Sobre o sigilo dos relatórios de financiamentos do BNDES

Por Motta Araujo

Comentário ao post “Ao contrário do que disse a Folha, STF não quebrou sigilo bancário nos financiamentos do BNDES

Está havendo uma confusão neste assunto. O sigilo bancário refere-se a transações de conta corrente entre particulares, José pagou 6.000 para  Amanda e esta transfere 2.500 para Renato. Essas transações estão cobertas por sigilo bancário porque são movimentações de fundos entre pessoas, o banco neste caso é mero depositário.

O BNDES com recursos exclusivamente públicos, o banco não tem depositantes privados, faz uma operação de financiamento para a Marfrig. Esta operação NÃO ESTÁ COBERTA POR SIGILO, não é uma transação entre particulares e sim um empréstimo com recursos públicos. O bem jurídico “transparência” neste caso é superior a sigilo, o BNDES tem obrigação de fornecer o Relatório da operação, valor, garantias, prazo, taxa de juros, porque o DINHEIRO É PÚBLICO, vem do Tesouro ou é por ele garantido, portanto é dinheiro do contribuinte.

Este é o entendimento de decisão colegiada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região em sentença de outubro de 2013 que está aqui no link do jornal jurídico Migalhas.

O Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Europeu de Desenvolvimento, o Banco Africano de Desenvolvimento, TODOS publicam em seus sites o relatório completo de suas operações. É o que se pede ao BNDES, mesmo porque quando o tomador é empresa de capital aberto, esta deveria informar ao mercado essa operação como fato relevante.

A negativa do BNDES em ser transparente é altamente suspeita. Visa esconder operações políticas sem garantias como todo mercado sabe que ocorreram. O banco usa um truque para operações ruins, quando chega perto do vencimento RENOVA para que a operação pareça sempre regular. Fez isso com operação com a OGX dias antes da quebra. É óbvio que as garantias existem sempre como FORMALIDADE, o que não significa que são garantias verdadeiras, por exemplo um tomador dar suas próprias ações como garantia é truque, se a empresa quebra as ações não vão valer nada, só existem no papel.

Fez manobras complicadas com a Marfrig, transformando dívida com o banco em debêntures que coloca na BNDESpar, empresa de participações que ESTÁ COMPLETAMENTE FORA DE GUARDAR SIGILO BANCÁRIO. Capitaliza juros não pagos ou faz novo empréstimo para a devedora pagar os juros, o que indica clara inamdimplência.

Para as operações de rotina o banco é extramamente rigoroso, já nas operações “campinas” não há garantias, o devedor pagar se, quando e como quiser, se não pagar o Banco precisa mantê-lo vivo porque a quebra revelaria o favorecimento. Operações com Cuba, Venezuela e países africanos são de altíssimo risco mas constam no balanço do banco como ativas e regulares, o que é altamente discutível.

Redação

32 Comentários

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  1. “O BNDES com recursos

    “O BNDES com recursos exclusivamente públicos, o banco não tem depositantes privados, faz uma operação de financiamento para a Marfrig. Esta operação NÃO ESTÁ COBERTA POR SIGILO, não é uma transação entre particulares e sim um empréstimo com recursos públicos. O bem jurídico “transparência” neste caso é superior a sigilo, o BNDES tem obrigação de fornecer o Relatório da operação, valor, garantias, prazo, taxa de juros, porque o DINHEIRO É PÚBLICO, vem do Tesouro ou é por ele garantido, portanto é dinheiro do contribuinte”:

    O fato do dinheiro ser publico NAO significa que o judiciario tem que ser lunatico ao ponto de colocar relatorios privados ao alcance de qualquer um, sabendo que eles vao ser uma bomba nas maos da media brasileira!

    Os EMPRESTIMOS sao publicos.  Os relatorios NAO SAO.  Entre outras coisas eles afetariam ate mesmo a bolsa de valores, ecolocariam nas maos da falha de Sao Paulo a chance de fazer investimentos proprios e lucrar com informacoes privilegiadissimas.

        1. Eu posso!  ME

          Eu posso!  ME PERGUNTA!

          Ok…  faltando sombra de prova concreta pra qualquer wrongdoing, a falha de Sao Paulo quer que o judiciario lhe permita fazer uma devassa em contratos de bilhoes de dolares de valor pra ver SSSSEEEEE acha alguma irregularidade, que algum analfabeto ja tentou com a Petrobras alguns anos atraz.

