Os ministros de Dilma

Jornal GGN – Com a definição dos novos (e velhos) ministros, começa a se desenhar com mais clareza o rumo do próximo governo da presidente Dilma Rousseff. Miguel Rossetto, Pepe Vargas, Jaques Wagner, Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo devem formar o comitê de aconselhamento presidencial, além de entrar na disputa pelo PT em 2018 caso o ex-presidente Lula decida não voltar a concorrer ao cargo.

Cinco ministros despontam como novo ‘núcleo duro’ da presidente

Débora Bergamasco e João Domingos

Do Estadão

Rossetto, Jaques Wagner, Pepe Vargas, além de Mercadante e Cardozo, formam potencial grupo de conselheiros de Dilma

A escolha de dois amigos gaúchos – Miguel Rossetto na Secretaria-Geral da Presidência e Pepe Vargas nas Relações Institucionais – para ocupar gabinetes no Palácio do Planalto e do também camarada Jaques Wagner para a Defesa irá acirrar a disputa sobre o setor da Esplanada que irá influenciar mais as decisões da presidente Dilma Rousseff durante seu segundo mandato.

Até agora, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, reinava sozinho como conselheiro direto da presidente. Os antigos titulares da articulação política e da Secretaria-Geral, Ricardo Berzoini, que foi escolhido para as Comunicações, e Gilberto Carvalho, que deixou o governo, eram considerados mais ministros do ex-presidente Lula do que de Dilma.

Mercadante, ao contrário, participou de todas as conversas com a presidente para a escolha dos novos ministros, fossem do PT, fossem de partidos aliados. Ele foi também peça-chave na administração da crise durante as manifestações de rua de junho de 2013, quando a popularidade de Dilma despencou. Atuou ainda ativamente na campanha à reeleição da presidente, dividindo a posição com Miguel Rossetto. Além de influenciar na governança durante os próximos quatro anos, ter a preferência presidencial pode ser determinante na escolha do próximo candidato à Presidência em 2018, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não entre na disputa.

Desejos. Mercadante, que foi candidato a vice na chapa de Lula, em 1994, sonha em ser o escolhido do PT e da presidente para a disputa numa eventual recusa do ex-presidente. O mesmo desejo tem Jaques Wagner. De acordo com informações de pessoas próximas ao ex-governador baiano e agora ministro, ao convidá-lo para o Ministério da Defesa, a presidente Dilma afirmou que vai precisar dos conselhos dele no dia a dia da política.

Wagner decidiu lutar pela casa que o Patrimônio da União cedeu ao então ministro José Dirceu (Casa Civil) no primeiro governo de Lula, até surgir o escândalo do mensalão, que o derrubou. A casa, que fica na Península dos Ministros, no Lago Sul, costuma ser reservada a um auxiliar que frequenta o gabinete presidencial. Mercadante mora no outro extremo, no Lago Norte.

O ex-governador se aproximou muito da presidente quando ambos foram ministros de Lula. Na campanha à reeleição, Wagner garantiu a Dilma a vitória no 4º maior colégio eleitoral do Brasil.

A presença marcante do ex-governador baiano nesta gestão também funcionará como uma ponte da presidente com a Nordeste.

Cardozo. Outro ministro que não despacha no Palácio do Planalto desponta como conselheiro da presidente. É o caso de José Eduardo Cardozo, que continuará à frente da Justiça. Dilma tem a intenção de indicá-lo para o Supremo Tribunal Federal. Junto com os outros quatro ministros, Cardozo deverá participar do chamado “núcleo duro” do governo, que funcionará como uma espécie de comitê informal de aconselhamento presidencial, prometido para o segundo mandato por Dilma em nome do “diálogo” e como gesto de descentralização.

 

Redação

6 Comentários

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  1. Uma pasta com a importancia

    Uma pasta com a importancia da justiça e que é um dos fundamentos do estado democrático de direito não pode ter como titular José Eduardo Cardozo: uma figura absolutamente inexpressiva a julgar por seu desempenho nos últimos quatro anos.

  2. recuso-me a criticar a

    recuso-me a criticar a permanencia de cardoso e desse pessoal da secon

    incompetente que sequer reage aos golpes da grande mídia

    e muito menos implanta algo novo no setor do governo.

    recuso-me porque é hora de somar esforços e

    desejar boa sorte a dilma e ao novo governo.

  3. Ministério Europeu….

    Analisando “etnograficamente” pelos sobrenomes,  nesse ministério totalmenete branco ve-se uma grande quandidade de italianos, lusos quatrocentões, cristãos novos e alemães/judeus. Para os afros sobrou o obscuro (tamanha hipocrisia, diga-se) da Igualdade Racial, afinal, pelo que se deduz, o PT acha a economia, a indústria, a agricultura, transporte, cidades, infraestrutura, a energia áreas importantes demais para deixar na mão de negros.

    O discurso é bonito, a prática não confere. Negros em governos petistas chegam no máximo até as franjas do terceiro escalão, onde, através de cargos comissionados, dinheiro vivo, empelega os movimentos negros, movimentos esses criados para isso mesmo, viver de boquinhas no estado…

  4. Circo de Horrores

    Se esse moletito verde-alface da Katita Toda Pura Abreu, consegue ser mais brega do que o tubinho arrastão de Dilma e aquela outra coisa horrorosa (isso veio do circo?) na ponta direira da photo, imagina a Ideli escondida lá atrás…

    Ufa, ainda bem que os homens usam aqueles ternos básicos….

     

    1. Pelo visto, uma vez que

      Pelo visto, uma vez que expert em moda, não vais tecer nenhuma consideração sobre os homens , o comentário sobre eles ficou muito pobre. Por que estão bem vestidos  (em seus conceitos de bem vestir), por que é machista, por que quiz simplesmente falar mal, ou outra opção?

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