Analistas avaliam novos ministros como garantia de governabilidade para Dilma

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

Por Isabela Vieira

A escolha dos 13 novos ministros pela presidente Dilma Rousseff é uma tentativa de conquistar aliados no Congresso Nacional e garantir a governabilidade no segundo mandato. Os nomes, anunciados na última terça-feira (23), atendem a partidos da coligação que reelegeu a presidenta e não deveriam ser surpresa para eleitores à esquerda, afirmam cientistas políticos ouvidos pela Agência Brasil.

A preocupação com a composição do próximo Congresso Nacional foi um dos principais elementos para a escolha dos novos ministros, disse o cientista político Ricardo Ismael, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Apesar de o PT e o PMDB terem as maiores bancadas, também cresceram partidos como o PSD, de Gilberto Kassab, escolhido para o Ministério das Cidades, e o PRB, de George Hilton, contemplado com a pasta do Esporte.

De acordo com a análise de Ismael, desde as primeiras nomeações, a presidenta tem buscado dialogar com vários setores da sociedade. Segundo ele, isso ficou claro com as indicações de Joaquim Levy para a Fazenda, de Armando Monteiro para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Nelson Barbosa para o Planejamento. “Foi uma tentativa de atender o mercado financeiro, sinalizando mudanças na politica econômica. Com os 13 novos nomes anunciados, a preocupação foi na mesma linha, contemplando a base aliada, sobretudo o PMDB, que ficou com seis pastas.”

Para João Feres Júnior, professor de pós-graduação do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), é natural que políticos sejam escolhidos para altos cargos no governo. Segundo ele, esta é uma forma de tentar um diálogo mais próximo com representantes eleitos para o Congresso e garantir que as propostas do Planalto sejam aprovadas pelo Legislativo.

“O presidente da República tem uma autonomia limitada. Várias das politicas públicas do Executivo têm de ser aprovadas na forma de lei. Para uma lei ser aprovada, precisa passar pelo Parlamento. Então, a presidenta tem de ter aliados lá”, comentou Feres.

Ele lembrou que a Presidência da República apresenta mais projetos de lei que deputados e senadores, mas precisa tratar com eles. “No sistema presidencialista, o conteúdo do governo tem de ser negociado constantemente com o Legislativo. A presidenta não escolhe notáveis em cada área e os coloca nos ministérios. O gabinete ministerial reflete o acordo com a base parlamentar, uma articulação com a maioria do Parlamento”, explicou. “Política é uma arte complicada. É correr no fio da navalha”, disse.

Embora muitos nomes não agradem a eleitores mais à esquerda do PT, Luciana Veiga, professora de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, lembrou que Dilma venceu representando uma coligação da qual ficaria dependente. “Não podemos pensar em desvirtuamento do voto. Pressupõe-se que os eleitores sabiam que era uma coligação sustentada pelos votos do Parlamento, que, na Câmara, ficaram divididos entre PT e PMDB”, acentuou.

Luciana acredita que, com cenário econômico mais apertado, sob influência das investigações da Operação Lava Jato, o segundo mandato será de negociação constante entre as forças que elegeram a presidenta. “Há os eleitores de esquerda que, na reta final, viabilizaram a eleição. Mas eles não são maioria entre os eleitores de Dilma. Pensando fria e estrategicamente em termos eleitorais, são eles os últimos a deixar de votar no PT em uma eventual disputa contra o PSDB.”

A professora da UFPR acrescentou que a escolha por políticos foi pensada para garantir a governabilidade, diante das incertezas econômicas e do cenário político. “Vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Tem de negociar. Se ela fizer birra agora, cai na armadilha de negociar votação por votação. Sabemos como isso fica caro”, disse Luciana, referindo-se, por exemplo, ao trâmite tumultuado do decreto criando a Política Nacional de Participação Social (PNPS).

A análise de João Feres Jr. é semelhante. Ele sugere que os setores descontentes com as indicações devem cobrem de Dilma por terem sido decisivos na reta final da campanha. “Os movimentos sociais têm de cobrar a dívida, enquanto o papel da presidenta é governar”, justificou.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

23 Comentários

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  1. Um usuário do twitter disse:

    “Não votam nos candidatos do PT para garantir um ministério melhor e depois reclamam”.

