São curiosas as análises sobre a influência do aumento de preços de alimentos na popularidade do governo. Pelo menos de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) não se notam grandes variações.
Aqui, a variação de preços dos alimentos no acumulado dos últimos 6 meses até fevereiro.
Quando se analisa a influência sobre o IPCA acumulado (isto é, sobre os gastos totais das familias), a Alimentação Fora do Domicílio pesa 0,08% e a Alimentação no Domicílio 0,06%.
A maior alta foi em Tubérculo, raízes e legumes, que impactaram em 0,42% o índice do período, puxado principalmente pela alta do tomate que, sozinho, respondeu opr 0,53% do índice.
Se ficarmos no arroz e no feijão, em 6 meses, o arroz aumentou 6,15% – o equivalente a 0,042% no índice geral -, enquanto houve uma alta considerável, de 16,11% no feijão preto (mas com preso de apenas 0,0087% na cesta) e queda de 20,39% no feijão mulatinho.
Quando se encurta o período para 3 meses, ainda assim há enorme alta de Tubérculos, raízes e legumes, compensado pela queda no preço da carne.
Enquanto Tubérculos pressionam o índice acumulado em 0,26%.
E o arroz mantém a pressão, com alta de 3% em 3 meses.
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Com o método que o governo utiliza para cálculo de inflação muito em breve os trabalhadores brasileiros não conseguirão ganhar nem para comer.
TUDO o que as pessoas precisam para sua sobrevivência diária sobe muito mais do que a inflação divulgada. Sobem no mínimo 0% a.a. quando não mais.
Aí vem a correção do salário; 3,71%.
É por isso que o cidadão normal sente a cada dia que passa o seu empobrecimento.
Ex. Meu salário subiu em janeiro 3,71%. Havia subido uns 5% em janeiro de 2023. 8,89% no período janeiro 2023 a janeiro 2024.
O plano de saúde meu, da esposa e do do filho subiram juntos cerca de 160% durante 2023 e no início deste ano.
Além do mais a falta de correção na tabela do IRPF consome parte daqueles 8,89%.
Solução: diminuir o consumo.
Diminuir o consumo individual gera aumento da pobreza geral.
quis dizer “no mínimo 10%” e não 0%.
Nassif, os analistas econômicos da mídia corporativa brasileira (argh!!) são tudo menos analistas. Aliás nada de economia entendem. O barômetro que utilizam nunca vai refletir a realidade das feiras livres, mercadinhos de bairros, supermercados, atacadões, etc. O ar-refrigerado é rarefeito. O analista fica ao telefone o dia inteiro “ouvindo o mercado”, sendo incapaz de sujar os sapatos, o paletó ou tailleur. São uns néscios…
Sinto dizer que tomate é fruto, não tubérculos. Ver meu artigo sobre inflação de alimentos no site de CartaCapital.