Brasil perdeu independente do resultado das eleições, avalia Renato Meirelles

Crise econômica somada à exposição de casos de corrupção são responsáveis por ampliar distância entre governantes e governados. Cenário foi explorado para criar o mito de que Bolsonaro representa o anti-sistema
 
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Jornal GGN – Independente do resultado destas eleições, a sociedade brasileira sairá perdendo. Pela primeira vez, em anos da história do país, o sentimento de ódio contra grupos minoritários e classe política supera, nas urnas, a capacidade de raciocínio lógico, fazendo com que parte consistente do eleitorado não seja capaz de avaliar as consequências de um Estado governado por um candidato que se nega a participar de debates para se aprofundar nas políticas que propõe em seu plano de governo. 
 
Essa é a avaliação do presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, em entrevista ao GGN. O pesquisador faz um breve balanço dos fatores que explicam a formação do eleitorado de Jair Bolsonaro (PSL), mesmo sendo um parlamentar sem grandes destaques em seus 27 anos de vida política, e que recebeu apenas 4 votos quando tentou ser presidente da Câmara dos Deputados. Acompanhe a seguir a transcrição dos principais trechos da entrevista concedida ao jornalista Luis Nassif.
 
O que levou o país ao clima de ódio atual
 
Uma soma de crises aumentou o descompasso entre governantes e governados. Voltando um pouco no tempo, a gente teve um processo enorme de boom econômico, os brasileiros passando a ter acesso a produtos, serviços e educação que nunca se imaginou ser possível ter e, com isso, cresceu a sua auto-estima.
 
Com a crise econômico, somada ao estado de corrupção, nós tivemos um início de processo de descolamento entre governantes e governados. Isso acontece porque nós tivemos pessoas que melhoraram de vida e que tiveram, pela primeira vez na história, que retroceder. E perder é muito mais do que deixar de ganhar. Uma coisa é eu adiar a minha primeira viagem de avião, outra coisa é eu descobrir como é melhor viajar de avião e ter que voltar a andar de ônibus. É esse downgrade, essa sensação de perda, que, de alguma forma, vem irritando os brasileiros e fazendo com que fossem procurando culpados para isso, e a classe política foi bastante generosa em oferecer culpados.
 
A primeira manifestação disso foram as passeatas de junho de 2013. Mas, desde então, não se voltou a ter nenhum tipo de confiança da classe política por parte dos eleitores, cidadãos e brasileiros como um todo. Pelo contrário, a gente viu um crescimento de uma demanda por mudança muito grande, e uma oferta de mais do mesmo.
 
Descontentamento social e ruptura com o sistema
 
A primeira manifestação disso foram as passeatas de junho de 2013. Mas, desde então, não se voltou a ter nenhum tipo de confiança da classe política por parte dos eleitores, cidadãos e brasileiros como um todo. Pelo contrário, a gente viu um crescimento de uma demanda por mudança muito grande, e uma oferta de mais do mesmo.
 
Durante essa briga política que se somou à crise econômica do Brasil, ficou muito claro que qualquer forma de combate ao adversário poderia ser utilizada. Isso tem a ver com o nível de radicalismo nas eleições, já de 2014, com o não reconhecimento do processo eleitoral pelo candidato que perdeu as eleições, e uma sensação crescente na população brasileira de que a Justiça tinha dois pesos e duas medidas na hora de combater a corrupção que, realmente, é necessária ser combatida.
 
Com isso, nós tivemos o processo de impeachment da Dilma e, no processo de impeachment, meio que se criou na população brasileira o sentimento de que todos os problemas seriam resolvidos, como se o Partido dos Trabalhadores tivesse o monopólio da corrupção no Brasil. 
 
E ficou muito claro, para o conjunto de denúncias que vieram após o impeachment, seja com lideranças do PSDB, seja com lideranças do MDB, com os filmes de malas de dinheiro, com as gravações e tudo mais, que a questão da corrupção, infelizmente, é sistêmica em nosso país. E, com isso, a demanda por um candidato anti establishment começou a crescer. 
 
