Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Passados quase 50 anos, a esquerda contra o Brasil, por Rui Daher

Passados quase 50 anos, a esquerda contra o Brasil, por Rui Daher

Estranho País, este. No momento, quem professa ideários de esquerda, condena a Copa do Mundo de Futebol, a ser realizada na Rússia, em poucos dias.

Pelo que posso perceber, nas redes sociais, liga-se torcer contra o Brasil para não coonestar o golpe de 2016. Repito: estranho País, este, pois mesmo coxinhas e paneleiros. Ridícula esquerda, esta.

Ou se, realmente, detestam o esporte nacional, de onde trazemos meninos humildes ao estrelato mundial, por que não vão de bobsled nos Jogos de Inverno, arremesso de vara (podem atingir o rabo de Temer), ou mesmo naquelas lutas sanguinolentas? Bons tempos das piruetas inofensivas do Fantasma Mascarado contra um português, de quem não lembro o nome. Comédia, pelo menos, como fazia Buster Keaton.

Sou boleiro, sim. Assisto desde Tuna Luso e Avaí, cobrindo todo o território nacional, no que passo às ligas internacionais e, prioritariamente, a qualquer jogo da seleção brasileira, sub-11, 17, 20, profissional, idosa, o siri e o cacete.

Fez isso meu pai, enquanto vivo. Levou-me no Pacaembu, a um Palmeiras e São Paulo, quando eu tinha 9 anos. Dez anos depois, ele não mais pode me levar. Morreu. Comecei a ir sozinho, com amigos, primos, sempre guarda-chuvas em punho, como já contei em alguma crônica.

Vieram a TV, a idade, certos medos e preguiça e, diria, mesmo assim continuar boleiro. Dos jogos às mesas redondas. Intelectuais ou galhofeiras.

Em 1970, não foi diferente. Não seria um ditador medíocre que me faria torcer contra os canarinhos. Valeu. A pós-pompa, o uso feito, a CBD(F), não fariam mudar cada lance inesquecível e, felizmente, em nossas memórias – jovens usem a disponibilidade no YouTube.

Neste ano, Copa Mundial de Futebol, na Rússia, surge um tititi medíocre, que repete 1970, sobre não torcer para o Brasil. Os mais cínicos se fazem intelectuais. “Nem bola dou à competição, tô nem aí, quero que o Brasil se foda”.

Mais do que já está? Sim, eles acreditam que assim fazendo conseguirão #LulaLivre e candidato, a esquerda vitoriosa. Nem mesmo entendem a reviravolta que deixamos a direita nos aplicar. Sejam agora, pois, mais táticos, estratégicos, pacientes, e nisso não incluam o futebol e bundas brasileiras bem torneadas, preferências nacionais.

Percebem meu saco cheio. Tais firulas foram anunciadas, em 2013. Terceirizamos para CUT, MST, MTST, UNE, cinco anos atrás, enquanto combatíamos de forma digital, muitas vezes anônimas. Fomos ótimos.

Agora queremos o quê negando interesse na Copa? Que Temer caia, vá preso? Meirelles pare de defender o sistema financeiro, sua vida? A Petrobras e a Eletrobrás, mantidas nacionais, por questão de soberania e segurança futura?

Os mais xiitas patriotas atuais (os de lá, coitados, viraram sinônimo de radicalismo sem que ao menos soubéssemos ser verdadeiro), chegam aos jogadores que ganham muito dinheiro, o que apenas repete suas proporções passadas. Do alemão Fritz Walter, do húngaro Puskas, dos argentinos Di Stefano (1926-2014), Maradona (e olhem que este é de esquerda), e dos magistrais brasileiros Pelé, Romário e Neymar Jr.

Assim como tantos outros, que os aficionados se lembrarão e poderão ajudar este autor indignado.

Por quê? É proibido sair-se bem num esporte, principalmente naquele mais popular, reconhecido e onde rola mais grana e recebe maior destaque nas folhas e telas cotidianas? O Brasil tem uma história nisso e nela, direita ou esquerda pouco interferem. A inescrupulosa FIFA, sim.

