O modelo gerencial da PF

Nova atualização

Há muita polêmica sobre a Polícia Federal, especialmente após a Operação Satiagraha e o “imbróglio” criado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, jogando a PF contra a ABIN (Agência Brasileira da Inteligência).

Vamos ver o que está se passando por lá pela ótica do delegado geral Luiz Fernando Correia. Reporto o que conversei com ele sem necessariamente avalizar todas as informações – embora tenham lógica e façam sentido.

Diretor-geral da PF, o delegado Luiz Fernando Correa é um adepto dos métodos gerenciais.

Segundo ele, historicamente o papel da Polícia Federal sempre foi reativo. Era convocada, quando surgia algum assunto relevante. Aí aproveitava para solicitar mais estrutura do governo, mas sempre em cima de ações pontuais.

Com o aumento das demandas, sentiu-se que poderia haver um colapso da estrutura. Razão pela qual a PF decidiu preparar seu Planejamento Estratégico para 2022 – ano do bicentenário da Independência.

Nesse trabalho – feito com a ajuda de métodos desenvolvidos pela Marinha – foram envolvidas mais de 70 pessoas internas.

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Luiz Fernando assumiu em setembro. O trabalho foi entregue em 28 de março do ano passado ao Ministro da Justiça. O ponto central do planejamento era sair da postura reativa para um novo modelo de atuação.

A PF possui especialistas em várias áreas do conhecimento, para os trabalhos de perícia. Mas não havia especialistas em gestão.

Resolveram então contratar consultorias externas. Para mapear os processos e identificar os gargalos, contrataram o INDG (Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial). Para a criação de indicadores internos de desempenho e indicadores de medição do impacto social da atuação da PF.

Concomitantemente, começaram a capacitar gestores.

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Um dos pontos centrais do novo modelo foi o da descentralização das operações. Até então, Brasília detinha poder de gestão, com dinheiro e informações. Os estados ficaram com superintendências, com pouco poder de fogo e condenadas à inanição, já que dependiam em tudo de Brasília. Eram quase como escritórios de representação.

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O novo modelo pressupõe os órgãos centrais trabalhando gestão, planejamento e assessoramento e as superintendências se incumbindo da parte operacional. Mas, para tanto, precisariam de autonomia de recursos.

No ano passado, pela primeira vez foi feito um levantamento amplo dos gastos de todas as superintendências, para começar uma série histórica e poder medir a gestão.

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Não apenas isso. No campo da inteligência, a PF descentralizou também a capacidade de doutrina e equipamentos de inteligência, mantendo as mesmas regras de investigação, que é a compartimentalização, o sigilo das operações etc.

Em geral até os grandes casos nascem de investigações de uma superintendência. Mas bastava tomar vulto para ser transferido para Brasília.

A idéia, agora, é dar condições para que cada superintendência possa tocar os casos, com as mesmas regras de segurança e os mesmos recursos tecnológicos.

Se as investigações envolverem mais de um estado, ou houver necessidade de mais recursos, aí entra em ação o órgão central, mobilizando pessoas e recursos.

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No ano passado, por exemplo, das 220 grandes operações da PF, apenas quatro foram conduzidas por Brasília: a dos computadores da Petrobrás, a do PCC (que ameaçava sequestrar familiares do presidente e de autoridades), a Satiagraha e o Judiciário do Espírito Santo.

As demais ficaram com os estados, obtendo o mesmo sucesso. Não tem o mesmo apelo de dia, porque entraram no dia a dia da PF e passou-se a ter cuidado para não haver a espetacularização e preservar os direitos individuais dos presos.

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Hoje, diz Luiz Fernando, a PF é considerada referência mundial. Esse aprimoramento fez parte de todo um processo de melhoria da estrutura de controle do Estado, passando pela CGU, Tribunal de Contas da União.

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Na primeira etapa, foram descentralizados apenas custeio e capacidade de inteligência. Na segunda, haverá a descentralização de responsabilidades, em cima dos indicadores de desempenho criados pela FGV, com metas e resultados, grupos de controle e projetos estruturantes.

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Quando da substituição dos diretores, depois que entrou, Luiz Fernando nega retaliação com a direção anterior. Diz que sua geração de delegados está se aposentando. A partir de 30 anos de serviço todos com tempo para aposentar. Como levo até 2022 tendo como referência uma geração sem longevidade operacional?”, pergunta ele.

A nova geração é conectada, todos com curso superior de polícia, curso de gestão na GV. “Trocamos perfil xerife por política institucional em que nomes se sucedem”, diz ele.

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Para Luiz Fernando, nada disso seria possível sem a atuação anterior do delegado Paulo Lacerda. A PF tinha estrutura muito acanhada. Dentro da hierarquia organizacional do estado, era como se fosse um departamento.

Lacerda transformou em estrutura de secretaria. No começo, a centralização foi fundamental para a criação de secretarias especializadas. Havia a necessidade de concentrar em Brasília porque era um choque no modelo anterior. Consolidou o novo modelo com concentração de poder de gestão, tecnologia e doutrina. O passo agora, diz Luiz Fernando, é descentralizar com responsabilidade.

Por danilo

Nassif

se você estivesse dentro do DPF iria morrer de rir com as besteiras que esse senhor diz. Meu deus! O DPF está completamente rachado: temos o grupo do atual DG, formado por delegados novos (em torno de 10 anos de casa ou menos); o grupo do ex-DG Paulo Lacerda, ao qual pertence o destrambelhado Protógenes e, por fim, todos os APFs, PPFs e EPFs (esse é o meu), que estão em guerra declarada contra os delegados, que se julgam donos do DPF.

A grande questão, Nassif, envolve exatamente esse último grupo: pois os policiais estão completamente desmotivados. Isso decorre devido a falta de uma lei orgânica (pela qual os sindicatos estão lutando faz tempo) e de valorização da carreira e da experiência policial. Os delegados, por sua vez, não só compraram a briga com os policiais como ainda tentam fazer passar no congresso um PEC maluca que confere a eles, membros do executivo, carreira jurídica.

Ou seja, o DPF está detonado, quebrado e, realmente, não sei o que vai acontecer. Em quase 20 anos de casa, acho que agora ou vai ou racha…

Comentário

Precisamos de mais detalhes e esclarecimentos sobre as siglas utilizadas.

Enviado por: Policial Federal

Caro Nassif,

Antigamente, dizia-se que o papel aceitava qualquer coisa que nele se escrevesse. Hoje o mesmo vale, em termos, para a internet. A diferença é que certos fatos são prontamente contestados.

Sou membro da PF já há alguns anos. Inicialmente fui APF (Agente), hoje sou DPF (Delegado). Discordo de muita coisa que disse o senhor DG. Acho que a PF tem uma gestão equivocada em muitos aspectos, principalmente em relação a recursos humanos. Enquanto alguns são abandonados em locais inóspitos como Tabatinga/AM, Oiapoque/AP e Guajará-Mirim/RO, por um período mínimo de 05 anos (!!!), outros são agraciados com remoções para Brasília, Fortaleza, Natal etc, por motivo de “interesse público”. Este é um fator extremamente desmotivante.

Com relação ao que foi dito pelo colega “Danilo”, concordo em parte. Há um grupo de delegados “antigões”, ligados a Paulo Lacerda, que foi alijado dos postos de comando pela atual gestão, que colocou delegados “novos” nos postos-chave. Esses antigões estão torcendo para o DG cair, para que eles (e seu grupo) voltem ao poder.

