Fotografias mostram Walt Disney no Rio para criar laços no país

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Motta Araujo

WALT DISNEY NO RIO – Em agosto de 1941 o cineasta Walt Disney e uma comitiva de 16 pessoas veio ao Rio dentro do esforço promocional do Departamento de Estado para criar laços no mundo do entretenimento, programa que levou a Hollywood Carmen Miranda, criou o Zé Carioca, abriu as portas para a literatura brasileira nos EUA e no conjunto se inseria na chamada Politica da Boa Vizinhança.

O Rio vivia a era de ouro dos Casinos, com o Urca, o Atlantico e o Copacabana Palace, um periodo jamais igualado antes ou depois como cidade do glamour, do dinheiro, da vida social esfuziante, dos grandes negocios e grandes mulheres.

Com a guerra na Europa o Rio recebia artistas, cantores, bailarinos, musicos de primeiro nivel, os Casinos tinham atrações de alta qualidade, Maurice Chavalier, Josephine Baker, Jean Sablon, Lucienne Boyer, do Rio iam tambem a outra meca do jogo, Poços de Caldas, havia tambem jogo livre em Cambuquira, Lambari, Caxambu, São Lourenço, Guarujá.

Com essa politica de boa vizinhança o Rio torna-se mundialmente conhecido e vira uma cidade lendaria do lazer, fama que carrega até hoje.

Fotografias da visita ao Rio

Jornal GGN – Essas fotos foram tiradas pelo fotógrafo Hart Preston, da revista LIFE, que esteve com Walt e sua equipe de desenhistas durante o tour que fizeram pela América do Sul em 1941. As fotografias foram tiradas no Rio de Janeiro, de Walt Disney tirando fotos e de sua comitiva:

Fonte: MiceChat

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

26 Comentários

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  1. O incrivel é que por causa 

    O incrivel é que por causa  desse bobo Walt Disney um  milhão de brasileiros vão todos os anos à

    Orlando ver as bobagens que ele criou, que coisa heim.

    1. Sinceramente, eu não iria nem

      Sinceramente, não iria nem que alguém me pagasse tudo…para os EUA eu iria apenas para ver o berço do jazz e do blues, e olhe lá !

      1. Com o dinheiro desperdiçado…

        …numa viagem à Disney, ou aos EUA em geral, pode-se conhecer muito mais coisas interessantes no mundo.

        Time Square ou o Louvre? Ou o Prado?

        Castelo da Cinderela ou os construídos por James of St. George?

        Orlando ou Roma?

        Capitólio e a Casa Branca ou o Kremlin?

        Los Angeles, kkk , aqui virou piada…

        Por aí vai embora… 

        P.S. Abomino quase todas as variações do jazz. Gosto da Nina Simone e de algumas outras cantoras. Porém o jazz amestrado (bateria, baixo e sax), Deus me livre, é o horror! Mil vezes o samba! (por favor não considere as inúmeras variaçõs como pagode ou samba de breque, ou o paulista (a exceção do Adoniram) como pertencentes ao mesmo gênero musical… dos contemporâneos nada a declarar, a não ser que merece a mesma vala comum do funk, do rap e do hip-hop, junto com os breganejos e os pés de serra.

         

    2. é impressionante o seu papel

      é impressionante o seu papel de Lobista Sr. Motta. Vc deve ter sido mutio bom mesmo. Vc consegue transmitir a ideia que o Rio só se tornou conhecido por causa do “WlaterDisnei”. Vc é bom..

      1. Jamais disse isso, observei

        Jamais disse isso, observei que o Rio ficou mais conhecido internacionalmente a partir da “”Politica de Boa Vizinhança” que projetou a musica brasileira, a propria cidade do Rio sobre a qual foram feitos em Hollywood durante a Guerra 4 filmes distribuidos mundialmente, com artistas famosos de Hollywood, ao mesmo tempo em que por causa da guerra o Rio recebia artistas de toda a Europa alem dos americanos. Isso é um fato e nada tem a ver com lobista.

        Até essa época a cidade mais conhecida da America do Sul era Buenos Aires.

  2. Perfil autoritário de Disney é blindado em filme

    Crítica: Filme sobre os bastidores de ‘Mary Poppins’ é ficção chapa-branca


    Emma Thompson como Pamela Travers e Tom Hanks como Walt Disney em cena do filme
     

    CÁSSIO STARLING CARLOS
    CRÍTICO DA FOLHA- 07/03/2014 

    A busca de material para atender a uma suposta demanda do público por histórias baseadas em fatos reais começa a atrair os roteiristas para o outro lado do cinema. Depois de Marilyn Monroe, agora é a vez de Walt Disney surgir como personagem.

