TCU suspende recursos do FNDE para kits robótica em escolas de Alagoas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O TCU suspendeu novas compras dos equipamentos e bloqueou os repasses do Fundo para esses kits robótica em Alagoas

Presidente da Câmara, Arthur Lira, com aliados, o vereador João Catunda e seu pai, Edmundo Catunda, dono da empresa que vendeu kits – Foto: Reprodução/Redes

Após as denúncias de irregularidades na compra de kits robótica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu novas compras dos equipamentos e bloqueou os repasses do Fundo para esses kits.

Escolas de cidades do Alagoas que sequer detinham infraestrutura básica, como água, receberam os kits de robótica, por R$ 26 milhões de emendas parlamentares e R$ 146 milhões do FNDE. Os municípios compraram robôs educacionais com recursos das chamadas emendas de relator.

A principal empresa que vendeu os kits foi a Megalic, cujos donos são da família do vereador João Catunda (PSD), aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). E o Fundo é comandado por Marcelo Lopes da Ponte, nome indicado pelo Centrão. Cada um desses equipamentos custou R$ 14 mil com recursos do FNDE. Entretanto, notas fiscais revelaram que o robô custou à empresa Megalic R$ 2.700 cada unidade.

Em decisão tomada nesta segunda (25), o ministro Walton Alencar Rodrigues, do TCU, considerou as denúncias “graves”, concedeu um prazo de 15 para que o FNDE se manifeste e solicitou uma série de esclarecimentos, como a lista de municípios que receberam os kits, a quantidades, valores, entre outros dados.

O TCU também pediu diligências do FNDE em 29 municípios de Alagoas e 10 de Pernambuco, com o envio das investigações ao órgão.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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