Haddad tem 39% contra 44% de Bolsonaro, em nova pesquisa CUT/VoxPopuli

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Rede Brasil Atual
 
Nova pesquisa CUT/Vox Populi confirma aproximação do candidato Fernando Haddad (PT) em relação ao candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL). O levantamento sobre o segundo turno da eleição presidencial traz Haddad com 39%, apenas 5 pontos atrás do ex-militar, que aparece com 44%. 
 
Considerada a margem de erro, 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, a diferença entre os dois pode chegar a menos de 1 ponto percentual.
 
A pesquisa tem 12% dos entrevistados pensando em votar em branco ou nulo e outros 5% que não souberam responder. Descartado esse contingente e considerados apenas os votos válidos, Bolsonaro teria 53% das intenções de voto e Haddad 47%.
 
As entrevistas foram realizadas nos dias 22 e 23, segunda e terça-feira, depois da denúncia de uso de dinheiro empresarial de caixa 2 para financiar disparo de fake news em massa para atacar Haddad e beneficiar Bolsonaro. E após divulgação de vídeo pelo ex-capitão dizendo que vai prender ou exilar os opositores. 
 
Votos a virar
A três dias da eleição, a sondagem traz um crescimento dos que responderam já estar decididos a votar em Fernando Haddad, de 90% para 94%. Entre os que dizem votar em branco ou nulo, o índice de decisão subiu de 76% para 83% em relação ao levantamento feito uma semana antes, nos dias 16 e 17. Esse segmento do eleitorado ainda tem 17% de entrevistados que consideram a possibilidade de mudar de opinião nos próximos dias.
 
A decisão de voto em Bolsonaro está estável na casa de 93%. Outros 7% dos eleitores do candidato admitem que ainda podem mudar de ideia.
 
No cenário espontâneo, em que o entrevistador não apresenta um nome ao eleitor pesquisado, 43% respondem Bolsonaro, 37% Haddad. Outros 13% dizem que não pretendem votar em nenhum deles, e mais 7% não sabem. 
 
A taxa de rejeição de Fernando Haddad ficou estável em 41% e a de Bolsonaro oscilou de 38% para 40%. O maior percentual de rejeição contra Bolsonaro foi registrado no Nordeste (59%). Já os eleitores do Sudeste e do Sul rejeitam mais Haddad (48%).
 
Estratificação
No cenário estimulado, o Nordeste, região onde o candidato petista apresentou os maiores percentuais de intenção de voto durante toda a corrida presidencial, aumentou o número de eleitores que pretendem votar em Haddad: de 57% para 60%.
 
Os percentuais de intenção de voto em Haddad também oscilaram entre os homens (de 35% para 37%), enquanto o eleitorado masculino de Bolsonaro caiu de 53% para 49%. Entre os públicos jovem e adulto, as intenções de voto pouco mudaram em uma semana, mas entre os chamado “maduros”, a variação de Haddad foi de 37% para 41% a de Bolsonaro caiu de 48% para 43%.
 
Curiosamente, o ex-militar cresceu 3 pontos entre as eleitoras – segmento social mais desprezado pela conduta do político em sua trajetória de 28 anos como deputado –, de 36% para 39%, enquanto o petista oscilou de 42% para 40%. Entre as mulheres está também a maior taxa (21%) dos que respondem nenhum ou não saber.
 
A variação positiva de Fernando Haddad foi de 45% para 50% entre os entrevistados com renda até dois salários mínimos, enquanto Bolsonaro cresceu mais entre os mais ricos de 52% para 59%. 
 
Metologia
A pesquisa CUT/Vox Populi realizou 2.000 entrevistas pessoais e domiciliares com eleitores de 16 anos ou mais, residentes em 121 municípios, em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o intervalo de confiança é de 95%.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. número da pesquisa

    Por favor…

    Toda matéria com pesquisa colocar o número da mesma registrada no TSE para verificação de universo abordado…

    Grato!!

  2. Como a besta está caindo e
    Como a besta está caindo e Haddad subindo, acredito que a onda Haddad vai dá para virar. O ápice da onda deve chegar no Domingo.

    Depois do corte de mais de 140 mil contas e perfis fakes da besta, reduziu muito o poder de fogo das mentiras divulgadas por sua equipe. Eu por exemplo, nesta semana não recebi nenhum. Nas semanas anteriores era direto. Enchiam o saco com kit gay

    Estou vendo muitos votos sendo virados para o segundo turno. Conheço alguns evangélicos que vão mudar o voto.