Desde que o evento foi criado, em 1930, exceção ao período da Segunda Guerra Mundial, por não terem sido realizadas, estivemos presentes em todas, seis como campeões. Mesma performance que temos tido nas Olimpíadas, torneios de tênis e alpinismo.

Irei, loucamente, torcer pela seleção brasileira desse interessante Tite. O mesmo que eu fazia quando os padres beneditinos, em 1958, permitiam aos alunos ficar no recreio, ouvir pelos alto-falantes as irradiações dos jogos do Brasil. Tinha 13 anos, nunca esqueço. Não lembro qual a quadrilha do Acordo Secular de Elites, mas Temer/Meirelles não me farão esquecer esse momento feliz de minha vida.

Continuem insistindo na revolução digital. Boa sorte! O Brasil ainda mais ferrado, sem a Copa, colocará a esquerda no Poder. Mesmo?

 “A Taça do Mundo é nossa! Com o brasileiro não há quem possa!”

https://www.youtube.com/results?search_query=neymar+jr

 

 

 

 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

33 Comentários

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  1. Penso que aqueles que querem

    Penso que aqueles que querem que a seleção se foda é porque perceberam que na verdade a seleção não é do brasil, é da globo, e porque não desejam que golpistas como a própria globo e o itaúuu não façam propaganda para enganar a população.

    O Itaúu até se adiantou e já lançou uma com o pastor tite exaltando a “fibra” do brasileiro.

    Ora, se tivéssemos mesmo fibra este golpe já estaria derrubado e os golpistas ardendo no fogo do inferno.

  2. Negar o Brasil: um ato de direita

    Rui Daher está coberto de razão. Não há nexo em se dizer de esquerda e negar e se distanciar de um dos principais patrimônios cuturais do povo brasileiro que é a seleção brasileira e o futebol.

    Aliás, há um nexo: muita gente, no campo da esquerda, se diz pertencente a ele, mas só consegue pensar – e agir – como se fosse de direita. Dizem que lutam pelo Brasil, mas na hora do vamos ver…

    Então, rumo ao Hexa! Depois do que passamos nos últimos quatro anos, ao menos esta alegria nós merecemos!

    VAI BRASIL! SALVE A SELEÇÃO! 

  3.   Perfeito. Ô mania da

      Perfeito. Ô mania da esquerda pura-cirandeira de negar o (in)consciente popular. Se a direita tem polução noturna ao sonhar com um país sem povo, a esquerda pura sonha com um povo diferente. Depois ambos não entendem a mística de um Lula e a última se esmera em berrar estéreis “não passarão”.

    1. Hum…Heil Futebol?

      Sei, você tem razão, tem uma esquerda cirandeira que gosta de negar o imaginário popular (que você chamou de inconsciente, mas que eu não considero sem consciência).

      ‘Tá bom.

      Mas e o tipo de ixquerda, tipo Rui, que se imagina professor da esquerda e imagina que fazer política é se render ao que vocês chama de inconsciente?

      É a teoria da inevitabilidade? É esse o povo que temos, e só nos resta a rendição?

      Não se disputa (politicamente) esse “inconsciente”?

      Olha André, o último projeto bem sucedido (em termos) que ouvi pregar isso foi de um cara de bigodinho e uniforma militar.

      Não à toa, nada mais parecido com uma festa nazista que torcidas de futebol.

       

        

  4. então tá

    Rui, o sr. me convenceu, logo eu que nunca tive time de preferência. Mas gosto de todos os esportes (lutas MM qualquer coisa não). Vou assistir a tal Copa.

    Mas tem um detalhe: SEM SOM! Da mesma forma que assisto a F1. Não quero me sujeitar aos viezes globais. Também não quero ninguem narrando aquilo que eu estou vendo. Eu próprio darei prioridade no que observar. Dispenso emoções pré fabricadas. Gavião? estou phora! (talvez, se fosse o Fiori Gigliotti…)

    Komunista tem dessas koisas. Experimente sem som. Eu recomendo!