    Mas ele também esqueceu de dizer que em estados onde era favorito para eleger um senador, o PT abriu mão de disputar (Bahia, Minas Gerais, Ceará).

    Em Minas e Ceará a desistência petista ajudou a eleger tucanos (Anastasia e Jereissati). No Paraná apoiaram um comunista acusado de corrupção em vez do combativo Doutor Rosinha, com isso Alvaro Dias papou mais essa sem dificuldade.

    1. O PT prioriza disputar governos de estado

      e deixa vagas no Senado em segundo plano.

      Por que será que prefere os governos do estado?

      Será que é pelo número maior de cargos disponíveis?

      Depois reclama das dificuldades no congresso.

       

       

      1. A prioridade do PT

        Errado! O PT prioriza a disputa para a presidência e condiciona todas as outras eleições (governos estaduais, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores) a ela.

        Em segundo lugar vem a disputa para governadores e depois se sobrar margem de manobra os pleitos para prefeitos. A disputada para o Senado é um ônus para o PT e a briga eleger deputados federais e estaduais é considerada como insignificante para a grandeza do partido.

        Por fim, o PT nem sabe o que são vereadores.

        Colocar como prioridade absoluta e única a disputa pela presidência vem sendo a cova do PT. O apego a principal cadeira do País tem enfraquecido muito o partido e está fundando o alicerce para a tomada do poder pelos partidos conservadores.

        1. Peraí, Ricardo Gomes

          Peraí, Ricardo Gomes (cado),

          o pt, o pt, o pt aprovou em congresso recente a diretiva de que ninguém ficaria no cargo por mais de duas vezes. Se vão cumprir eu não sei. Mas é, talvez, o único partido que tem alguma regra clara de deomcracia interna.

          Sobre as ingerências do diretório nacional é verdade. Mas a causa disso não é somente o “olho grande” no poder; é o simples fato de que esse poder é muito concentrado na União.

          Quis são as competências dos Estados e Municípios hoje em dia, depois de 88?

          Essa centralização é um dado a mais da realidade, só isso.

          Outra coisa que alguns amigos petistas contam é que, de fato, existe uma mania, sim, mania de querer sempre agradar “o outro lado”. Quem perde internamente é quase sempre obrigado a observar a composição com o adversário mais distante.

  2. Vamos trair quem nos é mais fiel !!

     “Há os eleitores de esquerda que, na reta final, viabilizaram a eleição. Mas eles não são maioria entre os eleitores de Dilma. Pensando fria e estrategicamente em termos eleitorais, são eles os últimos a deixar de votar no PT em uma eventual disputa contra o PSDB.”

    A Sabedoria dos notáveis por vezes é de um cinismo fatal!! Já que eles são os verdadeiros eleitores fieis do PT que mal faz a Dilma traí-los?? A que ponto chegamos…

  3. Operação Lava Jato

    Estava dando uma passada super rápida pelas chamadas do IG, quando me deparei com esta abaixo, que logo liguei com a operação em curso, pois só consegui guardar de chofre “Vazam mais 14… Falar em vazamento, de qualquer espécie é falar em corda em casa de enforcado. Essa palavra deveria ser proibida de ser usada nas redações para outros fins até o fim da “Operação”. Tô ficando nóia!

    Ou será que o fato abaixo tem a ver com Dilma, PT e com a Operação La…Lav…Lava…Bem, melhor esperar por maiores esclarecimentos no JN de mais à noite.

     

    Vazam mais 14 músicas inéditas de Madonna

    Por iG São Paulo | 

    25/12/2014 17:19Texto  1 pessoas lendo 0Comentários 

    As faixas, incluindo “Back That Up (Do it), com Pharrell Williams, estarão no próximo álbum da cantora, “Rebel Heart”

    Madonna é vítima de vazamento pela segunda vez em pouco menos de uma semana. Mais 14 músicas inéditas da cantora caíram na internet nesta terça-feira (13). 

    LEIA MAIS: Madonna fica brava com vazamento: “Isso é um estupro artístico”
    Justiça nega pedido de Polanski para anular acusações de crimes sexuais

    Na semana passada, 13 faixas demos do próximo álbum da artista, “Rebel Heart”, caíram na internet. De acordo com Madonna, as músicas, ainda inacabadas, foram roubadas há tempo. 

