A memória de Arraes e o PSB, por Urariano Mota

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Urariano Mota

Para a nova face do PSB, que ainda mantém o nome de Partido Socialista Brasileiro, foi decisivo o papel da direção partidária de Pernambuco. Nesta nova face, que alguns já chamam de novo fascio, têm lugares decisivos o avô Miguel Arraes e o neto Eduardo Campos. Mas como opostos e ruptura em um processo de morte, enterro e transformação. Façamos um brevíssimo recuo.

Em 13 de agosto de 2005, escrevi que os obituários, sempre tão generosos no olho e olfato de abutres, pois sempre esvoaçam e rondam a agonia dos grandes homens, daquela vez haviam falhado no alcance e na mira. Sempre tão bons no faro e argúcia, daquela vez os obituários haviam errado o cadáver do brasileiro Miguel Arraes. No entanto hoje, no mais recente outubro de 2014, que continua o trágico 13 de agosto deste ano, o cadáver é outro. Ou melhor, Eduardo Campos ainda não é um cadáver, como foi o socialista  e avô em 2005. Hoje, Eduardo Campos se tornou um fantasma, que ronda o Brasil a partir de Pernambuco.   

A mudança no perfil do PSB foi de tal forma, que não devemos falar em diferenças. Talvez devêssemos falar na decomposição de um nobre que gerou um vampiro. Quando era presidente nacional do PSB, Miguel Arraes alertava que as eleições não deviam contaminar o partido. Mas o que Arraes dizia, os valores pelos quais o pensador de esquerda Miguel Arraes lutava têm agora a moldura de marketing. As ideias de Arraes não mais lutam, hoje apenas enlutam. Em lugar da luta, o luto, das suas ideias. Para o luto de Eduardo Campos.

Desde o velório, diante do seu corpo, os sinais de esgotamento do PSB pulavam entre os vivos. De fato, no contexto armado do show mortuário em frente ao palácio do governo de Pernambuco, cujo mote era uma tragédia, entre os telões com os atores políticos e pessoas com bandeiras eleitorais do PSB e de Marina Silva,  a ressurreição falava mais perto à terra. Porque o significado era mais simples e baixo, nas condições do show eleitoral criado em torno da missa: a ressurreição era para Marina Silva e a inclinação à direita.

Ali começou a campanha da onipresença da direita no Recife e no Brasil, de modo sufocante e matador da sensibilidade e inteligência. A trágica morte de Eduardo Campos foi usada sem nenhum pudor. Desde o velório, plantaram-se boatos de que Dilma e o PT eram responsáveis pela morte física de Eduardo Campos. Durante toda a campanha, Eduardo Campos se tornou o personagem El Cid, aquele que morto teve o cadáver posto, amarrado a um cavalo, a cavalgar na batalha, para que desse a ilusão de vida e assim melhor ânimo espalhasse na tropa. Mas o caminho à direita já estava aberto bem antes do feito heroico do novo El Cid.

Para o PSB, Arraes como pensamento já era passamento, morte, anterior ao desastre de 13 de agosto de 2014. A sua prática, do avô, a sua destruição, pelo neto, estava em queda antes da tragédia do avião. Aquele abraçar contrários, ex-adversários, inimigos do avô Arraes,  como Jarbas Vasconcelos, ao mesmo tempo que se voltava para um lugar distante de aliados, amigos de esquerda e socialistas históricos,  a quem antes havia abraçado, isso já estava claro, porque se fazia a olhos vistos. Mas sempre com um sorriso aberto, que era um passaporte para a mordida, que a maioria de nós não víamos.

Uma das maiores contribuições de Maquiavel foi abstrair da análise política os propósitos virtuosos, repletos de valores éticos e edificantes. Mas isso não significa que a moral, no reino até dos animais, tenha deixado de existir. Daí que lembramos de passagem a mudança assustadora do PSB em Pernambuco, que se transformou também   em partido fincado em laços de amizade e genéticos. Com Arraes, naquele tempo que se apagou definitivo, havia ex-companheiros do tempo da resistência democrática que o acusavam de concentrador, porque não distribuía generoso cargos, valores e representações, e, pior, não abria espaço para que os ex-companheiros também ascendessem ao poder no tempo das vacas gordas. Quanta ironia, quando se compara com o PSB que Eduardo Campos construiu. O neto não seguiu o avô, embora tenha usado a sua memória mais de uma vez para receber apoios na esquerda e receber atenções materiais dos governos Lula e Dilma.