    Vamos ver, estou confiante na vitória.
    Não sei como ver ou medir, são coisas abstratas, mas tem um cheirinho de virada no ar.

    Bora povão !

    1. Confia, mas arregaça as

      Confia, mas arregaça as manguinhas e sai a luta. Cada um que a gente consegue esclarecer, ao invés de menosprezar, conta muito. Haddad com a faixa presidencial depois de a gente chegar na beira do abismo tem que nos fazer preparados pra construir todos os dias a democracia, com muito trabalho e constancia. 

  3. Não sei, mas tenho a

    Não sei, mas tenho a impressão de que Dilma foi eleita e foi derrubada. E que Lula deveria ter concorrido e, ilegalmente, foi impedido de concorrer. Nessa situação, Haddad irá fazer o quê? Esperar ser a próxima bola da vez, é claro. Deveríamos ter uma perspectiva mais realista do cenário político e ao menos especular (para dizer o mínimo) o que virá pela frente. Mas isso significaria tirar todos do transe eleitoral, e isso ninguém quer. Segue o golpe e seguimos para o período de trevas, com quase nenhuma reação, a maior vergonha histórica. Se ficarmos fingindo que coisas que aconteceram não aconteceram, não vamos sair do lugar.

  4. Sim tem muitos com a dúvida
    Que o tal Já ir (e pra evitar robô,kkk)
    vai ganhar a eleição, e muitos percebendo seu erro, a postura de Haddad atual que ergueu o tom do discurso foi primordial, É vira virou

  5. O blackmoutain disse que o
    O blackmoutain disse que o coiso já ganhou…..,.

    Tem algo muito errado com essas pesquisas, cada uma acena com um cenário oposto a outra…………

    Mais confundem do que esclarecem……

  6. A vc, brasileiro (como eu), que pensa votar no Bolsonaro:

    Tá bom, vc vai votar nele porque:

    Vc sabe que ele tem uma imensa história de realizações…

    Vc sabe que ele é ponderado, preparado, nem precisa de gurus…

    Vc sabe que ele nunca viveu de dinheiro público desde sempre, como militar e deputado.

    Vc sabe que ele é um militar de carreira interrompida por mérito…

    Vc sabe que o emprego público dele lhe custa, por dentro, cerca de R$ 2 milhões por ano (mais os 3 filhos…).

    Vc sabe que ele historicamente pertence ao PP (Progressista), o partido mais honesto do Brasil.

    Vc sabe que, como ele mesmo diz, ele não apoia tortura, ditadura, violência, nem empurra mulheres.

    Vc sabe que, como ele mesmo diz, ele não é homofóbico, misógino, preconceituoso reconhecido pela KKK.

    Vc sabe que até uma mundialmente famosa política de direita, Marie le Pen o acha “agradável”.

    Vc sabe que vc não é fanático por mitos e salvadores da pátria que sequer fizeram algo.

    Vc sabe que ídolos são construídos pelo que fizeram, não pelo que falam. Ou como falam.

    Vc sabe que não está sendo manipulado pelas redes, tal como no Brexit e Trump.

    Vc sabe muito bem afinal, quem é Steve Bannon e Cambridge Analytica.

    E eu sei que vc não é de idolatrar personalidades (heil!?), a menos que por suas realizações.

     

    Por favor, acredite:

    Não é porque eu não voto em Bolsonaro que eu sou um petralha.

    Não precisa me mandar pra Cuba, Venezuela ou Coréia do Norte, ou o Trump pra lá ou pra Arábia Saudita.

    Trabalhei décadas em multinacionais aqui e em suas sedes e jamais fui comunista.

    Eu apenas leio outras mídias não contaminadas por nossas brasileiras emoções, como: The New York Times, The Guardian, The Economist, El País, Le Monde, Deutsche Welle e dezenas de outros pelo mundo.

    TODOS eles enxergam a ameaça a ser traduzida por seu voto emocionado.

    Eu uso Whatsapp apenas para falar com os meus, Facebook para encontrar e saber dos amigos.

    Não para me intoxicar ou passar o baseado adiante, se é que me entende.

    Como eu, amigo/amiga brasileiro(a), amo muito o Brasil, a democracia e o futuro de toda a nossa gente.

    Apesar disso tudo, eu não estou pretendendo mudar o seu voto.

    Apenas entendê-lo.

    Sei que vc vai usar a razão e não a emoção.

    Sei que vc sabe que voto não é grito de torcida.

     

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