    Nesta nova “leva”, estão outras faixas do disco, cujo lançamento está marcado para o ano que vem, incluindo “Back That Up (Do it)”, feita em colaboração com o rapper Pharrell Williams. 

    Marcus Piggott e Mert Alas/InterviewA cantora é vítima de um vazamento pela segunda vez em pouco menos de uma semana

    Uma lista feita pela revista “Times” dá conta de que as músicas vazadas foram “Veni Vidi Vici,” “Beautiful Scars,” “Freedom,” “God Is Love,” “Hold Tight,” “Best Night,” “Inside Out,” “Tragic Girl,” “Nothing Lasts Forever,” “Holy Water,” “Graffiti Heart,” “Body Shop,” e “Back That Up (Do It) feat. Pharrell. 

    Quando soube do primeiro vazamento, Madonna mostrou todo o seu descontentamento no Twitter. “Isso é um estupro artístico. Essas são demos antigas, sendo que metade nem estará no álbum e a outra parte já evoluiu e foi modificada”, escreveu. 

    “Isso é uma forma de terrorismo. Por que as pessoas querem destruir o processo artístico? Por que roubar? Por que não me dar a oportunidade de finalizar (o disco) para entregar o meu melhor?”.

    Depois de um tempo, a cantora editou a legenda e tirou as partes mais agressivas de sua mensagem deixando apenas o agradecimento aos fãs que não baixaram a versão supostamente inacabada do disco.

     

  4. http://www.thetimes.co.uk/tto

    http://www.thetimes.co.uk/tto/multimedia/archive/00297/106923080-250702_297602c.jpg

    Há um problema de “profiling” com alguns ministros. Caras assustadoras, dessas de “detidos para averiguações”,

    aparencia em politica é importante, vão se encontrar com autoridades estrangeiras, caratonhas feias e ensebadas,

    fica mal para o Brasil. Exemplo de profiling excelente é a Presidente Dilma,otima aprencia, composta sempre, rosto

    duro como convem a quem governa, não pode ser rostinho doçura, Thatcher tinha um rosto de pedra, Dilma tem otima compostura de perfil politico, é um ativo dela. O “profiling” é uma técnica para identificar traços de personalidade e carater

    olhando a cara, tem ministros que indicam proteger a carteira, aparencia vulgar, incompativel com o cargo.

    Acima uma foto de Clement Attlee, lider trabalhista inglês, da massa, do povão, que chegou a Primeiro Ministro, substituindo Churchill, representando os sindicatos, uma especie de Lula inglês, é povão mas é composto, nunca teve carro, chegou à casa oficial de Primeiro Ministro de taxi, Churchill o desprezava, dizia “um taxi vazio parou em frente à Downing Street nº10”, para indicar que Atlee não era nada. Na Inglaterra até trabalhador parece Lord.

    Representou a Inglaterra na Conferencia de Potsdam, que desenhou o mapa do mundo no pós guerra.

      1. Nada a ver. Profiling é uma

        Nada a ver. Profiling é uma técnica ensinada em academias de policia, de inteligencia, ao lado da psicologia serve para analisar e avaliar um individuo.  Os ingleses são um povo especial, normalmente (com muitas exceções) tem um comportamente previsivel, discreto e regrado, é uma civilização muito antiga baseada no protocolo e nos rituais

        de uma vida organizada dentro de uma pequena ilha, porisso um inglês é  um ser humano tipificado desde séculos.

        É um modo de ser. O Duque de Windsor enquanto viveu era considerado o homem mais elegante do mundo, usava roupas antigas de 40 anos, não se preocupava com elegancia, esta era seu natural, ele não conseguia ser deselegante, tudo o que ele usava virava moda, o xadrez do tecido do terno (Principe de Gales), o nó da gravata, o sueter.

        É isso que faz um lider trabalhista como Atlee ser elegante como um lorde, no fim da vida virou Lord de verdade.

         

    1. Cristo, até isso está

      Cristo, até isso está valendo? 

      “olhando a cara, tem ministros que indicam proteger a carteira, aparencia vulgar, incompativel com o cargo”

      Se todos no mundo concordam quanto a hipocrisia das reuniões multilaterais com objetivos e discursinhos para boi dormir, não é a estética o maior entrave para as relações internacionais. Mas de onde diabos você tirou isso, Sr. Motta?

