dos pais de crianças com deficiência, ao defender a educação inclusiva. Não consegui entender seu raciocínio.
Como voce pode saber o que os
Como voce pode saber o que os pais dos deficientes querem? Aprendeu isso na sua licenciatura? Ja pensou que o buling ocorria porque havia uma única aluna com sindrome nessa turma? Porque a maioria ainda esta escondida atrás das grades da Apae? Eu tenho uma filha com sd e esta na escola regular e acredite ela faz a diferença na sua turma, é amada por todos, o preconceito pode pode vir dos pais, e sabe porque? Na minha época aluno deficiente não tinha que estar misturado, o lugar que era destinado a eles era as Apaes.
Será?
A maioria das escolas particulares recebem algum recurso público ( a maioria são sem fins lucrativos), seja através de renúncia fiscal, isenção de impostos ou financiamento subsidiados. Dúvido que a escolas das suas filhas não estejam incluídas nisso.
O nível dos comentaristas por
O nível dos comentaristas por aqui anda de lascar…Um primarismo absoluto e de dar pena.
Pelo menos, ao contrário de
Pelo menos, ao contrário de muitos comentaristas “sérios” daqui, eu já estive em uma escola pública e posso dizer que quem faz política pública no Brasil nunca foi em uma escola pública brasileira e acha que vive em um país com a realidade educacional da Finlândia.
Argumentação descontextualizada.
Haim, você disse: “Faz o seguinte Nassif, se a educação brasileira é tão boa por que suas filhas estudam em escolas particulares?”
Não gosto muito desse tipo de contraponto. Essa forma de argumentar me dá uma sensação de desconforto. Parece que se foge um pouco do foco do debate, pois a impressão que se tem é que o dado objetivo – que é o comentário em si – é desprezado, dando-se enfoque a uma questão subjetiva – visa-se o comentarista.
Tenho a impressão de que ir aos melhores hospitais, matricular os filhos em boas escolas particulares não descredencia as pessoas que isso pode de realçar os avanços governamentais nessas áreas.
Não seja leviano. Todas as
Não seja leviano. Todas as informações estão baseadas em dados oficiais disponíveis no site da Apae California.
onde nos dados oficiais diz que tanto o clube como o buffet não geram receita para a APAE, ou que essa receita e desviada? alias a receita enviada para a APAE deixou de ser aplicada na propria instituição? o clube e de 95 antes de mais nada!
Quando crianças com deficiência não convivem com crianças sem deficiência, elas estão confinadas sim, em ambientes de exclusão. A estrutura do clube social, da escola privada, do buffet são da instituição Apae California, que goza de isenção fiscal e recebe verbas públicas.
essa informação de confinamento veio da servente da escola, pois o site informa que o objetivo e a inclusão! tanto que no clube, provavelmente o unico da cidade, a inter-relação entre todas as crianças e certa. sobre confinamento, se de um lado ficam as crianças com deficiencia e do outro as sem deficiencia, porque para vc somente as com deficiencia estão confinadas mesmo?
Entre no site e confira se há alguma prestação de contas.
não sei se alguma escola tem prestação de contas colocada na internet, poderia me informar se a escola publica onde estudam as outras 03 crianças tem um site proprio onde e prestado as contas?
Aquele quadro de profissionais bancado pela prefeitura, governo do estado e SUS seria suficiente para transformar a escola estadual de California na mais completa do estado para educação inclusiva. Me diga qual consultório do SUS mantém uma equipe desse tamanho.
mas eu estou entendendo que a unidade e excelente, vc tem alguma informação da má qualidade do atendimento de lá?
“Bancados pela Secretaria de
“Bancados pela Secretaria de Educação do Paraná:
16 Professores; 01 Secretária; 01 Professor Ed. Física; 01 Professor Arte; 02 Atendentes; 01 Merendeira; 03 Auxiliar de Serviços Gerais; 01 Instrutor; 02 Professores PSS.
Bancados pela prefeitura de California:
01 Atendente; 01 Auxiliar de Serviços Gerais, 01 Telefonista; 01 Fisioterapeuta; 01 Professor Ed. Física.
Bancado pelo SUS:
01 Assistente social (40h); 01 Psicóloga (32h); 03 Fisioterapeutas (24h); 02 Fonoaudiólogas (20h); 01 Terapeuta Ocupacional (8h); 01 Neuro Pediatra (8h); 01 Auxiliar de Serviços Gerais;
Em California, a rede estadual atende apenas 3 alunos com deficiência. Havia duas escolas estaduais, uma fechou por falta de alunos.”
Falta-lhe o menor senso de
Falta-lhe o menor senso de proporçao. Toda essa estrutura, verbas publicas, isenção, para atender 19 pessoas em período integral.
Ogro
Meu prezado,
Vc é um Ogro ou só finge ser um ?
Por acaso um clube e outros estabelecimento se materializam do nada ?
De onde vc acha que veio os recursos para construir o clube e os outros empreendimentos ?
Agora me diga, que lei que diz que os recursos destinados às APAES devem ser usados para se construir um clube social ?
Tenha dó.
Em tempo, troque seu avatar pelo do parceiro do Shrek, é mais apropriado.
Presumo que, se bem
Presumo que, se bem investigado teria ainda umas dua ONGs ou OSCIPs, para ajudarem nessa empreitada. Há lugares onde é comum rifas, doações, churrascos e confraternizações arrecadatórias para entidade iguais ou similares. Em épocas pré-eleitorais parece que se intensificam os pedidos de “ajuda humanitária”. Há quem suspeite de uma indústria filantrópica. Como não acredito nisso, nem menciono.
Recursos bancam APAE
Apae de California é um caso isolado… É por isso, que como ex presidente de APAE digo: APAE, como toda entidade filantrópica, dever ser Leiga e Laica. Nada de políticos, nada de clubes sociais quererem mandar … E outra coisa, toda entidade sem fins lucrativos tem como um de seus objetivos somar com os serviços públicos, e não, querer que o poder público assuma toda a responsabilidade de manutenção dos serviços…Temos que trabalhar para ser autosustentável, precisamos sim de AJUDA do poder público, mas não esperar que este PODER que mantenha a entidade…e ai vai…
Não é fácil trabalhar para colocar uma entidade como a APAE para funcionar…
Paraná
O Paraná Richiano foi transformado numa OS – organização social, perdendo o status de estado da federação.
quando a cidade de São Paulo
quando a cidade de São Paulo era governada pela oposição, o paulistano era regularmente chamado de conservador, reacionario etc etc, ai o PT venceu e essas palavras sumiram quando se trata de São Paulo, pelo jeito, o novo alvo e o paraná!
Deixe de ser ridículo. As
Deixe de ser ridículo. As críticas a essa picaretagem são supraoartidarIas. Traga argumentos em vez de trollar.
Boa Nassif, certeira a
Boa Nassif, certeira a réplica.
Apoiado.
APAES DO PARANA
NASSIF A “MANCHETE” DA SUA COLUNA É TENDENCIOSA AO EXTREMO ! POR QUE “NO PARANA….. ?” PODERIA COMEÇAR ASSIM: “UMA APAE DO PARANÁ….” NÃO SERIA MAIS HONESTO? Ô JORNALISMO MARROM, APESAR DE QUE AS PROVAS MOSTRADAS PARECEM SER VERÍDICAS !! MAS PODERIA TER UMA CHAMADA MAIS CONDIZENTE COM A LEITURA QUE TERÍAMOS A SEGUIR ,,,
Advogar a realidade
Prezado Antonio J.Alves, o Nassif, não foi tendencioso, desonesto nem extremista. Dá o nome aos “bois” foi a forma encontrada pelo jornalista, de mostrar os desvios do dinheiro público, para instituições pouco ou nada sérias, como a nominada, que por acaso, está no Paraná. Ou você prefiriria que ele “dourasse” a pílula, e não mostrasse esta realidade crua e inaceitável, apenas par não ferir as suscetibilidades dos paranaenses ?
Em tempo: Escrever em maiúsculo o texto inteiro, nas redes sociais, parace ser gritos, e eu acho que você não deveria “gritar” na defesa desta Apae. Eles não merecem tanta torcida.
APAES DO PARANÁ
Quem está sendo desonesto agora é quem responde. Eu não falei que não existam desvios nas APAES, como parece ser o caso comentado, mas que na chamada ele GENERALIZOU para AS APAES DO PARANÁ, sendo que o caso se referia somente à APAE DE CALIFÓRNIA !! Sim, escrevi em caixa alta para chamar a sua atenção, como foi o seu caso não é mesmo? Se queria chamar a atenção para seu texto não precisava GRITAR COM UMA MANCHETE TÃO ABRANGENTE !!
trem da alegria, uma breve história.