Não é a toa que o simples ensaio de uma candidatura do Luciano Hulk já o colocava entre 8% e 10%, o simples ensaio de uma candidatura de Joaquim Barbosa o colocava entre 8% e 10%. Nós começamos esse processo eleitoral, então, com os brasileiros querendo alguém anti establishment. Por outro lado, ofertando mais da velha política, sendo mais do mesmo.
 
Bolsonaro, o mito do anti-sistema
 
E o debate na televisão começou desse jeito. Não é a toa que demorou para os brasileiros entrarem no ritmo da campanha. Foi uma campanha curta, mas uma campanha em que só começou, de verdade, após o infeliz episódio da facada contra o candidato Jair Bolsonaro.
 
O  candidato Jair Bolsonaro, que em alguns trackings [pesquisa eleitoral de monitoramento] vinha perdendo pontos na primeira semana que teve de TV. 
 
Bolsonaro ganhou, imediatamente, três armas que ele não tinha para a disputa eleitoral: 
 
A primeira, se consolidou nele a imagem de ser anti sistema. Essa foi definitivamente uma eleição anti-sistema, falamos mais disso daqui a pouco.
 
Depois, ele conseguiu a narrativa necessária para não participar dos debates de televisão e com isso não ter chances de ser confrontado, de ter suas ideias questionadas pelos adversários, o que é fundamental em qualquer sistema democrático.
 
E, terceiro, ele conseguiu toda a exposição de televisão que nunca na história recente do país algum candidato teve. O último candidato que conseguiu ter uma exposição do tamanho que teve Bolsonaro sofreu acidente de avião. 
 
Então aquelas premissas que estavam dadas para uma desconstrução da candidatura do Bolsonaro, como aconteceu com Marina Silva, deixaram de existir nesse momento. E, com isso, passamos a ter uma disputa da política tradicional, de um lado, versus o anti sistema do outro lado, ou o mito do anti-sistema do outro lado, já que não foi possível, até agora, se confrontar o candidato para saber se ele é anti-sistema mesmo, ou se ele é só fruto do sistema, tendo em vista os anos em que foi deputado.
 
Aí chegamos a essa situação completa de radicalização, dos brasileiros com pouca disposição para escutar argumentos, de um brasileiro mais movido pelo ódio do que movido por um debate real de propostas de país.
 
Foto: Agência Brasil 
 
Construção de uma sociedade fascista
 
Está muito claro que, em todo o momento de crise econômica, as pessoa ficam tentando voltar à sua raiz mais profunda, é aquela coisa que dá segurança: o que é o ideal de família, o que é o ideal de segurança, a defesa do seu patrimônio. E o que nós tivemos durante os últimos 20 anos, diria mais até, desde o Plano Real para cá, foi um movimento em que setores da sociedade, historicamente, privilegiados pelo sistema, perderam alguns desses privilégios.
 
Quando você diminui a diferença salarial entre homem e mulher, significa que homens estão perdendo alguns dos privilégios. Quando você garante a maior presença de negros nas Universidades, os alunos de escolas públicas nas Universidades, corrigindo desigualdades históricas, você também está diminuindo esses privilégios. O que estou querendo dizer é que existe um preconceito de classe que colabora para essa irritação que tomou forma no momento de crise econômica no nosso Brasil. 
 
E isso, retroalimentado por um discurso de ódio. Um discurso que claramente diz aos montes, de todas as lideranças de extrema-direita da história da humanidade assim: ‘Olha, você vai poder!’ ‘Esqueça os outros. Passe por cima dos outros’. ‘Só você! Você está certo’. ‘Conte comigo para melhorar os seus privilégios’.
 
Então, isso leva ao aumento da intolerância, e alguns ganhos que não são da esquerda ou da direita, são ganhos civilizatórios que o nosso país teve nos últimos 20 anos, e da história da humanidade, estão sendo colocados em segundo plano. 
 
A ferramenta utilizada para isso é o ódio é o descontentamento com a classe política que, cá entre nós, deu os motivos de sobra para a população estar descontente com ela. E esse discurso de combate a corrupção, de um lado, e de ódio a tudo que houve até aqui, do outro, leva a uma situação que me preocupa muito no pós eleitoral, porque independente do resultado é muito difícil unir o Brasil, depois desse processo de radicalização que tem ocorrido.
 