      1. É claro que aparencia e

        É claro que aparencia e postura tem muito a ver com politica, desde sempre. Um tipinho atoa sem estampa e sem carisma

        já começa perdendo, os politicos são medidos de alto a baixo, especialmente em reuniões internacionais.

        Nas empresas é a mesma coisa, ninguem contrata um executivo sem ver a cara dele pessoalmente, ver o jeito dele, a fala, a postura, o gestual, o modo dele se comportar. O Barão do Rio Branco admitia diplomatas no Itamaraty em um almoço com o candidato, não precisava mais nada.

        Essa é a realidade do mundo, não adianta reclamar.

  5. Este é o regime. É a “democracia ocidental”.

    Quem governa é o poder econômico. É o capital.

    E nós vivemos em uma das nações campeãs em selvageria dos donos do poder: A “elite ” branca e rica.

    Em todo o ocidente o regime não representa mais os eleitores… representa os financiadores de campanha. Há uma crise de representatividade.

    Nenhuma surpresa com este ministério que representa bem o arco de sustentação do governo após o avanço conservador no congresso. 

    Eu preferia uma alternativa a esquerda… da burguesada enrustida do PSOL. 

    Mas tá faltando um projeto anti-capitalista que atraia as massas e um Marighella para nos liderar na guerrilha urbana.

  6. concordo com essas

    concordo com essas análises.

    ou reforça já a base aliada ou terá problemas constantes.

    resta à esquerda cobrar, como sempre fez.

  7. Claro que a margem de escolha
    Claro que a margem de escolha é limitada, que não dá para escolher livremente.
    Mas daí a colocar no ministério dos esportes um pastor que prega a homofobia em programas de TV, vai uma grande distância.
    Há que ae ter um mínimo de coerência também.

    1. Bem, pesquisando na web sobre

      Bem, pesquisando na web sobre o novo Ministro dos Esportes (será que ele sabe que a bola é redonda?), relembrei de Jorge Hill Acosta y Lara, ator uruguaio, que como George Hillton foi astro dos westerns speghetti italianos nos anos 60 e 70. 

      Esse pelo menos tinha “profiling” hein Motta???? hehehe

       

    2. Sempre existiram governos de

      Sempre existiram governos de coalizão MAS uma coisa é dar um Ministerio ou Secretaria a um partido, outra é aceitar qualquer nome ou o primeiro nome que o partido manda. Nos governos anteriores ao PT não funcionava assim.

      O partido manda o nome e o noemante aceita ou pede outro. Não se aceita um nome que mais à frente vai complicar o governo. Isso é elementar. Fiz parte do governo Fleury em S.Paulo, levei cinco nomes da diretoria de uma estatal, quatro foram refugados e ainda uma reprimenda “”Manda aquele……(o presidente do partido) selecionar melhor, esses nomes

      não servem e ele sabe disso””, voltei com outra lista e ai emplacou.

      No Governo FHC muitas indicações foram rejeitadas até vir um nome aceitavel. Esse pastor é um problema anunciado,isso em tempos de Olimpiadas, quando o Brasil vai virar vidraça do mundo.

  8. Ministros da coligação

    Nassif,

    Sem um ministério majoritariamente composto por políticos da coligação que o sustentou, este governo teria como destino certo colher no CN derrotas quase inexplicáves, como a relativa ao decreto da PNParticipação Social, assim como facilitaria uma eventual chegada de ECunha à presidència da Câmara – Aqueles que ainda não tiveram o desprazer de conhecer o parlamentar peemedebista, deveriam procurar conhecê-lo, conhecer a sua trajetória para, quem sabe, compreender o tamanho da encrenca caso o deputado do RJ chegasse ao posto que significa o terceiro lugar da sucesão presidencial.

    Um time de ministeriáveis petistas pode ser o sonho de consumo de muitos ( inclusive da maioria da oposição, e os motivos ficaram bem nítidos durante estes últimos anos), mas seria um pesadelo permanente para DRousseff.

    Diversas escolhas serão motivo de críticas, mas para quem está do outro lado da cerca, criticar é fácil. Como muitos, também não compreendo a indicação de Kátia Abreu, tem aqueles que discordam da indicação de Joaquim Levy, e daí ?

