Economia gerada com corte de ministérios será mínima

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Enviado por Pedro Linhares Rossi

Redução dos ministérios pela metade?

 

Do Brasil Debate

Economia obtida com redução de ministérios seria irrisória

 

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, propõe reduzir os números de ministérios pela metade. Isso teria impacto fiscal? Praticamente nulo, aí vão os motivos:

• Os servidores de carreira não serão demitidos, só serão incorporados por outros órgãos;

• As políticas não serão abandonadas, ou seja, o orçamento do ministério seria repassado para outro órgão;

• Os cortes serão em ministérios pequenos, com poucas despesas administrativas, parte das quais será incorporada a outros ministérios;

• O corte efetivo é restrito aos salários dos ministros, eventuais reduções de despesas administrativas e eventuais aluguéis pagos. Se botarmos no papel, a economia mensal não deve chegar ao valor do aeroporto do tio do Aécio.

Ou seja, discutir o número de ministério só faz sentido do ponto de vista gerencial, não fiscal. Deve-se ponderar o dilema entre a agilidade de operar a máquina pública com o número menor de ministros e o eventual déficit de atenção em determinadas áreas, geralmente associadas aos ministérios menores, como os de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Políticas para as Mulheres, entre outros.

Por fim, da forma como está posta, a retórica do corte de ministério é, no fundo, a volta à velha ideologia do Estado mínimo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

28 Comentários

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    1. Putis, esse Constantino é UM

      Putis, esse Constantino é UM DESPREPARADO para enfrentar um CIRO GOMES. Deu até pena! Com tanto “soco”…foi à lona!

    2. Deus do ceú! O tal Constantino,

      que eu não conhecia, é totalmente boçal, não só no discurso, o que é natural se escreve na veja, mas na maneira de falar. Admirei a calma do C.Gomes em aguentar as besteiras com toda a calma.

      Alias eu fico me preguntando em qual espelunca a veja vai achar seus “jornalistas”…

      1. Lionel, esse vídeo aí é
        Lionel, esse vídeo aí é apenas uma pequena edição. Vc pode ver o massacre na íntegra buscando no youtube. É de dar pena…   

    3. Eu gosto do Ciro Gomes uma

      Eu gosto do Ciro Gomes uma pena ele se deixar levar pelo Lulismo.

      Tanto Ciro como Constantino tem razão nas suas assertivas, Ciro é mais pragmático e pq não dizer conservador, não tem como mudar o país pela sua retórica,já Constantino pede reformas do estado para que o país ganhe em produtividade.

      Claro que Ciro tem um poder retórico muito maior que Constantino, ele é politico afinal. Ele se impôe não deixa o adversário contrapor é raposa velha contra um economista.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=Q2A3c78C-kM%5D

       

      1. Muito Obrigado!

        É importantíssimo ver um cara de extrema direita como você reconhecer e escrever o que nós todos da esquerda já sabíamos: o Rodrigo Constantino é um incompetente que não se sustenta!

  1. considerando apenas despesas com trabalhadores…

    a não ser que seja possível o fim da estabilidade, o que permitirtirá a demissão de todos dos níveis inferiores

    1. Se também demitir os

      Se também demitir os servidores significa cabalmente o abandono da política pública em questão. Se retira o Ministério da Promoção Social e demite seu corpo técnico significa que o governo optou por acabar com as política sociais. Não adianta dizer que o Ministério da Economia vai cuidar também dessa pauta. Sem capacidade técnica, com menos pessoal e preocupado com as prioridades da própria pasta.

      1. concordo, Jaime Balbino…

        o que coloquei foi no sentido de que é assim que eles escondem a intenção principal……………..

        muitos dos eleitores deles ainda acreditam que é demitindo que se resolve

         

        foi assim também com FHC, que queria apenas diminuir despesas para vender fácil, ou destruir projetos, e boa parte dos funcionários acreditarvam que era para melhorar empresas e ministérios

  2.  
    Pensando de forma isolada,

     

    Pensando de forma isolada, cortar gastos nunca dá resultado. O mandatário tem que pensar em economizar em todas as frentes. O que não dá é ter 40 ministérios e ter sucesso no choque de gestão!!

