Cemig tenta recuperar licitação de usinas em Minas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Usina Três Marias, no Rio São Francisco
 
Jornal GGN – O presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, quer recuperar o parque gerador da estatal mineira e ter o controle da operação das barragens localizadas nos rios do estado. Na próxima quarta-feira (25), a estatal participa do leilão promovido pelo Governo Federal que vai relicitar 14 usinas.
 
Uma das negociações de retomada é da Usina Três Marias, no Rio São Francisco, construída há 50 anos. De acordo com a estatal, ela é necessária para a manutenção da vazão do rio para o Nordeste, principalmente em época de seca, como a atual. “Temos capacidade organizacional para fazer o manejo dessas usinas. Não só no manejo da geradora, mas no manejo das barragens, que é fundamental. Uma barragem como Três Marias, por exemplo, envolve toda a comunidade dessa região”, defendeu o presidente Mauro Borges.
 
Reuniões do Ministério de Minas e Energia com o governo estadual negociam a possibilidade de a Cemig recuperar parte dessas usinas. Para o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da estatal, Luiz Fernando Rolla, o leilão que ocorre na próxima semana é importante, principalmente pelo pagamento da bonificação de outorga das usinas, introduzido este ano. 
 
De acordo com ele, a medida provisória possibilitou as renovações das concessões que envolviam um contrato de prestação de serviços para operação e manutenção. “Agora, não só haverá esse contrato como também o compromisso de investimentos em melhoria nas usinas e o pagamento de outorga. Três componentes que, ao preço estabelecido pelo governo federal, tornaram o leilão economicamente atrativo à Cemig”, disse o diretor, durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2015. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. Enquanto isso a Andrade

    Enquanto isso a Andrade Gutierres continua dando as cartas na estatal mineira e o governo do estado do lado de fora olhando a paisagem…

    1. Pimentel não é Itamar.

      Pimentel não é Itamar. Nada fará. Colocar Mauro Borges como presidente já é o bastante. A terceirização interna e o desmonte do corpo técnico continuam. Há muitos anos não faz concurso para a contratação de engenheiros, por exemplo. Mas lembre-se que quem vendeu à AG a parte que era da AES foi o BNDES de Luciano Coutinho, óbvio com a condordância do então governo mineiro, gerido por Anástasia e formalmente por Aécio.    

  2. Anastasia não resolveu que

    Anastasia não resolveu que não baixaria o preço da energia em 2012? 

    Não queriam baixar o preço em 20%

    Então que concorram agora, e vamos ver se para retomar não vão ter que oferecer deságio de 50%.

  3. Usina já amortizada

    Como cidadão e advogado só espero que o valor a ser autorizado às novas concessionárias por estas usinas já amortizadas (paga a construção) nestes 50 anos, não seja próximo aos R$ 100,00 a unidade de consumo e sim próximo aos R$ 30,00 a unidade de consumo para o brasileiro. Aí terá valido a pena a reforma no marco da energia do país feito pelo governo atual. Vamos aguardar e com vigilância cívida.

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