          E o Weber acha mais importante acreditar na falha…

          Oh?  Nada a ver com o que eu falei?  Minha folha.  Digo, falha.

          1. Petrobrás

            Ivan você é inocente demais, você acha que a Petrobrás quebrou como?

            O governo Dilma acabou com o pedido de CPI ontém.

            O que têm escondido ali vale mais de 300 Bilhões de Reais, que é o que o valor de mercado perdeu nos últimos meses.

            Dez contra um que não vão abrir os segredos, colocam o Brasil numa guerra civil antes.

          2. A PETROBRAX QUEBROU.
            Se a

            A PETROBRAX QUEBROU.

            Se a Petrobras quebrou, quero ver os links de documentacao porque sua palavra nao eh o bastante.

          3. Valor de mercado e perdas da empresa.

            A Petrobrás não perdeu 300 bilhões*.

            Quem perdeu foi o “mercado”.

            Por razões dele mesmo.

            Ela este ano GANHOU > 20 bilhões.

            Cumpriu compromisso de ganho para seus acionistas

            Ganhos e perdas na Bolsa não são exatamente problema dela.

            Deu pra entender ou tá difícil?

             

            (*) de acordo c/seu valor

  2. Colecionando meus dois

    Colecionando meus dois comentarios previos sobre esse post, suponho que nao seja preciso notar a hipocrisia da folha de Sao Paulo falar logo em nome do dinheiro publico(!)…

    1-

    “O BNDES com recursos exclusivamente publicos, o banco não tem depositantes privados, faz uma operação de financiamento para a Marfrig. Esta operação NÃO ESTÁ COBERTA POR SIGILO, não é uma transação entre particulares e sim um empréstimo com recursos publicos”:

    Qual seria a razao de “Marfig” ter um emprestimo do banco entao?  Isso seria razao para toda empresa que queira sigilo correr pros bancos privados, e mais ou menos legalizaria agiotagem bancaria privada.  Nao faz sentido.

    Mais importantemente, porque um jornal iria ao judiciario pra ter acesso a informacoes sigilosas de valor acima de 100 milhoes?  Porque nao 50 milhoes, ou 200 milhoes?

    Tem coisa ai, Andre.  O fato dos bancos publicos emprestarem dinheiro e isso “nao estar coberto por sigilo” nao eh o que o jornal quer.

    2-

    Logo nas primeiras sentencas do link:

    “O TRF da 2ª região entendeu que é legítima a pretensão dos veículos de imprensa de ter acesso a relatórios de análise produzidos pelo BNDES com justificativa técnica para operações de financiamento milionários, concedidos com verba pública. O MS para obter acesso à informação foi impetrado pela Folha de S.Paulo”

    Essa foi a decisao derrubada!  Isso ja passou!

    O item continua com um segundo paragrafo pior do que o primeiro:

    “De acordo com os autos, o matutino requeria acesso e extração de cópias de informações referentes às operações com aporte de valores iguais ou superiores a R$ 100 milhões realizadas pela instituição no período entre janeiro de 2008 e março de 2011”

    Notando que pra falar do judiciario eles especificam “relatorios de analise produzidos pelo BNDES” enquanto pra falar sobre o requerimento do jornal, ai ja vira “informacoes” com valor x ou acima!

    QUEM a merda de falha de Sao Paulo pensa que eh?!

    Repito a pergunta de antes:  COMO um assunto desses chegou ao supremo?!

  3. Então…

    … quem tem conta no Bando do Brasil ou na Caixa Econômica Federal não tem sigilo bancário, é isso?….

    Eu pessoalmente acho que náo deveria ter sigilo bancário…

  4. Motta, em trechos isolados

    Motta, em trechos isolados dessa sua argumentação você poderia até ter razão. Mas, você embaralhou o carteado, retirou ali um coringa, mais alem um ás e uma dama de copas, e mais acolá um rei de paus.

    Com isso, não estou dizendo, note bem, que você fica guardando cartas nas mangas. Sem dúvida!

    Agora, como me diria o meu concunhado gaucho de Porto Alegre, não é assim que se distribui cartas!

    Além do que, o assunto é muito complexo e não mereceria tanta ligeireza.

    Ligeireza em temos de espaço, seja bem dito!

    1. Nad a ver. Clausula de

      Nad a ver. Clausula de confidencialidade é ENTRE AS PARTES em uma transação privada,  o BNDES não é um ente privado, estamos tratando aqui de direito publico.