O que explica a epidemia da desinformação?
 
Tem o fator das redes sociais. Os algoritmos fazem com na sua timeline apareçam mais as publicações dos amigos que, em geral, você concorda, curte e compartilha. E vice-versa. Isso significa, na prática, que se alguém entrar na rede social de alguém que gosta de futebol e mora na Moóca, vamos ter certeza que o Juventus tem mais torcedor do que o Corinthians, e isso, retroalimenta um pensamento de raiva e de ódio.
 
A segunda questão é um movimento crescente contra o sistema. Num movimento crescente contra o sistema nós temos que entender que os grandes veículos de comunicação também são visto como parte do sistema. Tudo é sistema. O PT, PSDB e MDB, na visão da população, fazem parte do mesmo conjunto. 
 
A eleição foi anti-sistema porque todos que eram representantes máximos do sistema, independente da corrente ideológica sofreram grande derrota na urna. Eunício Oliveira (MDB) Não foi reeleito, não foi somente Lindbergh Farias (PT). Vários não foram reeleitos de diferentes aspectos ideológicos. Todos aqueles que, de alguma forma, representavam uma continuidade do sistema que estava lá.
 
Por que o eleitorado propaga notícias falsas?
 
O eleitor brasileiro quer acreditar naquilo que reproduz a realidade que ele mesmo acredita. A fake news [notícia falsa cresce por uma fonte de reafirmação daquilo que ele gostaria que fosse verdade. E setores mais conservadores da política brasileira utilizam isso para criar o que alguns analistas chamam de conceito de pós-verdade em que colocam ele em uma seguinte situação: ‘Eu posso falar qualquer coisa e no dia seguinte dizer que não falei aquilo, e acusar essa cobrança de fake news’. 
 
E, aí, critérios mais objetivos e racionais que levam ao processo de decisão de voto, infelizmente, deixam de existir. Não é a toa que as fake news crescem da forma que estão crescendo. 
 
Questão econômica pode virar cenário
 
A única coisa que me alenta, nessa situação, é que começa a existir, na sociedade brasileira, uma parcela crescente e considerável de eleitores que estão começando a ficar preocupados não apenas em tirar tudo isso que está aí, mas em como vão pagar a contas no dia primeiro de janeiro. Então começam a pensar: ‘Mas essas pessoas são capazes ou não são capazes de resolver o problema da economia do Brasil? De fazer com que os alunos voltem a ter acesso à Universidade? De garantir Bolsa Família para todos aqueles que realmente precisam do Bolsa Família para sobreviver e para manter uma criança na escola e não na rua pedindo esmola?’… esse movimento de pessoas que começam a querer saber porque os candidatos não estão fazendo a quantidade de debates que poderiam estar fazendo.
 
Você acha que o fato de Bolsonaro fugir dos debates pode ter algum significado na votação dele?
 
Eu não tenho dúvida nenhuma. Vamos entender um pouquinho os 47 milhões de votos que o Bolsonaro teve no primeiro turno. Ele tem uma parcela grande desse eleitorado, de 30 a 35 milhões dos que votaram nele não apenas por ser anti-sistema, mas também porque concordam com uma certa visão de mundo que ele defende, que ele acredita. E são aqueles mais radicais defensores de Bolsonaro, que chegam na rede social e gritam ‘Bolsonaro’ e saem correndo.
 
Só que o Bolsonaro ganhou nos últimos três, quatro dias antes da eleição, 15 milhões de eleitores, 15 milhões que não estavam com Bolsonaro quatro dias. Eleitores que estavam indecisos, que estavam em outras candidaturas e que, de alguma forma, acharam que para mudar tudo isso que está aí, tentaram definir as coisas no primeiro turno da eleição.
 