    O título “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” é autoexplicativo. O filme narra a complicada participação da escritora Pamela Travers na adaptação de seu clássico infantil para as telas em 1964.

    Publicado 30 anos antes, o livro “Mary Poppins” fascinava Disney desde que ele descobriu que suas filhas adoravam a história das aventuras da babá e da família Banks.

    Travers é uma senhora cheia de manias e detesta o modo como o império Disney usa a imaginação para gerar milhões de dólares. Mas sua conta bancária está próxima do negativo e, após décadas de esforços, seu agente a convence a ceder os direitos.

    A escolha de Travers como protagonista poderia abrir espaço para o filme não se tornar apenas uma ficção chapa-branca sobre a infinita criatividade de Walt Disney.

    É a visão de mundo da escritora que conduz a história. Em meio a ela, uma série cansativa de “flashbacks” sobre sua infância visa a esclarecer a origem dos medos e fantasmas que rondam a família, tal como aparecem tratados com fantasia em “Mary Poppins”.

    Emma Thompson interpreta a escritora no presente e sobrecarrega na caricatura, já que se trata de uma mulher britânica obcecada com fórmulas de tratamento e respeitabilidade. Assim, Travers parece mais um personagem histérico de desenho animado.

    À medida que ela adentra o mundo da fantasia do produtor, sua armadura cede, como demonstração de que os produtos Disney são tão irresistíveis que até o mais ressequido dos adultos amoleceria em contato com eles.

    E onde o criador Walt entra na história?

    Tom Hanks o humaniza na medida do possível, mas o retrato que o filme oferece ainda é muito blindado para parecer veraz. Claro que não se espera que uma produção Disney mostre o notório perfil autoritário do fundador, mas um pouco de imperfeição não faria mal à imagem.

    A breve referência à infância infeliz sob os maus-tratos do pai, Elias, surge apenas para autenticar a sinceridade de um diálogo, mas é enxotada para debaixo do tapete.

    Desse modo, os bastidores do mundo da fantasia nada mais fazem que reforçar o poder da marca. Sua função é apenas complementar as edições comemorativas dos 50 anos de “Mary Poppins”.

    WALT NOS BASTIDORES DE MARY POPPINS
    (Saving Mr. Banks)
    DIREÇÃO John Lee Hancock
    PRODUÇÃO EUA/Reino Unido/Austrália, 2013
    ONDE Jardim Sul UCI e circuito
    CLASSIFICAÇÃO 12 anos
    AVALIAÇÃO regular
     

    1. Gozado, eu vi Mary Poppins

      Gozado, eu vi Mary Poppins quando era crianca e a unica coisa que me lembrava era que era um filme singularmente desagradavel.  Vi ha uns 10 anos atraz de novo e reconheci instantaneamente:  o filme eh fascista.

  3. Disney criou um mundo de fantasia

    Disney criou um mundo de fantasia moralizante com finais felizes e com chavões como ‘o que importa é a beleza interior’ que rivalizava com o que praticava nos bastidores ao participar da ‘caça às bruxas’, denunciando funcionários e artistas como informante do FBI, enquanto se divertia com o que seria o embrião da Disneylândia, um trem de brinquedo que tinha dentro do estúdio. Com Walt Disney, luzes e sombras sempre caminharam juntas. Seu lema sempre foi ‘Keep moving forward’.

     

    Walt Disney com Ary Barroso, a poetisa modernista e jornalista brasileira Adalgisa Nery e o jornalista Lourival Fontes quando aqui esteve para incluir a composição ‘Aquarela do Brasil’ de Ary Barroso como fundo musical das aventuras do então estreante papagaio Zé Carioca. A produção do desenho está relacionada com os esforços dos Estados Unidos para reunir aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), esforço esse conhecido como ‘política da boa vizinhança’.

  4. Fiquei admirado foi com a

    Fiquei admirado foi com a cidade, as paisagens, as parais limpas, os prédios neoclássicos, sem os horríveis arranha céus. Me pergunto: como pudemos deixar o Rio acabar?

    1. Como?

      Imitando aqui o que se pensa ser o american way of life, só que em condições históricas, econômicas, sociais, culturais, climáticas, etc, completamente diferentes.

