Ex-líder da Ku Klux Klan diz que Bolsonaro prepara “uma revolução pró-brancos”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Imagem produzida pelo Blog do Esmael Morais
 
Jornal GGN – O ex-líder da Fu Klux Klan Davis Duke usou seu programa de rádio, no dia 9 de outubro, para elogiar Jair Bolsonaro. Segundo relatos do Estadão desta terça (16), o supremacista disse aos ouvintes que Bolsonaro “soa como nós” e celebrou, no site da rádio, “preparação de uma revolução pró-brancos” pelo presidenciável, no Brasil. 
 
A KKK é uma “organização que defende a supremacia dos brancos sobre os negros e organizou linchamentos e outros atos criminosos no sul dos Estados Unidos.”
 
No comentário, Duke disse que movimentos nacionalistas têm se espalhado pelo mundo “até em países que você nunca pensou”. 
 
Ao falar especificamente de Bolsonaro, ele emendou: “Ele é um descendente europeu. Ele se parece com qualquer homem branco na América, em Portugal, Espanha ou Alemanha e França ou Reino Unido. Ele está falando sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro. Ele soa como nós. Ele também é um candidato muito forte. É um nacionalista.”
 
OUTRO LADO
 
Nas redes sociais, Bolsonaro tentou contornar a situação. “Recuso qualquer tipo de apoio proveniente de grupos supremacistas”, escreveu.
 
Ele aproveitou para até este episódio para atacar o PT. “Sugiro que, por coerência, apoiem o meu adversário o candidato da parte esquerda, que adora Segregar a sociedade! Esta é uma ofensa com as pessoas brasileiras, as mais belas e mistas da raça do mundo.”
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. candidato medíocre

    tão safado e medíocre que não tem coragem de aceitar, publicamente,  que faz parte da irmandade…e a acusação ao Pt é  são palavras soltas ao leo e por mais que se esforce é impossível chegar a um raciocínio lógico…

  2. O canalha afirmou em

    O canalha afirmou em entrevista que havia educado seus filhos para não correr o risco desse apaixonarem  e se casarem com negras. Está gravado!

     

  3. Os bostas podem sempre ser

    Os bostas podem sempre ser encontrados na mesma cloaca. Essas afinidades não são eletivas. Elas são intestinais. Os deuses do Bozo e do amigo KKK dele são os mesmos: Stercorius, Crepitus e Cloacina

  4. Impacto ZERO na campanha… o fascismo não é segredinho!

    Todo dia vem um espertão mostrar que Bolsonaro é fascista… esperando que os eleitores se importem com isso…

    Os eleitores embarcaram tanto na onda do Bolsonaro que é praticamente impossível voltarem atrás…

    Ninguém quer admitir que foi feito de idiota… então os negros, pobres e gays ficam inventando desculpas para eles mesmos… vão votar em Bolsonaro mesmo se ele aparecer estuprando o Papa. 

    1. #

      Tem muitos negros que não acreditam que o Bolsonazi é racista. Talvez esse “apoio” da KKK os faça acreditar e mudar o voto.

      Como disse o Boulos recentemente: “Não devemos acreditar que todos os eleitores do Bolsonaro são fascistas.”

      Na verdade há muita ignorância. Pessoas que se informam através de suas redes sociais.

      Muitos sequer sabem o que é a KKK.

       

  5. E que bobagem é essa de

    E que bobagem é essa de “Bolsonaro é um nacionalista”? Nacionalista que quer que nosso país seja um penduricalho do dólar? Que quer abrir mão de ser um importante membro dos BRICS para tornar o próprio país em mais um dos dependentes do FMI? Que quer que forças armadas estrangeiras tenham bases militares no próprio país? E o pior: que restrinjam o trânsito de nossos próprios cidadãos nessas bases?

    Bolsonaro é um vendilhão, isso sim… ou então o estúpido Ku-Klux-Klan tá falando que Bolsonaro é nacionalista, sim, mas  da nação “EUA”, não do próprio país. Como se, para nós, os interesses dos EUA fossem mais importantes do que os nossos próprios…

     

  6. O que eles chamam de

    O que eles chamam de nacionalismo é na verdade racismo, xenofobia, intolerância religiosa e outros preconceitos.

    Ku Klux Klan = Branco, Anglo-Saxão e Protestante (batistas)

    Mas é impressionante como o protestantismo sempre está do lado errado da história, não? Alem da Ku Klux Klan

    Apoio de igrejas evangelicas brasileiras ao candidato da extrema direita, sabidamente racista

    Papel fundamental no apartheid sul-africano com o calvinismo da Igreja Reformada Holandesa (presbiterianos)

    https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/542/1/Doutoramento%20Luis%20CB.pdf

    Inspiração e apoio ao nazismo  – igreja luterana e outras (batista)

    http://www.ihu.unisinos.br/noticias/528647-luteranos-o-mea-culpa-sobre-hitler-entrevista-com-stephan-linck

  7. Um rapaz crente que eu
    Um rapaz crente que eu conheço veio com esse papo: o PT segrega a sociedade e vai governar para grupos! Argumentei que não é verdade, em 500 anos de Brasil, os governos do PT, foram os únicos que fizeram algo pela inclusão dos mais pobres e nunca os empresários ganharam tanto dinheiro. Ele ouviu e não teve argumento contrário. Mas não teve jeito, meia hora depois ele estava repetindo a mesma ladainha em outra rodinha de conversa. Não tem jeito, essa gente foi adestrada a repetir as mesmas frases, não tem espírito crítico. Todo dia eu tento, mas chega uma hora que cansa…

  8. David Duke

    Esse David Duke estava em evidência quando eu estudava nos EUA. Em 1991 ele foi para o segundo turno da eleição para governador do estado de Louisiana, concorrendo contra um corrupto notório, Edwin Edwards. Durante a campanha, Duke tentou fazer-se passar por um político civilizado, até que se deu mal num debate quando foi inquirido por um jornalista negro e se recusou a pedir desculpas por declarações que havia feito contra negros e judeus. Isso causou um movimento maciço de eleitores negros (lá o voto é facultativo) com os slogans “Vote for the crook: it is important” (“Vote no corrupto: é importante”) e “Vote for the Lizard, not the Wizard” (em que se comparava Edwards como uma lagartixa viscosa e escorregadia, e Duke como um Bruxo, um dos degraus da hierarquia da KKK). O resultado é que o corrupto ganhou com quase o dobro dos votos do racista.

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