PSB soube da transação irregular de avião 2 dias após morte de Campos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (16) aponta que o PSB de Marina Silva soube da transação irregular do avião que levava Eduardo Campos e mais seis pessoas apenas dois dias após o acidente fatal no litoral paulista, em 13 de agosto. O partido havia informado à imprensa, em comunicado oficial, que ficou “alheio” à negociação de compra do equipamento, que atravessa um imbróglio que pode prejudicar a prestação de contas do PSB ao Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o periódico, dois dias depois da queda do jato Cessna, dirigentes pessebistas foram chamados a uma reunião num hotel de São Paulo com Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Luiz Piauhylino. Na ocasião, os empresários explicaram que a legenda teria problemas para declarar as despesas com a aeronave ao TSE. O motivo explicado era a “transação irregular”, segundo afirmou ao jornal um dos participantes da reunião.

Os empresários teriam detalhado a dirigentes do PSB que estavam pagando parcelas do jato comprado da AF Andrade, “mas que a transferência da propriedade não estava concretizada porque a Cessna Finance não tinha aprovado as garantias oferecidas por Lyra e Apolo. Com isso, afirmaram, não seria uma tarefa fácil resolver as pendências relacionadas à regularização da aeronave, e o partido deveria se preparar para enfrentar questionamentos sobre a legalidade do uso do avião e da operação de compra”, informa O Globo.

Duas semanas após o encontro, o PSB sustentou que não tinha conhecimento dos detalhes da compra. O candidato a vice-presidente ao lado de Marina Silva, Beto Albuquerque, chegou a dizer que a sigla não deve satisfações sobre a transação irregular. Segundo ele, quando você pega carona em um táxi, você não pergunta ao motorista se os documentos estão todos em dia.

Ainda de acordo com a reportagem, Eduardo Campos passou a ser cobrado pelo contrato de aluguel ou empréstimo da aeronave quando o uso dela foi intensificado, já durante a campanha oficial. Há relatos de uso do jato em maio, na pré-campaha. “Está tudo bem”, “está tudo sob controle”, “fiquem tranquilos”, respondia sempre que abordado sobre o tema, segundo relato de dirigentes do partido ao O Globo.

Após mais de um mês da tragédia que matou o presidenciável, o PSB ainda não conseguiu resolver a questão. A aeronave não foi declarada na segunda prestação parcial de contas de Eduardo Campos enviada à Justiça Eleitoral no dia 3, nem na do comitê financeiro da campanha presidencial. Marina disse que se tratava de “um empréstimo que seria ressarcido pelo comitê financeiro”. Não ocorreu até agora.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

19 Comentários

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  1. rsrsrsrsrsr

    Quer dizer que os amigos de Campos enganaram a ele e à campanha?

    Tão inocentes

    O candidato a vice-presidente ao lado de Marina Silva, Beto Albuquerque, chegou a dizer que a sigla não deve satisfações sobre a transação irregular. Segundo ele, quando você pega carona em um táxi, você não pergunta ao motorista se os documentos estão todos em dia.

    E tão mentirosos

    Carlos Lyra, Apolo Santana e Luiz Piauhylino são donos de empresa de Táxi Aéreo?

    Conta outra

    Demoram, dão uma informação, depois outra e mais outra, na tentativa de enganar

    Isso é crime eleitoral

    Alô justiça eleitoral…

  2. deixa eu ver se entendi:

    “Beto Albuquerque, chegou a dizer que a sigla não deve satisfações sobre a transação irregular. Segundo ele, quando você pega carona em um táxi, você não pergunta ao motorista se os documentos estão todos em dia.”

     

  3. Pronto, vão botar toda a

    Pronto, vão botar toda a culpa no morto. Putz, e ainda ontem o Eduardo Campos era santificado e sua “viúva” Marina alçada a condição de profetiza da nossa salvação moral.

    Interessante será o que o irmão e a família teriam a dizer sobre isso. Ou seguirão a sugestão dos “marineiros” e “neomarineiros” de engolir em seco e ficar calado para um “bem maior”?

    1. “Pronto, vão botar toda a

      “Pronto, vão botar toda a culpa no morto”:

      Nao ha como fazer isso, Juliano, mesmo que o aviao tenha sido dado de presente a Campos e que ele tenha participado da compra.  A razao eh simples:  quem lidou com o partido desde o comeco foram os laranjas que eram donos legais do aviao.

  4. “dois dias depois da queda do

    “dois dias depois da queda do jato Cessna, dirigentes pessebistas foram chamados a uma reunião num hotel de São Paulo com Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Luiz Piauhylino. Na ocasião, os empresários explicaram que a legenda teria problemas para declarar as despesas com a aeronave ao TSE. O motivo explicado era a “transação irregular”, segundo afirmou ao jornal um dos participantes da reunião”:

    E falaram isso como…  como o que?  So ha uma resposta:  como donos do aviao que ja sabiam da documentacao falsa envolvida em sua compra e -muitissimo provavelmente- seu seguro tambem.

  5. A SE FOSSE DO PT

    E ainda tem alguns manés que dizem que a mídia não favorece PSB/PSDB. Imaginem se esta história ou a do aécioporto envolvesse alguém do PT.

    O escandalo da midiático que não seria??????

  6. Cinismo!

    Pegar (sic) carona em um taxi, é algo incomum, geralmente você solicita os serviços de um taxista para uma viagem de pequeno ou mpedio trajeto, paga o preço cobrado, e não tem que pedir ou dar explcação ao taxista e vice versa.

    Fazer deslocamentos envolvendo grandes extensões numa maratona de viagens que caracterza uma campanha eleitoral, utilizando um jatinho que custa milhões, é algo que não pode comparar-se, sob qualquer hipótese, ao uso de um taxi comum.

    E se souberam da situação irregular, mesmo que dois dias, após o acidente, não elide o crime eleitoral, posto que, tanto o candidato “santo” Eduardo, quanto a sua vice, a versão feminina, atual, de Moisés, vinham utilizando o tal jatinho há tempo suficiente para caracterizar um ilícito eleitoral.

    O mais é cinismo! 

  7. Só faltou dizer que foi uma

    Só faltou dizer que foi uma doação do coelhinho da Páscoa, já que ele só vai precisar do jato na páscoa do ano que vem.

  8. E daí? O que vai se suceder a

    E daí? O que vai se suceder a partir de agora? O TSE vai se pronunciar? O PGR irá solicitar uma resposta do PSB ou de Marina? Ah não! Como não havia documentos então pela Teoria do Domínio do Fato também não existia avião. Se não existia avião, então não houve acidente!

    Gente! O Eduardo campos não morreu! Deve ter sido abduzido junto com o Elvis!!

  9. Isso não é reportagem, mas,

    Isso não é reportagem, mas, texto plantado para tentar “salvaguardar” os vivos de sempre. Quer dizer que a direção do PSB é de idiotas, parvos e imbecis: viajam pra cima e pra baixo e a nenhum deles coube qualquer dúvida: está tudo bem, tudo sob controle, dizia o Eduardo? Como não existe polícia, nem ministério público, nem judiciário em nosso país, com certeza ainda culparão o Lula e a Dilma pelo avião “fantasma”. Bando é pouco, quadrilha.

  10. Janot! Janot!

    Janot! Esse caso do avião está criando artificialmente em mim um sentimento, uma sensação… e o senhor preocupado com a susceptibilidade do eleitor a uma dose mínima de politização da campanha, hein? Esse negócio do jato é só a ponta de um iceberg de crimes eleitorais e não-eleitorais. Cadê você, PGR?

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