As Divas eternas e a nova política, por Beatrice Papillon

As Divas eternas e a nova política

por Beatrice Papillon

“Beatrice, quando uma pessoa diz que vai fazer a “nova política”, quer dizer o quê?”

É fake, mona! Ela tá fazendo um remix ruim de uma música que já era uó. Não cai nessa!

Esse papo de “nova política” salvadora é tudo equê! Blush de beterraba. Mentira de quem quer emplacar single ruim no top fuck you. E não é porque tem fã clube jovenzinho que esse papo não tá mofado. Tudo blogueirinha da Casa Grande! Dão close de novinha pra esconder as maricona tenebrosa que tão bancando elas.

Não existe “nova política” sem História! Tudo vem de algum lugar. Direita, esquerda, centro, de ladinho, todo mundo carrega um passado pra ter vergonha ou orgulho.

A boa política pode ser antiga, mas se renova sempre. Tipo a Cher, pode estar com 72 anos, mas ainda quer ver você gozar e ser feliz. Ela tá belíssima por isso, porque o tesão é eterno, não porque se esticou toda. A Cher não fez reforma só no shape. Ela acompanhou o vuco-vuco mundial, mantendo a mesma essência revolucionária, mas sempre atualizando as configurações lacrativas. Agora vem essas ninfetas, cheias de espinha, cheirando a johnson’s, dizer que a deusa flopou? 

Fia, se manque!

Do mesmo jeito, a política tem que passar por reforma. Ultrapassado tá é o jeito de fazer, mas muitas ideias ficam. Porque o sentimento não fica velho. Você pode (e deve!) cuspir no passado escravocrata, coronelista, machista e privatizador do Brasil de calça bag. Mas os discursos do Brizola, por exemplo, gata… tudo hino! Há séculos ele já sambava propondo coisas que muita falsiane tá dizendo que inventou. Existe uma política que rolou uma pá de tempo nos selos independentes, lançando aquele EP sofrido no catarse, antes das massas sacudirem o Lula no #1 da Billboard.

Tem muita luta na jogada. Se você é capaz de entender que a Lady Gaga vem de uma linhagem de rainhas como Madonna, Marilyn, Dietrich e Dercy Gonçalves, também pode sacar que o Guilherme Boulos não surgiu do nada, na internet, cantando “para noooossa alegria”. A MC Loma da ocupação. Já pastou, igual todo mundo… É por isso que ele e o Lula, bobeou tão fazendo um feat. Com a Manuela divando nos vocais!

Política nova mesmo, talvez seja essa coisa meio Divas Live que tá rolando nos palanques da esquerda. Você pode até achar que a Whitney é mais marxista que a Mariah, que a Shania não te representa ou que a Céline tá ali no meio, mas pra coxinha só falta o frango. Mas o fato é que a reunião dos projetos de esquerda é lacre certo. Se cada um vai continuar na sua turnê solo eu não sei, mas pelo menos um We Are The World já rolou. E foi mara!

Essa coisa de “novo” é muito relativa. Dá uma estudada, conversa cazamiga. Procure saber quem foi a Elza Soares no partido da tua Karol Conká. A Clementina da tua Iza. Aí você pode eleger tranquilamente uma Beyoncé como rainha, porque sabe que Tina Turner, Aretha Franklin e Nina Simone vêm no bonde.

Ou você pode ficar com o Bolsonaro, que de novo também não tem nada. É só uma releitura do Mun-Rá, com a sua forma decadente e os seus antigos espíritos do mal.

“Nova política” sem História? Meu edy!!!

Compartilha cas manas!
(vem no Insta @papillonbeatrice e no Jornal GGN)

Redação

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