Outra questão é a dos APFs, EPFs e PPFs, que estariam em “guerra declarada contra os delegados, que se julgam donos do DPF”. O fato é que alguns integrantes daquelas categorias, principalmente os mais antigos (como o Danilo, que disse ter 20 anos de casa), não admitem receber ordens de alguém recém-ingresso na PF, algumas vezes jovens de vinte e poucos anos de idade. Por isso, escudados em seus sindicatos, criam diversas situações e pregam coisas um tanto quanto estapafúrdias, como a eliminação do cargo de delegado e a condução das investigações diretamente pelo MP ou por um “juiz de instrução” togado. Isso, sem dúvida, enfraqueceria a PF como instituição (que hoje goza de certa dose de autonomia), e a faria capacho do MP ou do Judiciário, mera cumpridora de suas ordens. Alguém acha séria uma proposta que visa enfraquecer a própria instituição?

Também defendem a tal carreira única, em que o sujeito ingressa como agente e depois “vira” delegado, assim, sem concurso mesmo. Dizem que é inadmissível alguém novo no órgão lhes dar ordens, pois somente eles detém o místico conhecimento (adquirido única e exclusivamente com o decurso do tempo) de como “fazer polícia”. Ninguém mais sabe, e por isso “tem que mudar”. Esquecem-se, porém, que em outros órgãos ocorrem situações idênticas. No MP tem promotor de 23, 24 anos de idade mandando em todo mundo, no Exército tem oficial novo comandando subtenente com idade pra ser seu pai, e no Judiciário tem juiz “inexperiente” julgando a vida de toda a sociedade.

Esses exemplos acima não são o meu caso. Já passei dos 30, e já era policial. Todavia, quando era APF e resolvi ser Delegado, comecei a estudar, coisa de que muita gente não gosta. Aliás, mais da metade da minha turma da Academia também era policial e fez como eu (de 46 alunos na minha sala, 26 eram APFs, EPFs, PPFs, Delegados da Civil ou Oficiais da PM). Tal proporção não era muito diferente nas outras turmas (obs.: a Academia é a segunda fase do concurso, quando já se está com um pé dentro da PF). Portanto, falou bobagem o tal Jorge Lima, que disse “O que se vê é que os cargos de delegado, na PF e nas PCs, estão sendo ocupados por aqueles que não conseguiram aprovação em concursos para juiz ou promotor.” Esse argumento desmerece, inclusive, o concurso de delegado (o qual ele próprio não deve ter sido aprovado), como se fosse de segunda categoria. Não é verdade. No ano em que obtive êxito para a PF, foram quase 60 mil inscritos para 418 vagas, isto é, mais de 140 candidatos para uma única vaga. Conheço poucos concursos com tamanha concorrência. Também demonstra desconhecimento, pois um Delegado da PF ganha tanto quanto ou até mais do que juízes ou promotores da maioria dos estados, dependendo do estado e da etapa da carreira em que de cada um se encontra.

Para encerrar, veja como se repetem bobagens sem reflexão: “Os delegados, por sua vez, não só compraram a briga com os policiais como ainda tentam fazer passar no congresso um PEC maluca que confere a eles, membros do executivo, carreira jurídica.” (Danilo)

Trata-se de Proposta de Emenda Constitucional com o fim de devolver aos delegados o status de carreira jurídica, retirada por FHC com a Emenda da “Reforma Administrativa”, em 1998. Advogados da União, Defensores Públicos da União, Procuradores da Fazenda Nacional, são alguns dos integrantes do quadro atual das carreiras jurídicas da União. Ao que me consta, são todos membros do executivo. Não encontrei aí nenhuma “maluquice”. Mas, o sindicato dos APFs propositalmente confunde “carreira jurídica” com algo como “carreira judiciária”, dizem que com a PEC será criado o “delegado-juiz”(??), e muita gente repete esse tipo de bobagem sem nem saber o que está dizendo.

Enfim Nassif, o que a PF precisa é de mais esclarecimento, gestão de pessoal e menos briga de classe.

Luis Nassif

56 Comentários

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  1. Realmente faz sentido.
    Realmente faz sentido. Contudo, porém, no entanto me parece fazer mais sentido o modelo de descentralização da forma daquele estudo ( de um agente especial da PF) divulgado aqui há dias atrás.

    Da forma como está sendo feito falta foco para as superintendencias, todas fazem investigações sobre tudo.

    Não seria melhor centralizar o operacional (investigativo) em Brasília de acordo com os crimes e dar independencia as superientedencias em termos administrativos?

    Pelo que entendi, fazem em sua área operacional. É dessas investigações que nascem as maiores. Quando transcende sua região, vai para Brasília.

  2. papo bonito.

    e a Satiagraha
    papo bonito.

    e a Satiagraha que ele tentou melar?

    estava em qual processo de (con)gestão?

    Nos próximos capítulos relatarei suas explicações sobre o processo de (di)gestão.

  3. Tá explicado o porque de
    Tá explicado o porque de tentarem desqualificar a PF de qualquer maneira. Policia competênte é a ultima coisa que querem os eternos donos do Brasil.

  4. Nassif
    se você estivesse
    Nassif
    se você estivesse dentro do DPF iria morrer de rir com as besteiras que esse senhor diz. Meu deus! O DPF está completamente rachado: temos o grupo do atual DG, formado por delegados novos (em torno de 10 anos de casa ou menos); o grupo do ex-DG Paulo Lacerda, ao qual pertence o destrambelhado Protógenes e, por fim, todos os APFs, PPFs e EPFs (esse é o meu), que estão em guerra declarada contra os delegados, que se julgam donos do DPF.
    A grande questão, Nassif, envolve exatamente esse último grupo: pois os policiais estão completamente desmotivados. Isso decorre devido a falta de uma lei orgânica (pela qual os sindicatos estão lutando faz tempo) e de valorização da carreira e da experiência policial. Os delegados, por sua vez, não só compraram a briga com os policiais como ainda tentam fazer passar no congresso um PEC maluca que confere a eles, membros do executivo, carreira jurídica.
    Ou seja, o DPF está detonado, quebrado e, realmente, não sei o que vai acontecer. Em quase 20 anos de casa, acho que agora ou vai ou racha…

  5. Tress perguntas :

    Será que
    Tress perguntas :

    Será que o Kamel e outros influentes empregados do PIG sabem desta restruturação da PF para torna-la mais eficiente ? .

    Por quê não informam à população ?

    Por quê esta restruturação da PF incomoda tanto o Gilmar Dantas, a grande imprensa (?) e os politiqueiros ? .

    Saudações,

  6. “Não apenas isso. No campo da
    “Não apenas isso. No campo da inteligência, a PF descentralizou também a capacidade de doutrina e equipamentos de inteligência, mantendo as mesmas regras de investigação, que é a compartimentalização, o sigilo das operações etc.”
    Então qual o motivo daquela reunião na qual tentaram extrair do Protógenes informações sobre a Satiagraha?

    Vou escrever sobre isso. Segundo ele, a descentralização implica no risco da perda de controle. Daí a necessidade de cada área se reportar à chefia e não esconder informações. Ali foi um caso de atropelar as instâncias hierárquicas, segundo o DG.

  7. Vi muita louvação ao delegado
    Vi muita louvação ao delegado Protôgenes e ao juiz De Sanctis na mídia, depois comecei a refletir sobre tudo isso. Não é o modelo de agentes públicos, metidos a heróis. Bom delegado e bom juiz são os do tipo discreto. O tal Protôgenes saiu a dar entrevista a tudo, a se apresentar em ato de desagravo em partido político, e fez sim muita lambança na operação contra Daniel Dantas. Não é a postura que se pode esperar de um delegado da Polícia Federal !!! Hoje imagino uma polícia melhor aparelhada e com atuação mais institucional e menos politizada, bem diferente de quando atuava para derrubar “candidata” opositora….. !!!