Durante o regime militar não havia eleições para governadores. Eles eram indicados e as assembleias legislativas “votavam” no tal candidato. Chamavam a esse simulacro de democracia de “eleição indireta”. Não era eleição, nem era indireta, os generais nomeavam diretamente. Paulo Maluf, membro do partido da Ditadura, deu um passa-moleque no “candidato” do ditador João Baptista Figueiredo e quando perceberam, tinha sido “eleito” governador de São Paulo. Bajulador ao extremo, deixou Figueiredo de queixo caído, que achou melhor não puni-lo e empossá-lo. Tinha explodido mais uma crise mundial de combustíveis por conta da enésima guerra árabe-israelense. Então Maluf, para mostrar que estava “economizando” gasolina, ia visitar municípios distantes de…trem! Trens super bem decorados, luxuosos, onde botava todo o primeiro escalão mais um bando de puxa-sacos e lá se iam para Matão, ver “in loco” os problemas da cidade. Nessa época, O Estadão odiava Maluf, não porque ele roubava, mas porque era um governador outsider da aristocracia paulista. A Folha era dirigida pelo jornalista Claudio Abramo, que a transfornou num jornal de verdade. Logo, seus jornalistas marcavam Maluf sob pressão e divulgavam as infindáveis maracutaias da administração Malufista. Então, criaram essa expressão “trem da alegria”, para as alegres viagens de trem de Maluf & Cia. Estado de São Paulo afora.
aqui no parana apea e
aqui no parana apea e dirigido por ex vereadores, ou candidato derrotados nas eleiçoes municipais.
Caramba!
Apesar de sentir alguns comentaristas “brabos” demais com o Nassif, pelo menos aqui não há palvrões em excesso tal como no Brasil247, Tio Rei, Augusto Nunes, etc. Ainda bem, mas se continuar assim…sei não….
IRREGULARIDADES APAE CALIFORNIA.
A APAE tem uma extensa folha de serviços prestados ao Brasil, preenchendo uma lacuna em que o setor público está ausente ou chega de forma ineficiente.
Se constatadas as irregularidades denunciadas pelo jornalista – que aparentemente possuem grande consistência – é preciso que sejam apuradas e punidos os responsáveis. Nada de faniquitos, de xiliques estéreis, de ficar nessa coisa demodê de “esquerda x direita”.
Um debate sério não comporta esse tipo de evasivas. Quem age assim quer apenas desvirtuar o foco da denúncia, gravíssima, aliás.
Tarcísio Araújo
Cara Ruanda. Acredito que não
Cara Ruanda. Acredito que não seja caso único. Trabalhei em determinada época em uma entidade vinculada a várias ditas beneficentes. E o quadro que verifiquei em todas que conheci era exatamente este descrito pelo Nassif: isenção total de impostos; arrecadação de recursos municipais, estaduais e federais destinados a entidades beneficentes para cobrir despesas de uma estrutura administrativa gigantesca com atendimento pífio, de 30 a 50 crianças no máximo; diretores e gestores muito bem pagos; sedes muito bem situadas e bem decoradas, festinhas anuais para os ditos cujos pagas com o dinheiro público arrecadado. Claro que deve existir alguma entidade honesta, mas a maioria faz exatamente o que o Nassif descreve. A partir da minha experiência nunca mais contribuí com nenhuma entidade deste tipo.
O André Vargas “cultivou” a biografia na filantropia
Sob as bandeiras da filantropia, da benemerência e da assistência social, em Londrina
constituíram-se trajetórias políticas emblemáticas como a do deputado federal André Luiz Vargas, que já foi diretor do Albergue de Londrina, no final dos anos 80 e inicio dos 90, fez carreira na filantropia e apoia e recebe apoio de todas essas entidades.
Elele
Nassif, você quer dizer então que o fundeb inteiro de Califórnia vai para a APAE ???
Porque esse valor que você postou aí é tudo que a cidade recebe do FUNDEB.
http://www3.tesouro.gov.br/estados_municipios/municipios_novosite.asp
Veja bem !!!
Tem razão. Tirei a tabela.
Tem razão. Tirei a tabela.
mudou um pouquinho né!
mudou um pouquinho né!
Valeu o alerta.
Valeu o alerta.
O desvirtuamento das intenções
É por este, e por outras razões, que os projetos iniciais das Apaes, estão perdendo a credibilidade e o o conteúdo.
Escândalo!
Gente, isso é um escândalo! Acabei de ver todas as fotos da tal escola Diego Henrique e não há uma criança com deficiência sequer! Estão usando o dinheiro que deveria ser para educação de crianças com deficiência para manter uma escola particular para crianças sem deficiência alguma! E ainda ousam dizer que estão fazendo inclusão ! Estou revoltada! Cadê o Ministério Público do Paraná? Precisamos denunciar isso imediatamente!
vc olhou todas as fotos,
vc olhou todas as fotos, inclusive a da formatura do pré?
vc já pensou que numa cidade de 8.000 hab quantas crianças sofrem algum tipo de deficiencia?
vc sabe que a APAE não cuida apenas de crianças, mas de adultos com deficiencia?
realmente é um escandalo esse assassinato da reputação dessa unidade da APAE que está ocorrendo aqui apenas pelo capricho do Nassif em, como disse a anarquista impor sua opinião!
Que bom que voce chamou minha
Que bom que voce chamou minha atencao para as fotos da formatura do pre, onde nao so eu nao encontrei nenhuma crianca que parecesse ter uma deficiencia, como eu vi que o dinheiro publico esta sendo gasto em rosas, fantasias caras e festa com passarela e mesas dignas de um casamento para criancas de PRE-ESCOLA SE FORMAREM !?!? era isso mesmo que voce queria que eu visse??? http://apaecalifornia.com.br/escoladiego/exibirgaleria/galeria/11
Meu Deus! Mesas de pano
Meu Deus! Mesas de pano branco com guardanapos de pano, e brancos!
Igual restaurante frances!!! Em 33 anos eu fui em restaurante de mesa branca com guardanapo de pano branco umas 3 vezes somente!
Quem ta pagando por isso?!?!?!
Califórnia inclusiva…
Proposta de Intervenção com Profissionais de uma Escola Municipal Escola CalifórniaCom o objetivo de oportunizar um aprimoramento dos profissionais da educação em defesa da Inclusão Social e Educacional no município realizou-se um Encontro Pedagógico com os professores que recebem os alunos provenientes da educação especial e a equipe técnica pedagógica da instituição que fez os devidos encaminhamentos. Foi um momento rico com troca de experiências relatos e os técnicos enriqueceram orientando ou ratificando atitudes tomadas pela equipe pedagógica da escola.Através da leitura de texto Construindo um projeto político pedagógico para a formação de educadores discutiu-se que os alunos especiais são antes de tudo pessoas atribuindo responsabilidades a todos os professores. Se um docente adotar ações contrárias estará segregando o aluno com necessidades especiais, pois ele deve possuir uma formação muito sólida com vistas à diversidade. É extremamente importante que a educação seja capaz de garantir que todos os alunos sejam capazes de aprender mais, de forma mais natural propiciando sua autonomia. Segundo Bueno, o professor é antes de tudo professor.Diante dessa discussão também encaminhou-se um trabalho com reflexões das formas organizativas da ação pedagógica em função das condições estruturais e de ensino que lhe são oferecidas. Consequentemente, destacou pontos da atual legislação visando superar a abordagem tradicional e ratificando a importância da inclusão educacional, uma vez que os alunos especiais estão sendo inseridos gradativamente na rede regular de ensino e o processo adaptativo está sob a responsabilidade de todos escola X família X comunidade.Os professores da rede regular apresentaram questionamentos referindo-se a necessidade de uma Formação Continuada de maneira efetiva, pois a cada ano são novos casos. “Nós, como professores, marcamos a vida do aluno. Eles vão se espelhar e se inspirar no professor. O que precisamos fazer para que a educação seja natural? Como trabalhar com as diversidades?38A inclusão é um desafio que estamos vivendo e na medida que a escola comumenfrenta esse desafio, deve provocar melhorias na qualidade do ensino a fim de atender as diferenças; a transformação da escola é fator preponderante para que a inclusão aconteça com o êxito necessário.Para finalizar foi sugerido que reuniões ampliadas como essa aconteçam com maior freqüência, pois propicia o aprimoramento dos profissionais da educação em defesa da Inclusão Educacional e Social.
ESTE É O GOVERNO TUCANO NO PARANÁ
SEM MAIS COMENTÁRIOS.
Em minha humilde
Em minha humilde compreeensão, entidades especializadas podem e devem contribuir com o sistema público de ensino para a inclusão de crianças. Elas tem seu espaço e não podem ser desqualificadas. Creio que o caminho é a parceria. Se é verdade que existem aqueles que se posicionam pela segregação, também é verdade que a grande maioria das escolas pública faz uma inclusão “meia sola” pois não dispoem de condições de infraestrutura e de pessoal para atender essas crianças. E essas mudanças não se fazem da noite para o dia. Portanto, não se pode perder a expertise de instituições especializadas. O caminho é a união. Infelizmente esse debate está totalmente desvirtuado. Há que se encontrar formas de convivência, de apoio e respeito mútuo.
APAE
Em um momento em que se vê uma mobilização em favor das APAEs, aparece um artigo desse mostrando um lado obscuro das mesmas.
Isso é generalizado?
Qual o interesse da reportagem/jornalista?
Mostrar a ferida para se encontrar soluções?
Ou algum outro interesse com viés político?
Espero que se encontre soluções para que se viabilize uma soluição digna para as pessoas necessitadas de tratamento especializado, para as crianças, adultos e com as famílas onde a situação ocorre.
Precisamos crer que no Brasil possa existir instituições sérias e respeitáveis, que cumpram os seus objetivos dentro dos parametros legais. e que a siciedade, inclusive jornalistas, ajam em favor do bem comum.
A APAE prestou enorme serviço
A APAE prestou enorme serviço às pessoas portadoras de necessidades especiais e foi pioneira numa época em que essa população era discriminada, escondida, envergonhava as famílias. Soube dar visibilidade às necessidades e potencialidades, principalmente das crianças, mesmo mantendo-as apartadas. Entretanto, as coisas mudam e a APAE não soube ou não quis participar das mudanças, por meio da educação inclusiva.