    É um ministério montado de forma pragmática.

  9. Só mesmo a qualidade de ser

    Só mesmo a qualidade de ser bons em bastidores é que explica Kassab chegar ao ministério das cidades. O prefeito que não fez um km de corredor de ônibus em 8 anos, e nos últimos dois abandonou a cidade para criar um partido político inspirado no partido mais vencedor (no sentido de estar sempre no poder, nunca fora dele. Aliás, sem ele, nenhum partido governa ) do Brasil: o pmdb. E durante sua gestão houve a maior roubalheira dos cofres do munícipio, com a descoberta de um todo poderoso dos alvarás (me esqueci do nome dele ) que tinha 104 imóveis no nome dele. E engraçado é que a prefeitura tinha que receber 10, mas recebia 4 e não fazia nada. Enfim, isso é Brasil. 

  10. Duas coisas me chamam a
    Duas coisas me chamam a atenção sempre que o Ministério é o assunto: primeiro, uma visão um tanto ingênua de que é possível formá-lo somente com base no que se deseja. Há uma série de variáveis sequer imaginadas por quem está distante do processo de escolha. Gostamos dos nomes? Não; em várias das escolhas identificamos quer uma guinada para atender aos adversários, quer um distanciamento do tema, quer uma suposta irrelevancia do ministro/ministeriavel. E tudo isto incomoda também a mim, mas a prerrogativa e a responsabilidade da escolha está nas mãos da Presidenta e seus conselheiros diretos. Um segundo ponto, é este exercício de futurologia: se o Ministro fosse A, B ou C, todos de nosso gosto, teríamos um céu de brigadeiro à frente pelos próximos 4 anos até a chegada de Lula. Sabemos todos, adultos que somos, que não está ao nosso alcance saber o que se daria. E que não haverá céu de brigadeiro em nenhuma hipótese, quaisquer que sejam os escolhidos. É preciso lidar com o real: o governo precisa respirar para poder sobreviver e se sustentar. Esta posição “eleita para isso? ” me parece discutível, pois de que adianta ter sifo eleita para entregar o ganho sem tentar o que julga ser o melhor. A presidenta pode estar errada? Sim. Assim como qquer outro. Suas responsabilidades são enormes é claro, mas ela não se elegeu sozinha. Há que haver compartilhamento; esta é a regra do jogo que está sendo jogado.
    Quanto ao Presidente Lula, tenho dúvidas quanto ao seu retorno. Acho perigoso colocar em sua conta a responsabilidade pelo conserto e salvação de qualquer situação de perda do poder e de “chamada” para a luta. Isto pode gerar problemas sérios: a expectativa é irmã gêmea da frustração.

  11. DESASTRE ANUNCIADO
    Foi dito

    DESASTRE ANUNCIADO

    Foi dito por Napoleão Bonaparte :

    NUNCA INTERROMPA UM INIMIGO QUANDO ELE ESTIVER ERRANDO.

    Como não sou amigo ,nem inimigo,dentro de minha insignificancia,também vou dar meu “pitaco “não no sentido de malhar o governo ,mas sim de  querer que os próximos 4 anos sejam mais tranquilos para o pais.

    Escolher 4 Ministros que estão na iminencia de se tornarem “FICHA SUJA ” ,APENAS PARA AUMENTAR O MURO DE PROTEÇÃO AO GOVERNO,me parece temerário.Veremos mais do mesmo.

    Retirar um Ministro que ia bem (Aldo Rabelo,Ministro dos Esportes ) para colocar um Pastor  carregador de doações em jatinho apenas para

    contentar o “irmão “Edir Macedo não me parece inteligente,ainda mais que teremos Olimpiadas em 2016.

    O insignificante Ministério da Pesca(a produção de pescado nacional só vem diminuindo ) dado  como prêmio de consolação

    para um candidato derrotado da base aliada não me perece inteligente.Como não gosto de comentários muito longos,paro por aqui,desejando que a Dilma faça um bom governo, para o bem do Brasil ,mas que  será dificil será.

    Ah,só para encerrar,para que manter o PMDB ,encastelado no Ministério de Minas e Energia por décadas,sabendo todos nós ,pelas denuncias já apresentadas ,que será o próximo escandalo que o Governo terá de enfrentar ?

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