  8. Bom saber sobre a PF.
    Nassif,
    Bom saber sobre a PF.
    Nassif,
    Voce poderia também pesquisar sobre a Receita Federal ?

    Pq a Receita Federal não consegue ser como a PF, com mais investigações descentralizadas, contra pessoas físicas ou jurídicas, e não apenas com papel “reativo”.
    A pouco tivemos o caso do Newton Cardoso, levantado pela VEJA, e ainda assim não ouvimos dizer da Receita fazendo um papel investigativo no caso.

  9. É evidente o cuidado do Atual
    É evidente o cuidado do Atual diretor da PF em não “atacar” o antecessor, Paulo Lacerda,mas,não tem o mesmo cuidado ao referir-se as operações e ao conceito midíatico de espetacularização.
    A PF atual não é nem sombra da PF dirigida pelo Dr Paulo Lacerda.Atualmente muito pouco se vê em relação aos grandes crimes do colarinho branco.A única operação neste sentido executada na “supergestão” deste delegado foi a “pirata” Satiagraha,iniciada na gestão anterior e só concluida devido a insistência do delegado Protógenes e de agentes cedidos pela ABIN .
    O atual dirigente da PF é um homem do establishment e,até prova em contrário,é assim que deve ser visto.

  10. Tirei do site do DPF

    APF =
    Tirei do site do DPF

    APF = Agente Policial Federal
    PPF = Papiloscopista Policial Federal
    EPF= Escrivão Policial Federal

    Se ele pertece ao EPF ele é escrivão, não delegado que acredito ser DPF (Delegado de Policia Federal).

    Agora uma coisa importante hein! Se esse pessoal não se entende, como é que a polícia federal Brasileira vai se tornar referencia mundial?

    É óbvio que quando os diversos setores de uma empresa não se entendem a mesma está fadada ao insucesso se não corrigir essa falha de uma maneira rápida e eficaz.

    Sei que é difícil agradar a todos mas nesse caso o Departamente de Policia Federal precisa de um líder unificador, pelo visto é urgente.

  11. Outra coisa interessante. O
    Outra coisa interessante. O delegado mesmo diz que esse modelo de gestão implica em riscos.

    Um desses riscos é, claramente, a dificuldade maior em investigar casos onde há agentes do DPF envolvidos. Exemplo: aqui em Ribeirão Preto há alguns anos atrás (gestão Paulo Lacerda) a delegacia da PF foi alvo de uma devassa por parte da própria instituição na operação chamada LINCE.

    Foram presos naquele dia 2 delegados da PF, entre eles o chefe da delegacia. Os caras eram suspeitos de estarem relacionados com crimes de tráfico de diamantes e roubos de carga!

    Com a descentralização que está em vigor, me parece, que fica dificil de você controlar uma investigação desse porte mantendo o sigilo. Vou arriscar um palpite mais além, vou dizer que é quase impossível fazer uma investigação desse porte sem ela estar concentrada em poucos policiais.

  12. Nassif,

    APF – agente de
    Nassif,

    APF – agente de PF
    EPF – escrivão…
    PPF – papiloscopista…
    DG – diretor geral

    O Danilo não citou os PCF´s, peritos criminais federais. Os delegados teriam sigla DPF, mas esta se confunde com a sigla de Departamento de Polícia Federal.

    Quanto à discussão, o texto principal e o do Danilo não me parecem mutuamente excludentes.

  13. Olá,
    Acho que foi neste blog
    Olá,
    Acho que foi neste blog que foi feito menção (superficial) a PEC (não era lei ordinária?) citada pelo Danilo. Não era aquele caso da exigência de determinadas escolaridades para determinados cargos e que tratava dos pré-requisitos para as promoções? Se bem me lembro a rusga ocorre entre aqueles que pleiteam promoções por “tempo de casa” e aqueles que acham mais justo que se promovam os que tem mais estudos e se destaquem em suas funções (meritocracia).
    Mas eu posso estar enganado.
    [ ]´s

  14. Concordo com aqueles que
    Concordo com aqueles que pensam que teria sido bom menos “auê”.Que o Del.Protogenes deveria ter sido discreto coisa e tal, mas, neste estagio da vida política onde o compadrismo e o rabo-preso dos políticos que ainda agem como se estivéssemos nas capitanias hereditárias e literalmente passam de pai para filho todas as mazelas que nos obrigam, já que são elas que lhes garantem a perpetuação desta hereditariedade, não haveria outra forma de enquadrar o “laranjão” que é este cidadão investigado pelo delegado, a não ser vir a publico o inquérito, pois se ainda assim tentam de todas formas melar o processo, a almejada discrição teria enterrado o caso já no inquérito.

  15. Os problemas mencionados pelo
    Os problemas mencionados pelo Danilo são comuns a todas as polícias civis. Os agentes de polícia não tem qualquer perspectiva de progressão funcional, dado que os cargos de comando são privativos de delegado de polícia. Como só se chega ao cargo por concurso público, o que acontece hoje em dia é que não há como um agente, que tem uma jornada de trabalho diária bastante pesada, disputar em igualdade de condições com o pessoal especializado em concursos públicos. O que se vê é que os cargos de delegado, na PF e nas PCs, estão sendo ocupados por aqueles que não conseguiram aprovação em concursos para juiz ou promotor. A maioria não ingressa nas polícias porque tenha vocação ou interesse pela atividade policial, mas sim porque é o terceiro cargo mais bem pago no serviço público para quem tem formação em Direito.
    Isso gera uma situação na qual as delegacias de polícia são comandadas por pessoas que não tem nenhum conhecimento prático da função policial. O Brasil deve ser o único país do mundo em que isso acontece. O que se começa a discutir, no âmbito das instituições de classe dos policiais, é que a carreira policial tem de ser fechada, com uma única forma de ingresso, no nível inicial, e a ascensão aos cargos de chefia ocorra através de progressão por mérito e antiguidade, sendo pré-requisito o aperfeiçoamento do profissional de polícia através de cursos de especialização técnico-operacionais.

  16. Isto é o que podemos chamar
    Isto é o que podemos chamar de alguém colocado frente à sua própria incógnita
    De intervenções alheias o inferno está cheio, e é muito provável, diga-se pelos fatos, que tudo cheira como uma silenciosa “revolução” servindo precisamente para motivar a postura de um certo ministro…por que precisamente agora!?
    Já disse uma vez Abraham Lincoln : “Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.”

  17. Divino, o Protógenes só
    Divino, o Protógenes só mostrou a cara na imprensa para se proteger e à sua família. Imagine se ele não tivesse sido feito conhecido. Já estaria morto há muito tempo e nós nem saberíamos. Foi uma questão de segurança e por isso ele aparece de vez em quando para mostrar a turma do DD que ele está vivo em com acesso. Infelizmente nem todos entendem o que move um cidadão, estamos mais acostumados com pessoas que se omitem quando se deparam com o crime. O Protógenes não pode aparecer na mídia, mas os bandidos podem, De quem será a voz que vai aparecer no final? Ele fez muito bem em mostrar a cara e por isso está vivo.

  18. Estão contidos nos posts os
    Estão contidos nos posts os temas: modelos de gestão e administração de conflitos. Todos temas de Administração. O Serviço Público tem dificuldade em lidar com esses temas, pois se concentra muito em Direito e quase nada em Administração. Não é à toa que volta e meia precisa recorrer à consultorias caríssimas, capazes de desenvolver grandes projetos, porém, quase nunca implantados exatamente porque faltam profissionais capazes de lidar com o assunto.