A boa notícia é que não foi definido no primeiro turno. E eu falo boa notícia independente do resultado do segundo turno, a boa notícia de dar chance de o brasileiro poder saber um pouco mais sobre quem são os candidatos à presidência da república. E o debate vem nesse sentido. Ao se negar a ir no debate, ele está negando a possibilidade de o povo brasileiro conhecê-lo mais, e aquela imagem de força, da pessoa preparada para resolver a economia brasileira no dia primeiro de janeiro começa a se perder.
 
Sobre a maneira como foram articulados esses grupos no whatsapp para a campanha de Bolsonaro, acredita em um planejamento estratégico superior ou foi uma consequência da disseminação do conservadorismo? 
 
Acho que são as duas coisas. Você tem um crescimento orgânico, de fato, desses grupos e muitos desses grupos começaram como grupos de família, grupos de redes de apoio, de um lado. Você tem algumas organizações, como organizações religiosas entrando fortemente nisso, mas você tem, obviamente, uma produção de memes, fake news e notícias que acho que, dificilmente, se dão de forma orgânica, de forma desarticulada. 
 
Uma coisa é o meio outra coisa é a mensagem. A gente teve o crescimento do meio, que em parte é orgânico, em parte fomentado por algumas organizações, religiosas ou não, e na outra tem uma produção de conteúdo que é muito grande para ser apenas orgânica. É muito elaborada para não ser planejada, e nisso acredito que tenham pessoas fazendo ou maquinando essa grande estratégia. 
 
Independentemente quem for eleito, não vai conseguir atender às expectativas ainda mais o pessoal que quer mudanças radicais e tudo, não vai conseguir atender. Essa massa que foi para Bolsonaro e que está se manifestando de forma muito violenta, agora neste período pré-eleitoral, o que você acha que pode ocorrer?
 
Qualquer coisa. É aquela charge que aparece todo mundo alimentando um monstro e falando: ‘não lave a sério, ele não vai ser contra… Imagina que ele defende a ditadura, é tudo besteira! Não, é um falastrão! Vamos falar das coisas que realmente interessam…’ Aí você vai perguntar o que realmente interessa e não encontra. Mas, esse monstro vai crescendo é um monstro que fica incontrolável. 
 
Quando você perde a razão, perde o processo argumentativo. Todos nós já passamos por algum momento de raiva para saber exatamente disso. De outro lado, temos instituições enfraquecidas no Brasil. Nem mesmo o Exército, que ainda tem algum respeito, é uma instituição forte.  
 
Exemplos desse fenômeno: Quando as pessoas acham que um juiz está certo porque dá uma sentença em favor de um, mas quando um outro juiz dá a mesma sentença em favor de outra pessoa o juiz está errado, é um vendido. Ou como o caso da jornalista Miriam Leitão, que quando tem uma determinada posição crítica a um partido, é tratada de uma maneira, mas quando tem uma posição contra um candidato, mas é o seu candidato, passam a criticá-la de uma forma absurda nas redes. 
 
Quando você tapa os ouvidos e só quer gritar, qualquer coisa pode acontecer. Então eu, dificilmente, consigo ser otimista com relação ao futuro eleitora, ao futuro do Brasil,independente do resultado eleitoral. 
 
 
Redação

11 Comentários

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  1. Brasil perdeu independente

    Brasil perdeu independente do resultado das eleições, avalia Renato Meirelles

    O Brasil nasceu perdendo : Madeira,ouro,auto estima ,refúgio de canalhas etc.

               É redundante ler a matéria, quando o  cronista que manchetou, explica tudo em duas linhas.

                       Desnecessário ler a matéria completa.

                        A não ser que vc seja  um estudante da psicologia masoquista.

  2. CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ, QUAL VERDADE?

    CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ, QUAL VERDADE?

    por MIGUEL DOS SANTOS CERQUEIRA

     

    Antes mesmo de Herbert Marshall McLuhan, o grande filósofo e teórico da comunicação canadense, ter vislumbrado a Internet, ou mesmo ter cunhado a máxima que os meios de comunicação são extensões do próprio homem e que o meio é a mensagem, Paul Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, como grande intelectual e estudioso que era,  já se aperceberá da máxima que fora cunhada cerca de trinta anos depois pelo grande teórico canadense.