É um caso típico do “fazer a cama e deitar na fama”, sem acompanhar as novas metodologias de educação e mesmo os avanços na área da saúde, que permitem maior sobrevida, com qualidade às pessoas especiais, principalmente com síndrome de Down, as políticas de cotas no mercado de trabalho para portadores de necessidades especiais, as questões de acessibilidade e mobilidade, entre outras que vem sendo implantadas ao longo do tempo. Vimos que a APAE de São Paulo mudou. Está com outra perspectiva. Devem existir outras pelo país. A educação inclusiva é um novo passo (nem tão novo assim) e creio que não excluem a atuação da APAE, em casos específicos com verbas adequadas.
Agora, em relação à APAE de Califórnia/PR, fiquei muito intrigada com a obsessão pela Suíça. Será o “padrão FIFA” local?
APAEs
Não vamos generalizar, como faz o título dessa matéria.
Aa APAEs que conheço, cidades de Pedro Leopoldo e Diamantina, em Minas Gerais, funcionam muito bem e sem corrupções.
E não vejo o poder público realizado os serviços das APAEs com a dedicação e excelência que são realizados.
PARABÉNS PROFISSIONAIS DA APAE PEDRO LEOPOLDO, MG.!
Webson Ferreira Luiz
Pedro Leopoldo – MG
Grande Nassif, parabéns por
Grande Nassif, parabéns por seu trabalho a favor da Educação Inclusiva. Beijo pra Eugênia
Meu irmão mais velho
Meu irmão mais velho frequentou a Apae de minha cidade(Campina Grande – PB) por 15 anos. Atualmente ele frequenta o Caps.
Antes começou numa casinha, no centro, para um terreno grande próximo a entrada do município. A sede nova foi construída com ajuda de políticos, empresários e gente influente da cidade. Mesmo assim, a instituição sofre com a falta de verba. Criaram um serviço de telemarketing para ajudar a manter a unidade. Eu sou testemunha que eles se esforçam para atender da melhor maneira possível as pessoas com deficiência, desde crianças, até adultos.
Porém eu entendo o que o Nassif que fazer. Ele quer criar uma discussão reflexiva sobre o assunto. Eu mesmo não sabia da posição da Apae com relação a inclusão de crianças na rede de ensino. Mas não são todas que poderão frequentar a escola(opinião minha) porque existem vários tipos de deficiência, que necessitam diferentes tratamentos. O que se propaga no facebook(por exemplo) é que o governo federal quer fechar as Apaes.
Tem que analisar também a questão se as escolas estão preparadas para receber os alunos. Existe estrutura física para cadeirantes? Os professores receberam qualificação?
Minha sugestão ao jornalista é fazer uma matéria sobre regras para filantropia, o que é permitido fazer e o que não é.
Sem dar aos leitores uma base, fica fácil para o autor ser metralhado.
Censurado!
Sou um dos mais antigos leitores do Nassif, raramente faço comentários, apenas quando considerado importante expôr o meu ponto de vista. Hoje, diante dessa desequilibrada luta do Nassif em desqualificar uma das instituições mais sérias e importantes do país, resolvi com um dos meus comentários compara-lá com a luta da revista VEJA em desqualicar o Bolsa Família ou qualquer outro programa, através do artifício de selecionar um caso específico, e, a partir daí, desqualificar todo um trabalho em pró dos excluídos. Pois é exatamente isso que o Nassif está fazendo, usa de um caso, que, segundo ele, foi escolhido de forma aleatório (que eu dúvido, eu tenho esse direito), para desqualificar as APAEs. Ao entrar para ver meu comentário, qual a minha surpresa, meu comentário foi censurado (simplesmente, sumiu!). Nunca imaginei que teria um comentário censurado aqui no Blog. Até porque, nunca em minhas intervenções fui ofensivo com ninguém, apenas exponho meu ponto de vista, concordando ou discordando de acordo minhas conviccões e aquilo que eu constato. Mas isso só demonstrar como alguém que um dos maiores defensores do direito de resposta pode se torna autoritário quando é ele que está sendo questionado.
Prezado
sugiroi frequentar
Prezado
sugiroi frequentar qualquer blog por aí e tentar expor opinião contrária. Aqui se preza o pluralismo, sim. O que não se preza é ocupar o espaço para ofensas a quem quer que seja – e ao blogueiro. Só faltava! Não venha com essa demagogia de pedir plena liberdade para ofender. Em outros blogs, você não encontra sequer liberdade para discordar. Mas vem se valer o espaço aqui para se vitimizar?
Tenha a hombridade de mencionar o conteúdo do comentário deletado.
Não precisa publicar
Caso não queria publicar, não publique (é seu direto), mas no meu comentário não há nenhuma ofensa. Eu apenas comparei sua forma de questionar o trabalho as APAES com a forma com que a VEJA usa para desqualificar aquilo que ela não concorda. Também disse que a VEJA poderia sentir inveja e contratar vc como consultor. Caso vc se sentiu ofendido, peço desculpas, não era essa minha intenção. Só queria expor algo que constatei, que é uma cobertura tendenciosa e desequilibrada (nessa caso especifíco), assim como faz a VEJA. Acredito que essa minha percepção seja resultado da paixão com que vc trata o tema (jamais duvidaria da sua imparcialidade), isso não muda minha admiração pelo seu trabalho, nem a confiança que tenho em seu profissionalismo. Tenho um grande respeito pelo seu histórico de jornalista, sempre pautado pela isenção, respeito, equilíbrio e compromisso com a verdade. É exatamente por isso que todos os dias seu blog faz parte de minhas leituras obrigatórias. Recomendo-o para todos os meus amigos e continuarei sempre recomendando. Você é uma inspiração para mim e para muitos. No entanto, nessa caso, a forma com que vc está estabelecendo o debate não é correta, só para ficar num exemplo: em todos os post que vc publicou só existe textos que coloboram para legitimar seu ponto de vista, nenhum contestando sua visão sobre o tema. Mas tudo bem, só quero reiterar então, meu pedido de desculpas!
Resolveremos nossas
Resolveremos nossas diferenças em torno de um bom chopp, no dia do Sarau do blog.
Marcos Paulo, estou na sua
Marcos Paulo, estou na sua mesma situação e com o seu mesmo pensamento. Entrei no blog do Nassif no começo da campanha eleitoral de 2010. Comecei lendo o caso da Veja e estou estupefato de o Nassif estar cometendo o mesmo assassinato de reputação das APAE que o que ele sofreu no passado, generalizando o caso de uma pequena cidade de 8000 hab. para todo um estado, e de maneira geral (noutros posts) um ataque generalizado contra as APAE. Simplesmente estou decepcionado e acho que vou dar um tempo na leitura deste blog, que aparentemente caiu na tentação fascista de se acreditar o dono da verdade.
O caso APAE. Ao mestre com carinho… e críticas.
Antes de mais nada, é necessário deixar claro que considero Luis Nassif um dos meus professores informais. O meu dileto e querido professor de jornalismo. Aprendo, aprendemos, muito com ele. Principalmente, aprendemos a ler criticamente uma matéria jornalística, a encontrar as intenções e as distorções dentro dos fatos noticiados. Seu blog tem sido uma universidade aberta e um espaço de convivência democrática para mim e, creio, para todos que o frequentam.
Agora, como diria um amigo: “procedida a anestesia…”
Não tenho procuração para defender as APAEs, nem a intenção expressa de fazê-lo, creio-as suficientemente robustas para defenderem a si próprias, porém, tem me incomodado particularmente a campanha que Nassif vem conduzindo contra elas neste blog.
E isso pouco tem a ver com a educação inclusiva em si, embora a tenha como pano de fundo. Temos, aparente e espero momentaneamente, visões opostas a respeito da condução prática desse modelo de educação. Contudo, se considero a minha visão legítima, devo considerar a de Luis Nassif legítima também.
O que particularmente me incomoda são dois pontos, uma aparente contradição e o conceito de bom jornalismo aprendido com o próprio Nassif.
A contradição dá-se em relação à imagem das APAEs que Nassif nos passa e a que tenho delas.
A APAE sempre me pareceu uma entidade meritória, fundada em 1954, portanto, há 60 anos presente na nossa sociedade, formada por pais de deficientes e voluntários.
Nada soube que pudesse desaboná-la e mudar a minha visão sobre ela – nenhum escândalo em que ela estivesse envolvida nesta terra de escândalos me foi noticiado. E, de repente, essa mesma APAE nos é apresentada como uma entidade segregacionista. Luis Nassif chega, em um arroubo, por certo, a usar a palavra “confinamento”. As APAEs praticando algo análogo ao cárcere privado, um absurdo.
Em que as APAEs seriam mais segregacionistas que escolas confessionais, por exemplo? Nelas, as confessionais, crianças católicas frequentam escolas católicas, adventistas frequentam escolas adventistas e judias frequentam escolas judaicas. Estariam segregadas em suas comunidades? Por que Luis Nassif não assaca contra elas a mesma gana com que assaca seus textos contra as escolas da APAE?
As APAEs são um mal para as crianças? Pais e amigos fariam mal a seus entes queridos?
Essa contradição nos textos de Nassif me incomoda muito.
Quanto ao bom jornalismo, quanto me dói criticar meu professor.
