E a segurança do sistema eletrônico de votação? Por Marcos Rolland

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Está proibido discutir a segurança do sistema eletrônico de votação?

Por Marcos Rolland

A fé no sistema das urnas eletrônicas virou quase um dogma. Na verdade, o sistema era vulnerável, estudos demonstraram isso. Não sei até que ponto os problemas foram corrigidos. Mas creio que sobretudo a prática tornou o sistema confiável. Não houve fraude comprovada ao longo de décadas. E os resultados correspondiam ao que todos esperavam, com pequenas diferenças ou choros, em eleições muito disputadas.

Antes do segundo turno, a candidatura de Bolsonaro levantou dúvidas, fez ameaças, etc. O TSE só tratou, praticamente, do tema naquela entrevista coletiva uma semana antes da votação. Com isso, duas coisas se cristalizaram: 1ª) mais uma vez a confiança da população em geral no sistema se fortaleceu; 2ª) a extrema direita adquiriu o “monopólio” da dúvida; só eles questionavam. Eles como que anteciparam qualquer objeção a uma eventual vitória, por improvável margem. (Havia uma discussão entre eles, que a mídia repercutiu, sobre qual seria a vantagem “conveniente” para Bolsonaro nas urnas.)

Fato é que, as eleições de 2018 apresentaram muitas surpresas, especialmente em dois estados de grande peso na Federação: Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nestes, não só os candidatos vencedores eram novatos na política, mas também certos números espantam.

Em Minas Gerais, o candidato do PSDB, Antonio Anastasia, cometeu a façanha de ter menos votos no segundo turno que  no primeiro.  Anastasia teve 2.814.704 votos no primeiro escrutínio e 2.734.452 no segundo. Ou seja, no segundo turno, após três semanas de ferrenha campanha, Anastasia não apenas falhou em abocanhar um votinho sequer daqueles que estava disputando com seu rival Romeu Zema (votos do “espólio” dos perdedores do primeiro turno), como também perdeu cerca de 81.000 votos dos que tinha amealhado no primeiro turno!

É certo que essa não foi a primeira vez que fenômeno similar ocorre em nosso País. Em 2006, nas eleições para Presidente da República, Geraldo Alckmin, também do PSDB, perdeu a eleição para Lula, tendo menos votos no segundo turno que no primeiro. Mas o caso de Anastasia em Minas Gerais, agora, tem uma circunstância “agravante”, bem lembrada por Marcos Coimbra, da Vox Populi: no segundo turno, a pesquisa de boca de urna, que costuma ser muito precisa, estimou 66% dos votos válidos para Zema e 34% para Anastasia, uma margem que parecia até razoável, nas tristes circunstâncias. No entanto, as urnas revelaram algo bem diferente: 72% a 28% em favor de Zema. A diferença, em relação à boca de urna, subiu 12 pontos percentuais, muito acima do máximo que se poderia esperar segundo a margem de erro (admitindo que ambos os candidatos podem ter 2% a mais ou a menos, a diferença poderia subir ou baixar no máximo 4 pontos, num nível de confiança que, na pesquisa de boca de urna, é de 99%).

Uma discrepância também altamente improvável ocorreu no Rio de Janeiro, onde a boca de urna do IBOPE deu 45% para Eduardo Paes, ante 55% de seu oponente, sendo que ele teve apenas 40% nas urnas, contra 60% do desconhecido e misterioso juiz Witzel. Marcos Coimbra, comentando na TV 247, creditou todas as anomalias observadas nas eleições aos efeitos das fake news, atuando inclusive no dia das eleições, entre o momento em que a pesquisa de boca de urna era feita e o momento em que muitos eleitores depositaram seu voto! Ele se recusa a levar a sério a hipótese de fraude nas urnas eletrônicas, por envolver uma conjuração improvável de várias circunstâncias e várias pessoas para mudar o resultado duma simples urna. Certo, mas estaria descartada qualquer possibilidade de “hackeamento” a distância, em massa?

Sei lá, quanto a mim, prefiro desconfiar, raciocinando como Sherlock Holmes, que dizia mais ou menos o seguinte: “quando descartadas todas as possibilidades de elucidação dum caso, a hipótese que restar, por mais absurda que pareça, deve conduzir à solução”. Ao menos deve ser investigada, acrescento.

Discrepâncias ocorridas nas eleições estaduais podem estar conectadas a anomalias nos números da eleição para Presidente. Relativamente à eleição presidencial, fiz uns cálculos simples, no sentido de tentar captar a lógica dos movimentos ocorridos entre a primeira e a segunda votação. A conclusão algo desconcertante é que toda a campanha do segundo turno praticamente serviu muito pouco para alterar o quadro que já se desenhava no dia seguinte ao primeiro. Quero dizer, se a votação do segundo turno tivesse sido realizada no dia seguinte à do primeiro, na segunda-feira, dia 8 de outubro, os resultados provavelmente seriam bem próximos aos colhidos no dia 28, três semanas após! Não houve movimento significativo, descontadas as indecisões que se transmudam em votos para um ou outro candidato, mas na forma previsível de plano de acordo com o perfil ideológico de cada um.