Quando se olha a administração pública, pela incidência de nomes vinculados aos Campos e Arraes, temos a impressão de que estamos diante de novos nobres, ou um clã de novos Kennedys. A comparação, a lembrança do nome Kennedy, não vem por acaso, mas não cabe um aprofundamento nos limites deste artigo. O fato é que o DNA Arraes aparece em todos os caros cargos da administração. Segundo uma pesquisa publicada no site Vi o Mundo, em reportagem de  Conceição Lemes, Chico Diniz e Daniel Bento, os parentes de Eduardo Campos se estendiam da mãe Ana Arraes, no Tribunal de Contas da União,  a sobrinhos, tia, sogro, cunhada, ex-cunhado e primos em cargos relevantes de Pernambuco. O que mais chamava a atenção na lista era a presença de três gerações de familiares de Eduardo e Renata Campos na administração estadual, inclusive jovens. (Em http://www.viomundo.com.br/denuncias/eduardo-campos-tem-parentes-no-governo-secretario-nega-nepotismo.html ) É uma família de gênios, reconheçamos. Da mãe aos primos e filhos, a quem já prometem um futuro venturoso  na política.  

Que diferença, para os princípios “atrasados“ do velho Arraes, que exigia da filha Mariana uma prática de jornalismo sem privilégios, pois a deixava correr perigo em programa de rádio de Direitos Humanos, como fui testemunha e com quem trabalhei. Para o velho pensador, para o socialista Miguel Arraes, a família era acima de tudo os trabalhadores espoliados. Uma das maiores dificuldades de Gregório Bezerra, no primeiro de abril de 1964, foi convencer camponeses a não virem ao Recife. Massas de trabalhadores se dispunham a vir à luta armados apenas de facões, facas e enxadas contra fuzis e tanques do exército brasileiro. Bastaria esse fato para dar a dimensão do velho. Mas ainda é pouco. A coisa dita assim, até parece que massas ignorantes, fanatizadas, dispunham-se ao sacrifício, a entregar o próprio corpo ao genocídio. Mas não. Tal amor era manifestação testemunhal por atos concretos do que foi o primeiro governo Miguel Arraes. É com ele que surge o revolucionário, o pioneiro e odiado “Acordo do Campo”: trabalhadores da cana-de-açúcar tiveram os mesmos direitos que os trabalhadores urbanos de Pernambuco: salário, décimo terceiro, carteira assinada… deixavam de ser escravos. Daí o fanatismo daquela grande família.

As últimas notícias falam que na portaria da sede do PSB, a quem os jornais chamam com acerto de “sigla”, na região central de Brasília, chegaram a ser pregadas folhas com a inscrição: “Aqui o socialismo resiste. #nenhumvotonoPSDB”. Coitados dos idealistas, tão inocentes. E tão frágeis, porque afinal se mantiveram neste novo PSB, que nega e renega o que foi o partido de Miguel Arraes. O  compressor da direita de Eduardo Campos foi mais pesado.

Há nove anos, em um 13 de agosto, escrevi “Arraes, urgente”. Naquele dia, para a memória de um dos mais ilustres brasileiros, lembrei uma declaração de princípios do velho político: “Como homem público, tenho que esperar tudo, sem queixa, porque é minha obrigação ir pra cadeia, se é pra manter a minha posição de defesa do povo e não capitular diante dele. É minha obrigação ir pro exílio, se não posso ficar na minha terra”.

Quantas ciladas a vida nos prega. Hoje, com o apoio do PSB à direita brasileira, a história responde com o fantasma do neto Eduardo Campos: Arraes, adeus. 

Publicado, originalmente, no Portal Vermelho.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

14 Comentários

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  1. E já que estamos a falar do

    E já que estamos a falar do nordeste, acabo de ler o seguinte no JB:

    http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2014/10/10/ja-esta-no-instituto-evandro-chagas-paciente-suspeito-de-infeccao-por-ebola/

    Terroristas ligados a Aécio Neves que pretendem fazer um Holocausto no Nordeste já podem começar a pensar em por em prática o projeto “É-bola no Brasil” que beneficiará os tucanos?

  2. luto.
    substantivo.
    adeus,

    luto.

    substantivo.

    adeus, psb?

    espero que os lutadores que restaram desse racha do partido,

    redignifiquem as velhas lutas do grande arraes.

  3. É o fim de uma era

    Cá com meus botões, nunca me iludi com PSB nem antes nem agora…  passado a ira, preferi apagar quase tudo que comentei, por que o PSB não é um bloco monolítico. Ainda existem alguns poucos bravos anônimos, que honram a memória do partido e apóiam o projeto do atual governo, mais próximo do que o PSB foi um dia. Infelizmente estes estão com os dias contados.

  4. É absurda e revoltante a

    É absurda e revoltante a traição dos  Campos aos seus antepassados honrados e ilustres, aos pernambucanos e aos brasileiros em geral (pela cumplicidade com a direita em busca, na esfera nacional, de poder e de garantia de impunidade). Igualmente vergonhosa a covardia dos dirigentes do PSB/PE.

    Triste momento da vida brasileira. O que há de pior está  se exibir e tenta se impor.