  19. Alguém já parou para pensar
    Alguém já parou para pensar que a “espetacularização” do Protógenes pode ter sido um ato de inconformismo por estar vendo todo o seu trabalho de anos sendo sutilmente abafado? Ele rompeu a hierarquia? Acho que sim, mas não fazê-lo iria exigir um extraordinário sangue de barata! Ele jogou pra galera como último recurso e está pagando por isso, sendo por vezes julgado como se o seu crime tivesse sido pior que o do Dantas & asseclas.

  20. “temos o grupo do atual DG,
    “temos o grupo do atual DG, formado por delegados novos (em torno de 10 anos de casa ou menos); o grupo do ex-DG Paulo Lacerda, ao qual pertence o destrambelhado Protógenes e, por fim, todos os APFs, PPFs e EPFs (esse é o meu), que estão em guerra declarada contra os delegados, que se julgam donos do DPF”

    Ta bao, mas tou com zero disposicao de escutar esse “destrambelhado”.

    A verdade verdadeira eh bem outra. “Delegados” nao “se julgam donos” da PF, se julgam donos do futuro do que a PF faz. Pra ver o modelo no qual basea se essa filosofia eh so dar uma olhada rapida em processo apos processo estracalhado por juizes brasileiros, desde que os processos beneficiem somente um espectro politico/social. Essa eh a filosofia da sociedade brasileira.

    Protogenes jogou o mesmo jogo. Ele se responsabilizou pelo futuro que foi feito, e nao estava disposto a ver seu processo vazar pra media, como de fato vazou, somente pra ficar de bem com o patrao.

    “O tal Protôgenes saiu a dar entrevista a tudo”
    Sim.

    “a se apresentar em ato de desagravo em partido político”
    Sim.

    “e fez sim muita lambança na operação contra Daniel Dantas”: lambanca? Quem no historico da PF do Brasil nos ultimos 30 anos teve coragem de fazer o que Protogenes fez?

    Protogenes jogou o mesmo jogo dos juizes de fazer o futuro.

    E virou a mesa.

  21. O Jorge Lima “acerta na
    O Jorge Lima “acerta na mosca” sobre o grande problema das policias: a existência de diversas carreiras independentes. Deveria existir uma única carreira de entrada e as funções serem exercidas de acordo com regras transparentes de competência. E de modo mais amplo uma única Polícia e não duas (militar e civil). A punição de um erro que não justifica a demissão é a perda de função e vestir o uniforme e voltar para a viatura.

    Hoje um jovem delegado, assume um delegacia com vários investigadores e escrivãs com anos de janela (10, 20,…) e na prática “são eles que dão as diretrizes” e o jovem e bem intencionado delegado “come na mão deles”.

    A coisa é tão terrível que basta consultar as estatísticas sobre os pedidos de demissão dos jovens delegados que continuam a prestar concursos e saem da policia civil no estado de SP.

  22. O Jorge Lima “acerta na
    O Jorge Lima “acerta na mosca” sobre o grande problema das politicias: a existente de diversas carreiras independentes.

    A Carreira deveria ser única com os profissionais assumindo funções (delegado, investigador, escrivão, guarda,..) de acordo com regras claras de competência. E de modo mais amplo deveríamos ter uma única policia.

    Porque nenhum estado tem coragem de enfrentar esta estrutura totalmente arcaica ?

    Hoje um jovem Delegado assume uma delegacia com investigadores e escrivães com vários anos de casa (10, 20, ..) e fica “na mão deles” que na prática conhecem o sistema e comandam a casa. Em SP, delegado virou uam carreira transitória até um concurso mais vantajoso financeiramente e com uma carga de stress muito menor.

  23. DA FOLHA
    DA FOLHA ONLINE

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u497374.shtml

    Procuradoria denuncia dono da Gautama em desdobramento da Operação Navalha

    O Ministério Público Federal em Sergipe apresentou denúncia na última sexta-feira contra Zuleido Veras –dono da construtora Gautama– e contra Rubem Paulo de Carvalho Patury Filho –ex superintendente da Polícia Federal em Sergipe. Zuleido foi investigado pela Polícia Federal durante a Operação Gautama, que desarticulou um suposto esquema de fraudes em licitações públicas. Ele é suspeito de liderar o esquema.

    De acordo com a Procuradoria, interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram Zuleido pagando propina de R$ 7.000 para o então superintendente da PF em Sergipe. (…)
    ————————————

    Ai está mais um exemplo, como se desarticula um esquema desses hoje sendo que a superintendência é quem, teoricamente, investigaria?

  24. Pessoal,
    Quem pode me
    Pessoal,
    Quem pode me explicar por que a Federação Nacional de Policiais Federais critica com frequência o Del Paulo Lacerda e o Delegado Protógenes?
    Desde já agradeço o esclarecimento

  25. A quem mais interessa a
    A quem mais interessa a discrição, a sensatez? Ou seja, reserva, prudência, qualidades de quem sabe guardar segredo e coisa e tal…

    Curiosamente, para fina gente-fina, sempre tão afinados com todas as praticas comuns na america do norte, quando o negocio é ralativo aos metodos utilizados para domar bandidos de alto coturno, os nossos gilmar dantas, dona daslu, dentre outros contraventores brancos, a conversa muda de rumo, aparece argumentação calhorda dos direitos e das liberdades, calhorda pela exclusividade pretendida.

    Igual comportamento muito usado por cafagestes aboletados na grande imprensa para manterem a tradicional impunidade, aí, as praticas norte-americanas não servem.

    Abraços. Orlando

  26. TRADUZINDO:

    Nassif
    se você
    TRADUZINDO:

    Nassif
    se você estivesse dentro do Departamento de Polícia Federal iria morrer de rir com as besteiras que esse senhor diz. Meu deus! O Departamento de Polícia Fedeal está completamente rachado: temos o grupo do atual Diretor Geral, formado por delegados novos (em torno de 10 anos de casa ou menos); o grupo do ex-Diretor Geral Paulo Lacerda, ao qual pertence o destrambelhado Protógenes e, por fim, todos os Agentes, Papilocopistas e Escrivãos (esse é o meu), que estão em guerra declarada contra os delegados, que se julgam donos do Departamento de Polícia Federal.
    A grande questão, Nassif, envolve exatamente esse último grupo: pois os policiais estão completamente desmotivados. Isso decorre devido a falta de uma lei orgânica (pela qual os sindicatos estão lutando faz tempo) e de valorização da carreira e da experiência policial. Os delegados, por sua vez, não só compraram a briga com os policiais como ainda tentam fazer passar no congresso um Proposta de Emenda Constiticional maluca que confere a eles, membros do executivo, carreira jurídica.
    Ou seja, o Departamento de Polícia Federal está detonado, quebrado e, realmente, não sei o que vai acontecer. Em quase 20 anos de casa, acho que agora ou vai ou racha…

    MINHA OPINIÃO:
    Exagero!

  27. Só complementando, quem
    Só complementando, quem quiser ser Delegado, faça faculdade de Direito, estude e passe no concurso.
    Experiência se ganha trabalhando, ninguém nasce policial, além do mais o trabalho do delegado é a presidência do inquérito dentro do gabinete, um trabalho eminentemente intelectual, a parte operacional tem que ficar com os agentes mesmo.
    Não vejo nenhuma necessidade de o Delegado ter necessariamente experiência operacional, pois as funções são nitidamente diferentes.