Na simulação que fiz, em planilha Excel, a partir dos resultados do primeiro turno, usei as seguintes simples premissas: de cada 10 votos de Ciro e Marina Silva, 1 só seria transferido para Bolsonaro, os outros 9 iriam para Haddad; inversamente, de cada 10 votos de Cabo Daciolo, Álvaro Dias e Amoêdo, apenas 1 iria para Haddad, os demais 9 seriam abocanhados pelo Bozo. Os votos do “centro” (Alckmin, Meirelles e Eymael) seriam repartidos meio a meio entre os dois candidatos. Por fim, o parco cabedal de Boulos, Vera Lúcia e João Goulart Filho seria integralmente absorvido por Haddad.

São premissas que me pareceram razoáveis, e o espantoso é que os resultados obtidos a partir dessa simulação quase que reproduzem perfeitamente o que ocorreu no segundo turno! Compare: a votação prevista para Haddad, no segundo turno, com base na simulação acima descrita, seria de 41,51% dos votos totais; pois bem, nas urnas ele obteve 40,58%. Uma diferença de apenas 0,93%. Quanto a Bolsonaro, a precisão é ainda melhor: 49,70% na simulação, 49,85% nas urnas. Uma diferença insignificante. Quer “pesquisa” melhor que essa?

É incrível! Tudo se passa como se os resultados do segundo turno fossem uma dedução lógica e acabada dos resultados do primeiro, adotadas premissas simples e razoáveis! É como se os efeitos das duas campanhas igualmente “radicais” tivessem se contrabalançado com precisão quase de ciência exata…

Quero deixar claro: continuo acreditando na lisura do nosso processo eleitoral, até alguma prova em contrário. Mas, ao mesmo tempo, ressuscitei minha desconfiança… Essa campanha de Bolsonaro foi conduzida com uma estratégia de guerra, como tem sido dito. Especialistas em guerra de informação e desinformação foram contratados. Não pode ser que, entre eles, há uma equipe de “atacantes” de urnas eletrônicas, que não havia antes aparecido em nossas plagas “pacíficas”?

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

19 Comentários

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  1. Eu recebi …
    Eu recebi 90% de coisa falsa ou exagerada do que recebi no WSP , no Face saí durante a eleição , a maior parte era contra PT mas também contra o Messias.
    A melhor foi Haddad descendo de uma Ferrari no autodramo no banco do carona e o carro virou dele.
    Do Bolsonaro era em geral verdade mas fora do contexto.
    Vai piorar.

  2. Eu não acho razoável a

    Eu não acho razoável a primeira premissa dos votos do ciro e marina. Para mim pelo menos 2 votos a cada 10 foram para o bozo…Acho mais razoável a premissa de manipulação de urnas. E mais, essa eleição era do bozo, com ciro ou com Haddad.

  3. Urna

    Aqui em Pedregulho, na eleição de 2008 para prefeito, as urnas tiveram várias anomalias e nenhuma foi investigada pelo Juiz e promotor. Nas urnas não apareciam as fotos do candidato, pessoa votava e a urna desligava, eu presenciei. Obtivemos mais de cem relatos de pessoas que votaram em candidatos diversos e nenhuma investigação. O juiz acha que os políticos são safados e eles se entendem. A pesquisa de boca de urna dava um candidato e o resultado foi outro. O juiz indeferiu meu pedido de vista das atas de secção e o Tribunal mandou que ele disponibilizasse. Havia coisas estranhas relatadas.

    As urnas, principalmente em cidades pequenas, onde são poucas e podem ser violadas em pouco tempo, não são confiáveis.

  4. A Aritmetica que a gente

    A Aritmetica que a gente aprende no terceiro ano do fundamental e’ suficiente para afastar a hipotese de fraude eleitoral atraves de intervencao em urna eletronica.

    Basta fazer contas de somar e dividir. OK, sera’ com numeros de 9 algarismos, coisa que ja’ confunde inclusive gente com formacao em nivel de doutorado. 

    Mas desde os nove anos de idade a gente tem condicoes de fazer essas contas.

    Aqui vai um exercicio para aplicar esta competencia desenvolvida no inicio de nossa trajetoria escolar.