  5. O Brasil ganhou 5

    O Brasil ganhou 5 copas.

    Sinceramente, eu não estou indo tão longe na filosofia esporte-política. Não vou acompanhar a copa porque simplesmente não dá o menor prazer ver um jogo da seleção. Não estou fazendo campanha contra ou a favor. Simplesmente não quero torcer.

    Às vezes as coisas são mais simples do que parecem.

  6. Qua qua qua qua …
     
    Que

    Qua qua qua qua …

     

    Que seleção brasileira? Qual a identificação desta seleção com  o pais real?

    Nenhuma.

    E eu vou ter que perder meu tempo para que estes ‘meninos humildes’ brilhem?

    Meninos humildes que sonegam impostos, vivem fora do pais, e quando vivem no pais, vivem em oasis? Com salários escandadolos. Facilitadores da lavagem internacional de dinheiro.

    Ou alguém em sã consciência acredita em transação de quase 1bilhão na contratação de apenas um jogador não tenha dinheiro “sujo” envolvido?

    Logicamente que não tem ligação em ganhar ou não ganhar a copa e ser a favor ou não o pais. Pura bobagem.

     

     

  7. Nem vale a pena perder tempo

    Nem vale a pena perder tempo com isso. A seleção manifestoche será eliminada antes da final. A gente até encarou torcer por Romário e aquele futebol horroroso de 1994, agora é diferente. Vou torcer pela seleção argentina, pela alemã, por alguma seleção africana.

  8. Torcerei contra

    Neymar lembra corrupção, cretinice e interesses da criminosa organização mafiosa da famiglia Marinho. Neymar é bandido e corrupto como é Aécio. Torço contra.

    A golpista Rede Globo ganha muito dinheiro e atenção das pessoas com a vitória do Brasil, quero que a Rede Globo perca audiência e dinheiro, por isto torço contra.

    As vitórias da farsante seleção brasileira não melhorarão nada a situação do povo, ainda por cima será usado pela direita e pelos bandidos a seu favor e iludindo mais ainda o povo. A esquerda não ganha nada com as vitórias desse agrupamento de jogadores que jogam no estrangeiro. De brasileiro esses jogadores só tem a camiseta que usam e que passou a ser um símbolo dos coxinhas. Por isto torço contra.

    1. “ainda por cima será usado pela direita”

      Sr. Luis,

      Concordo e digo mais: Se sobrevier uma catastrófica derrota o fato TAMBÉM será usado pela direita e pelos contorcionistas jornalistas de programa do PLIMPIG.

      Pensando bem, uma vitória (ou uma derrota) poderia ser comemorada com o povo nas ruas e uma monumental greve fora temer, abaixo o golpe e, principalmente, LULA LIVRE !

  9. 7 x 1

    Prezados, bom dia.

     

    O texto entrega que o Sr. Rui Daher é santista de carteirinha. Está na defensiva por causa do Neymar.

    Neymar marrento, corrupto menino da Globo. De direita, aecista.

    Não posso torcer pela seleção depois da última Copa, porque acredito que aquele placar de 7 x 1  foi o resultado de intensa agitação política  dentro da  concentração. Queriam desmoralizar a Copa do PT, não se importaram com o distinto público, mandaram às favas a alegria dos brasileiros. O time foi usado e se deixou usar.

    Hoje, não consigo torcer por algo que vai beneficiar a Globo. E vejo a seleção como o time da Globo.

    Mas vou torcer pelo sucesso do garoto Gabriel Jesus, que pelo menos não é produto de consumo da Globo.

     

     

    1. Alvo errado

      Ai, essa mania de quem não é santista em usar a muleta Neymar para criticar os santistas…

      Minha cara, você não entendeu nada do texto, não tem nada a ver com Neymar, o cara fala de experiências da infância dele na década de 1950 e você me vem com Neymar e santista? Sem contar que isso é argumento ad hominem, não tem nada a ver com o texto dele e as razões expostas.