  28. Curiosa essa discussão sobre
    Curiosa essa discussão sobre o fato de a aparente “falta de motivação” dos APFs, EPFs E PPFs justificar a automátiva ascenção ao cargo de delegado. Todos não prestaram concurso público? Cada um não foi aprovado em seu cargo? Será que os escrivães judiciários serão “promovidos” a Juiz, apenas pelo tempo de serviço prestado na Justiça? Não seriam eles, a exemplo dos APFs, EPFs e PPFs, tão importantes ao funcionamento da Justiça? E por isso o concurso para Juiz será extinto???

  29. “Hoje, diz Luiz Fernando, a
    “Hoje, diz Luiz Fernando, a PF é considerada referência mundial.” Estranho… então o que tem pelo mundo não deve ser coisa muito boa, porque para decodificar os HDs do Dantas precisaram pedir à CIA. A propósito, os americanos já devolveram os HDs devidamente decodificados? E a população brasileira poderá ficar tranquila quanto ao trabalho da CIA, porque como todos sabem eles são gente séria, conforme atesta o monte de mentiras que inventaram para invadir o Iraque.

  30. Alguém sabe o salário de cada
    Alguém sabe o salário de cada categoria dentro da PF? Os delegados acho que não tiram menos de 20 mil.
    Pela diferença dá para ter uma idéia das razões do conflito.

  31. O comentário de Renato,
    O comentário de Renato, postado às 17h08min, dá bem a dimensão do problema. É o mais completo desconhecimento do que seja trabalho policial. É com essa mentalidade que os “concurseiros”, reprovados em concursos para juiz e promotor, ingressam na carreira de delegado de polícia: para “ficar no gabinete presidindo inquérito”. Definiu muito bem o que os policiais vem todos os dias.
    Para exercer chefia, em qualquer lugar do mundo, tem que ter no mínimo 20 anos de experiência policial, começando como patrulheiro e passando por toda a escala hierárquica. Aliás, sem muitos anos de função o sujeito não trabalha em setores mais delicados como homicídios, que dirá comandar uma delegacia ou distrito.
    O problema é que não se discute polícia no Brasil. A sociedade sequer tem noção de como as coisas funcionam. Perguntem a qualquer policial experiente e a resposta será uma só: segurança pública no Brasil só existe em discurso de candidato. Na prática as polícias estão jogadas à própria sorte e não há qualquer investimento em remuneração, formação, equipamento e especialização. Quando um governante quer dizer que investiu em segurança pública, compra meia dúzia de viaturas e chama a imprensa para registrar a solenidade de entrega. Enquanto isso os policiais ganham um salário miserável, não tem coletes a prova de balas, o armamento é uma piada e 90% das viaturas ñão passariam numa inspeção veicular rígida. Cursos de aprimoramento ou especialização só se for pelo EAD da Senasp. E isso é só uma amostra grátis. Dá para escrever uma enciclopédia inteira sobre as dificuldades enfrentadas pelas polícias e pelos policiais.

  32. Eu não confio nesse Diretor
    Eu não confio nesse Diretor Geral da PF.

    A verdade é que a PF do Dr. Paulo Lacerda desbaratou inúmeras quadrilhas de bandidos ricos no Brasil.

    Desde que esse Luis Fernando assumiu, cite UMA operação que pegou gente grande e NÃO HOUVE VAZAMENTO?

    Só a Satiagraha … porque o Protógenes não avisou a cúpula. Se avisasse tinha fugido todo mundo.

    Esses caras detonaram a PF, que era a instituição de maior credibilidade do Brasil.

  33. Antes que eu esqueça:
    O
    Antes que eu esqueça:
    O Renato contrapõem o trabalho do delegado, que seria “trabalho intelectual”, ao trabalho dos agentes, que seria “trabalho operacional”. Não consigo entender o que ele quer dizer com isso. Talvez ele pense que os agentes de polícia sejam uma espécie de trabalhadores braçais, um bando de brucutus ignorantes que investigam crimes na base da força bruta. Traduzindo: descendo a pancada nos suspeitos de sempre, até que um deles confesse a autoria de algum crime.
    A bem da verdade, é essa a imagem que as pessoas guardam da polícia. O policial que nunca ouviu de alguma vítima o pedido para “dar um aperto” em alguém que jogue a primeira ocorrência. É triste, mas é o que acontece.
    Para quem mantém essa imagem preconceituosa e elitista, aviso que 90% dos policiais civis tem curso superior, a maioria com bacharelado em Direito, e ninguém é louco de torturar suspeitos, ressalvada a porcentagem mínima de desequilibrados que se encontra em qualquer instituição.
    E, por fim, toda investigação é um trabalho intelectual que se submete às mesmas regras de qualquer procedimento científico. Existe um fenômeno, que é o crime, e seu esclarecimento exige que se sigam métodos específicos que respondam às perguntas: quem? por quê? como? quando? e onde? E a resposta deve estar sob a forma de provas juridicamente aceitas, que permitam a condenação do criminoso. O resto é perfumaria ou enredo de filme americano.

  34. Tenho que dizer que eu também
    Tenho que dizer que eu também (como muitos) nao boto fé nesse sujeito.
    Um cara que afasta e desestrutura uma equipe que recusou U$$1.000.000
    nao é confiável. Exceto no governo de um certo barbudo cínico . Desse que ainda nao pos na fila de desemprego um certto Meireles (amigao de serra e grupos bancário.
    Abraço

  35. Muitos se levantam contra os
    Muitos se levantam contra os “excessos” praticados em operações recentes, mas na realidade o que se pretende mesmo é esconder o excesso de envolvidos, o excesso de suspeitos e o excesso de intervenções alheias muito ligadas a realidade político-partidária que resultou no afastamento de um delegado só porque presidiu e conduziu suas investigações de forma honesta e coerente, sem desrespeitaros direitos de quem quer que seja. Por qualquer critério de avaliação, este afastamento foi de flagrante ilegitimidade, pois mais tarde foi comprovado que visou calar quem desde o início da operação vinha alertando sobre tentativas de mandos e desmandos, atos que sem dúvida alguma caracterizam os gerenciamentos exclusivamente políticos e que prejudicam em muito o gerenciamento técnico de qualquer operação policial.
    Muitos encaram os excessos em investigações como atos ilegais, mas esquecem, ou tentam esconder ou tentam fazer com que a população não perceba, que “excesso” significa também liberdade de ação garantida, quando dentro dos limites legais, via autorização judicial…o que estão querendo controlar é justamente esta liberdade de ação e, ao que tudo leva a crer, com o uso de um ato arbitrário, este sim, não permitido pelo Direito, o que o torna ilegítimo aqui ou em qualquer outro inferno, onde se é permitido que um delegado de policia federal seja afastado sem qualquer justificativa plausível e, além disso, seja tratado sem o mínimo respeito, até mesmo por jornalistas de quinta “catiguria”, quando contraria os interesses daqueles que estão exercendo o poder governamental, incluindo os que forçam barra ou os que usam e abusam de suas liberdades constitucionais para exercerem em paralelo este mesmo poder…bah! a realidade é isso aí, tudo a ver com abdução legal !!!

  36. Caro Nassif,

    Antigamente,
    Caro Nassif,

    Antigamente, dizia-se que o papel aceitava qualquer coisa que nele se escrevesse. Hoje o mesmo vale, em termos, para a internet. A diferença é que certos fatos são prontamente contestados.

    Sou membro da PF já há alguns anos. Inicialmente fui APF (Agente), hoje sou DPF (Delegado). Discordo de muita coisa que disse o senhor DG. Acho que a PF tem uma gestão equivocada em muitos aspectos, principalmente em relação a recursos humanos. Enquanto alguns são abandonados em locais inóspitos como Tabatinga/AM, Oiapoque/AP e Guajará-Mirim/RO, por um período mínimo de 05 anos (!!!), outros são agraciados com remoções para Brasília, Fortaleza, Natal etc, por motivo de “interesse público”. Este é um fator extremamente desmotivante.