  5. Desgraçadamente…

    …quando criança fui fã dos personagens da Disney. Infelizmente o concorrente brasileiro também é a mesma m…

    Por isto, mesmo continuando um consumidor voraz de desenhos animados, dou total preferência aos asiáticos e a um ou outro europeu.

    Para alguém que não conheça… que tal os três abaixo, muitos distantes do LIXO DISNEY (Pixar inclusa):

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=WXFR02vFcTk%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=tmJSmmVe7aM%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=BBHQq6N5lYA%5D

     

    1. Também sou fã dos filmes

      Também sou fã dos filmes asiáticos, não apenas os de desenho animado, mas de todos.

      Um desenho animado que gosto muito é ‘A Viagem de Chihiro’ (Sen to Chihiro no Kamikakushi) produzido pelo Studio Ghibli, e infelizmente distribuído pelo Walt Disney Studios, e parece que todos os filmes deste estúdio japonês são distribuídos pela Disney. 

      [video:http://www.youtube.com/watch?v=jevYEqXgQqk align:center]

    2. Outro padrão

      Filmes orientais tem outro padrão de narrativa, adoro, mas esses que você citou não são os melhores, drama pesadissimo, de animação ai só tem a técnica…eu não assistiria com um filho meu.

    3. Alguns desenhos Asiaticos

      Alguns desenhos Asiaticos deveriam ser proibidos para criancas. Em muitos, quando nao estao sendo perseguidas por fantasmas ou monstros, as criancas se tornam um deles. E tem mais, adoram um final infeliz. 

      Passo !

  6. Uma imbecilidade total.

    Uma imbecilidade total. Ninguém é filho de ninguém. Todos são sobrinhos e netos de proveta. E eu quase caí nessa esparrela. Ah!. Não podemos esquecer (os de mais de sessenta) do tal de “Papai Sabe Tudo”, onde a cama  separada do casal era o “gran finale” do verdadeiro absurdo comportamental. VADE RETRO!

  7. Muito educado o Walt Disney!

    Uma política de “boa vizinhança” tão bem sucedida que, até hoje, milhões de crianças brasileiras devolvem a visita ao Pato Donald todos os anos.

    Gente boa esses caras dos EUA, não é?

  8. Por algum motivo, NUNCA

    Por algum motivo, NUNCA gostei de desenho animado.

    Jorge Nogeuira: asiático? Vade retro. Aliás todos eles. Até os nossos. É de uma imbecilidade insuportável.

  9. Tinha uma pedra no caminho, no caminho tinha uma pedra

    A quarta (correta) e sexta (invertida) fotos mostram uma pedra a beira mar que foi arrasada para conter o atual edificio Chopin (ao lado do anexo do Copacabana Palace) e o Hotel Excelsior, na esquina da rua Fernando Mendes.

    E assim vamos caminhando, edificantes.

  10. “É tudo verdade”

    O que poderia ter sido o grande filme da “política da boa vizinhança”, It’s All True, dirigido por Orson Welles, permaneceu inacabado. Um dos maiores cineastas do mundo aceitou fazer um documentário sobre o Brasil, quando da Segunda Guerra Mundial. Mas documentos da época mostram que o Departamento de Estado dos EUA, a RKO, Rockefeller (bambambam dos dois anteriores), mais o DIP do Estado Novo não gostaram de haver tantos negros e pobres no material filmado… Disseram que Welles estava gastando muito dinheiro, sem fazer algo relativo às visões oficiais sobre o Brasil. Desenho animado com o Pato Donald, acompanhado pelo papagaio malandro Zé Carioca, era mais apetecível.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=IevOgR1ftSc%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=ekFPK2FFm4U%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=7Hy-4cI3EVc%5D

  11. Carmen foi antes de Disney

    Carmen Miranda foi levada por um empresário americano que frequentou os shows no Cassino da Urca. Apesar de demorar um pouco pois ela não queria ir sem o Bando da Lua, no final tudo se resolveu e já em 1939 (antes da guerra) ela estava na Broadway (e antes em Boston), com sucesso de crítica e público. Em 1940 já fizera até filme e uma apresentação ao presidente Roosevelt.

    Por sua vez, o Rio já era “hollywoodizado antes disso também.

    Exemplos são “The Girl from Rio”, de 1927 e “Flying to Rio” de 1933.

    Carmen já filmara “Serenata Tropical” e “A Night in Rio”, ambos ainda em 1940.

    De resto, propaganda é a alma do dominio da vizinhança boa.

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