  5. Em nome do interesse público,

    Em nome do interesse público, gostaria de saber o número das chapas das peruas Ford, cedidas pela empresa Folha da Manhã para a operação OBAN na  tortura e assassinato de patriotas brasileiros, já que foram cedidas para um órgão público.

     

    1. http://documents.worldbank.or

      http://documents.worldbank.org/curated/en/2014/02/19121249/brazil-br-sao-paulo-water-recovery-project-reagua-p106703-implementation-status-results-report-sequence-07

      Relatorio sobre um emprestimo para o abastecimento de agua de São Paulo feito pelo Banco Mundial.

      O site do Banco Mundial tem informações sobre TODOS os emprestimos concedidos pelo Banco, com paginas de detalhes.

      Se vc ficar um mês na frente da tela do Banco Mundial vc não consegue ver todas as informações, pais por pais, emprestimo por emprestimo, inclusive sobre os que estão inadimplentes.

      A mesma coisa no site do Banco Interamericano de Desenvolvimento

  6. Acréscimo

    Com as informações completas como você defende que o BNDES faça. Um exemplo: consultei o site do BID, projetos. Um deles é para uma empresa, a PEMEX. O projeto é ME-L1110 : Etileno XXI, e não tem informações completas.

  7. O processo só acaba ao terminar e ai há como medir seus efeitos

     

    Motta Araujo,

    O que que é isso? Aqui neste post “Sobre o sigilo dos relatórios de financiamentos do BNDES” de quinta-feira, 27/02/2014 às 15:50, você diz:

    “O sigilo bancário refere-se a transações de conta corrente entre particulares, José pagou 6.000 para  Amanda e esta transfere 2.500 para Renato. Essas transações estão cobertas por sigilo bancário porque são movimentações de fundos entre pessoas, o banco neste caso é mero depositário”.

    Quer dizer então que o dinheiro que você toma emprestado em um Banco não está protegido pelo sigilo bancário?

    O post de Luis Nassif emitindo a opinião dele sobre a decisão do Tribunal Regional Federal de 2ª Região mais bem expressa o que diz a decisão da TRF-2ª Região do que a sua intervenção. Na página 14, 15 do arquivo referente a decisão do TRF-2ª Região e que se pode ver no seguinte endereço:

    http://www.migalhas.com.br/arquivos/2013/10/BNDESxFolha.pdf

    decidiu-se o seguinte sobre a necessidade de se chamar ao processo as empresas tomadoras de empréstimos:

    “Deve ser afastada, ainda, a preliminar levantada pelo BNDES acerca da necessidade de citar as empresas beneficiadas pelos empréstimos sob o argumento de que seriam prejudicadas pela quebra de seu sigilo bancário, eis que o objeto do mandamus é o acesso aos relatórios elaborados [p]ela equipe técnica da instituição financeira, sem que seja necessário ter acesso a movimentações bancárias das mutuárias, como bem esclarecido pelo impetrantes na petição inicial.

    Na verdade, examinando-se o modelo de “Relatório de Análise” juntado pelos impetrantes à guisa de exemplo, é possível verificar que as informações ali contidas não são de forma alguma, cobertas pelo sigilo bancário, j[a que n~]ao dizem respeito à movimentação bancária das empresas de forma a expô-las indevidamente de molde a justificar seu interesse em ingressar no feito. De fato, o que se pode observar da leitura do documento é que, além de observações sobre a saúde financeira da futura mutuária, a maioria das informações constantes do documento versa sobre o projeto apresentado como justificativa para concessão do empréstimo e os impactos que poderiam advir à economia nacional, como geração de empregos, por exemplo. Ou seja, o relatório é, na verdade, uma análise realizada pelos técnicos do BNDES para embasar a decisão política da Direção do Banco quanto à concessão ou não dos empréstimos”.

    E como se pode observar pelas referências legais às páginas 17 e 18 da decisão, o relatório já é apresentado ao Congresso Nacional em atendimento ao previsto no art. 1º, § 8º da Lei nº 12.096 de 24/11/2009 (Com alterações posteriores) e a seguir transcrito:

    “§ 8º O BNDES deverá encaminhar ao Congresso Nacional, até o último dia útil do mês subsequente de cada trimestre, relatório pormenorizado sobre as operações realizadas, indicando, entre outras informações, a quantidade e o valor das operações de financiamento realizadas, detalhadas por modalidade do investimento, setor produtivo beneficiado, localização dos empreendimentos e estimativa dos impactos econômicos dos projetos, inclusive em termos de geração de emprego e renda, resguardado o sigilo bancário”.