    Com relação ao que foi dito pelo colega “Danilo”, concordo em parte. Há um grupo de delegados “antigões”, ligados a Paulo Lacerda, que foi alijado dos postos de comando pela atual gestão, que colocou delegados “novos” nos postos-chave. Esses antigões estão torcendo para o DG cair, para que eles (e seu grupo) voltem ao poder.

    Outra questão é a dos APFs, EPFs e PPFs, que estariam em “guerra declarada contra os delegados, que se julgam donos do DPF”. O fato é que alguns integrantes daquelas categorias, principalmente os mais antigos (como o Danilo, que disse ter 20 anos de casa), não admitem receber ordens de alguém recém-ingresso na PF, algumas vezes jovens de vinte e poucos anos de idade. Por isso, escudados em seus sindicatos, criam diversas situações e pregam coisas um tanto quanto estapafúrdias, como a eliminação do cargo de delegado e a condução das investigações diretamente pelo MP ou por um “juiz de instrução” togado. Isso, sem dúvida, enfraqueceria a PF como instituição (que hoje goza de certa dose de autonomia), e a faria capacho do MP ou do Judiciário, mera cumpridora de suas ordens. Alguém acha séria uma proposta que visa enfraquecer a própria instituição?

    Também defendem a tal carreira única, em que o sujeito ingressa como agente e depois “vira” delegado, assim, sem concurso mesmo. Dizem que é inadmissível alguém novo no órgão lhes dar ordens, pois somente eles detém o místico conhecimento (adquirido única e exclusivamente com o decurso do tempo) de como “fazer polícia”. Ninguém mais sabe, e por isso “tem que mudar”. Esquecem-se, porém, que em outros órgãos ocorrem situações idênticas. No MP tem promotor de 23, 24 anos de idade mandando em todo mundo, no Exército tem oficial novo comandando subtenente com idade pra ser seu pai, e no Judiciário tem juiz “inexperiente” julgando a vida de toda a sociedade.

    Esses exemplos acima não são o meu caso. Já passei dos 30, e já era policial. Todavia, quando era APF e resolvi ser Delegado, comecei a estudar, coisa de que muita gente não gosta. Aliás, mais da metade da minha turma da Academia também era policial e fez como eu (de 46 alunos na minha sala, 26 eram APFs, EPFs, PPFs, Delegados da Civil ou Oficiais da PM). Tal proporção não era muito diferente nas outras turmas (obs.: a Academia é a segunda fase do concurso, quando já se está com um pé dentro da PF). Portanto, falou bobagem o tal Jorge Lima, que disse “O que se vê é que os cargos de delegado, na PF e nas PCs, estão sendo ocupados por aqueles que não conseguiram aprovação em concursos para juiz ou promotor.” Esse argumento desmerece, inclusive, o concurso de delegado (o qual ele próprio não deve ter sido aprovado), como se fosse de segunda categoria. Não é verdade. No ano em que obtive êxito para a PF, foram quase 60 mil inscritos para 418 vagas, isto é, mais de 140 candidatos para uma única vaga. Conheço poucos concursos com tamanha concorrência. Também demonstra desconhecimento, pois um Delegado da PF ganha tanto quanto ou até mais do que juízes ou promotores da maioria dos estados, dependendo do estado e da etapa da carreira em que de cada um se encontra.

    Para encerrar, veja como se repetem bobagens sem reflexão: “Os delegados, por sua vez, não só compraram a briga com os policiais como ainda tentam fazer passar no congresso um PEC maluca que confere a eles, membros do executivo, carreira jurídica.” (Danilo)

    Trata-se de Proposta de Emenda Constitucional com o fim de devolver aos delegados o status de carreira jurídica, retirada por FHC com a Emenda da “Reforma Administrativa”, em 1998. Advogados da União, Defensores Públicos da União, Procuradores da Fazenda Nacional, são alguns dos integrantes do quadro atual das carreiras jurídicas da União. Ao que me consta, são todos membros do executivo. Não encontrei aí nenhuma “maluquice”. Mas, o sindicato dos APFs propositalmente confunde “carreira jurídica” com algo como “carreira judiciária”, dizem que com a PEC será criado o “delegado-juiz”(??), e muita gente repete esse tipo de bobagem sem nem saber o que está dizendo.

    Enfim Nassif, o que a PF precisa é de mais esclarecimento, gestão de pessoal e menos briga de classe.

  37. Mais um detalhe:
    Digo, sem
    Mais um detalhe:
    Digo, sem medo de passar por constrangimento, que a maioria absoluta de nós, agentes policiais, pode até ser convidada para jantar na casa das melhores famílias. Nós somos limpinhos, nossas vacinas estão em dia, não vamos tentar furtar a prataria ou bolinar a copeira, sabemos usar os talheres e diferenciar os copos de vinho e água. Também não vamos recomendar aplicações financeiras heterodoxas, que possam render problemas com nossos colegas da PF.
    Convenhamos que é mais do que se pode dizer de alguns banqueiros.

  38. O seu correia se desmancha em
    O seu correia se desmancha em elogios ao Lacerda. A crer-se no que foi divulgado por parte, pequena diga-se de passagem, da imprensa, foi ele mesmo, correia, quem sabotou todo o trabalho de Lacerda, não apenas no que tange a operação satiagraha. Parece ter colocado no exílio interno da PF todo o pessoal do Lacerda, muito à semelhança do que fez o governo com o próprio Lacerda. É no entanto louvável que o Luiz Nassif dê a palavra a correia. A imprensa deveria agir sempre assim. Todos os lados envolvidos numa celeuma devem ser escutados atentamente. Mesmo que seja para que nos façam sorrir do seu cinismo. Quanto ao adjetivo “destrambelhado” empregado para qualificar o delegado Protógenes, é preciso que se diga que ele conseguiu com toda a espetacularização da prisão de Dantas o que não conseguiremos por via judicial no Brasil. Dantas é hoje um fora da lei conhecido no mundo inteiro. Nada pior que a luz dos holofotes para pessoas que se alimentam da sombra. A exposição de Dantas já está a lhe custar caro. Tenho a impressão de que Protógenes só agiu de forma precipitada porque estava a ver uma operação cuidadosamente preparada ao longo de anos sendo desmontada por correia. Era seu último recurso, deflagrar rapidamente a operação, mesmo não tendo ainda concluido completamente a parte investigativa. De uma certa maneira, era a única coisa que poderia fazer. Do contrário, sem mais recursos, humanos ou financeiros, a operação estaria fadada ao fracasso caso não fosse exposta à opinião pública. O bandido aqui é Dantas et caterva, não Protógenes, convém insistir.

  39. Em diversos casos a
    Em diversos casos a “espetacularização” (ufa) foi o remédio e o tratamento preventivo contra a “varrição para debaixo do tapete”. Tenho certeza de que em diversos casos, se não fosse a farta divulgação pela midia, muitos seriam abafados pelos interesses escusos. E o caso do Daniel Dantas era um grande candidato. No Brasil a cultura do “abafa” é muito mais forte que a cultura do direito. Por isso ainda é necessário transformar em escândalo para que um caso não morra.

  40. Desde que esse Luis Fernando
    Desde que esse Luis Fernando assumiu, cite UMA operação que pegou gente grande e NÃO HOUVE VAZAMENTO?

    Só a Satiagraha … porque o Protógenes não avisou a cúpula. Se avisasse tinha fugido todo mundo.”

