Superterça EUA: Trump e Biden saem consolidados para eleições 2024

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Donald Trump e Joe Biden saíram consolidados como os candidatos às eleições presidenciais nos Estados Unidos, nesta Superterça

Foto/Montagem ABC News

Donald Trump e Joe Biden saíram consolidados como os candidatos às eleições presidenciais nos Estados Unidos, nesta Superterça, como é chamada a principal votação das primárias no país.

Nesta terça (05), a população foi às urnas em 15 estados e 1 território para indicar quem eles elegerão como presidente em novembro. No país, as eleições são indiretas: a população vota no candidato, mas quem recebe os votos são delegados dos respectivos partidos que, ao final, decidem quem será o presidente.

Os resultados da Superterça

Nos resultados da votação de ontem (05), os Estados dariam a vitória a Joe Biden, pelo Democrata, e a Donald Trump, pelo Republicano. Mas outros candidatos tentam as vagas nos respectivos partidos. É o caso de Jason Palmer, que busca a sucessão de Biden e venceu as convenções no território Samoa Americana.

Mas é o único lugar onde Biden perde para outro candidato do partido, o que confirma que a sigla dará a recandidatura ao atual presidente.

Entretanto, para se tornar o candidato oficialmente, Biden necessita da escolha de 1.968 delegados. Os resultados desta Superterça deram a ele 1.340. A maioria, contudo, pressiona o voto de delegados que optaram por outros candidatos do Democrata a votaram também em Biden.

O mesmo ocorre para Trump. O ex-presidente teria recebido o voto de 936 votos de delegados, o que é inferior aos 1.215 necessários. O estado de Vermont, por exemplo, deu a vitória à ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, para ser a representante do partido Republicano.

Os dois pré-candidatos que receberam votos de delegados e impediram, até o momento, Trump e Biden de receberem a confirmação das candidaturas – Nikki Haley e Jason Palmer – deixarão a corrida presidencial, para abrir o caminho da disputa aos que já receberam a maior quantidade de votos. Haley já anunciou a sua desistência nesta quarta.

Ambos esperam receber os votos necessários de delegados ainda neste mês de março.

Começa a disputa eleitoral nos EUA

Após a votação de ontem, os dois principais candidatos comemoraram os resultados e concentraram as críticas entre si, já em clima de disputa oficial, sem sequer mencionar os rivais dentro de seus partidos.

Em uma festa no resort Mar-a-Lago, em Palm Beach, Trump disse que aquela era “uma noite incrível e um dia incrível na história do nosso país”.

“Temos um grande partido republicano com um talento tremendo e queremos ter unidade e vamos ter unidade e isso vai acontecer muito rapidamente”, completou, em gesto para receber o apoio dos demais delegados que ainda o faltam.

No X, ex-Twitter, o atual presidente Joe Biden já iniciou o embate a Trump: “Hoje, milhões de eleitores em todo o país fizeram ouvir as suas vozes – mostrando que estão prontos para lutar contra o plano radical de Donald Trump para nos fazer retroceder. Cada geração de americanos enfrentará um momento em que terá de defender a democracia. Esta é a nossa luta.”

Com informações da CNN News, ABC News e Reuters

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Desde a dua independência que os EUA, fundamenta o seu desenvolvimento econômico tendo como um dos principais pilares econômicos e hoje o princiapl, a indústria voltada para guerra. Não importa se o presidente eleito seja do partido democrata ou republicano o sistema é orientado para guerras. Se alguém duvida, basta examinar o histórico das intervenções bélicas dos EUA em vários países desde o final do século 19. Os EUA é como uma empresa funerária que precisa de cadáveres para exercer o seus trabalho, porém com uma diferença: A funerária é passiva, enquanto os EUA provocam os conflitos para atingir seus objetivos.

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