      Sugiro o texto do Janine sobre isso no Facebook dele se você puder ler.

      É muito triste ver quem é de esquerda com um pensamento totalitário desses…

      Os santistas, hoje, detestam o Neymar pela forma como ele saiu do time. Somos gratos pelo desempenho dele durante o tempo em que ele jogou no time, mas nunca vamos aceitá-lo de volta e nunca o consideraremos mais importante do que a equipe para adotar a postura que você delira em imaginar na mente de um santista.

      A postura do novo presidente do Santos, o senhor Peres, de reaproximação com Neymar filho e pai foi amplamente rechaçada pela torcida. Fica a dica.

  10. Marin, é você?

    Esse sobrenome é por acaso uma infeliz coincidência ou és parente daquele famoso cartola paulista?

    Nada demais, foi só uma brincadeira. Mas vamos aos fatos:

    – A celebração do futebol como plataforma de mobilidade social é de doer os olhos. Para ler uma porcaria dessas, fico com Régis Röesing da grobo e suas melodramáticas e cretinas reportagens, e com direito a “narração” do gol (atrás do gol) simultaneamente.

    Bem, o tráfico faz a mesma coisa, e até melhor, porque o poder ali é de verdade, poder de vida e de morte! E considerando os cartolas do futebol, Marcola e Beira-Mar são principiantes inofensivos.

    Pode-se falar o que se queira sobre futebol, mas desconhecer que como qualquer outro ramo da vida social, ali também se travam disputas políticas de repercussão importante na ideia que faz de si o brasileiro é, digamos, uma canelada de beque de várzea, domingo à tarde.

    E como instância aberta a disputa, criticar quem identifica na cbf e no seu produto internacional (a seleção) como símbolos do conservadorismo e do atraso político também é outra “entrada desleal”. 

    Quer louvar o pai tomás pelé, fdp racista e que ainda por cima renegou a filha até sua morte? Ótimo.

    Quer fazer selfie com o porco dentuço ronaldinho? Vá lá. “A culpa não é minha”.

    Aí eu fico pensando, que direito têm esses caras de “se arrepiar” quando aparece um Sócrates, um Afonsinho, que conseguem romper a barreira da idiotia intrínseca que parece ser o destino e a natureza para ser bem sucedido no futebol?

    Aliás, fico imaginando, por que Sócrates “perdeu” tanto tempo?

    Claro que sabemos que Messi e Cia não ousariam desbundar um jogo contra os EUA pelos mesmos motivos que o fizeram contra a pátria nazisionista.

    Sabemos também que CR7 também já fez o mesmo com os assassinos judeus, mas não resistiu a uma bolada nas costas do fisco espanhol.

    Afinal, somos todos irremediavelmente…humanos.

    Mas então de nada vale nenhum gesto? 

    É tudo a mesma coisa?

    Então a manifestação de coxinhas e paneleiros contra a Copa 2014 tem o mesmo significado e lugar na História que a nossa repulsa (da esquerda) pela manipulação escrota e criminosa que fazem cbf, fifa e grobo?

    Sim, sejam coxinhas ou mortadelas, avante scratch canarinho!

    Porque como ele mesmo disse aí em cima, futebol não é lugar de política, e independentemente dos atores envolvidos, o que importa é o resultado e levar vantagem em tudo, certo?

    É Rui Marin ou Thiago Daher Leiffer?

  11. Inda estou meio assim, Rui

    Ia torcer pra Argentina, mas depois que Lula foi visto na prisão vestindo a camiseta amarela, estou repensando. Ele manja mais dos paranauês que eu.

    Camiseta amarela não uso nem a pau. A azul talvez.

    Acho que o bumerangue da Dilma nunca falha. Na última Copa: VTNC, no 1º jogo = 1 a 7, no último. Lei do retorno. Agora é tudo novo. Ainda assim, a camiseta amarela não desce…

  12.  
     