    Em meu entendimento, o empréstimo ao setor público poderia ser aberto ao público, agora abrir completamente ao público qualquer empréstimo concedido pelo BNDES, mesmo em se tratando de empréstimo a uma empresa de direto privado, é uma questão mais difícil de ser respondida. Se o STF privilegiar o princípio de transparência é de se supor que as empresas não terão um menor interesse em pedir dinheiro ao BNDES. Os economistas defensores do liberalismo e que não gostam de Bancos Públicos emprestando com taxa mais baixa vão ficar bastante satisfeito com uma decisão assim. A esquerda que sonha com um capitalismo como o pregado pelo AliancaLiberal, pulverizado, sem empresas grandes, todas em uma concorrência perfeita em que a melhor vence a o pior que derrotada é substituída por outra, não havendo a vitória do maior e mais forte que abocanha o menor também apoiará a decisão do STF se vier a ser pela prevalência do princípio da transparência.

    Penso, entretanto, que se deva esperar para ver qual será a decisão do STF e seu alcance.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/02/2014

    1. Nada a ver. Estamos falando

      Nada a ver. Estamos falando EXCLUSIVAMENTE de dinheiro publico. O dinheiro que vc toma no Itau NÃO é dinheiro publico.

      O BNDES recebeu do Tesouro em 5 anos R$328 bilhões de Reais em transferencias puras, dinheiro do caixa do Tesouro para o caixa do BNDES. Esse dinheiro foi emprestado par açougueiros semi-analfabetos criarem imperios, para o Eike posar de mais rico do mundo, para a  Dilma tirar foto em Cuba sorridente com Fidel, é mais dinheiro do que o Banco Mundial e o Banco Interamericano juntos desembolsaram em 5 anos MAS no caso do BM e do BID existem Boards com representantes de muitos paises-membros para fiscalizar, aqui NÃO QUEREM FISCALIZAÇÃO alguma, o Board aqui é o Carlos Lupi, não precisa dizer mais nada e a cupula é a Unicamp que fez o Plano Cruzado, é muito dinheiro para ficar sob o manejo de tão poucos e SEM NENHUMA TRANSPARENCIA, é o seu, o meu, o nosso dinheiro e voces ainda acham certo ter SIGILO para ninguem saber de nada, estamos protegendo quem com o sigilo? O feliz tomador que tem iate em Saint Barth graças ao dinheiro do banco?

    2. Nada a ver. O dinheiro que um

      Nada a ver. O dinheiro que um correntista toma no Itau é uma operação privada, com juros de mercado, não há dinheiro publico. São os recursos publicos do BNDES o bem juridico a proteger, porque o tomador do emprestimo no BDES alem de favorecido pelos juros mais baixos ainda precisa ser mais protegido com sigilo? O dinheiro é úblico, vem do Tesouro, o BNDES recebeu em 5 anos R$328 bilhões do Tesouro, há processos, inqueiitos, manchetes por causa de 10, 20 ou 50 milhões de dinheiro publico, porque R$328 bilhões merecem sigilo? Sigilo em beneficio de quem? O sigilo é em desfavor do contribuinte e em favor do felizardo que pegou dinheiro do BNDES, que inversão de pautas, francamente.

        1. Meu caro Daniel, que eu saiba

          Meu caro Daniel, que eu saiba as operações do BB e da CEF são a juros de mercado, em alguns casos a taxas superiores aos bancos privados. Nessas transações o BB e a CEF operam como bancos comerciais, captam dinhiro de depositantes e reemprestam. São situações muito diversas do BNDES que usa dinheiro do Tesouro para seus emprestimos.

  8. Folha Auditoria SA ou DataXeretagem

    Ora um órgão de mprensa, além de partido político, transporte de presos, instituto de pesquisas, etc. agora vai entrar também no ramo da auditoria?

    Assim, sem sequer estar registrada ou ter profissionais especializados?

    Vai cincorrer com a Delloitte, Price, etc?

    Com focas vasculhando dados e fazendo relatórios?

    E tudo, que interessa ou não, relevante ou não, corretamente ou não vai ser publicado pelaí

    Quer dizer que por haver dinheiro público, projetor e segredos militares têm que estar disponíveis?