Neste post, em particular, não posso acusá-lo, com dor no coração por isso, de ter dado um exemplo do bom jornalismo a que nos acostumamos ter dele.
A começar pelo “manchetismo”. A manchete diz uma coisa, o texto diz outra. Quantas vezes criticamos no blog essa prática na grande imprensa?
Quem só lê a manchete pressupõem um escândalo generalizado ocorrendo nas APAEs do Estado do Paraná. Vai se ao texto e está lá:
“Antes, é importante ressaltar que o caso California (a cidade onde a APAE local mantém um clube de campo) não pode ser generalizado sem, antes, se proceder a uma boa pesquisa. Mas é ilustrativo da absoluta falta de controle sobre o sistema Apae.”.
O texto contradiz a manchete. Agora, seria um caso isolado à cidade de Califórnia. Nem isso é, veremos mais abaixo e, se trata-se de um caso isolado, seria ilustrativo de que?
Mas comecemos o texto pelo começo. Fatos distorcidos: “A intenção do programa (o “Todos Iguais Pela Educação” do governo Beto Richa no Paraná) é conceder “às escolas básicas de Educação Especial, mantidas pelas Apaes e outras instituições sociais, os mesmos direitos e recursos destinados às escolas públicas da rede estadual”.
O que é apresentado como um privilégio as APAEs é, na verdade, trata-las como são tratadas as escolas estaduais, destinando a elas, que prestam serviços públicos, os mesmos recursos destinado ás escolas públicas. Dinheiro público em valores equânimes sendo utilizado em benefício público. Onde o favorecimento indevido?
“Serão R$ 420 milhões para permitir que as escolas Apae possam concorrer com a rede regular de ensino.”.
O conceito de concorrência não se aplica aqui. APAE é uma organização social sem fins lucrativos, reconhecida como de utilidade pública. O colégio ETAPA concorre com o colégio OBJETIVO em busca se seus clientes-alunos, a APAE não concorre com a escola pública, tanto quanto o Hospital das Clínicas de São Paulo, que pertence à Universidade de São Paulo, não concorre com o SUS.
Vamos escolher aleatoriamente uma delas, a da cidade de Califórnia, a primeira mencionada no comunicado da Secretaria da Educação (http://tinyurl.com/kaw69cb).
Não se deixe enganar, a escolha não foi aleatória.
O endereço remete a uma página do Governo do Paraná sobre a destinação de verbas às escolas de educação especial. Nele, realmente a primeira escola mencionada é Califórnia, a segunda é Marilândia, talvez porque em ordem alfabética o “C” de Califórnia venha antes do “M” de Marilândia.
Mas não me parece que foi por isso a escola “aleatória” de Nassif. A história da APAE de Marilândia não colabora para a tese de benefício indevido e malversação de recursos públicos que Luis Nassif tenta construir.
O que ficamos sabendo?
“A instituição (APAE de Marilândia) iniciou construção e reforma há alguns anos com recursos próprios. No entanto, as obras de reforma não foram concluídas. Com o dinheiro que será repassado por convênio, cerca de R$ 150 mil, será possível terminar a obra que inclui cozinha, cozinha experimental, sala de música, lavanderia, sala de arte, pátio coberto e banheiros adaptados.”
Nada que impressione ou escandalize. Pouco dinheiro, R$ 150 mil, utilizados para um fim prosaico, a reforma da cozinha e adaptação de banheiros. Nada mais que um socorro á uma instituição sem fins lucrativos e que presta serviços públicos.
Já, Califórnia …
Pelo texto de Nassif:
“Uma visita ao site da Apae de California revela algumas surpresas(http://glurl.co/cMu). Todas suas atividades têm isenção tributária. Mas o que se vê na Apae de California é um conjunto de atividades econômicas e sociais, a maior parte das quais não relacionada com a educação especial.
Ah, a questão fiscal. É um cipoal. E não só em relação à prestação de contas da APAE. Anos atrás, quando meus filhos estudaram no ensino básico, as escolas que frequentaram, particulares, consumiam boa parte do meu orçamento doméstico. Na época, no entanto, que eu saiba, estavam isentas de impostos. Eram parte de uma entidade mantenedora “sem fins lucrativos”. Não sei como está hoje. As APAEs são entidades sem fins lucrativos, deveriam ser taxados as suas fontes de recursos, caso elas derivem de atividades econômicas? Sinceramente, não sei.
A Apae mantem uma escola privada – onde não entram alunos com deficiência -, um clube esportivo, uma gráfica, um buffet, todos debaixo do manto da isenção tributária e todos compartilhando a mesma estrutura física.”
Finalmente o escândalo. Ocultos sob o “manto” da APAE um clube esportivo (é de campo), uma gráfica e, pasmem, um buffet. Tem alguém ganhando dinheiro, não pagando impostos e utilizando a estrutura da APAE. Certo?
Não.
Aqui precisamos entrar com um conceito, o de “sustentabilidade no terceiro setor”.
Procure por ele na internet. Há trabalhos muito interessantes. Porém, em poucas palavras, trata-se da necessidade que as entidades têm de gerar recursos próprios para financiar suas atividades e reduzir a dependência do poder público e das doações –ambos, sujeitos a contingências várias.
O conceito popularizou-se nos anos 90 sob o governo FHC e seu “Estado mínimo”. Quem viveu essa época pode imaginar o que foi gerir uma instituição dependente de repasses do Estado.
É um tema que carrega bastante controvérsia e sua prática riscos de distorções dos fins filantrópicos da entidade que o adota. Ainda assim, é praticado ou buscado por quase todas, se não todas, as entidades civis de interesse público. SENAI e SENAC, por exemplo.
Visitando-se a página da APAE de Califórnia isso fica bem claro. Todas as atividades, escola, clube e gráfica são apresentadas como parte do esforço de auto-sustentabilidade da entidade.
Há duas escolas, a Escola Diego Henrique Gomes, particular e aparentemente com uma clientela de crianças ditas normais e a Escola Joana Carreira Portelinha – Educação Infantil e Ensino Fundamental na Modalidade de Educação Especial dedicada às deficientes.
Depreender daí que a escola Joana Carreira Portelinha seja um local de “confinamento” de crianças vem do exagero e extrapolação ideológica de quem confunde educação exclusiva, no sentido de especializada, com educação excludente. Óbvio está que são conceitos diferentes. Confundi-los por desconhecimento é uma coisa, confundi-los conhecendo a diferença entre eles é outra.
Aparentemente, pela foto aérea apresentada no site da entidade, ambas dividem a mesma estrutura física de apoio.
Pelo que entendi, uma escola, a particular, gera recursos para a outra, a de ensino especial.
A gráfica presta serviços à APAE e se mantém com recursos advindos de serviços prestados ao público em geral. O Buffet idem, e também é a parte prática dos cursos profissionalizantes de garçons e de culinária ministrados pela entidade.
O clube de campo é frequentado pelos deficientes e mantido pela APAE e pelas mensalidades dos sócios. Pelo menos é o que depreende da sua apresentação no site da APAE Califórnia:
“O Clube Apae foi o primeiro programa de auto-sustentação; em meados 1995 iniciou a construção … Com a implantação desse programa propiciamos uma maior integração da pessoa com deficiência junto aos sócios que frequentam o Clube, pois as atividades desportivas acontecem simultaneamente. … face ao contato contínuo do sócio com a instituição, as pessoas manifestam maior interesse em conhecer mais sobre as deficiências. Com frequência, a Apae promove eventos que envolvem toda a comunidade, alunos e familiares.”
Com tudo que se possa falar dos riscos distorção na auto-sustentabilidade do terceiro setor, não vejo como acusar, até aqui, a APAE Califórnia de desvios na utilização de recursos. Seria necessário entrar na contabilidade da entidade. Creio que existam órgãos do poder público que façam isso e não lembro de nada sobre as APAEs vindo deles. Tampouco Nassif apresenta algum dado que possa ser utilizado como indício corrupção.
Agora, entramos em outro ponto não recomendável ao bom jornalismo sobre o qual Luis Nassif já nos deu mais de uma aula. Ou seja, a prática de onde não “há fatos, levanta-se suspeitas”.
Vejamos.
“A Apae foi presidida por Ana Mazeto, que se tornou a atual prefeita da cidade e correligionária de Beto Richa.
Tentativa de ligar um fato a outro sem uma clara relação causal. O quem tem a prefeitura a ver com a APAE? E, ser correligionária de Beto Richa é demérito de caráter?
“A prefeita assumiu a prefeitura denunciando seu endividamento.”
Fazendo elogios é que não tiraria o prefeito no cargo, caso esse fosse de partido adversário.
“No primeiro ano, no entanto, adquiriu uma perua Freemont, da Fiat, por R$ 105 mil, para servir seu gabinete (http://tinyurl.com/kcxaky5). Revela a maneira como trata recursos públicos.”
Não revela nada.
Lula foi alvo de iguais críticas quando no seu primeiro ano de governo trocou o avião da presidência. Para desgastá-lo, a grande imprensa fez até concurso para saber que nome dar ao avião. Teve quem sugerisse que como o avião da presidência americana chama-se “air force one”, o da presidência brasileira deveria ser chamado de “air force cinquenta e one”. Jocosamente passaram a chama-lo de “Aero-Lula”, por fim e até hoje. Lula comprou o avião e fez o governo que fez. Nassif endossaria as críticas à compra do avião, nos mesmos termos?