    Ah, Chico Buarque, de novo mais uma “página infeliz da nossa história”.

  5. Esqueci de mencionar no

    Esqueci de mencionar no comentário anterior a traição da família Campos ao Lula. Um homem que na condição de presidente beneficiou Pernambuco com investimentos de peso. E na condição de leal amigo da família,  deu dignidade ao circo de horrores em que transformaram o velório. 

  6. Mais uma vez, o Mestre

    Mais uma vez, o Mestre Urariano excede nesse raso pensar de hoje. Os “negócios” sobrepujam qualquer resquício ético e moral. O significado das palavras sumiu do “mercado” ou por ele foi apropriado, estivéssemos em “1984”.  Nunca tivemos governos tão democráticos – vilipendiados diariamente pela dita mídia das 14 famílias – e, no entanto, nunca se falou tão mal de pessoas que trouxeram desenvolvimento e progresso aos brasileiros: como sempre, o popular – mesmo que no senso comum – se sobrepõe: a bondade é esquecida em curto espaço de tempo, a maldade, perdura.

  7. Segundo um  jornalista

    Segundo um  jornalista investigativo americano, a elite capitalista mundial tem usado a tática de introduzir cavalos de Tróia nos coletivos políticos de esquerda, sob bordões artificiosos como o da “terceira via” aos quais acrescento “nova política” abstrações que ninguém sabe o que é, mas que tem o atrativo de parecer coisa nova – e somos todos atraídos pelo novo, até percebermos, pelo salvador, até percebermos, depois de prejudicados, que o novo é muitas vezes pior do que o que se tem. Lança uma série de exemplos abrangendo o mundo inteiro e, no Brasil, menciona Marina Silva e Fernando Henrique, dentre outros. Acrescento a esses nomes, Armínio Fraga, ex-empregado de Gerge Soros e que com Soros certamente mantém relações, que chegou a presidir o Banco Central, caso evidente de raposa tomando conta do galinheiro. Caso semelhante é o de José Serra, pois só com um arranjo muito especial, o líder estudantil fugido da ditadura militar brasileira, poderia ter sido recebido nos EUA com tapete vermelho e, depois, se tornado um dos cabeças da direita brasileira.

    E a tática do cavalo de Tróia tem dado certo. A cooptação de Fernando Henrique, por exemplo, produziu o pior governo de que o país tem notícia para o Povo, ótimo, porém, para os capitalistas rentistas. Só para se ter uma ideia do estrago, FHC elevou a dívida líquida pública (DLP) em 34% do PIB, passando-a de 26% do PIB para 60% do PIB, um super rombo de mais de R$ 1,4 tri, a PIB de 2011. Esta é a parte contabilizada dos estragos, afora as roubalheiras não investigadas postas sob o tapete pelo Engavetador Geral da República, como acontece hoje com os escândalos paulistas. Os juros estratosféricos da era FHC causaram enorme expropriação de recursos dos segmentos produtivos da economia em favor dos capitalistas rentistas nacionais e internacionais, à frente dos quais estava, e está, o indefectível George Soros, o Rasputin do PSDB et caterva.

    Marina ‘Cabo Anselmo’ Silva, que tentou sem sucesso explodir o PT, está matando o PSB, trabalho que Eduardo Campos já tinha iniciado, algo parecido com o que fez Roberto Freire no PPS, outro traidor do Povo brasileiro. Marina, como se sabe, juntamente com FHC e Fraga, foi cooptada por Soros. Marina, ademais é adesista entusiasmada de teses que favorecem a burguesia (como os banqueiros do Itaú, burgueses, que devem um fábula ao erário) e, claro, do pensamento de Soros.

    Marina acabou com PSB e pode ter acabado com o ciclo de governos trabalhistas no Brasil.

  8. Segundo um  jornalista

    Segundo um  jornalista investigativo americano, a elite capitalista mundial tem usado a tática de introduzir cavalos de Tróia nos coletivos políticos de esquerda, sob bordões artificiosos como o da “terceira via” aos quais acrescento “nova política” abstrações que ninguém sabe o que é, mas que tem o atrativo de parecer coisa nova – e somos todos atraídos pelo novo, até percebermos, pelo salvador, até percebermos, depois de prejudicados, que o novo é muitas vezes pior do que o que se tem. Lança uma série de exemplos abrangendo o mundo inteiro e, no Brasil, menciona Marina Silva e Fernando Henrique, dentre outros. Acrescento a esses nomes, Armínio Fraga, ex-empregado de Gerge Soros e que com Soros certamente mantém relações, que chegou a presidir o Banco Central, caso evidente de raposa tomando conta do galinheiro. Caso semelhante é o de José Serra, pois só com um arranjo muito especial, o líder estudantil fugido da ditadura militar brasileira, poderia ter sido recebido nos EUA com tapete vermelho e, depois, se tornado um dos cabeças da direita brasileira.