  3. Diminuir sem somar

    Demitir não é solução porque há deficit de funcionários. Redistribuir na máquina talvez fosse o mais sensato.  Mas dentro dos ministérios teriamos que ter secretarias ou superintendências que absorvessem os programas e projetos dos incorporados.  Ou seja seria trocar seis por meia dúzia. 

    Mas o importante é  analisar o que esses que vituperam contra o núimero de ministérios, fizeram em seus estados.

    Se a resposta fosse buscada, todos ficariam com cara de tacho ou, no caso do Aócio com cara de borracho.

  4. Rodrigo Constantino

    Rodrigo Constantino deve figurar entre os “conselheiros”, “consultores” ou que tais do candidato Aécio Neves. Muito oportuna a lembrança do vídeo em que ele é demolido pelo político Ciro Gomes. Dizer que vai extinguir ministério e apresentar isso como a invenção da roda é coisa típica de quem acredita na revista Veja como baluarte do pensamento político, social e filosófico de nosso país. Só não consigo entender como Aécio Neves insiste em tentar ganhar a eleição com esse discurso para agradar leitor da Veja.

  5. choque de gestão

    Magistral discurso esse de choque de gestão. Muito bom. Como se, num toque de mágica,  colocasse o Brasil no rol daquelas que segue bem o mantra e as cartilhas cosmopolitas.

    Gloria ao choque! Afundem esse nacional desenvolvimentismo, que remete o país ao arcaismo da defesa dos interesses nacionais. Afinal, com a globalizacao, as fronteiras cairam, nao? Logo, precisamos mostrar para os estrangeiros primeiromundistas (é o que importa) que somos eficientes.

    Viva o mercado, olas ao libera geral. Um salve para as rating agencies, para os  bankeiros  de Wall Street, da City e de Marunouchi.

    Afinal, o que importa é o futuro do preterito e o regresso promissor.

  6. Vai economizar quanto?

    De quanto seria a economia? Aécio não diz. Quanto custa um ministério? De onde Aécio Neves irá tirar economia para poupar 1 bilhão de reais do orçamento do país? Ciro Gomes diz que se a economia não for desse calibre, não adiante de nada extinguir ministério. A verdade é que há ministérios que têm ministro e ponto. Nada mais. Zero quadro de funcionários, zero veículos, zero projetos em fase de implementação, zero tudo. Um mero ministro não representa despesa de ordem considerável. É bobagem propor extinção de ministério sem efetivamente falar em números. Aécio não diz que nem todo ministério tem o porte, por exemplo, do Ministério da Saúde. Mas o simples fato de a pasta existir, mesmo não tendo a carga da pasta da saúde, tem um peso simbólico. Pode acenar para a implementação de estrutura em áreas importantes do país. Será que o desmonte desse horizonte vai compensar a economia? Quem sabe? Ninguém. Aécio não fala em números. Isso seria pedir demais para um candidato a presidente da república.

  7. Agora sim uma crítica

    Agora sim uma crítica política inteligente. Se a eleição fosse debatida nesse nível, seria até interessante de acompanhar.

    É dizer então que se o Aécio fosse eleito presidente do McDonalds, demitiria os gerentes das lojas, e iria ele mesmo acompanhar uma a uma, para cortar custos e promover um choque de gestão. Com a diferença que o McDonalds pode demitir à vontade, e o estado não.

    Resta entender porque a corporação que mais entende de corte de custos no mundo ainda não teve essa idéia de administração.

  8. Não é só financeiro

    Concordo que a economia gerada pelo corte de alguns ministérios é provavelmente limitada, sendo restrita ao próprio ministro e eventuais cargos de confiança, assessores ou outros, que não são concursados.