    Engraçado….duvido que

     

     

    Engraçado….duvido que reste alguém, que ainda não se deu conta que, copa do mundo e seleção de futebol, é um empreendimento comercial de entretenimento como qualquer Bumba Meu Boi, ou mesmo, um campeonato estadual de bola de gude.  O caso em apreciação se distingue pela dimenção internacional que tomou. Não obstante, trata-se de um mero negócio, organizado e  explorado por empresas terceirizadas de cada país. Sendo todas elas associadas à concessionária FIFA. Esta, a empresa master. Ou seja, a detentora dos direitos Internacionais para explorar o negócio. Portanto, tratamos de um rendoso “negócio de cachorro grande,” como se diz lá nos confins da Chapada Diamantina. Creio que nem o negócio clandestino de drogas e armas propicie tanto lucro aos seus investidores.

    No mais. Nada tenho contra quem prefira torcer pela FIAT, DODGE ou Chevrolet. Mas, não posso crer que, torcer ou não para essas merdas, venha tornar o cabra um tocador de Tuba, seja à Direita ou, pela ponta Esquerda do espectro político.

    É inegavel que, como entretenimento, alguém se dispôr a assistir 22 indivíduos correndo atrás de uma bola, é por certo, um direito menos hipnótico e intediante, do que assistir sentado a uma fala do golpista e usurpador Michel Temer.

    Na verdade, suspeito, que no fundo aquilo que se questiona é, como um bando de negociantes e mercenários conseguem graciosamente, o direito a se utilizar das bandeiras nacionais e dos recursos públicos das Nações, para arrebanhar tantos “patriotas” dispostos a se descabelarem mutuamente, crentes que defendem a pátria.

    Embora. Pelo que tenho observado nos noticiários, os russos não são tão patriotas como nós, os brazucas.

    Orlando

  13. O futebol morreu

    Quando nasceu o futebol de resultados, o importante é vencer, mesmo com gol de canela do dunga, a arte e a alegria se mandaram. Seleção de dunga e felipão é para quem nunca gostou de futebol. Tanto um como o outro seriam os donos da bola nas peladas dos garotos. Nas que eu participava seriam os que fazem número, tapam buracos.

    Qual a escalação das seleções que ganharam as últimas Copas? A que perdeu em 1982 todo amante do FUTEBOL sabe e vez ou outra revê os lances. 

    Nunca gostei do futebol chupa-sangue do hoje e sempre garoto ixxxperto romário. ‘O negócio é fazer gol.’

    Não me importa mais seleção, assim como não importa aos bilionários boleiros tipo neymar e os demais do s/a futebol clube. O futebol é ruim e os jogadores não representam nada e ninguém. Como os meninos daqui podem se identificar com jogadores tão distante deles, distantes fisicamente, economicamente, etc e etc.? A identidade que existe hoje é artificial, obtida através de propaganda maciça.

    O anticristo, o maldito capitalismo, levou a alma do futebol, veio cobrar a sua dívida.

    RIP mestre Telê Santana.

  14.  Na verdade estou cagando

     Na verdade estou cagando para a Copa, mas isso não tem nada a ver com o golpe, já vem de longe. Uma coisa é certa, quem sempre ganha a Copa aqui no Bananal no final é a globo overseas. 

  15. Quando a direita apropriou o

    Quando a direita apropriou o “não vai ter copa” do PSOL, nosso campo defendeu a Copa como uma vitrine da capacidade do governo Dilma de entregar o que foi prometido enquanto muitos apostavam no caos. E a Copa foi um sucesso.

    Esse papo de que uma vitória do Brasil na Copa favorece o governo de plantão não encontra eco na história.

    Em 1958 o Brasil ganhou, JK era o presidente, e quem ganhou a eleição seguinte foi o Jânio, apoiado pela UDN.

