Pacto entre Aécio e Campos não parece tão certo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O acordo pré-eleitoral que foi fechado há alguns dias pelos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) apresenta problemas em quatro dos 14 Estados governados pelos dois partidos, e em outros três a situação parece incerta. Ambos fecharam um pacto de não agressão para a pré-campanha e combinaram de direcionar sua artilharia contra o PT e a presidente Dilma Rousseff.
 
Matéria publicada no jornal Folha de São Paulo neste domingo (08) mostra que, dos 14 Estados sob o comando de socialistas e tucanos, os problemas mais expressivos quanto à reprodução do pacto estão concentrados no Amapá, no Ceará e no Espírito Santo, uma vez que os governadores desses estados – Camilo Capiberibe, Cid Gomes e Renato Casagrande – já deram declarações questionando a conveniência da candidatura de Campos, enquanto tentam ficar próximos da presidência. Em Goiás, o tucano Marconi Perillo deve disputar a reeleição contra o empresário Vanderlan Cardoso, recém-filiado ao PSB. 
 
Os Estados de acordo incerto são Minas Gerais e Tocantins, ambos governados pelo PSDB, e Paraíba, sob o PSB. No caso de Minas, a reportagem afirma que a questão envolve a falta de nomes – dispostos ou viáveis – entre as duas siglas para a disputa à sucessão de Antônio Anastasia. A opção considerada mais natural seria o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), que foi eleito com apoio de Aécio, mas diz não querer. Segundo o texto, a única coisa comum é impedir a eleição do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT).
 
No caso do Tocantins, o governador Siqueira Campos ocupa o cargo pela quarta vez e possui condições de reeleição, mas não sinalizou se vai realmente disputar o cargo, enquanto o PSB não possui sequer um deputado eleito, enquanto a situação da Paraíba depende da Justiça, uma vez que Cássio Cunha Lima (PSDB) precisa de um posicionamento quanto ao uso da Lei da Ficha Limpa. Caso possa disputar o pleito, terá como rival o governador Ricardo Coutinho (PSB). Se não puder, o periódico considera a chance de aliança razoável.
 
A Folha de São Paulo também aponta um outro ponto para a aliança: o peso dos dois partidos, nacionalmente falando, uma vez que o PSB possui dois governadores a menos em relação ao PSDB (oito a seis), e administra Estados menos representativos entre os 14 que integram tal escopo.
 
Com informações da Folha de S.Paulo
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Pacto à direita

    Na realidade os dois irão brigar pelo apoio da direita. Até o Estadão acha isto…

     

    Para viabilizar nome, Campos vai à direita

     

    Governador de PE fecha acordo com os Bornhausen e flerta com DEM; segundo professor, estratégia não é suficiente para torná-lo competitivo

     

    08 de setembro de 2013 | 2h 06  JOÃO DOMINGOS / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

    Ao contrário do que aconteceu com o então candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva – que em 2002 se aliou à centro-direita, superou obstáculos e venceu a eleição para a Presidência da República -, só a aliança com esse setor não será suficiente para dar competitividade, na corrida presidencial, ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

     

    A avaliação é do cientista político Fábio Wanderley Reis. “A centro-direita está se aproximando de Campos porque não tem outra perspectiva. Se tivesse, não o apoiaria”, disse Reis. “E ainda é uma incógnita a quantidade de votos que poderá transferir para ele.”

    No mês passado, o deputado Paulo Bornhausen (SC), ex-DEM e ex-PSD, filho do ex-senador Jorge Bornhausen, histórico adversário dos petistas, filiou-se ao PSB e passou a presidir o diretório estadual do partido. Campos abonou a ficha de filiação do parlamentar.

    Legenda insignificante até então em Santa Catarina, o PSB espera eleger cinco deputados nas próximas eleições, todos aliados dos Bornhausen, além de dar um reforço expressivo a Eduardo Campos.

    DEM. O movimento do DEM na direção de Campos aumentou depois das manifestações de rua de junho. Com elas, a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou 27 pontos porcentuais em três semanas. A queda levou o PT a avaliar que Dilma não mais conseguirá vencer a eleição no primeiro turno e animou a oposição.