    E a tática do cavalo de Tróia tem dado certo. A cooptação de Fernando Henrique, por exemplo, produziu o pior governo de que o país tem notícia para o Povo, ótimo, porém, para os capitalistas rentistas. Só para se ter uma ideia do estrago, FHC elevou a dívida líquida pública (DLP) em 34% do PIB, passando-a de 26% do PIB para 60% do PIB, um super rombo de mais de R$ 1,4 tri, a PIB de 2011. Esta é a parte contabilizada dos estragos, afora as roubalheiras não investigadas postas sob o tapete pelo Engavetador Geral da República, como acontece hoje com os escândalos paulistas. Os juros estratosféricos da era FHC causaram enorme expropriação de recursos dos segmentos produtivos da economia em favor dos capitalistas rentistas nacionais e internacionais, à frente dos quais estava, e está, o indefectível George Soros, o Rasputin do PSDB et caterva.

    Marina ‘Cabo Anselmo’ Silva, que tentou sem sucesso explodir o PT, está matando o PSB, trabalho que Eduardo Campos já tinha iniciado, algo parecido com o que fez Roberto Freire no PPS, outro traidor do Povo brasileiro. Marina, como se sabe, juntamente com FHC e Fraga, foi cooptada por Soros. Marina, ademais é adesista entusiasmada de teses que favorecem a burguesia (como os banqueiros do Itaú, burgueses, que devem um fábula ao erário) e, claro, do pensamento de Soros.

    Marina acabou com PSB e pode ter acabado com o ciclo de governos trabalhistas no Brasil.

  9. Órfão da social democracia

    Sinto um duplo pesar pela transgressão do PSB à direita retrógrada e ao capital.

    Devo confessar que já cultivava este sentimento, pois venho de uma família com ideais sociais-democratas, históricamente alinhados à centro-esquerda, que em um passado não muito distante se via representada pelo PSDB de Franco Montoro, FHC, Bresser Pereira e cia.

    Hoje estamos órfãos de representação política, e a desesperança só não é maior por reconhecer, no trabalho realizado pelo PT nestes 12  anos, algumas de nossas convicções.

    Talvez acima de todas as nossas diferenças, há no desenvolvimentismo um objetivo convergente.

    Em contrapartida, é paradoxal ver um candidato sob a nossa nomenclatura afirmar que nomeará um agiota especulador para conduzir a economia do nosso país.

    Posso afirmar que meus predecessores jamais tomariam tal partido. Nem os de muitos pessebistas.

    Nossos velhos se foram, e levaram com eles os valores autênticos e inegociáveis, que nossa geração não foi digna de herdar.

    Como diz o ditado, ao renunciar nossa linhagem, ficamos sem pai nem mãe!

    Nós nos vendemos, esta que é a verdade. Só falta nos entregar…

     

    1. Comentário tocante, Lelo.

      Comentário tocante, Lelo. Meus cumprimentos. 

       Nos últimos dias, tenho feito comentários mais vezes neste espaço.  Estou tentando aliviar a angústia,  a dor no peito, o nó na garganta. Do meu estado, Pernambuco, saiu uma enorme contribuição para o impasse que estamos vivendo. Um homem que  com a sua ambição e pecados usou e desonrou o seu ancestral ilustre e digno. Perseguia a ampliação do seu poder para o plano nacional, o verdadeiro sentido do “não vamos desistir do Brasil”. Para isso, aliou-se à direita  predadora buscando nesse nicho a garantia de impunidade. Deparou-se com a fatalidade ou “providência divina”. Mas seus herdeiros, políticos e familiares, continuaram e estão a ponto de consumar a sua “obra”.

       Tudo muito triste.

  10. Triste adeus para um dos

    Triste adeus para um dos maiores políticos brasileiros, tão perseguido pela ditadura. Se houvesse, nesse partido, correligionários de fato, não haveria essa mudança à direita. É um adeus também para o Roberto Amaral, que bovinamente está assistindo os neotucanos do seu partido se aliarem a seus adversários históricos. Vale também para Luiza Erundina, outra decepção política. Triste PSB que não tem lideranças para continuar o legado de Arraes.

  11. Estou começando a ficar p*to

    Estou começando a ficar p*to com os derrotistas que acham que a reeleição de Dilma corre perigo. Pois não corre não.

    Dilma vai atropelar no final, com a ajuda de Lula, e a diferença ficará em torno de 6 a 7%.

    Vamos parar com essa besteira de achar que corremos risco. Se a Marina teve grande votação em SP, RJ e PE, o natural é que ela “migre” os de SP pro Aécio, no RJ anula e em PE vai todo pra Dilma. A maioria dos que iam migrar pro Aécio já o fizeram no 1o. turno…

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