    Como uma empresa pública poderá concorrer com uma privada, se estas tem todos os sigilos necessários assegurados e aquelas terão que torná-los públicos?

    Isto é de um ridículo assombroso.[

    O que uma empresa QUALQUER precisa é mostrar seus resultados. Sofrer audtorias profissionais obrigatórias. Mostrar seus balanços, fatos relevantes,etc.

    Se alguém tem dúvidas sobre a empresas ou negócios específicos dela, o meio existe: Abra uma denúncia para investigação. Existe polícia, MP para isso.

    O que não dá é por mera suspeição, querer desnudar os negócios de uma empresa por que desconfia dela.

    Como se por ser pública, inverta-se a presunção de inocência.

    Como já disse um colega, o simples pleito e o fato de já ter corrido 2 tribunais e ir ao Supremo já é risível.

    Exatamente os neoliberias conservadores, que se pretendem conhecer negócios, não sabem o que são negócios? Estratégias, planos, projetos, concorrência?

    Nos EEUU ou Inglaterra isto nem seria aceito como processo.  É SURREAL

    Aqui, só mostra o quanto os capitalistas tupininquins são medíocres e desconhecem o próprio capitalismo.

    Literalmente, só sabem viver “de bicos” e “tetas”.

     

    1. A posição legal da FOLHA ao

      A posição legal da FOLHA ao entrar no TRF da 2ª Região é a de qualquer contribuinte, não precisa ser jornal, como contruinte quer saber como está sendo usado seu dinheir, os direitos constitucionais de peticionar em juizo são atribuibeis a qualquer pessoa fisica ou juridica.

  9. Dinheiro público: NY Times quer xeretar a CIA e o Dep.Defesa!

    De acordo com a brilhante raciocínio de Motta Araujo e seus concordantes, já que o dinheiro é público, o NY Times e o Washinton Post poderão esmiuçar as operções da CIA, FBI, NSA, Defesa, dentre tantas outras instituições publicas.

    Afinal o público precisa saber exatamente como estão gastando seu din-din, né?

    Eu continuo rezando, mas as assombrações não param de aparecer.

    Tsk, tsk, tsk.

    1. Diferente

      É um exemplo bom complicado o que você deu. Primeiro porque a política lá é completamente diferente, as cabeças são diferentes lá.

      Mas creio que as operações financeiras da CIA, FBI, NSA, etc poderiam e deveriam ser esmiuçadas sim, por qualquer cidadão americano.

      Quanto mais secreto o uso do dinheiro público, mais fácil a corrupção, e mais fácil criar desconfiança, mesmo que não haja corrupção ou outro problema.

       

      E respondendo à sua pergunta, acho que o público deve saber sim, exatamente, como estão gastando seu din-din. Afinal é o futuro (e o presente) de cada um que está em jogo pra somente acreditar na palavra de executores.

      1. “a política lá é

        “a política lá é completamente diferente, as cabeças são diferentes lá”

        Lá vem complexo de terceiro mundo. Provavelmente lá são seres de Marte (ou nós o sejamos). Todos são sérios, honestos, eficientes, etc. etc. etc. Tem até Disnei e Roliúdi!

        Ora meu caro xtécnico, se há um dinheiro PÚBLICO que ninguém sabe bem como é gasto é o de agências de inteligência, por isso dei o exemplo.

        Nem o Congresso americano consegue esclarecer suficientemente tais gastos (e não estou defendendo as agências), pois há evidentemente informações sigilosas (demais).

        O fato é que existem informações que são sensíveis aos negócios (ou operações) ou ainda à proteção de investidores por manipulações de valores mobiliários (mercado de ações),

        Já as informações financeiras (SAs públicas ou privadas) são obrigatóriamente publicadas em balanços e demonstrações de resultados (que não é exatamente o caso das agências) e auditados por empresas independentes. Há regras e leis. E são aplicadas.

        Se a Folha questiona o BNDES, que olhe seu balanço (onde vai descobrir que o banco dá lucro, apesar de ser um banco de fomento e não ter este objetivo).

        Se achar que há fraudes e outras suspeitas, que solicite investigação (e não ela própria investigar, pois é um órgão de imprensa e não de polícia, auditoria ou de Justiça. Nem tem estrutura, competência ou objetivo social para isso. Querer fazer isso sim, é suspetíssimo!

        Porque não querem investigar as operações de bancos privados? Porque são privados? Mas certamente ganham dinheiro em operações ilegas. São concessões de interesse público. São lideres em reclamações públicas. Mas aí pode?