Após uma breve visita à prefeita e ex-preseidente da APAE de Califórnia, visita da qual deixa-nos a impressão da prefeita ser uma pessoa perdulária com os recursos públicos e escassos, Luis Nassif volta à APAE.
“O que justifica essa superestrutura, os repasses do MEC e da Secretaria da Educação e a isenção fiscal é uma escola especial que atende a 83 alunos, de bebês de três meses a idosos, 19 em período integral (segundo a Secretaria de Educação do Município, seriam 60 atendidos).”.
É justo, no meu entender. A quem atende gratuitamente de bebês a idosos portadores de necessidades especiais deve ser dado estrutura, verbas públicas e isenção fiscal. O número de alunos, 83 ou 60, é pequeno? Em uma cidade de 8 mil habitantes, talvez não.
“Faturamento em gráfica, buffets, escola particular, clube social, mais os recursos financeiros do Ministério da Educação e da Secretaria da Educação do Paraná, tudo isso para atender a 83 alunos ou 60 alunos.”
Antes de sairmos achando que é muito recurso para pouco benefício é preciso primeiro saber quantos são esses recursos, qual a qualidade do serviço prestado e quanto são os custos disso. Não tenho essa informação. Se Nassif a apresentou, passou-me despercebido.
Nassif apresenta ainda a estrutura funcional da entidade voltada à educação especial:
Bancados pela Secretaria de Educação do Paraná: 16 Professores; 01 Secretária; 01 Professor Ed. Física; 01 Professor Arte; 02 Atendentes; 01 Merendeira; 03 Auxiliar de Serviços Gerais; 01 Instrutor; 02 Professores PSS.
Bancados pela prefeitura de California: 01 Atendente; 01 Auxiliar de Serviços Gerais, 01 Telefonista; 01 Fisioterapeuta; 01 Professor Ed. Física.
Bancado pelo SUS: 01 Assistente social (40h); 01 Psicóloga (32h); 03 Fisioterapeutas (24h); 02 Fonoaudiólogas (20h); 01 Terapeuta Ocupacional (8h); 01 Neuro Pediatra (8h); 01 Auxiliar de Serviços Gerais.
Nossa, isso tudo para 83 ou 60 alunos? Sem dúvida é de matar de inveja quem lecionou nos anos 90 em escola de bairro de Diadema – SP e dispunha para isso apenas de giz e cuspe. O giz o Estado fornecia, o cuspe o professor trazia de casa.
Mas lembremo-nos, trata-se de alunos portadores de necessidades especiais em faixas etárias que vão de bebês a idosos. E se realmente a APAE lhes proporciona educação infantil, ensino fundamental – 1º ciclo, EJA – ensino de jovens e adultos, laboratório de informática, psicologia, fonoaudiologia, assistência social e terapia educacional, pode ser até que a escola tenha capacidade para receber muito mais alunos que hoje, mas a estrutura não me parece superdimensionada. Nada que me pareça um cabide de empregos.
Note-se a informação na página da Escola Joana Carreira Portelinha de Educação Especial:“Atualmente a Escola de Educação Especial Joana Carreira Portelinha atende 83 alunos especiais distribuídos em 12 turmas conforme faixa etária e programas de atendimento.”.
São 83 alunos mas são necessárias 12 turmas para atendê-los. Na educação regular para alunos ditos normais, essas mesmas 12 turmas atenderiam em média 360 alunos. Educação especial e especializada é cara.
Há na página dessa escola um dado que parece ter passado despercebido do Nassif. Estranhei a informação referente ao ensino fundamental – 1º ciclo. Primeiro ciclo apenas? É pouco. Fui conferir, e o que encontrei?
“A medida em que o aluno interage com o processo de alfabetização, gradativamente apresenta um nível de assimilação dos conteúdos que, durante as sondagens e avaliações diagnósticas, certifica-se a possibilidade de inserção do mesmo na rede Regular de Ensino.”
Talvez a Escola Joana Portelinha não tenha uma filosofia de ensino tão distante daquela preconizada pelo Nassif.
E é isso, por fim, que me machuca quando alguém que admiro escreve algo assim como o que encerra o texto do Nassif:
“No site da Secretaria da Educação do Paraná, soa como escárnio a proposta do programa “Todos iguais pela educação”, de jogar R$ 420 milhões nas Apaes do estado, para que tenham condições de competir “em igualdade de condições”, com a rede pública.”
Escárnio? O Paraná está jogando dinheiro fora quando subvenciona a APAE? O objetivo é “aumentar a competitividade” dentro do sistema público de ensino?
Escárnio? Seria escárnio prover educação especial e especializa para quem precisa dela, para portadores de necessidades também especiais?
Palavras tão duras. O que faria Luis Nassif, alguém sempre tão consciente, tão humano, usar palavras tão duras?
Arrisco que paixão. Quero crer que paixão. Nassif é um homem apaixonado. Como cobrar coerência de um homem apaixonado se o motivo da sua paixão, em sentido contrário, lhe cobra a incoerência?
Explicar o que a paixão tem a ver com tudo isso é, no entanto, coisa que demandaria muito mais tempo e espaço. E, sem dúvida, aqui não é o lugar nem o momento.
Enfim, “Na curva perigosa dos cinquenta derrapei neste amor. Que dor!”.
Antes de mais nada, é
Antes de mais nada, é necessário deixar claro que considero Luis Nassif um dos meus professores informais. O meu dileto e querido professor de jornalismo. Aprendo, aprendemos, muito com ele. Principalmente, aprendemos a ler criticamente uma matéria jornalística, a encontrar as intenções e as distorções dentro dos fatos noticiados. Seu blog tem sido uma universidade aberta e um espaço de convivência democrática para mim e, creio, para todos que o frequentam.
Agora, como diria um amigo: “procedida a anestesia…”
Não tenho procuração para defender as APAEs, nem a intenção expressa de fazê-lo, creio-as suficientemente robustas para defenderem a si próprias, porém, tem me incomodado particularmente a campanha que Nassif vem conduzindo contra elas neste blog.
E isso pouco tem a ver com a educação inclusiva em si, embora a tenha como pano de fundo. Temos, aparente e espero momentaneamente, visões opostas a respeito da condução prática desse modelo de educação. Contudo, se considero a minha visão legítima, devo considerar a de Luis Nassif legítima também.
O que particularmente me incomoda são dois pontos, uma aparente contradição e o conceito de bom jornalismo aprendido com o próprio Nassif.
A contradição dá-se em relação à imagem das APAEs que Nassif nos passa e a que tenho delas.
A contradição se deve à sua falta de informações abrangentes sobre o tema, porque trata-se de um tabu que a imprensa se recusa a levantar.
A APAE sempre me pareceu uma entidade meritória, fundada em 1954, portanto, há 60 anos presente na nossa sociedade, formada por pais de deficientes e voluntários.
Dona Jô Clemente, fundadora da APAE, defende a educação inclusiva. A Federação boicota, chantageia e faz terrorismo. Sugiro ler de novo o post sobre o boicote das APAEs à educação inclusiva.
Nada soube que pudesse desaboná-la e mudar a minha visão sobre ela – nenhum escândalo em que ela estivesse envolvida nesta terra de escândalos me foi noticiado. E, de repente, essa mesma APAE nos é apresentada como uma entidade segregacionista. Luis Nassif chega, em um arroubo, por certo, a usar a palavra “confinamento”. As APAEs praticando algo análogo ao cárcere privado, um absurdo.
Em que as APAEs seriam mais segregacionistas que escolas confessionais, por exemplo? Nelas, as confessionais, crianças católicas frequentam escolas católicas, adventistas frequentam escolas adventistas e judias frequentam escolas judaicas. Estariam segregadas em suas comunidades? Por que Luis Nassif não assaca contra elas a mesma gana com que assaca seus textos contra as escolas da APAE?
Evidente que são segregacionistas. Que queiram ser, problema delas, desde que não se valham de recursos públicos, que devem ser aplicados em escolas integradoras e universalizantes.
As APAEs são um mal para as crianças? Pais e amigos fariam mal a seus entes queridos?
Muitos pais e amigos não são devidamente informados sobre a importância, para seus filhos, da educação inclusiva. E de como a Federação das APAEs boicota esse projeto. Quando forem informados, batalharão para que as APAEs façam um trabalho meritório de acompanhar seus filhos na rede regular de ensino, ajudando-os na inclusão.
Essa contradição nos textos de Nassif me incomoda muito.
Não há contradição alguma. Em um mundo sem nada, as APAEs foram essenciais. Quando se busca a integração, deveriam ajudar nesse processo, como faz a APAE SP, de dona Jô Clemente.
Quanto ao bom jornalismo, quanto me dói criticar meu professor.
Neste post, em particular, não posso acusá-lo, com dor no coração por isso, ter dado um exemplo do bom jornalismo a que nos acostumamos ter dele.
A começar pelo “manchetismo”. A manchete diz uma coisa o texto diz outra. Quantas vezes não criticamos no blog essa prática na grande imprensa?
A manchete diz que a Secretaria de Educação do Paraná injeta dinheiro em APAEs que mantém clubes sociais com verbas públicas.
Quem só lê a manchete pressupõem um escândalo generalizado ocorrendo nas APAEs do Estado do Paraná. Vai se ao texto e está lá:
“Antes, é importante ressaltar que o caso California (a cidade onde a APAE local mantém um clube de campo) não pode ser generalizado sem, antes, se proceder a uma boa pesquisa. Mas é ilustrativo da absoluta falta de controle sobre o sistema Apae.”.