    Eh isso ai! E quando Protogenes virou a mesa a unica coisa que ninguem do Brasil esperava -eu esperava, eu tinha certeza- eh que essa mesa ia cair na cara do STF, da media, e de praticamente todo mundo em Brasilia.

  41. Olá Nassif,

    acredito que
    Olá Nassif,

    acredito que seria interessante dar destaque ao post do Policial Federal (02/02/2009 – 23:56) ja que faz, assim como outros posts, contraponto ao post do Danilo.

    Minha opiniao: O post do Danilo transborda luta de classes, um tipo de luta em que o resultado favorecera apenas a parte vencedora e nao a organizacao como um todo. O adjetivo dado ao Protogenes, destrambelhado, infelizmente sugere que o entendimento do comentarista sobre sensatez contem uma grande dose de auto-preservacao, mesmo que isso signifique omissão (ou luta de classes).

  42. “adjetivo dado ao Protogenes,
    “adjetivo dado ao Protogenes, destrambelhado, infelizmente sugere que o entendimento do comentarista sobre sensatez contem uma grande dose de auto-preservacao”: “Destrambelhado” eh quando todo os processos de esvaziamento juridico dos envolvidos federais da Satiagraha vazam pra mao da media atravez de massacrante espionagem que somente pode ter partido de dentro da PF.

    “Destrambelhado” eh isso, o resto eh besteirinha. E a mesa que Protogenes virou continua virada na cara do Supremo e de praticamente a media toda.

  43. presos pela Policia
    presos pela Policia Federal

    2003 223

    2004 703

    2005 1.407

    2006 1.959

    2007 2.012

    2008 2.475

    antes de 2003 os números eram desprezíveis, pois em assim não sendo talvez não tivéssemos governo

    O MAIOR problema do BRASIL é a impunidade e a velocidade de nossa justiça

    A PUNIÇÃO é, além de tudo, educativa

    Dos detidos, quantos ainda estão presos?

    Dá pra acreditar numa justiça que não questiona e que não julga?

    Dá pra acreditar em leis pra pessoas especiais, só pra universitários, outras pra políticos e/ou advogados?

    leis que toleram a fuga, a mentira? que desprezam a prova pela forma, não levando em conta o mérito?

    Leis que fazem com que penas nunca sejam cumpridas? Que assassinos confessos nunca sejam presos?

    Pimenta nos olhos dos outros é neves

    Da pra crer em Leis que admitem o fim da punição por decurso de prazo ou por idade de validade?

    Francamente…

    Quanto mais eficiente nossa polícia, mais exposta ficará nossa justiça

  44. Tanto “Jorge Lima” quanto
    Tanto “Jorge Lima” quanto “Policial Federal” tem razão. O erro está em generalizar. A PF tem ótimos policiais, novos e antigos, todos agregando esforços e conhecimento, assim como tem os péssimos, novos e antigos, em todos os cargos. O que falta ao DPF é espírito de corpo, não no mal sentido do corporativismo, mas no sentido de fortalecer a instituição. Dividido internamente, o DPF jamais conseguirá vencer os Gilmares Dantas que infestam o país.

    p.s.: apesar de ótimos delegados terem saído direto da Academia para o serviço e reconhecendo que (muitos) outros farão imensa falta ao se aposentarem, devo dizer que, infelizmente, uma grande parte deles acredita que o DPF é uma espécie de feudo, onde todas as oportunidades (crescimento profissional através de cursos e intercâmbios, por exemplo) são reservadas à eles próprios, restando aos demais o orgulhoso cumprimento de dever.

  45. Antes que me esqueça, essa é
    Antes que me esqueça, essa é para o Protógenes e sua equipe:

    “Orgulhosos, de ser federais
    policiais desse imenso Brasil…

    Somos fortes na linha avançada
    sem da luta os embates temer…”

    Força colegas, bota pra f…!

  46. Caros leitores,
    Caros leitores,

    O uso de estratégia administrativa em matéria policial no é novo, é somente distante do antigo modelo de Polícia voltado ao empirismo e ao romanesco.
    Atualmente gerimos milhões de reais na realização de investighações, um grande avanço em termos de iniciativa e a vitória de uma melhor direcionamento em matéria de segurança pública.
    Como todo órgão que cumpre seu papel e por isso chega a mídia a Polícia Federal sofre os ataques dos “formadores de opinião”, muitas vez em defesa de interesses outros que não a proteção da sociedade e o patrimônio público.
    O Modelo de Polícia atual tem seus defeitos? sim, e é necessário a sua evolução garantiando aos investigadores mais garantias e prerrogativas para a sua atuação enquanto autoridade de polícia judiciária.
    Atualmente esta sendo proposto um modelo “fechado” de promoção e ascensão nas polícias, do qual sou terminantemente contra.
    O modelo proposto não resolve em nada o problema da criminalidade, pois os policiais não Delegados uma mudança estrutural na carreira para possam ser conduzidos ao cargo de Delegado sem concurso, eliminando a possibiliodade para o concurso para esse cargo.
    O discurso de que os policiais tem uma cargo maciça de trabalho que o impede de estudar para concurso em igualdade de condições, data a maxima venia, não mereçe prosperar, pois em sendo verdadeira também causaria dificuldades para o seu próprio pleito, tendo em vista que o concurso não é só para abrir as portas para o cargo, é também para medir a capacidade do indivíduo, os seus requisitos e habilidades para o desempenho do cargo, e se não tem tempo para estudar, a sua capacidade jurídica esta prejudicada para enfrentar os desafios da modernidade delitiva. Encontramos ai, uma contradição critante no modelo proposto.
    Esse modelo apresenta várias falhas das quais destacaria.
    1 – Impedimento legal, pois a única forma de posse em cargo é por concurso, e a exposição de motivos da normaé esclarecedo deste neste sentido;
    2 – O modelo apresentado somente privilegia àqueles que não se preparam e não tem disposição para crescer, querem ganhar pelo “decurso de prazo” e ainda fechar a porta para aqueles que lutam e batalham disciplinadamente pelo seu progresso e desenvolvimento profissional, pois tempo para futebol, chopinho, churrasco todos tem mas, para estuda !!!!!!!! a carga de trabalho não deixa, conquista significam renúncias.
    3- O pior reflexo do modelo proposto é transformar a carreira policial numa eternidade pois, para os que agora estão no final, ótimo, mas os que estão entrando agora. Na Polícia Federal se demora 15 anos para atingir o final de carreira, classe especial, imagige o policial que entre agora levará 30 anos para atingir o final de carreira, quando que por seus méritos, esforço e disciplina poderia abreviar, na pior das hipósetes em uma década, esse tempo, é uma simples equação matemática.
    Esse fato é mais agravado nas polícias estaduais, quando a carreira e mais extensa ainda, tive a oportunidade de, enquanto não me formava, ser investigador de polícia civil no Estado de São Paulo por cinco anos, 1988 a 1993, e os meus colegas de turma levaram no mínimo 25 anos para chegar a classe especial, com o modelo proposto, não poderia usufruir de maneira nenhuma a patamar da carreira, se considerar que as promoções nas classes subsequentes tem ainda percentuais para promoção, seguindo o modelo atual, passei para Delegado do Estado em cinco anos e atualmente sou classe especial a dois anos, não mais na Polícia Estadual, mas já na Polícia Federal, com um total de 23 anos de polícia na somatória, poderia gozar com tranquilidade por 07 anos o patamar máximo da carreira, coisa que, no modelo proposto jamais alcancaria.
    É por esses e outras que as discussões se sucedem.