    Porém duvido que em qualquer lugar do mundo seja possível gerenciar de forma direta quase 40 ministérios, e no Brasil não é diferente. O déficit de atenção que o autor menciona não se resolve com a criação de um ministério específico. Basta saber que boa parte dos ministros da atual administração nunca despacharam com a presidente. Qual é o interesse em ter um ministério específico se a atenção dada a ele é tão pouca que sequer consegue marcar uma audiência? É bem provável que mantendo-se como secretaria debaixo de um ministro competente, a pasta consiga resultados melhores sem o desgaste de ter um ministério tão inchado.

    Para mi, o princicipal motivo dessa explosão de ministérios é muito mais uma questão de acomodação dos aliados políticos do que qualquer outra razão. De um ponto de vista puramente gerencial é muito ruim…

    1. E não é só isso.
      Não nos esqueçamos que essa de ajudar aliados (que trazem os seus) recebendo salários, simplesmente por que é assim que funciona, é uma das coisas que, por suposto, gostaríamos de ver acabar; caso contrário, eu aceito uma boquinha.

    2. Sim, mas a economia onde

      Sim, mas a economia onde estaria?

      Que haja uma melhoria gerencial quando um(a) presidente tenha menos subordinados diretos é inquestionável (os manuais de administração mostram que numa empresa o ideal é 8 subordinados diretos, sendo um pouco maior para o chefe máximo) , mas que isso represente  uma redução substancial de gastos é  questionável.  Pela experiência com governos tucanos, posso dizer que quando eles falem em reduzir gasto público tem apenas duas coisas em mente: abolir programas sociais e congelar indefinidamente salários do funconalismo.

  9. O equívoco do corte

    De fato,   apenas o “cortar ministérios” não nos diz muita coisa. Ou melhor, como disse o Ciro Gomes com outras palavras,   trata-se de um truísmo que soa bem aos ouvidos dos desavisados, mas que não ataca o cerne da questão.

    Lado outro ,  meus caros, a questão dos cargos comissionados – de confiança –  em conjunto com as diversas modalidades de nepotismo, isso sim, precisa ser resolvido no  Estado Brasileiro em todas as esferas do poder. E não estou aqui fazendo campanha política para qualquer partido, notem bem isso ok meus caros!

    Apenas para citar um exemplo recente, vejam o caso do quinto constitucional com a indicaçao da filha do ministro fux, conforme publicado aqui no blog. É certo que não se trata de um cargo comissionado; porém, nesse aspecto,  pior ainda, visa a vitaliciedade. 

    Evidentemente, não se trata de acabar com o quinto ou com os cargos comissionados ou mesmo com os ministérios. . A questão é   mais complexa demandando um tratamento mais profundo e adequado. 

    Em suma, o cortar por cortar soa mais como truísmo mesmo  , motivo pelo qual, também por issom  não merece um voto de confiança.

     

  10. Só para dar o exemplo já

    Só para dar o exemplo já seria o suficiente para justificar.

    40 ministéros é para dar teta. Quantos CCs tem o governo federal mesmo?

     

      1. Gastar 1,7 bilhões em um

        Gastar 1,7 bilhões em um porto, outros 330 milhões na reforma de aeroportos tudo em Cuba é cuidar do dinheiro público.

        Entendi.

  11. O número de ministérios não

    O número de ministérios não diz tanto quanto os discursos políticos nos fazem crer. Olhando o boletim de junho que o MPOG disponibiliza: o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, (aquele do  Bolsa Família) tem apenas 985 funcionários, e nem é o menor, o Ministério dos Esportes tem apenas 471, já Saúde e Educação são gigantes, 100 mil e 253 mil respectivamente.

    E vejam que o candidato nem fala em reduzir substancialmente o número de cargos comissionados, o que implicaria em mais concursos públicos para preencher vagas e uma nova estrutura para a hierarquia dos órgãos que não seja com cargos de livre provimento. Ao invés disso ele fala em uma “escolha técnica” dos nomeados. O que não muda muita coisa. O meu apadrinhado é sempre um “nome técnico”, o do adversário é que é um “aspone mamando na teta do governo”.

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