O texto contradiz a manchete. Agora, seria um caso isolado à cidade de Califórnia. Nem isso é, veremos mais abaixo e, se trata-se de um caso isolado, seria ilustrativo de que?
Você é malicioso.
Mas comecemos o texto pelo começo. Fatos distorcidos: “A intenção do programa (o “Todos Iguais Pela Educação” do governo Beto Richa no Paraná) é conceder “às escolas básicas de Educação Especial, mantidas pelas Apaes e outras instituições sociais, os mesmos direitos e recursos destinados às escolas públicas da rede estadual”.
O que é apresentado como um privilégio as APAEs é, na verdade, trata-las como são tratadas as escolas estaduais, destinando a elas, que prestam serviços públicos, os mesmos recursos destinado ás escolas públicas. Dinheiro público em valores equânimes sendo utilizado em benefício público. Onde o favorecimento indevido?
São dois absurdos. O primeiro, o de se preocupar com isonomia de redes privadas, em vez de se preocupar com a qualidade do ensino público. O segundo, é o de comparar a situação da escola estadual pública de California com a Apae. Se houvesse alguma preocupação com isonomia, deveria ser com o abandono da escola pública.
“Serão R$ 420 milhões para permitir que as escolas Apae possam concorrer com a rede regular de ensino.”.
O conceito de concorrência não se aplica aqui. APAE é uma organização social sem fins lucrativos, reconhecida como de utilidade pública. O colégio ETAPA concorre com o colégio OBJETIVO em busca se seus clientes-alunos, a APAE não concorre com a escola pública, tanto quanto o Hospital das Clínicas de São Paulo, que pertence à Universidade de São Paulo, não concorrer com o SUS.
Que faça concorrência com dinheiro próprio, não desviando verba pública que deveria ser aplicada na rede pública.
Vamos escolher aleatoriamente uma delas, a da cidade de Califórnia, a primeira mencionada no comunicado da Secretaria da Educação (http://tinyurl.com/kaw69cb).
Não se deixe enganar, a escolha não foi aleatória.
Está me acusando de desonestidade? Releia todos os argumentos que você levantou até agora e me diga: quem está forçando a barra?
O endereço remete a uma página do Governo do Paraná sobre a destinação de verbas às escolas de educação especial. Nele, realmente a primeira escola mencionada é Califórnia, a segunda é Marilândia, talvez porque em ordem alfabética o “C” de Califórnia venha antes do “M” de Marilândia.
Qual a lógica do seu argumento?
Mas não me parece que foi por isso a escola “aleatória” de Nassif. A história de da APAE de Marilândia não colabora para a tese de benéfico indevido e malversação de recursos públicos que Luis Nassif tenta construir.
A intenção da matéria foi mostrar a falta de controle sobre as Apaes e não generalizar. Se fosse fmais isento em seus argumentos, pegaria os posts onde elogio a Apae São Paulo.
O que ficamos sabendo?
“A instituição (APAE de Marilândia) iniciou construção e reforma há alguns anos com recursos próprios. No entanto, as obras de reforma não foram concluídas. Com o dinheiro que será repassado por convênio, cerca de R$ 150 mil, será possível terminar a obra que inclui cozinha, cozinha experimental, sala de música, lavanderia, sala de arte, pátio coberto e banheiros adaptados.”
Nada que impressione ou escandalize. Pouco dinheiro, R$ 150 mil, utilizados para um fim prosaico, a reforma da cozinha e adaptação de banheiros. Nada mais que um socorro á uma instituição sem fins lucrativos e que presta serviços públicos.
Já, Califórnia …
Pelo texto de Nassif:
“Uma visita ao site da Apae de California revela algumas surpresas (http://glurl.co/cMu). Todas suas atividades têm isenção tributária. Mas o que se vê na Apae de California é um conjunto de atividades econômicas e sociais, a maior parte das quais não relacionada com a educação especial.
Ah, a questão fiscal. É um cipoal. E não só em relação à prestação de contas da APAE. Anos atrás, quando estudei e também quando meus filhos no ensino básico, as escolas que frequentamos consumiam boa parte do meu orçamento doméstico. Na época, no entanto, que eu saiba, estavam isentas de impostos. Eram parte de uma entidade mantenedora “sem fins lucrativos”. As APAEs são entidades sem fins lucrativos, deveriam ser taxados as suas fontes de recursos, caso elas derivem de atividades econômicas? Sinceramente, não sei.
Então qual a razão de levantar esse argumento?
A Apae mantem uma escola privada – onde não entram alunos com deficiência -, um clube esportivo, uma gráfica, um buffet, todos debaixo do manto da isenção tributária e todos compartilhando a mesma estrutura física.”
Finalmente o escândalo. Ocultos sob o “manto” da APAE um clube esportivo (é de campo), uma gráfica e, pasmem, um buffet. Tem alguém ganhando dinheiro, nãopagando impostos e utilizando a estrutura da APAE. Certo?
O escândalo é manter uma escola privada utilizando as mesmas instalações da Apae, um buffet, uma gráfica, um clube social.
Não.
Aqui precisamos entrar comum conceito, o de “sustentabilidade no terceiro setor”.
Procure por ele na internet. Há trabalhos muito interessantes. Porém, em poucas palavras trata-se da necessidade que as entidades têm de gerar recursos próprios para financiar suas atividades e reduzir a dependência do poder público e das doações –ambos, sujeitos a contingências várias.
O conceito popularizou-se nos anos 90 sob o governo FHC e seu conceito de “Estado mínimo”. Quem viveu essa época pode imaginar o que foi gerir uma instituição dependente de repasses do Estado.
É um tema que carrega bastantes controvérsias e sua prática riscos a distorções dos fins filantrópicos da entidade que o adota. Ainda assim praticado ou buscado por quase todas, se não todas, as entidades civis de interesse público. SENAI e SENAC, por exemplo.
Visitando-se a página da APAE de Califórnia isso fica bem claro. Todas as atividades, escola, clube e gráfica são apresentadas como parte do esforço de auto-sustentabilidade da entidade.
Fica claro para quem? Uma estrutura enorme – bancada pela Secretaria de Educação do estado, do Município, pelo SUS, pelas verbas do Fundeb, pelos repasses da Secretaria – para atender a 60 pessoas, sendo apenas 19 em período integral? Onde você foi buscar a informação de que a receita do clube reverte para a Apae? Onde? Onde foi buscar a informação de que a gráfica carreia recursos para a Apae? Consulte o site. As únicas pessoas que a Apae diz bancar com recursos próprios são poucas, trabalhando diretamente nas atividades paralelas.
Há duas escolas, a Escola Diego Henrique Gomes particular e aparentemente com uma clientela de crianças ditas normais e a Escola Joana Carreira Portelinha – Educação Infantil e Ensino Fundamental na Modalidade de Educação Especial dedicada às deficientes. Aparentemente, pela foto aérea apresentada no site da entidade, ambas dividem a mesma estrutura física de apoio.
Aparentemente, não. A Apae diz taxativamente que a escola privada se vale da estrutura da Apae.
Depreender daí que a escola Joana Carreira Portelinha seja um local de “confinamento” de crianças vai do exagero e extrapolação ideológica de quem confunde educação exclusiva, no sentido de especializada, com educação excludente. Óbvio está que são conceitos diferentes. Confundi-los por desconhecimento é uma coisa, confundi-los conhecendo a diferença entre eles é outra.
Julgar que o fato das crianças se encontrarem apenas em dias festivos caracterie sociabilização é mais que desconhecimento.
Pelo que entendi, uma escola, a particular, gera recursos para a outra, a de ensino especial.
Consulte o site da Apae e destaque o trecho que traz essa informação.
A gráfica presta serviços à APAE e se mantém com recursos advindos de serviços prestados ao público em geral. O Buffet idem, e também é a parte prática dos cursos profissionalizantes de garçons e de culinária.
O clube de campo é frequentado pelos deficientes e mantido pela APAE e pelas mensalidades dos sócios. Pelo menos é o que depreende da sua apresentação no site da APAE Califórnia:
“O Clube Apae foi o primeiro programa de auto-sustentação; em meados 1995 iniciou a O Clube Apae foi o primeiro programa de auto-sustentação; em meados 1995 iniciou a construção … Com a implantação desse programa propiciamos uma maior integração da pessoa com deficiência junto aos sócios que frequentam o Clube, pois as atividades desportivas acontecem simultaneamente. … face ao contato contínuo do sócio com a instituição, as pessoas manifestam maior interesse em conhecer mais sobre as deficiências. Com frequência, a Apae promove eventos que envolvem toda a comunidade, alunos e familiares.”
Com tudo que se possa falar dos riscos distorção na auto-sustentabilidade do terceiro setor, não vejo onde se possa acusar a APAE Califórnia de desvios na utilização de recursos. Seria necessário entrar na contabilidade da entidade. Creio que existam órgãos do poder público que façam isso e não lembro de nada sobre as APAEs vindo deles. Tampouco Nassif apresenta algum dado que possa ser utilizado como indício corrupção.
Estou afirmando que há mau uso do dinheiro público, dos repasses do MEC e da Secretaria da Educação. O mero fato do dinheiro ser utilizado para construção de prédios que abrigam outras atividades é sinal disso.
