Trump assinou documentos com informações falsas de fraude eleitoral para derrubar Biden em 2020

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Consciente das informações falsas, Trump assinou os documentos e divulgou os dados errados

Foto: Divulgação

O ex-presidente norte-americano Donald Trump assinou documentos judiciais com informações falsas de fraude eleitoral em 2020, atestando ilegalmente com os dados incorretos que o atual presidente Joe Biden saiu favorecido da disputa eleitoral naquele ano.

De acordo com o jornal Politico, dos Estados Unidos, Trump assinou documentos que descreviam falsas evidências de fraude eleitoral, com o conhecimento de que se tratavam de mentiras. Os documentos foram trazidos à tona pelo juiz Tribunal Distrital dos EUA, David Carter, nesta quarta (19).

No parecer, o juiz revela e-mails do advogado John Eastman, que atuou a favor de Trump para reverter o resultado das eleições de 2020 no país, nos quais revelam que “o presidente Trump sabia que os números específicos de fraude eleitoral estavam errados, mas continuou a divulgar esses números, tanto no Tribunal quanto para o público”.

E-mails indicam prática criminosa de Trump

Estes e-mails estavam em segredo, até então, pelo direito de sigilo de advogado-cliente. Entretanto, o juiz que teve acesso aos documentos determinou que 4 destes e-mails podem ser divulgados ao comitê do Congresso dos EUA que investiga a invasão ao Capitólio.

Segundo o juiz, estes e-mails trazem evidências de provável práticas criminosas por Trump. “O Tribunal considera que esses quatro documentos estão suficientemente relacionados e aprofundam o crime de obstrução”, entendeu o magistrado de Califórnia.

Investigações contra Trump

Nos EUA, um comitê na Câmara foi criado para apurar a invasão ao Capitólio e a tentativa de Donald Trump de reverter o resultado das eleições de 2020. Até o momento, diversas testemunhas declararam que o ex-presidente incentivou deliberadamente a narrativa de fraude.

Ainda, em junho, uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA revelou irregularidades na campanha de Trump, com membros do Partido Republicado chegando a organizar um esquema de votos ilegais a favor de Trump na Geórgia.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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