    Suponha que voce e’ um sujeito muito mal intencionado, que quer modificar o resultado de uma eleicao, interferir no resultado de uma eleicao. E voce esta’ absolutamente decidido a fazer isto mexendo nas urnas eletronicas. Voce quer interferir no resultado de uma eleicao e nao considera nenhuma outra hipotese de fazer isto a nao ser mexendo em urna eletronica.

    Em quantas urnas voce precisara’ mexer para poder alterar o resultado de uma eleicao?

    Aqui vai um dado relevante para fazer as contas: arredonde para 150 milhoes o numero de eleitores e para 120 milhoes o numero daqueles que comparecem ‘as secoes eleitorais. Arredonde para 450 mil o numero de secoes eleitorais e portanto de urnas eletronicas em todo o pais. 

    Quantas pessoas voce vai precisar contratar para mexer neste numero calculado de urnas de modo a alterar o resultado de uma eleicao dentro de um periodo factivel, digamos, uma semana ou 10 dias?

    Quantas horas por dia esta equipe (de fato um verdadeiro exercito, voce descobrira’ depois de fazer as contas) uma equipe deste tamanho precisaria trabalhar para fazer isto neste prazo?

    Qual o perfil especializado do componente desta equipe que precisara’ ser capaz de mexer no sistema operacional de uma urna, implantando outro sistema, rodando os testes para conferir que o sistema funciona, e isto sem ser percebido, sem deixar rastros de sua passagem pelos locais onde as urnas estao guardadas sob vigilancia do exercito, da policia ou da policia federal?

    Quanto custa a hora de trabalho de um profissional que alem de tecnico especializado em informatica precisara’ ter treinamento em nivel ninja para invadir, trabalhar por horas a fio e deixar os locais das urnas sem ser percebido e sem deixar rastros?

    Qual o custo aproximado desta operacao?

    ==

    Agora mude os parametros do exercicio. 

    Imagine que voce e’ um sujeito muito mal intencionado, que quer modificar o resultado de uma eleicao, interferir no resultado de uma eleicao. Porem, nesta nova situacao, ao inves de pensar em mexer na urna eletronica, voce deseja fazer isto sem mexer nas urnas.

    Onde voce mexeria?

    Caso voce decida interferir nao nas urnas eletronicas mas sim no sistema de apuracao de votos (tal como foi feito no escandalo Proconsult no inicio dos anos 80, o maior escandalo eleitoral de nossa historia, quando o voto ainda era em cedula de papel e contadao manualmente), qual o tamanho da equipe que voce precisaria mobilizar para fazer isto? 

    Precisaria de mais do que umas 3 pessoas? Em caso arfirmativo, quantas?

    Quanto tempo esta equipe precisaria trabalhar? Qual o perfil tecnico desta equipe?

    Qual o custo aproximado desta operacao?

    ===

    Como eu disse, basta a Aritmetica e sobretudo bom senso, para ver a completa insanidade, o mais absoluto despauterio que e’ o simples imaginar interferir numa eleicao mexendo em urna eletronica…

    1. as possiveis fragilidades do sistema

      Wilson esta’ certo, e’ pela segunda alternativa que pode existir fraude eleitoral.

      acrescentaria uma opcao entre as duas propostas, nao precisa de muita gente para alterar a primeira. Todas as 450 mil urnas precisam ser configuradas para cada pleito. Junto ao kernel ou sistema operacional mais o programa de autenticacao e’ configurado o pleito, com candidatos, numeros, fotos, etc. O que distingue individualmente as urnas sao os numeros da secao, depois as zonas eleitorais. Mas o kernel e’ o mesmo. Essa e’ uma das fragilidades do sistema. Para isso bastariam algumas (poucas) pessoas que alterassem o tal kernel.

      A outra fragilidade se da’ na apuracao nos TREs e no TSE.

      Sem uma apuracao e subsequente auditoria independente e aberta nesses niveis a duvida pode se manter.

  5. Mais lenha nesta fogueira
    Temos que considerar que não votamos em somente uma opção (Presidente), no segundo turno foram duas opções para alguns, mas no primeiro turno foram 6 opções. Ai temos manipulação em uma opção e nas outras não?

  6. zap x urnas

    N a minha cabeça nunca entrou a explicação de que um eleitor de Suplicy trocou seu voto para o major Olimpio, depois de receber mensagens pelo celular ,  não foi a primeira vez que isso aconteceu o pagodeiro Netinho perdeu para uma figura impopular como Aloyzio Nunes  (sempre foi ruim de votos)coisas estranhas acontecem nas eleições de SP desde que o PSDB começou a vencer eleições !

    1. Acontece.

      Toda vez que temos eleição para dois senadores acontecem essas distorções. Sempre ganha o mais votado mesmo e o segundo mais votado acaba sendo a segunda opção da maioria. Ou seja, o segundo mais votado em primeiro tende a ficar de fora.