Agora, entramos em outro ponto do mau jornalismo sobre o qual Luis Nassif já nos deu mais de uma aula. Ou seja, a prática de onde não “há fatos, levanta-se suspeitas”.
Prezado, confira todos seus argumentos levantados e minhas respostas e diga: quem manipula os fatos?
Vejamos.
“A Apae foi presidida por Ana Mazeto, que se tornou a atual prefeita da cidade e correligionária de Beto Richa.
Tentativa de ligar um fato a outro sem uma clara relação causal. O quem tem a prefeitura a ver com a APAE? E, ser correligionária de Beto Richa é demérito de caráter?
“A prefeita assumiu a prefeitura denunciando seu endividamento.”
Fazendo elogios é que não tiraria o prefeito no cargo, caso esse fosse de partido adversário.
“No primeiro ano, no entanto, adquiriu uma perua Freemont, da Fiat, por R$ 105 mil, para servir seu gabinete (http://tinyurl.com/kcxaky5). Revela a maneira como trata recursos públicos.”
Não revela nada.
Revela desrespeito com dinheiro público. Na prefeitura, ainda há oposição. E na Apae: quem fiscaliza?
Lula foi alvo de iguais críticas quando no seu primeiro ano de governo trocou o avião da presidência. Para desgastá-lo, a grande imprensa fez até concurso para saber que nome dar ao avião. Teve quem sugerisse que como o avião da presidência americana chama-se “air force one”, o da presidência brasileira deveria ser chamado de “air force cinquenta e one”. Jocosamente passaram a chama-lo de “Aero-Lula”, por fim e até hoje. Lula comprou o avião e fez o governo que fez. Nassif endossaria as críticas à compra do avião, nos mesmos termos?
Avião presidencial leva o presidente para todas as partes do mundo, em missão de país. Me explique qual a utilidade institucional de uma perua de R$ 105 mil em uma cidade de 8 mil habitantes.
O que justifica essa superestrutura, os repasses do MEC e da Secretaria da Educação e a isenção fiscal é uma escola especial que atende a 83 alunos, de bebês de três meses a idosos, 19 em período integral (segundo a Secretaria de Educação do Município, seriam 60 atendidos).
É justo, no meu entender, a quem atende gratuitamente de bebês a idosos portadores de necessidades especiais deve ser dado estrutura, verbas públicas e isenção fiscal. O número de alunos 83, ou 63, é pequeno? Em uma cidade de 8 mil habitantes, não.
A comparação não é dos 60 com os 8 mil. É dos 60 (19 apenas em período integral) com toda a estrutura supostamente envolvida no seu atendimento.
“Faturamento em gráfica, buffets, escola particular, clube social, mais os recursos financeiros do Ministério da Educação e da Secretaria da Educação do Paraná, tudo isso para atender a 83 alunos ou 60 alunos.”
Antes de sair achando que é muito recurso para pouco benefício é preciso primeiro saber quanto são os recursos, qual a qualidade do serviço prestado e quanto são os custos disso. Não tenho essa informação Se Nassif a apresentou, passou-me despercebido.
Não é preciso ser nenhum gênio da matemática ou das finanças para entender a desproporção entre a estrutura e o número de assistidos.
Nassif apresenta ainda a estrutura funcional da entidade voltada à educação especial:
Bancados pela Secretaria de Educação do Paraná: 16 Professores; 01 Secretária; 01 Professor Ed. Física; 01 Professor Arte; 02 Atendentes; 01 Merendeira; 03 Auxiliar de Serviços Gerais; 01 Instrutor; 02 Professores PSS.
Bancados pela prefeitura de California: 01 Atendente; 01 Auxiliar de Serviços Gerais, 01 Telefonista; 01 Fisioterapeuta; 01 Professor Ed. Física.
Bancado pelo SUS: 01 Assistente social (40h); 01 Psicóloga (32h); 03 Fisioterapeutas (24h); 02 Fonoaudiólogas (20h); 01 Terapeuta Ocupacional (8h); 01 Neuro Pediatra (8h); 01 Auxiliar de Serviços Gerais.
Nossa, isso tudo para 83 ou 60 alunos? Sem dívida é de matar de inveja quem lecionou nos anos 90 em escola de bairro de Diadema – SP e dispunha para isso apenas de giz e cuspe. O giz o Estado fornecia, o cuspe o professor trazia de casa.
Porque o dinheiro não chegava na escola pública. Os R$ 420 mi também não chegarão nas escolas públicas.
Mas lembremo-nos, trata-se de alunos portadores de necessidades especiais em faixas etárias que vão de bebês a idosos. E se realmente a APAE lhes proporciona educação infantil, ensino fundamental – 1º ciclo, EJA – ensino de jovens e adultos, laboratório de informática, psicologia, fonoaudiologia, assistência social e terapia educacional, pode ser até que a escola tenha capacidade para receber muito mais alunos que hoje, mas a estrutura não me parece superdimensionada. Nada que me pareça um cabide de empregos.
Note-se essa informação na página da Escola Joana Carreira Portelinha de Educação Especial: “Atualmente a Escola de Educação Especial Joana Carreira Portelinha atende 83 alunos especiais distribuídos em 12 turmas conforme faixa etária e programas de atendimento.”.
Não são 83 alunos especiais: são 83 pessoas, apenas 19 em período integral e, portanto, estudando.
São 83 alunos mas são necessárias 12 turmas. Na educação regular para alunos ditos normais, essas mesmas 12 turmas atenderiam em média 360 alunos. Educação especial e especializada é cara.
Com as verbas do Fundeb, cada aluno desses estaria muito bem assistido na escola pública do município.
Há na página dessa escola um dado que parece ter passado despercebido do Nassif. Estranhei a informação referente ao ensino fundamental – 1º ciclo. Primeiro ciclo apenas? É pouco. Fui conferir, e o que encontrei?
“A medida em que o aluno interage com o processo de alfabetização, gradativamente apresenta um nível de assimilação dos conteúdos que, durante as sondagens e avaliações diagnósticas, certifica-se a possibilidade de inserção do mesmo na rede Regular de Ensino.”
Talvez a Escola Joana Portelinha não tenha uma filosofia de ensino tão distante daquela preconizada pelo Nassif.
Como devidamente informado no texto, as crianças com deficiência não convivem com as demais – que estudam na escola privada, que utiliza a mesma estrutura da Apae.
E é isso, por fim, que me machuca quando alguém que admiro escreve algo assim como o que encerra o texto do Nassif:
“No site da Secretaria da Educação do Paraná, soa como escárnio a proposta do programa “Todos iguais pela educação”, de jogar R$ 420 milhões nas Apaes do estado, para que tenham condições de competir “em igualdade de condições”, com a rede pública.”
Escárnio? O Paraná está jogando dinheiro fora quando subvenciona a APAE? O objetivo é “aumentar a competitividade” dentro do sistema público de ensino?
Escárnio? Seria escárnio prover educação especial e especializa para quem precisa dela, para portadores de necessidades também especiais?
Joga fora. Tira dinheiro da rede pública, onde há acompanhamento de resultados e onde deve-se dar a educação inclusiva, e coloca em instituições que defendem a exclusão e não são submetidas a nenhuma forma de controle pedagógico ou funcional dos entes públicos.
Palavras tão duras. O que faria Luis Nassif, alguém sempre tão consciente, tão humano, usar palavras tão duras?
Arrisco que paixão. Quero crer que paixão. Nassif é um homem apaixonado. Como cobrar coerência de um homem apaixonado se o motivo da sua paixão, em sentido contrário, lhe cobra a incoerência?
Explicar o que a paixão tem a ver com tudo isso é, no entanto, coisa que demandaria muito mais tempo e espaço. E, sem dúvida, aqui não é o lugar nem o momento.
Bom, prefiro ter a paixão pela inclusão do que sair apaixonadamente em defesa de uma Apae que se vangloria de manter clubes sociais para a convivência das equipes “multidisciplinares” e duas escolas para separar alunos com deficiência de alunos sem deficiência.
Enfim, “Na curva perigosa dos cinquenta derrapei neste amor. Que dor!”.
Um pouco de paixão não lhe faria mal. Ajuda a tornar a alma mais generosa. E dependendo do objeto da paixão, a cabeça mais arejada.
“Só queria expor algo que
“Só queria expor algo que constatei, que é uma cobertura tendenciosa e desequilibrada (nessa caso especifíco)”:
Marcos Paulo, sao 41 funcionarios pagos com dinheiro publico pra 19 assistidos em tempo integral.
As contas nao fecham de qualquer maneira que voce as fizer.
Apae não pode utilizar recursos públicos !
Caro Nassif,
Concordo plenamente com os seu cometário que ilustra o que os mais próximos desta entidade podem ver.
É uma fábrica de Dinheiro e não contempla a quantidade de necessitados que esta fortuna deveria atender. Precisamos distinguir o que é comercial do que é assistencial. Fora a arrecadação em doações que instituição recebe ainda precisa receber esta fortuna para ajudar a quantos ???
É um absurdo, tudo sobre o manto da filantropia.
at.