    De fato, ninguém melhor que o Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista soube utilizar com eficácia e eficiência os meios de comunicação de massa, notadamente o Rádio, como sendo extensão do próprio homem e como a sapiência de que o meio é a mensagem. Paul Joseph Goebbels também se utilizou dos instrumentais das artes e da cultura, do Cinema e Teatro como meios de manipulação dos baixos instintos, disseminação de preconceitos e ódio e controle das massas.

    Com toda certeza, o Doutor em Filosofia pela Universidade de Heidelberg, Paul Joseph Goebbels, sendo um cristão de boa cepa luterana, não desconhecia a famosa frase “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”, que consta do Evangelho segundo São João, no capítulo 8:32. Igualmente não desconhecia a famosa frase de Pôncio Pilatos “Que é a verdade?”, que também consta do Evangelho segundo João 18:38. Talvez, por isso, para o membro proeminente do Partido Nazista a mentira disseminada e muitas vezes repetida é que é era de fato a verdade.

    Hoje, na campanha eleitoral, a propaganda de um dos candidatos à presidência da República, ele também o cristão de boa cepa, sequaz de seita neopentecostal, batizado nas águas do Rio Jordão, no atual Estado de Israel, também está a alardear a famosa frase “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”, que consta do Evangelho segundo São João, no capítulo 8:32. Não obstante, semelhantemente ao Doutor em Filosofia pela Universidade de Heidelberg, Paul Joseph Goebbels, toda metodologia utilizada pelo marketing do candidato é a da mentira repetida no intuito de que se torne verdade incontestável.

    No sistema mundial de computadores, verdadeira terra de ninguém, que se trata de extensão do próprio homem e onde o meio é a mensagem, vicejam todas espécies de mentiras disseminada por sequazes e prosélitos do candidato, mentiras as quais o grosso da população, a massa desinforme consome, acredita e reproduz em dimensões geométricas, se debate e se digladia na defesa de tais mentiras como se fossem verdades desnudas e sacrossantas.

    A disseminação de tais aleivosias tem desaguado em violência aberta, com espancamentos de desafetos, lapidação de pessoas, gravações da suástica na pele de supostos esquerdistas e até mesmo assassinatos, tudo como se fosse uma trágica repetição das ações dos membros da SAs, os chamados arruaceiros, sob o comando do General Ernst Röhm, quando da ascensão do Nazismo na Alemanha.

    Quem desconhece o boato, ou melhor a Fake News, de que um determinado candidato à presidência da República pretende desarmar a população? Quem nunca ouviu falar de um famoso kit gay, espécie de cartilha que ostenta as mais diversas modalidades de posições e atos sexuais, como se fosse o próprio Kama Sutra, que foi distribuída nas escolas públicas a mando de um determinado candidato à presidência da República? Quem não acredita piamente que um determinado candidato à presidência da República irá descriminalizar o uso das drogas e obrigar as Igrejas Cristãs a realizarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo?

    Sem sombra de dúvidas a verdade é instrumento de libertação, mas pergunta-se qual a verdade que efetivamente liberta? É aquela dos boatos, ou melhor da Fake News, diuturnamente divulgada nas redes sociais, que aprisiona as consciências, transformando as pessoas em seres irracionais, em um grande rebanho?

    De fato afirma o Evangelho Segundo São João CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ, QUAL VERDADE?,          mas será que quem patrocina a divulgação de boatos e mentiras, repetida vezes e insistentemente, a fim de que se transformem e seja aceitas pela população como verdades, são de fato cristãos e pretendem a libertação do povo?