    Obrigado a todos pela atenção dispensada, e já peço desculpas pela extenção da manifestação, mais era necessário em esclarecimento profundo do tema.

    Boa dia a todos.

  47. Pergunto ao Divino Souto:
    Pergunto ao Divino Souto: você já havia ouvido falar do delegado Protógenes e do juiz De Sanctis antes da prisão do Daniel Datas?

    Você diz, e eu concordo, que bom juiz e bom delegado são os do tipo discreto. O delegado Protógenes comandou operações que puseram na cadeia contrabandistas como o Law Kim Chong e Eliana Tranchesi, dona da Daslu, políticos como o Maluf, Pitta, Armando Melão (ex-presidente da Câmara de SP), assassinos como o Hildebrando Paschoal, banqueiros como o Dantas e a cúpula do BNP Paribas, doleiros, estelionatários, corruptos e corruptores, enfim todo tipo de criminoso de colarinho branco, que sempre gozou de impunidade em nosso país.

    Além disso, dessas operações resultaram bloqueios de vultosas quantias de dinheiro ROUBADO do povo, via corrupção, sonegação fiscal e outros crimes financeiros que causaram um gigantesco prejuízo à sociedade.

    E o delegado Protógenes fez tudo isso, e muito mais, sem grande alarde, com a discrição necessária para o bom desfecho das operações. No caso da operação Satiagraha, inclusive, sem apoio material e político da cúpula da PF.

    Sim, “o tal Protógenes saiu a dar entrevista a tudo, a se apresentar em ato de desagravo em partido político”, mas o fez somente após passar a ser caricaturizado pela mídia como “destrambelhado”, ter seu trabalho desqualificado como “lambança”, como você o faz, repetindo o comportamento de parte da mídia, de políticos, jornalistas, juízes e outros interessados em demolir a operação.

    Não sei se a exposição midiática do delegado se deve a oportunismo político-eleitoral, ou se é apenas uma estratégia de auto-preservação. Mas percebo nele um sujeito íntegro, interessado em defender a punição aos que sempre lesaram o país impunemente.

    Teria sido muito fácil e extremamente vantajoso para ele receber US$ 1milhão para sepultar a operação Satiagraha, como muitos outros policiais juizes e outros agentes públicos fazem há séculos. Não passaria pelos aborrecimentos que vem passando, levaria uma vida confortável e, mesmo assim poderia até se tornar senador no futuro.

    De minha parte, gostaria de ver surgirem mais e mais delegados Protógenes, juizes De Sanctis, promotores De Grandis, para começar a acreditar que estamos deixando de ser uma Republiqueta de Bananas para nos tornarmos uma República de fato.

    Quero mais prisões espetaculares de bandidos de colarinho branco, escutas e grampos de conversas entre bandidos de toga e bandidos parlamentares, bloqueio e repatriação de bilhões ROUBADOS à nação por bandidos travestidos de banqueiros, empresários, políticos, jornalistas, bispos, dirigentes e árbitros de futebol, etc.

  48. Para Sanzio (11:56):
    Meu
    Para Sanzio (11:56):
    Meu caro, você disse tudo, faço minhas as suas palavras!
    A discrição é o ideal, mas quando o jogo sujo do “abafamento” é praticado…que venha toda a espetacularização possível!!!
    Meu desejo sincero ao Protógenes é que ele não se deixe seduzir pela notoriedade . Que ele resista aos holofotes como resistiu a corrupção.

  49. Romanelli e Sanzio;

    muito
    Romanelli e Sanzio;

    muito obrigado por suas observações; aliviaram-me um pouco a alma e fizeram eu me sentir apenas um cidadão normal, desejando o quê os cidadãos de bem desejam.

    Ninguém se indigna com essa superestrutura jurídica que vem sendo construída ao longo dos séculos; escândalo mesmo são os excessos cometidos por quem trabalha por um país melhor. Isso é bizarro.

  50. O papel, bem assim a
    O papel, bem assim a internet, aceitam qualquer besteira mesmo, como bem disse o Delegado.

    A pedra de toque dos “estelionatários do argumento” é que eles sempre usam como desculpa o interesse público para defender o mero interesse pessoal e imediato. Tem delegado tachado de antigão, e outros de destrambelhados, ou uma PEC foi chamada de maluca?

    Para mim, sem aqueles, e se a PEC não passa, acabará a PF por voltar a ser que o que sempre foi até ontem, uma polícia de Estado, filhote da Ditadura.

  51. O comentarista que se abriga
    O comentarista que se abriga sob o pseudônimo “Policial Federal” referiu-se a mim como “esse tal de Jorge Lima”. É uma grosseria indesculpável e desnecessária. Se ele discorda do que eu digo, faça-o com argumentos fundamentados.
    Não sou cristão e não ofereço a outra face. Então vou deixar bem claro o seguinte: “esse tal de Jorge Lima” é policial civil no RS há 16 anos, é bacharel em Direito desde 2001, tem os cursos de Inteligência Policial, Combate a Lavagem de Dinheiro, Preservação de Local de Crime, Cumprimento de Mandado de Busca, Identificação de Veículos Automotores, Emprego da Força e da Arma de Fogo, Análise Criminal, Investigação Criminal 1, Avaliador Técnico Para o Porte de Arma de Fogo e mais uma meia dúzia que nem lembra mais. “Esse tal de Jorge Lima” tem orgulho de ter prendido em flagrante traficantes, estupradores, estelionatários, ladrões e homicidas e ter tido enfrentamentos a tiros com alguns deles. “Esse tal de Jorge Lima” tem orgulho de, em 16 anos de serviço, quase sempre na linha de frente, nunca ter sido objeto de queixas de vítimas ou pessoas honestas. “Esse tal de Jorge Lima” tem orgulho de ser respeitado por juizes, promotores, delegados e agentes por ser um policial íntegro, dedicado à função policial e competente no que faz.
    “Esse tal de Jorge Lima” no concurso para DPF, no qual o comentarista que se esconde sob o pseudônimo “Policial Federal” se orgulha de ter sido aprovado, não seguiu no certame por escassos 17 pontos. Considerando que o critério de correção do CESPE, em que uma questão errada anula uma certa, lhe tirou 26 pontos, “esse tal de Jorge Lima” arrependeu-se de não ter prestado mais atenção às aulas de Direito Civil e Processo Civil na faculdade.
    “Esse tal de Jorge Lima” assina seus comentários na web, pois aprendeu, na infância, que o anonimato é o manto sob o qual ratos podem posar de leões.

  52. Prezado colega Jorge Lima

    Em
    Prezado colega Jorge Lima

    Em nenhum momento fiz qualquer agressão verbal à sua nobre pessoa; apenas discordei, democraticamente, do que dissestes, que os delegados da Civil e da PF eram os reprovados em concursos para juiz e promotor. Demonstrei com dados concretos minha tese. E acertei quando previ que não fostes aprovado em concurso para delegado, esse que entendes ser de segunda categoria.

    Se vossa ilustre senhoria não tolera contrapontos, e considera-se pessoalmente ofendido apenas porque alguém discorda de vossa opinião, humildemente sugiro que se mude para Cuba, China ou Rússia, locais onde o debate de idéias não possui muita tradição, ao contrário do que ocorre neste Blog.

    E sinceramente desejo melhor sorte no próximo concurso do DPF. Esse ano haverá, no segundo semestre! Recebê-lo-emos de braços abertos, caso obtenhas mais este triunfo pessoal.

    Abraço!

    P.S. – Se ainda estás tão interessado em saber quem sou, autorizo desde já Nassif a lhe passar meu e-mail pessoal, para que possamos nos corresponder.

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