    A eleição logo após a conquista de 1962 não aconteceu por conta do golpe militar e, portanto, não dá para avaliar o seu impacto no humor do eleitor da época. Em 1970 havia ditadura militar e uma eventual derrota não ajudaria, de forma nenhuma, na queda do regime.

    Em 2002, o Brasil ganhou, FHC era o presidente, mas o povo votou em Lula.

    Em 2006 e 2010, o Brasil perdeu, Lula era o Presidente, e nem por isso o fracasso do Brasil na Copa prejudicou sua vitória.

    Em 2014 tentaram introduzir no imaginário coletivo o fracasso da Seleção como sendo um fracasso de organização do evento (fracasso do governo Dilma) e, mesmo assim, Dilma ganhou a eleição.

    Não dá para negar que o povão tem no futebol uma forma de identidade popular. E a seleção não é apenas o Neymar.

    Não misturo as estações. 

  16. Agoras tem essa encheção dos

    Agoras tem essa encheção dos pacovás………

     

    Parece os chatos que insistem em que se vote no amigaço dos coronéis cearenses e tucano enrustido, como se fosse o novo sassá mutema…..

    Torce a favor quem quiser, quem não quiser, não torce, como eu, que não vou torcer para a seleção do tecnico garoto propaganda de bancos e seus pernas de pau com grife……….

    Quem quiser tocar cornetas e vestir a camisa amarelada que o faça, só não encham o saco de quem não queira.

     

  17. Agoras tem essa encheção dos

    Agoras tem essa encheção dos pacovás………

     

    Parece os chatos que insistem em que se vote no amigaço dos coronéis cearenses e tucano enrustido, como se fosse o novo sassá mutema…..

    Torce a favor quem quiser, quem não quiser, não torce, como eu, que não vou torcer para a seleção do tecnico garoto propaganda de bancos e seus pernas de pau com grife……….

    Quem quiser tocar cornetas e vestir a camisa amarelada que o faça, só não encham o saco de quem não queira.

     

  18. Como Lula, torcemos pela Seleção!
    Nassif, da mesma forma que ver o presidente e general João Batista Figueiredo de radinho em punho celebrando a conquista da Copa em 1970 não nos levou a imputar à ditadura aquela vitória, também não se pode atribuir à nossa derrota na copa de 1950 para o Uruguai, num Maracanã lotado, a vitória de Getúlio Vargas para a presidência em outubro daquele ano, vencendo o tenente-brigadeiro Eduardo Gomes da UDN e o candidato Cristiano Machado, do mesmo PSD do presidente de então, general Eurico Gaspar Dutra. Ou seja, não se pode creditar à esquerda o clima de semi-indiferença popular que aparentemente marca essa véspera da Copa na Russia, pois assim que o selecionado entrar em campo torceremos por ele, da mesma maneira que os presos políticos de 1970 torceram pela seleção brasileira, entre uma e outra sessão de torturas no Deops/Doi-Codi. Não que eu assine em baixo o que Nelson Rodrigues escrevia, que somos uma nação de vira-latas e padecemos de um sentimento de inferioridade e humildade que nos leva a reverenciar os estrangeiros como seres superiores, exceto quando “a pátria de chuteiras” nos redime dessa subalternidade compulsiva. Creio que as últimas quatro eleições presidenciais demonstram que se um ex-metalúrgico foi capaz de nos levar a perfilar entre as maiores potências planetárias, não será uma CBF envolta em corrupção ou a apropriação das cores da seleção pelos oponentes de Lula que nos levará a torcer contra a performance de nosso time em campo. O “ópio do povo” de agora parece ser a eleição de um presidente capaz de combater as desigualdades sociais que respondiam por nossa inferioridade, até que a retirada de 60 milhões de pessoas de más condições de vida comprovou a veracidade daquele slogan – “sem medo de ser feliz” – que nos levou a fazer parte do BRIC´s até que o golpe togado frustrou temporáriamente essa conquista, sem que nenhum cronista estilo Nelson Rodrigues escrevesse como ele, que comparou a perda da Copa de 1950 à bomba atômica que dizimou Hiroshima e Nagasaki. Basta de lugares-comuns como atribuir à esquerda e aos intelectuais aversão a um esporte que não interfere no voto popular, como a vitória de Lula por 61,3% contra os 38,7% de José Serra deixou claro em 2002, dois ou três meses depois deste último candidato ter ajudado FHC a receber os nossos campeões na Copa do Japão e Coréia, com direito a piruetas do volante Vampeta na rampa do Palácio do Planalto. Ou será que camiseta verde-amarela de Lula na cadeia não indica exatamente isso, que golpe ou extrema direita alguma nos roubará ou privatizará nossos símbolos nacionais?