    Nesses tempos tenebrosos, no qual, a exemplo dos Sacerdotes que comandavam o Templo de Jerusalém,  na defesa da ortodoxia e da verdade, para preservarem a Nação, sob o domínio do Imperialismo Romano, se condenou um Justo, sob a falsa acusação de blasfêmia e sedição, nesse tempo de lobos travestidos de cordeiros, é muito melhor que sejamos céticos diante das “verdades” e também lembremos da advertência de Jesus Cristo, o Justo levado ao suplicio, em defesa da verdade dos  “crentes” de então: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mateus 10:16) 

     

  3. CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ, QUAL VERDADE?

    CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ, QUAL VERDADE?

    por MIGUEL DOS SANTOS CERQUEIRA

     

    Antes mesmo de Herbert Marshall McLuhan, o grande filósofo e teórico da comunicação canadense, ter vislumbrado a Internet, ou mesmo ter cunhado a máxima que os meios de comunicação são extensões do próprio homem e que o meio é a mensagem, Paul Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, como grande intelectual e estudioso que era,  já se aperceberá da máxima que fora cunhada cerca de trinta anos depois pelo grande teórico canadense.

    De fato, ninguém melhor que o Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista soube utilizar com eficácia e eficiência os meios de comunicação de massa, notadamente o Rádio, como sendo extensão do próprio homem e como a sapiência de que o meio é a mensagem. Paul Joseph Goebbels também se utilizou dos instrumentais das artes e da cultura, do Cinema e Teatro como meios de manipulação dos baixos instintos, disseminação de preconceitos e ódio e controle das massas.

    Com toda certeza, o Doutor em Filosofia pela Universidade de Heidelberg, Paul Joseph Goebbels, sendo um cristão de boa cepa luterana, não desconhecia a famosa frase “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”, que consta do Evangelho segundo São João, no capítulo 8:32. Igualmente não desconhecia a famosa frase de Pôncio Pilatos “Que é a verdade?”, que também consta do Evangelho segundo João 18:38. Talvez, por isso, para o membro proeminente do Partido Nazista a mentira disseminada e muitas vezes repetida é que é era de fato a verdade.

    Hoje, na campanha eleitoral, a propaganda de um dos candidatos à presidência da República, ele também o cristão de boa cepa, sequaz de seita neopentecostal, batizado nas águas do Rio Jordão, no atual Estado de Israel, também está a alardear a famosa frase “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”, que consta do Evangelho segundo São João, no capítulo 8:32. Não obstante, semelhantemente ao Doutor em Filosofia pela Universidade de Heidelberg, Paul Joseph Goebbels, toda metodologia utilizada pelo marketing do candidato é a da mentira repetida no intuito de que se torne verdade incontestável.

    No sistema mundial de computadores, verdadeira terra de ninguém, que se trata de extensão do próprio homem e onde o meio é a mensagem, vicejam todas espécies de mentiras disseminada por sequazes e prosélitos do candidato, mentiras as quais o grosso da população, a massa desinforme consome, acredita e reproduz em dimensões geométricas, se debate e se digladia na defesa de tais mentiras como se fossem verdades desnudas e sacrossantas.

    A disseminação de tais aleivosias tem desaguado em violência aberta, com espancamentos de desafetos, lapidação de pessoas, gravações da suástica na pele de supostos esquerdistas e até mesmo assassinatos, tudo como se fosse uma trágica repetição das ações dos membros da SAs, os chamados arruaceiros, sob o comando do General Ernst Röhm, quando da ascensão do Nazismo na Alemanha.

    Quem desconhece o boato, ou melhor a Fake News, de que um determinado candidato à presidência da República pretende desarmar a população? Quem nunca ouviu falar de um famoso kit gay, espécie de cartilha que ostenta as mais diversas modalidades de posições e atos sexuais, como se fosse o próprio Kama Sutra, que foi distribuída nas escolas públicas a mando de um determinado candidato à presidência da República? Quem não acredita piamente que um determinado candidato à presidência da República irá descriminalizar o uso das drogas e obrigar as Igrejas Cristãs a realizarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo?

    Sem sombra de dúvidas a verdade é instrumento de libertação, mas pergunta-se qual a verdade que efetivamente liberta? É aquela dos boatos, ou melhor da Fake News, diuturnamente divulgada nas redes sociais, que aprisiona as consciências, transformando as pessoas em seres irracionais, em um grande rebanho?

    De fato afirma o Evangelho Segundo São João CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ, QUAL VERDADE?,          mas será que quem patrocina a divulgação de boatos e mentiras, repetida vezes e insistentemente, a fim de que se transformem e seja aceitas pela população como verdades, são de fato cristãos e pretendem a libertação do povo?