Boa tarde
Sou morador de
Boa tarde
Sou morador de california, a apae foi administrada pela atual prefeita por vinte anos, o que se ve e que todo dinheiro movimento aumenta o pratimonio da família mazeto, se vc já passou pela rodovia que corta california. Vcs vão ver restaurantes e hotéis aonde o dinheiro tem origem complicada de justificar, a prefeita adquiriu recentemente uma casa de 500 mil reais, deve ser resultado dos lucros que essa entidade tem através dos incentivos fiscais, a gráfica mencionada fez todo o material de campanha da prefeita, o salão foi utilizado para reunião políticas, carros da apae também, tudo denunciado com fotos mas arquivado pelo juiz por ter um irmão que frequentava apae. A matéria feita pelo luis eh somente uma ponta do milhões movimentado por essa entidade, que tem sua parte filantrópica porém o maior valor eh aplicado para interesse alheios.
Convite
Quero vir a público convidar a todos que compartilham comentários neste blog para conhecer pessoalmente toda a estrutura da Apae de Califórnia e, em especial, a Escola Joana Carreira Portelinha – Educação Infantil e Ensino Fundamental, na modalidade Educação Especial.
Agradeço aqueles que, com sabedoria e conhecimento da causa Apaena, nos apoiaram e, aos demais, fica o convite para constatar se realmente nessa escola é merecedora de tais acusações! Fazemos parte de uma instituição que foi construída com o esforço de muitos! Trabalhamos, lutamos e conquistamos muitas vitórias. Nada foi ao acaso ou à custa de desvios! São 25 anos de trabalho árduo e honesto, é por isso que não podemos aceitar que a honradez da Apae seja tão impiedosamente violada por pessoas que ao menos demonstraram preocupação em adquirir conhecimento de causa ou perder algumas horas do seu tão precioso tempo para entender como se dá o processo de Ensino Aprendizagem da Educação Especial na Apae de Califórnia. Aceitem nosso convite para constatar que somos totalmente adeptos à inclusão educacional e que a provemos com responsabilidade, garantindo apoio multiprofissional às crianças com deficiências inclusas na rede regular de ensino.
É fácil julgar o trabalho das
É fácil julgar o trabalho das pessoas sem saber o que se passa , 25 anos não são 25 dias , foram anos e anos de muito trabalho , e se a Apae , a escola Diego , a Gráfica o Buffet Apae , e o Clube de Campo , estão aonde estão hoje concerteza foi com com muita garra , trabalho , coragem e esforço e não envolve apenas uma pessoa nesse trabalho é uma equipe , eles não cresceram da noite pro dia .
Cresceram e muito como passar dos anos Graças a Deus , os alunos da Apae são muito bem tratados , venha conhece-los ao invés de julgar sem saber , aos moradores de Califórnia que estão reclamando concerteza não tem um pingo de noção do que se passa lá dentro é fácil julgar quando está tudo pronto , tudo lindo , agora é dificil parar e reconhecer os trabalhos que já foram feitos , a Apae cresceu muito nesses ultimos anos e ainda vai crescer muito se Deus quiser , e tudo com esforço da diretora Márcia Parro , e todos os funcionários que fazem um trabalho maravilhoso lá dentro , e eles não ficam CONFINADOS não Srº Luis Nassif como foi citado ali em cima , eles tem muitos recursos , deixe de falar um pouco o que não sabe e venha conhecer de perto o trabalho deles a Apae está de portas abertas pra vcê e para quem mais que queira conhecer .
Indignação
Prezado Nassif
É decepcionante ter uma vida profissional de dedicação à Educação Especial e, do nada, profissional da imprensa lança maldosamente, maliciosamente nos meios de comunicação uma informação equivocada denegrindo a imagem de pessoas e entidade idônea, legítima cumpridora de todas suas obrigações administrativas educacionais.
Se o Senhor é um nome no Jornalismo creio que faltou muita ética e profissionalismo!!
Como Profissional!!
Sou Professora concursada pelo Estado do Paraná e estou na educação há 33 anos. Amo minha profissão. Dediquei-me plenamente e sem medida em prol da Apae de Califórnia, que com muito orgulho, completa 25 anos de trabalho sério, digno, competente, com reconhecimento em todas as esferas do Governo.
Fomos reconhecidos e classificados pela Kanitz e Associados como a 298 maior entidade beneficiente do Brasil em 1999.
Em1999 recebemos da Provopar Ação Social o PRÊMIO COMUNIDADE sendo considerada como a 2ª melhor Entidade do Paraná na categoria Auto Sustentação.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais sempre teve como objetivo defender a integração social mesmo antes dessa merchandising toda da atual política de inclusão educacional, com propriedade sabe-se que inclusão radial acaba por segregar, acreditamos e investimos na inclusão responsável.
Iniciamos nossas atividades escolares em 1990, trabalhando em 02 salas de aula, cedida pelo único Colégio do Município. Após 05 anos tivemos a oportunidade de iniciar a construção da sede própria, com apoio da sociedade, da família, da Prefeitura Municipal e do Governo Estadual e Federal.
Trabalhamos muito, organizamos centenas de promoções, projetos, e graças a Deus sempre tendo o êxito necessário porque todo trabalho foi consagrado a Ele. A Família Apaeana foi valorizada e respeitada e buscamos ofertar, através da Apae, o que era demanda no município em prol de propiciar melhores condições de ensino, aprendizagem àqueles que foram segregados e marginalizados ao longo da história.
É inaceitável que jornalistas que desconhecem totalmente o nosso trabalho “aleatoriamente” venha denegrir a imagem de uma Instituição séria, dirigida por cidadãos que tem nome a zelar, denegrindo também pessoas especiais e famílias humildes que dependem unicamente dessa política sócio-educativa para o desenvolvimento dos seus filhos.
Nossa política administrativa foi trazer a comunidade até a Apae, através dos serviços que são ofertados, ao invés de pedirmos ajuda financeira, ou com telemarketing, ou a “Apae precisa de você”, nós propomos serviços por meio da Gráfica Apae, do Clube Apae e da Escola Diego Henrique Gomes.
É uma benção você ver nossos alunos tendo aulas de natação ou recreação, e pessoas ditas “normais” frequentando o mesmo ambiente (clube recreativo), onde não há distinção de pessoas; a inclusão acontecendo de fato.
Ter uma gráfica que ao prestar serviço ao cliente, está servindo unicamente a um interesse, subsidiar melhores condições de ensino-aprendizagem ao aluno especial e à sua assistência como um todo.
Ter uma Escola para alunos da rede comum que interage sim com os alunos especiais e que atende alunos da inclusão educacional provenientes da Educação Especial.
Quando se tem boa intencionalidade numa matéria, busca-se informação com os Diretores responsáveis pela entidade/escola.
A Escola tem princípios, ética, compromissos e valores e no quadro profissional cada um exerce muito bem a função a que foi contratado, inclusive a simpática dona Neuza fazendo o “lanche para os alunos” e não prestando informações administrativas e nem mesmo dizendo que os alunos deficientes ficam confinados na Apae.
Mais uma vez, oxalá se todas as Apaes tivessem a mesma oportunidade que tivemos e o mesmo espírito empreendedor e não dependessem de politicagem, de migalhas para sobreviver e desempenhar tão nobre papel.
A Apae não banca nenhum Clube, nenhuma Escola ela implantou sim um Programas de Auto Sustentação que dão qualidade ao atendimento que o aluno especial merece!!
Já que o Senhor dedicou algum tempo para uma pesquisa “aleatória”, induzindo o leitor a ter uma imagem negativa dessa Instituição que foi administrada por inúmeros diretores comprometidos ao longo dos 25 anos, espero que o Senhor também se retrate e venha conhecer a linda história que construímos com seriedade, com competência, com trabalho.
Que belo presente o Senhor nos proporciona em nosso “Jubileu de Prata”, mas vamos prosseguir porque somos movidos pela luz que nos ilumina e não pelo o que ocorre na sombra!
Como Prefeita!
É com orgulho e unicamente pela graça de Deus, que estou como Prefeita!
Sempre levei meu trabalho com muita seriedade e cheguei a este cargo pela confiabilidade e desejo de mudança de uma população cansada de tanta corrupção.
Faz exatamente 01 ano que sofri um atentado, 15 tiros de pistola 09 mm, justamente porque sabiam que mudaríamos os rumos da administração municipal!
A mão de Deus e a proteção de Nossa Senhora não permitiram que nenhum tiro me atingisse. Sou muito devota e tento fazer minha parte a cada dia.
Assumi um município com dívidas, veículos em péssimas condições, obras paralisadas, recursos desviados. Tomamos as providências quanto aos encaminhamentos de denúncias para resguardar o município e a atual administração.
Trato o recurso público com o mesmo zelo e a responsabilidade com que trato a minha vida! Sou de família que aprendeu unicamente a trabalhar; não estou na política para fazer vida, como outros, com enriquecimento ilícito. Passar o que passei e manter-me firme no propósito de administrar com seriedade, sem me curvar aos desafios que tenho enfrentado, com toda certeza não é para qualquer um.
Quanto ao carro não compramos o carro que o senhor se refere, compramos sim, com muito orgulho e pela primeira vez na história de Califórnia, uma frota de 12 (doze) veículos, com recursos próprios, para atender a população nas mais diferentes secretarias e serviços. O carro do Executivo será adquirido, pois a administração necessita de condições mínimas de segurança, para atender aos anseios da população, aliás, o problema do Brasil não é o carro que o Executivo usa, mas sim a corrupção desenfreada que estamos cansados de assistir.
Aproveito para convidar Vossa Senhoria para conhecer, de fato, um pouco do trabalho desta conceituada Instituição onde tenho orgulho de fazer parte.
Registro aqui minha indignação.