  19. Corro quilômetros para ir ao

    Corro quilômetros para ir ao encontro de um texto do Rui Daher. Um articulista que escreve como se estivesse falando, ou seja, a paixão, a raiva, a ternura, enfim, a emoção salta de cada palavra e frase. Concordo com o mesmo na maioria das vezes, mas aqui e ali surge uma discordância, como é o caso desse post. 

    Começo apontando uma estranheza: por que a generalização? Nem TODA a Esquerda é contra a Copa. Aqui mesmo nos comentários alguns já deram aval ao texto. E assim se repete pelas redes sociais. Pelo menos é o que observo. Então, se há uma parte dela que é contra não estaria simplesmente exercendo um direito de ser contra?

    Ah, claro, decerto responderia o Rui, “mas e os argumentos? Cadê  a p….dos argumentos?” Altercaria o brioso torcedor da canarinha. Bem, de minha parte arrolaria:

    A Copa, como de resto todos os eventos desportivos, de há muito perdeu o encanto. Os interesses pecuniários se sobreporam. Tanto por parte dos organizadores como pelo lado dos jogadores. No entreato, muita demagogia, pieguice  e esperteza. Um comercial do Itaú apelando para um patriotismo copeiro por conta de um evento por ele patrocinado num país que zera em quesitos bem mais nobres, a exemplo de uma premiação do Nobel, me parece bem emblemático. Como divertimento, lazer, vá lá que a engulamos. Entretanto, sublimá-la hoje como “a pátria de sujeiras” como fazia o inesquecível Nelson Rodrigues, soaria tão falso hoje como os espasmos goelares do Galvão Bueno gritando “é gol do Brasil!”.Afinal, de que “seleção” estamos tratando? O termo “seleção” aqui vai além do seu mero sentido semântico. Não se trata de “selecionar” apenas, mas e principalmente, distinguir aqueles jogadores que EFETIVAMENTE jogam o melhor futebol no seu país e não em times dispersos pelo Mundo. Se a prática hoje é aplicada por todos os participantes, não significa que esteja certa.

    No que tange à questão política, não vejo como negativa ou mesmo inoportuna a crítica utilizando esse viés. A Política, afinal, permeia todos os atos humanos. A começar pelos mais simbólicos ou os que fingem ser. O errado é a expropriação grosseira por motivações da política miúda, partidária. 

    A Copa do Mundo ainda é uma das poucas compensações que tivemos em termos de conquistas perante o Mundo. Foi  através do futebol JOGADO AQUI, ao lado do Café, do samba e do Carnaval, que fixamos nossa imagem externa. É perfeitamente compreensível que nosso subconsciente ainda insista nesse apego. 

  20. Torcerei pelo Brasil e

    Torcerei pelo Brasil e pretendo assistir a todos os jogos. Mais, se acontecer um enfrentamento Brasil X Alemanhã torcerei para um 8 X 1 para o Brasil. Se o Neymar é corrupto e a Globo é quem mais ganha o Futebol não é o culpado, o buraco não é na esquerda nem na direita, está onde sempre esteve, bem no centro, e continua fazendo muita merda. Deles só espero  que Neymar jogue e faça gols e que a Globo leve as imagens para quem quiser assistir nesse canal ou não tiver opcão. Fora isso os dois que se fodam. Considero que conforme o resultado a consequência será apenas  um pouco de alegria ou tristeza. Mudarei de opinião se alguém me convencer que pode haver algo mais, alguma interferência vigorosa na Política. Por exemplo, se alguém me convencer que uma 6a. Copa vai fortalecer o Estado de Exceção, vai livrar Temer, vai beneficiar a quadrilha, vai exaltar a República de Curitiba, eu passarei a ver virtude na torcida contra, e então que venha a Alemanha com outro 7 X1 e com tudo. 