    Nesses tempos tenebrosos, no qual, a exemplo dos Sacerdotes que comandavam o Templo de Jerusalém,  na defesa da ortodoxia e da verdade, para preservarem a Nação, sob o domínio do Imperialismo Romano, se condenou um Justo, sob a falsa acusação de blasfêmia e sedição, nesse tempo de lobos travestidos de cordeiros, é muito melhor que sejamos céticos diante das “verdades” e também lembremos da advertência de Jesus Cristo, o Justo levado ao suplicio, em defesa da verdade dos  “crentes” de então: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mateus 10:16) 

     

  4. gritam ‘Bolsonaro’ e saem correndo.
    São covardes igual ao mito que corre de debate.

    Ele não vai resolver os problemas em 1o de janeiro porque nem assumir vai, estará convalescente da retirada da bolsa de colostomia.

    E não vai resolver depois porque ele não tem a menor idéia de como funciona o executivo, e se cercou de oportunistas, como Onyx e Guedes, que tem sua própria agenda

  5. Errado, jeca.
    A Lava Jato

    Errado, jeca.

    A Lava Jato venceu. Seu objetivo, com já disse mais de uma vez,  era destruir o sistema partidário brasileiro, que é intrinsecamente ligado as estatais. Destruidos os partidos estarão destruídas as estatais.

    O sistema partidário foi arrasado pelas eleições de 2018

    A qual estatal o PSL está ligado mesmo?

    Será que nesse país só tem burro que não enxerga nada?

    PS.: deve ser feita uma estátua para o Rui Costa Pimenta. O único que previu tudo. O resto é amador de quinta. 

     

  6. Pra qualquer resultado: Perde-se, talvez, e,quem sabe,ganha-se.

    Pode servir- qualquer que seja o resultado- pra uma parada, longa parada, reflexão (refletir é coisa a se fazer solitariamente, não em grupo – “pensar dói”, diz 1 charge. Pode ir contra nossas verdades cristalizadas,intocáveis,inatacáveis,conviccões ( pala-vra do Dallagnol na encenação).É duro ver que os brasileiros – aí refiro aos que se acham politizados com ou sem carteiri-nha – somos muito fracos: o que vejo não são debates,jamais discussões,mas samba de uma nota só(que pode chegar a 10, a 500).A coisa mais difícil é encontrar na internet algum espaço de debate verdadeiro,choque de idéias. A esperança é procurar e procu-rar, algo há no youtube.Ou daquelels estudiosos que parecem fugir da mídia tradicional e também da mídia alternativa!….

  7. Sou mais o Safatle. O Brasil

    Sou mais o Safatle. O Brasil cedo tarde teria de fazer esse enfrentamento.

    O autor é um vacilão que acha que as duas propostas são extermistas. Vai pra Paris a covardia tá por lá!

  8. Os três decisivos.

    Já comentei aqui no GGN que, na última semana antes da eleição, três apoios foram decisivos para levar o Bozo ao segundo turno. São eles: Rede Bobo, Tv. Edir MaisCedo e o árbitro de Curitiba. E não se iludam, se não forem contidos eles vão atacar, de novo, na última semana antes do segundo turno.

  9. Você sabia que a gente pode

    Você sabia que a gente pode solicitar a presença do Bolsonaro nos debates com Haddad, formalmente? Você clica no link a seguir, seleciona “reclamação” e, se quiser, pode colar o texto abaixo do link.

    http://www.tse.jus.br/eleitor/servicos/ouvidoria/formulario-da-assessoria-de-informacao-ao-cidadao

    Solicito uma posição do TSE quanto a exigência do comparecimento do presidenciável Jair Bolsonaro aos debates que precedem o segundo turno pois a população está correndo o risco de votar no candidato sem saber exatamente quais suas reais propostas para o Brasil. Lembrando que muitas pessoas mais simples não vão conseguir acessar seu plano pela internet e os debates pela televisão elucidam seu posicionamento e ideias.
    Aguardo retorno.

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