    Nessa movimentação, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), anunciou que trabalharia para levar o partido a se aliar a Campos. Na quarta-feira, o parlamentar disse que não aguardaria uma posição de seu partido. Anunciou ter tomado a decisão de apoiar a candidatura do governador de Pernambuco. E afirmou que faria um trabalho de formiguinha dentro do partido para conseguir mais adesões ao candidato do PSB.

    Adversário histórico de Campos, o ex-governador pernambucano Mendonça Filho (DEM) afirmou que são grandes as possibilidades de seu partido marchar com o presidente do PSB. “O Eduardo Campos está do lado do governo do PT. Mas se ele se candidatar, tomará uma postura de oposição. Não vejo nenhuma dificuldade em trabalhar com ele.”

    Para Fábio Wanderley Reis, a adesão da centro-direita não garante sucesso para Campos porque a diferença entre ele e Lula é muito grande. “Quando Lula se aliou à centro-direita para conseguir o vice José Alencar (então do PL, hoje PR), já era um candidato conhecido, que tinha disputado três eleições. Campos, pelo contrário, é pouco conhecido”, disse. Reis afirmou ainda que não se pode nem dizer que a situação do governador de Pernambuco é tranquila no Nordeste, região ainda dominada pela dupla Lula-Dilma.

    Com ajuda ou não, Eduardo Campos tem se movimentado no Sul e no Sudeste depois que a onda de protestos passou. Há uma semana ele esteve no Rio Grande do Sul para encontros políticos e levou sua mensagem a outro partido de centro-direita, o PP, que hoje participa da base da presidente Dilma Rousseff. “O Eduardo Campos tem um discurso moderno, que agrada a todos. Mas as conversações ainda estão no início”, disse a senadora Ana Amélia, a maior liderança do PP no Estado.

    Enquanto tenta se aproximar dos partidos habitualmente caracterizados como de centro-direita, Campos sofre cobrança dentro de seu próprio partido. O PSB de São Paulo, por exemplo, quer que ele declare até o fim deste mês que é candidato. Isso levaria o PSB a entregar todos os cargos que tem no governo federal.

     

    1. De fato o estadinho quis

      De fato o estadinho quis dizer que o Dudu pernambucano tem que ir para a extrema-direita para recuperar votos do finado psdb.

      Que perspectiva prazerosa!

      1. E o Aécinho?

        Lionel,

        E ao Aécinho, para onde restará ir? Refundar o Prona? Voltar para o governo de Minas ou para prefeitura de BH, como o Serra? Vereador em São João del-Rei?

  2. Adeus, Campos.  Foi bom

    Adeus, Campos.  Foi bom enquanto durou.  Mas sua chance acaba aqui pois ate mesmo a noticia em si de “acordo” com Aecio mata suas futuras chances.

    Da proxima vez, na proxima reincarnacao, tente uma agenda nacional pra variar…

  3. Um sujeito capaz de escrever

    Um sujeito capaz de escrever certas imbecilidades monumentais, não tem condições de nada,

    ==========

    PT, crise e futuro

    Fábio Wanderley Reis é cientista político e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. Escreve às segundas-feiras

     

    O PT representa uma experiência singular (e positiva) na história partidária brasileira por reunir duas características. De um lado, as origens autenticamente populares de algumas de suas lideranças mais importantes, com destaque para Lula, bem como a orientação mais marcadamente ideológica que o partido teve desde o nascimento, desdobrando-se num compromisso social e na pretensão de aderir com vigor a princípios éticos.

     

     

    http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=2132

     

  4. PSB tá virando um monstro

    O PSB está virando um monstro

    O Arraes está se revirando no túmulo

    Eu na minha inocência ainda espero que isso tudo não passe de um jogo político, e que no final tudo será esclarecido com o Eduardo Campos não tendo sido comprado vergonhosamente pela direita

    É esperar pra ver

    Até lá temos que aguentar essa novela 

    Haja paciência!

    Att

  5. Não me engano com o PSB

    O coroné Dudu entregou o PSB/SC nas mãos dos bornhausen desde 2011. É bom que ele saia candidato, e depois de perder a eleição pra Dilma, seja isolado pelos próprios companheiros que não o apóiam nesta aventura.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador