Toffoli quer instituir teste público de segurança das urnas eletrônicas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Checagens ocorrerão no 2º semestre dos anos que antecedem a eleição e serão acompanhados pelo TSE, OAB e PF

Jornal GGN – O ministro Dias Toffoli do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer submeter ao Plenário da Corte uma minuta de resolução que dispõe sobre a realização obrigatória de testes públicos de segurança nas urnas eletrônicas. A matéria deve ser apreciada pelos ministros na sessão da próxima terça-feira (14).

Segundo informações do TSE, a intenção de Toffoli é institucionalizar a prática com a execução periódica dos testes públicos de segurança do sistema eletrônico de votação e apuração. Dessa forma, pretende-se reforçar a confiabilidade na captação e apuração dos votos e propiciar melhorias contínuas no processo eleitoral.

“Pela minuta, as checagens ocorrerão no segundo semestre dos anos que antecedem o pleito e serão acompanhados, além de técnicos do TSE, por representantes do Ministério Público, da OAB e da Polícia Federal”, publicou o Painel da Folha deste sábado (11).

Leia mais:

O TSE e a descoberta de programa de fraude nas urnas eletrônicas

O histórico de favorecimento e irregularidades nas licitações das urnas

A proposta de minuta foi elaborada de forma colaborativa por integrantes dos grupos de trabalho responsáveis pela inovação tecnológica das urnas eletrônicas e do grupo responsável pelo ecossistema da urna eletrônica, todos convocados pela Diretoria-Geral do Tribunal e sob a coordenação do Coordenador de Sistemas Eleitorais. Participaram ainda o Diretor-Geral do Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins, um colaborador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e um professor da Universidade de Brasília (UnB).

Outras medidas também estão sendo tomadas por Toffoli objetivando a padronização de ações que envolvem as eleições brasileiras. “A missão do TSE é garantir a legitimidade do processo eleitoral e o livre exercício do direito de votar e ser votado, a fim de fortalecer a democracia no País”, sustentou a assessoria.

Com informações do TSE

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

24 Comentários

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    1. o bolsa troll

      O defensor dos galináceos gordos emplumados tucanos não pode gozar de folga. Peça os direitos trabalhistas garantidos, por enquanto, pelo PT.

      Tá na lista do hsbc? Acho que não, muito bagrinho por lá estar, mas bastante bobo por defender quem nela está.

      Tá na lista da operação “zelote”? Acho que não, muito bagrinho por lá estar, mas bastante bobo por defender quem nela está.

    2. Oi Oneide
      Deve ter sido assim

      Oi Oneide

      Deve ter sido assim em SP:Digite Padilha e sai Alckmin.Afinal 99% dos municipio Alckmin, é fera não acha?!

      Saudações deste petralha

        1. As urnas poderão ser violadas por qualquer partido.

          O  problema da segurança das urnas realmente não tem partido, aquele que em dada situação possuir algum bom técnico com disposição de fraudar as eleições poderá fraudar.

          Acho que agora é um bom momento de discutir o assunto, pois me parece que salvo o TSE ninguém mais está satisfeito com as urninhas.

          O que poderia ser feito, por exemplo, é que cada urna tivesse uma saída qualquer que pudesse permitir o acoplamento a urna sem que esta detectasse o acoplamento, com isto os partidos ganhariam um número X de impressoras que podiam livremente no dia das eleições acoplar a locais que eles mesmos decidissem, terminada as eleições se verificaria os votos destas urnas, se estivesse tudo certo se alimentaria o sistema com as outras. para quem quisesse fraudar haveria o risco de cair numa destas verificações, aí se puniria o partido como um todo (alto risco).

  1. Diebold e o Programa WARSAW 1.3.1
    Nassif, Hoje fui utilizar a internet e percebi um problema grave em meu navegador. Estava terrivelmente lento, e por vezes tentava acessar uma página normal e nada (embora conseguisse em outros equipamentos e gadgets normalmente). Comecei a investigar o que se tratava para tentar resolver o problema. Pois bem, vi no status do chrome que ele tentava carregar um tal de módulo GBBD referente ao Bankine de minha instituição. Pesquisando na internet descobri que  TODOS os banklines do pais usam o tal módulo, e aqueles que não utilizavam passaram a utilizar em suas ultimas atualizações (caso do banco do brasil e itaú). Pois bem, desinstalei o dito cujo afim de restabelecer meu acesso. Não funcionou. Parti para a ignorância e decidi restaurar o sistema no ponto mais antigo possível. Qquando o windows me deu a lista de programas que a restauração prejudicaria o funcionamento, me deparei com um programa que não lembrava de ter instalado. O nome do dito cujo é Warsaw 1.3.1 e, ao que parece, trata-se de um hijack browser, isto é, de um sequestrador de navegador. E o pior, ele não sequestra apenas o acesso ao bankline, mas sim TODO e qualquer conteúdo que o usuário venha acessar.Tão logo desinstalei, a internet voltou a funcionar, porém… ledo engano. O diabo se instala denovo, e SOZINHO, sem que você faça nada pra ele retornar. (Estou, nesse momento investigando formas de expulsá-lo de uma vez por todas) Vejam esse comentário no forum linha defensiva (reproduzido também no forum da microsoft), ele explica melhor do que eu toda essa trama (no mínimo esquisita).  http://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/protect_other-protect_scanning/programa-warsaw-131/20d61069-89fb-4f6f-a8a4-ce7eb0cc02e6 http://www.linhadefensiva.org/forum/topic/160831-war-saw-131-e-redistributables-microsoft/ Mas porque que estou postando isso aqui? Bom, porque descobri também que a empresa que está por trás do programa é a GAS Tecnologia, uma subsidiária do Grupo Diebold, a responsável por nossa magnificas “maquininhas” de votar. Fontes:  

    1. Oi Erisson
      Também tive esse

      Oi Erisson

      Também tive esse problema, mandei formatar o PC. Não consigo nem a pau instalar o módulo de segurança do BB.Pesquisava no Google e ia para o Ninja do Yahoo.Lentidão total.

      Agora tá legal de novo.

      Saudações

       

  2. Diebold e o Programa WARSAW 1.3.1
    Nassif, Hoje fui utilizar a internet e percebi um problema grave em meu navegador. Estava terrivelmente lento, e por vezes tentava acessar uma página normal e nada (embora conseguisse em outros equipamentos e gadgets normalmente). Comecei a investigar o que se tratava para tentar resolver o problema. Pois bem, vi no status do chrome que ele tentava carregar um tal de módulo GBBD referente ao Bankine de minha instituição. Pesquisando na internet descobri que  TODOS os banklines do pais usam o tal módulo, e aqueles que não utilizavam passaram a utilizar em suas ultimas atualizações (caso do banco do brasil e itaú). Pois bem, desinstalei o dito cujo afim de restabelecer meu acesso. Não funcionou. Parti para a ignorância e decidi restaurar o sistema no ponto mais antigo possível. Qquando o windows me deu a lista de programas que a restauração prejudicaria o funcionamento, me deparei com um programa que não lembrava de ter instalado. O nome do dito cujo é Warsaw 1.3.1 e, ao que parece, trata-se de um hijack browser, isto é, de um sequestrador de navegador. E o pior, ele não sequestra apenas o acesso ao bankline, mas sim TODO e qualquer conteúdo que o usuário venha acessar.Tão logo desinstalei, a internet voltou a funcionar, porém… ledo engano. O diabo se instala denovo, e SOZINHO, sem que você faça nada pra ele retornar. (Estou, nesse momento investigando formas de expulsá-lo de uma vez por todas) Vejam esse comentário no forum linha defensiva (reproduzido também no forum da microsoft), ele explica melhor do que eu toda essa trama (no mínimo esquisita).  http://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/protect_other-protect_scanning/programa-warsaw-131/20d61069-89fb-4f6f-a8a4-ce7eb0cc02e6 http://www.linhadefensiva.org/forum/topic/160831-war-saw-131-e-redistributables-microsoft/ Mas porque que estou postando isso aqui? Bom, porque descobri também que a empresa que está por trás do programa é a GAS Tecnologia, uma subsidiária do Grupo Diebold, a responsável por nossa magnificas “maquininhas” de votar. Fontes:  

    1. O referido programa pertence

      O referido programa pertence à GAS Tecnologia, uma subsidiária do Grupo Diebold, a responsável por nossa magnificas “maquininhas” de votar. 

    2. IPv6: Bug em plugin de

      IPv6: Bug em plugin de segurança dos bancos brasileiros bloqueia acesso à Internet

      :: Ana Paula Lobo*
      :: Convergência Digital :: 09/04/2015

      Em testes conduzidos por engenheiros do NIC.br, depois de relatos feitos em fóruns de discussões técnicas, motivaram a equipe do IPv6.br  a testar a solução warsaw versão 1.5.1, produzido pela empresa GAS Tecnologia, utilizada por algumas instituições bancárias para o acesso ao Internet Banking em computadores Windows, e problemas sérios foram confirmados: toda a navegação em sites que tenham IPv6 ativado é simplesmente bloqueada, isso afeta Youtube, Google, Facebook, Yahoo, Linkedin, Terra, UOL, Globo.com, os sites do NIC.br, e muitos outros.

      Não é apenas a navegação usando IPv6 que é afetada. Todo o acesso a esses serviços, mesmo com IPv4 também disponível, é bloqueado pelo bug no software dos bancos.O relato sobre o bug foi publicado na noite desta quinta-feira, 09/04, no Fórum IPv6.br, do NIC.br.

      Os especialistas destacam que a GAS Tecnologia, uma empresa do grupo Diebold, em seu site, descreve o Warsaw, “como uma solução que tem como premissa prover confiabilidade em transações eletrônicas. Este software é distribuído por instituições financeiras, governamentais e privadas, por intermédio da instalação ou atualização dos módulos de proteção instalados em seu computador.”

      O warsaw pode ser instalado automaticamente, como atualização de versões mais antigas da tecnologia de proteção, baseadas em plugins de navegadores, ou pode ser instalado manualmente pelo usuário, por meio de um instalador disponível na página do banco. No Windows, ele funciona como um serviço.

      Ou seja, não se trata mais de um plugin com atuação restrita ao navegador Web, mas de um software que atua diretamente no sistema operacional. O software é iniciado automaticamente junto com o sistema, e em nossos testes não encontramos uma opção para sua desinstalação.Para identificar se o software está instalado em seu sistema, pressione as teclas [CTRL]+[SHIFT]+[ESC] para abrir o gerenciador de tarefas, clique na aba ‘Processos’, e verifique se há um processo chamado “GAS Tecnologia – CORE” rodando. Um outro componente da mesma solução de segurança é o “G-buster Browser Defense – Service”.

      Segundo os testes realizados pela equipe do IPv6.br, feitos com um computador rodando Windows 8.1, 64 bits, em uma rede com conectividade nativa IPv6 e IPv4, quando a solução de segurança dos bancos estava instalada não era possível navegar em nenhum site que tivesse IPv6 ativo. Também foram feitos testes com o firewall do Windows ativado e desativado, com várias configurações diferentes de rede, com o Windows Defender instalado, e também sem anti-vírus. Em todos os testes o problema persistiu.

      O problema, atestam os especialistas, se manifestou no Internet Explorer, no Chrome, no Firefox, e inclusive em tentativas de se acessar os serviços Web ‘manualmente’ por meio de um terminal usando o comando ‘telnet’ direcionado para a porta 80. Verificamos que o acesso a outros serviços, como o próprio ‘telnet’, usado no acesso administrativo a roteadores, também é prejudicado.

      O problema, adverte o IPv6.br, não se manifestou apenas nas seguintes situações:

      quando não havia IPv6 na rede (ou seja, não afeta redes que sejam apenas IPv4);
      quando o IPv6 era obtido por túnel (testamos HE e 6to4) terminado no próprio host e
      quando o IPv6 era desabilitado no Windows (o que não é recomendado pela Microsoft, pois pode causar o mal funcionamento do sistema).

      Os especialistas recomendam ainda que caso seu computador seja afetado pelo bug, é recomendado entrar em contato com o suporte técnico de seu banco e solicitar orientações sobre como proceder para corrigir a situação. Na Internet é possível encontrar tutoriais que mostram como desinstalar o software e impedir sua reinstalação automática, o que parece ser um processo bastante trabalhoso e que exige alguns ‘truques’. Mas se optar por fazer isso, é recomendado que não se use o Internet Banking sem antes obter uma orientação do suporte técnico do banco. A equipe do NIC.br não testou os procedimentos de desinstalação.

      Foram feitos testes com as soluções de segurança disponíveis nos sites do Banco do Brasil e Banco Mercantil. Contudo, segundo o site g-lock.com.br, também da GAS Tecnologia, a mesma tecnologia é usada pela Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander e Banco da Amazônia. Segundo relato, publicado no NIC.br, a questão é bastante séria, visto que vários provedores de acesso à Internet estão em pleno processo de ativação do IPv6 para seus clientes domésticos.

      Um usuário leigo afetado pode ter muita dificuldade em identificar a causa dos problemas, atribuindo-os primeiramente ao provedor de acesso, a uma contaminação do computador por um vírus ou outro malware, ou à própria ativação do IPv6 em sua conexão. Nos fóruns técnicos já há relatos de empresas e instituições acadêmicas afetadas pelo problema. O NIC.br destaca ainda que informou o resultado dos testes para a GAS Tecnologia e para os bancos.

      *Com informações do IPv6.br

       

    3. Esta semana tambem tive a

      Esta semana tambem tive a presença deste tal de WAR . . . ( evito digitar o nome ), nao lembro como tirei mas aparentemente foi mais facil, dificil mesmo foram os tais hao123 e o campeoníssimo Baidu e sua turma . . . estes caras entram até nos registros . . . quando isso acontece comigo entro no google e digito algo tipo, COMO TIRAR O WAR . . DO PC . . . e vou seguindo instruções diversas, umas ajudam, outras nao, mas é uma viagem , , ,

       

  3. Teste????

    E quem vai testar o teste do testador? Desde o inicio do uso dessa urna Brizola já pedia o “papelzinho” como comprovante do eleitor. Por que negam veementemente e ficam criando soluções paliativas?

  4. bobagem Toffoliana

    Segurança somente com a conferência dos votos por outro método,  seja impressão ou registro do voto em cartões com chip.

     

    Sempre existe  a possibilidade de inserir, depois da verificação,  programas que mudem os votos.

     

    Por outro lado, como eles podem garantir que o programa verificado é o programa que vai ser instalado na urna?  

     

    A resistência sós métodos independentes de conferência é  que é muito suspeita. 

  5. É só, colocar uma porcaria de

    É só, colocar uma porcaria de impressora uma urna ao lado e contar os papeizinhos depois…

    Simples assim….

  6. O PDT fez um teste em agosto

    O PDT fez um teste em agosto do ano passado, onde localizou um programa chamado Inserator e questionou o STE sobre esse programa. Alguém sabe o resultado desse questionamento?

    O que sei é que alguns resultados eleitorais em determinados estados me surpreenderam.

  7. O maior problema não é a urna eletrônica…

    Já postei antes:

    A urna eletrônica e os eleitos.

    Enviado por Maria Carvalho sab, 27/09/2014 – 23:52

    A urna eletrônica e os eleitos.

    Apesar de discussões sobre a sua credibilidade, a urna eletrônica, dispositivo moderno para automatização das eleições brasileiras, é utilizada, desde 1996, com o objetivo de otimizar o processo eleitoral, visando, além da rapidez na divulgação dos resultados e proclamação dos eleitos, impedir fraudes praticadas durante o ato de votar.

    Pelo método anterior a apuração dos votos demorava vários dias, pois, além da contagem de voto ser feita de maneira manual, dependia, ainda, da apreciação das ações de impugnações de votos e ou de urnas, não mais admitidas com o novo processo.

    A propalada invulnerabilidade do processo eletrônico de votação, bem como, sanções previstas na legislação para aqueles que cometem crime durante o processo eleitoral, sejam eleitores, candidatos e empresas privadas ligadas ao processo, não são, ainda, suficientes para garantir “uma qualidade melhor de eleitos”.

    Boa parte dos votos, ainda, é obtida a custa da dádiva de “quinquilharias”, materiais de construção, dinheiro em espécie, promessas de emprego, de melhoria da economia, da extirpação de males centenários (corrupção, oligarquia, etc.,) e, de, até mesmo, ameaças do não atendimento nos postos de saúde, corte de fornecimento de água para aqueles contrários ao candidato a prefeito ou sua reeleição, nos povoados interioranos.

    A legislação eleitoral que trata das penalidades aplicáveis “ao eleitor” que não votar e não justificar sua ausência no dia do pleito determina, entre outras sanções, o impedimento de obter passaporte, inscrever-se em concurso público, tomar posse em cargo público e renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo, receber salários, etc. E, ainda, caso não faça tal justificativa, na data aprazada, pagará multa. Acrescente-se, ademais, que, ao deixar de votar por três vezes, consecutivas, sem a devida justificativa, terá, o eleitor, o seu título cancelado automaticamente.

    Esse é o lado da justiça que funciona, e muito bem, para o eleitor!

    Já os eleitos, estes são “beneficiados” pelas regras do sistema político atrasado, ineficiente e facilitador de corrupção, em face da atuação “vagarosa” do poder judiciário, quando da apreciação dos inumeráveis recursos processuais os quais garantem a permanência, por todo o mandato e/ou reeleição de pessoas reconhecidamente contumazes na prática de desvios de dinheiro público, improbidade administrativa, abuso de poder político e econômico, etc.

    Ações eleitorais, próprias, tais como: Representação, Recurso Contra a Expedição de Diploma, Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, Ação Penal Eleitoral seguem seus trâmites numa morosidade tão vergonhosa garantindo ao processado todos os direitos concernentes, e, inclusive, a oportunidade de “protelar o andamento processual” até o final dos seus mandatos, em face dos vários tipos de recursos existentes.

    Afora todas essas ações, contribuem, também, nossa jurisprudência, “sempre conveniente e conivente”, e, também, as “estrepolias” de advogados de grandes “bancas” os quais facilitam a permanência ou o ingresso no cenário político de pessoas de reputação duvidosa, que respondem a diversos processos por improbidade administrativa e por crimes comuns, além da ausência de qualquer compromisso com a vida pública, sem nenhuma vontade de resolver os problemas da população.

    Supostos “fichas sujas” se reelegem quantas vezes querem, e, de uns tempos para cá “inserem parentes e aderentes” no meio político visando à manutenção do poder familiar em municípios, estados e regiões.

    Os recursos que cabem no curso dessas ações são muitos: embargos, agravo, agravo regimental, recurso especial, recurso ordinário e extraordinário, deveriam ser apreciados com maior celeridade, até o final de cada eleição, impedindo, assim, a posse de “fichas suja” ou a pretensão de novos candidatos enquanto não fossem apreciados todos os apelos.

    A Prestação de Contas de Candidatos, um instrumento que poderia determinar uma “limpeza” nesse mundo “podre” da política, tornou-se um instrumento ineficaz a partir de quando os julgadores, por algum motivo, “entenderam” que as contas poderiam ser aprovadas com ressalvas, podendo o candidato/eleito concorrer normalmente e tomar posse, em pé de igualdade com outro que teve um comportamento ético quando da apresentação das suas contas.

    A Lei Complementar 64/90, prevê os casos de inelegibilidades para qualquer cargo, entre outros: “os que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se a questão houver sido ou estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 5 (cinco) anos seguintes, contados a partir da data da decisão.” (grifo meu) (tal previsão permite que os “fichas-sujas” se candidatem, se elejam, se reelejam até o desfecho do julgamento da ação de desconstituição desse ato, desde que interposta antes da ação de impugnação do registro de candidatura.

    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/13343/a-inelegibilidade-decorrente-de-reprovacao-de-contas-no-tce#ixzz39ZKBjUvu

    A lista de “inelegíveis” apresentada pelo Tribunal de Contas da União, neste ano, é enorme: 6.620 responsáveis:

    http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/ouvidoria/perguntas_frequentes/lista_inelegiveis

    Nosso ordenamento jurídico possui dois institutos “largamente elastecidos” na sua interpretação (para uns!): o da ampla defesa e o da presunção da inocência.

    Ora, o governante, gestor público ou parlamentar reincidente não deveria ter o direito de se candidatar enquanto não prestar contas da sua atuação, do “seu passado”, da mesma forma que os criminosos comuns, “mortais”, os quais, só se livram da prisão ou considerados “limpos” após pagar a pena a que foram condenados.

    É o lado “nojento” da justiça que funciona para “os mesmos de sempre” os quais se perpetuam no exercício dos cargos nos dois parlamentos e, nos dias de hoje, com o ingresso na carreira política de esposa, filhos e outros parentes!

    O Ministério Público, encarregado de fiscalizar a aplicação da lei, nem sempre cumpre verdadeiramente o seu papel. Em alguns casos exime-se, omite-se, procrastina denúncias e/ou apresenta pareceres duvidosos, ou “anda” pari passu com o “compadrio” e/ou em conluio com candidatos, parlamentares e governantes eleitos, conforme se tem conhecimento através dos meios de comunicação.

    Ao lado de tudo isso, a mídia! A mídia, travestida de quarto poder ou de partido político propala, “o dia todo” e “todos os dias” notícias que “levantam” os que estão “por baixo” ou aqueles imerecidamente capazes de exercer cargo político; “apaga” a memória de qualquer telespectador/leitor/ouvinte; insere um modo de apresentação/formatação de notícia que leva o telespectador a concluir ao seu modo; determina quem é bom ou ruim; promove, divulga, a seu gosto, quem é “bandido ou mocinho”; influencia intenções de votos através de pesquisas estrategicamente pontuadas; omite e/ou distorce qualquer notícia, dependendo do seu interesse.

    Ao final, o “culpado” pela “infestação” de parlamentares e governantes “inescrupulosos”, “oportunistas” é sempre o eleitor, que não “sabe votar”, que “não tem interesse por política”, que “não procura conhecer os candidatos”. Como saber escolher “bem” um representante do povo se a “parafernália” de condições existentes nos meios de comunicação propicia o “enganamento”, e levam ao exercício da “falta de pensar”.

    Uma constituinte, exclusiva, para discutir uma reforma política “de verdade”, contemplando temas como: reeleição, duração de mandatos, fidelidade partidária, redução do número de partidos políticos, financiamento de campanha, propaganda partidária igualitária, “ficha limpa” para candidatos, manutenção ou não de coligações partidárias e a “dura atuação” do poder judiciário no combate aos crimes, bem assim modificação nos códigos processuais extinguindo recursos tidos como protelatórios, seria um avanço para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral e para o surgimento de representantes políticos dignos do voto de confiança que o eleitor lhes confere.

     

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