        Por que a Folha (ou o PIG) não querem investigar ou auditar a dívida pública (que dizem poderia reduzir, por mero acordo, em cerca de 70%)? É muito mais do que uma “suspeita operação específica” de um banco de fomento. E em nenhum caso, seria esta mídia que investigaria! Pois ela já se declarou partidária! Já imaginou uma polícia ou MP ou STF partidário! Pois é, e o pior é que já existem!

        Já imaginou nossas instituições investigarem apenas um lado, declarado  “adversário” (com fartas evidências de serem muito menos danosos que o lado protegido?

        O fato é que eles querem todas as informações das operações de negócios (e não financeiras do banco, que já são públicas). Acho desnecessário citar exemplos (se quiser dou vários) de informações sigilosas tanto para proteger os negócios, um compromisso de interesse mútuo entre o banco e seus financiados (ou sócios, na BNDESPar) e proteger os investidores no mercado aberto.

        A Folha e a mídia assumiram publica, declarada e explicitamente um papel de “partido de oposição”, já que por eles mesmos, “os partidos” seriam incompetentes para tal”. Um papel irregular , canhestro e esdrúxulo, já que partidos são submetidos a REGRAS que os jornais não. Partidos tem lado e jornais, a menos de posição editorial  EXPLÍCITA, não devem tê-lo já que ao usarem a notícia de forma política, tem imenso poder de (des)informação, manipulação de opinião, algo que os partidos também não têm , São empresas que ganham dinheiro por venda de seus exemplares e de publicidade, coisa que os partidos também não têm.

        No caso do BNDES, as razões são semelhantes, já que jornal não é empresa de auditoria nem polícia ou MP.

        No máximo podem pedir auditorias e investigações (a quem de direito), jamais as informações para qe eles a façam. Aí, como no caso do “partido de imprensa”, será mais uma uma enorme distorção. E uma festa de divulgação.

        A incapacidade de discernir tais fatos só mostra que nossos conservadores neoliberais que se dizem capitalistas não entendem sequer o capitalismo básico.

        Apenas o jogo predatório que ele (como outros sistemas) permite 

  10. Não, o tema é publicização de informações sigilosas

    O sr. defende que, fora o “sigilo bancário de movimentações”, tudo deve ser aberto pelo BNDES à Folha. E que isso se deve a ser “dinheiro público”.

    Veja a resposta dada por Neurônio em Curto, que abrange o tema.

    Ainda que a Petrobrás fosse 100% pública, alguém querer que ela por ex. vaze seus dados de pesquisas geológicas (que custam fortunas) para um JORNAL (!) por suspeitas de mal uso do dnheiro (público!), ultrapassa de longe as fronteiras do ridículo. As formas de fazê-lo são evidentemente outras.

    Folha é imprensa (confessadamente partidária), não empresa de auditoria, instituição policial, de MP ou Jusitiça.

    E nem têm competência, perfil, atributos ou objetivo social para travestir-se deles.

    Já imaginou se pudesse? Confessadamente partidária?

    Sigilo bancário sim é bull shit neste tema.

    Ps: Certa feita numa agência, preenchi um cheque de R$ 500,00 para transferir entre contas minhas. Resolvi fazer só no dia seguinte e na confusão de canetas, formulários, calculadora, acabei esquecendo-o no balcão (já valorado e nominal, mas não assinado). Quando percebi, voltei à a agência, mas já era tarde. Sustei na outra agência, mas o cheque, grosseiramente falsificado (assinatura e beneficiário “ou”, com outra tinta) já havia sido compensado por um malandro que o encontrou (e ainda paguei para sustar, hehe).

    Para resumir, embora com a cópia do cheque (um direito meu, pois era de minha conta), só consegui saber o nome do beneficiário lá escrito ridiculamente em caneta diferente como “ou”. Nenhum dos bancos assumiu o prejuízo.

    O banco destino (Itau) negou-se a (1) dar-me os dados do meliante, por ser “sigilo bancário” e (2) estornar o dinheiro para minha conta, por tratar-se de grosseira falsificação.. “O descuido fora meu!” (!!!).

    (portanto alguém cometer fraude ou crime propiciado por um descuido seu não é crime, talvez porque  “achado”, embora infantilmente falsificado, “não é roubado”).

    Já tem uns 5 anos que a polícia, acionada, está “investigando”, sem nenhum retorno do BO.

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