  21. Isso mostra um distanciamento

    Isso mostra um distanciamento que certos setores da esquerda tem do povo. Eles não percebem uma coisa: o desânimo da população com a Copa do Mundo se deve a um mau estar nacional, por conta do golpe, e pela associação feita (pelos próprios golpistas) entre golpe e seleção brasileira, principalmente por conta do uso da camiseta amarela da CBF em protestos de 2016. Esse é um mau humor que o povo não deseja, mas sente. O povo está com vontade de sair dessa situação e, no caso sintomático da Copa do Mundo, torcer pelo Brasil no evento esportivo. O Lula percebe isso com grande naturalidade, por ser ele mesmo do povo (fato muito raro dentre os políticos), por assim ler naturalmente o que o povo sente e deseja.

    A esquerda, presa às suas teorias, seus preconceitos, seus hábitos antigos, à sua vivência escolarizada de classe média, nem sempre consegue perceber esses elementos. Esconde-se nisso uma vontade de tutelar o povo e de ser “superior” a ele, como se o povo devesse abandonar seu gosto popular por futebol e se “aculturar”, uma bobagem terrível que infelizmente é repetida muitas vezes. Trata-se, nos mais variados níveis, de uma negação do povo que serve muito bem à direita, e principalmente ao imperialismo, que passa por todos os países negando gostos nacionais e populares, para impor um modo de viver espelhado nas nações do Norte. 

  22. Briga por futebol.

    É assim mesmo , todos gritam e ninguém tem razão ! ou terão todos ?Ou será que é onde falta pão rsrsrs.

    Eu confesso que após a vaia sofrida pela Presidente Dilma e os 7 x 1 da Alemanha, fiquei desencantada e estou muito fria com a copa . Mas sei que na hra vou torcer, pois , antes de tudo amo o Brasil.

    E fico triste de ver as pessoas malhando os jogadores , que são gananciosos , sonegadores, etc etc. E me lembro de uma propaganda que me deixava chocada, sempre que a via , mas não me recordo de qual montadora era. Dois jovens se conhecem em uma balada e quando vão sair para se “conhecerem melhor”, a jovem diz : vamos no  meu ou no seu carro ? Mas o rapaz não tinha carro, e ele vai sumindo pelo chão. E fico me colocando no lugar destes meninos, em sua maioria de orígem humilde, e os entendo.

    Vamos xingar a Globo, a FIFA , a CBF, eles merecem e muito, pois não passam de ladrões, mas deixemos nossos “meninos” jogar  em paz.

    Abraços a todos.

  23. Então… o autor do texto
    Então… o autor do texto parece totalmente na defensiva…. Concordo que há um certo desencanto no ar mas ainda não vi um único esquerdista pedir às pessoas q não torçam pelo Brasil. Estamos muito longe do clima anti-copa de 2014. O q vejo sao pessoas desgostosas com os simbolos por conta da apropriacao que estes sofreram. Agora…. Quando o autor se comporta como se houvessem pessoas tentando lhe reprimir, lhe impedir de torcer… bem… quanto a isso sou levado a crer que na verdade ele está em discussão com a sua própria consciência. Escreveu o texto não para defender suas posições perante os outros mas consigo mesmo. No fundo ele sabe que a copa é só mais um dos ópios que ele tanto gosta e precisa ver justificado para poder curtir esse prazer sem sentir vergonha de si mesmo….. Boa sorte Rui.

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