    2. Jogar com as regras embaixo do braço

      Meu palpite sobre o que aconteceu: as pessoas entenderam a regra do jogo quando há dois eleitos para o Senado e votaram exclusivamente no Major Olimpio.

      Explico melhor:

      Na semana anterior o quadro era esse:

      1. Suplicy

      2. Mara

      3. Major

      Para se eleger nesse cenário, não bastaria ao Major ganhar mais votos, os dois primeiros também teriam que perder votos para serem ultrapassados. Lembrando que o voto em um não necessariamente tira voto de outro, porque cada eleitor poderia escolher dois nomes para o Senado. Então um eleitor cuja prioridade era eleger o Major Olímpio e que poderia ter alguma simpatia ou intenção de voto na Mara ou no Suplicy simplesmente votou no Major e em branco ou nulo no segundo voto para o Senado. Assim ele aumentou o numero de votos no major sem alimentar outra candidatura.

      Aceito a critica que um voto no major e em um dos outros dois é ideologicamente confuso e realmente é. Porém muita gente vota baseada em simpatias e não ideologias. E quem tinha alguma ideologia pró Bolsonaro aí sim que não votou no Suplicy de qualquer jeito, por isso ele sofreu mais perdas que a Mara e ele ficou fora do Senado.

      Eu aposto que muitas das pessoas que votou no major Olímpio só votou nele e colocou branco e nulo no segunto voto, numa proporção muito maior que quem votou em algum dos outros candidatos.

  7. é só uma máquina, …

    O problema não é uma máquina, … nem o sistema utilizado, … nem o barulhinho que faz quando você vota…

    O problema é que, quem deveria fiscalizar a “lizura e a confiabilidade” dos equipamentos, … é parte interessada no resultado da eleição.

    Nosso corrompido judiciário não tem a confiança de qualquer um que acompanhe, no Brasil ou no Exterior, suas decisões viciadas e corporativas .

    O judiciário é parte, …. não pode ser responsável…

  8. Dica importante
    Repetirei três vezes a dica pra ver se alguém entende:

    Lei de Benford! Lei de Benford! E Lei de Benford!

    Não tem um só matemático que possa investigar como um desconhecido como o empresário Zema teve 70% dos votos mineiros? Os votos em MG obedeceram a Lei de Benford?

  9. Eleições

    Não creio que possa haver muitas urnas fraudadas. Creio que o grande problema é verificar a totalização dos votos das urnas. Isto é de difícil comprovação e verificação devido a  grande quantidade de urnas. Sei que o STE se esmera em mostrar a segurança das urnas mas nunca vi nenhum comentário sobre a segurança da totalização.

     

  10. As urnas são confiáveis, o

    As urnas são confiáveis, o software que roda nelas é que não é.  Só acredito na idoneidade das eleições quando o código fonte do software que roda nas urnas poder ser auditado.

  11. So para o TSE e os

    So para o TSE e os brasileiros que o voto em urna eletrônico é 100% seguro. No resto do mundo, praticamente nenhum Pais adotou esse sistema até hoje. Na França houve um debate ha uns quatro anos e chegaram à conclusão de que o sistema eletrônico não é inviolavel. 

    Eh estranho o uso constante pela campanha de Bolsonaro de que se ele perdesse era fraude. Isso também cheira mal. 

  12. Urna de Schrodinger

    Na Física Quântica há um experimento mental chamado “Gato de Schrodinger”, onde um gato dentro de uma caixa está vivo e morto ao mesmo tempo.

    Aqui no Brasil temos a “Urna de Schrondiger”, que está fraudada ou não dependendo de quem o obsevador votou e se esse candidato foi eleito ou não. Na prática a urna está fraudada e é confiável ao mesmo tempo.

    Discussão recorrente, quase nunca levada a sério, normalmente disparada por quem perdeu as eleições.

    Não acho que deve ser impossível fraudar as urnas, mas não acredito que ocorreu por enquanto e minha maior preocupação são os mecanismo de alarme no momento de uma eventual tentativa de fraude.

     

     

     

  13. Vamos continuar com essa loucura…

    … e logo logo o Congresso mais reacionário da Terceira República restabelece o voto em papel, onde a fraude é absolutamente garantida. Combinando isso com uma “justiça” eleitoral que manda recolher faixas contra o fascismo nas universidades ao mesmo tempo que libera o Whatzap para as mentiras mais delirantes… e pronto, teremos um sistema eleitoral no qual vai ser muito, muito, muito difícil a esquerda ganhar.

    Mas é isso que nós estamos doidinhos que aconteça, não é mesmo? Aí nós vamos poder perder eleições em paz, sempre botando a culpa em algum fator externo, e não nos erros que nós mesmos cometemos.

    Tão mais prático.

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